segunda-feira, maio 26, 2008

Prêmio FCW anuncia ganhadores

Notícias Prêmio FCW anuncia ganhadores
26/05/2008
Agência FAPESP – A Fundação Conrado Wessel anunciou os ganhadores do Prêmio FCW de Ciência e Cultura 2007. Cada um dos homenageados receberá R$ 200 mil, totalizando uma premiação de R$ 800 mil, uma das maiores do país.
O neurocientista Ivan Izquierdo, que dirige o Centro de Memória do Instituto de Pesquisas Biomédicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, foi o escolhido pela comissão julgadora na categoria Ciência Geral.
Em Ciência Aplicada, a ganhadora foi Hisako Gondo Higashi, diretora da Divisão de Desenvolvimento Tecnológico e de Produção do Instituto Butantan. O cirurgião plástico Ivo Pitanguy foi o ganhador em Medicina e o poeta Affonso Ávila em Literatura.
A cerimônia do Prêmio FCW de Ciência e Cultura será realizada em São Paulo, no próximo dia 2 de junho, na Sala São Paulo.
A comissão julgadora foi formada por representantes da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia Brasileira de Letras (ABL), do Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), além de representantes dos ministérios da Saúde, Educação, Cultura, da Marinha do Brasil e da Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca.
Promovido anualmente, o Prêmio FCW tem reunido uma coleção de grandes nomes na sua galeria de homenageados. Em Medicina, já foram homenageados Adib Jatene, César Gomes Victora, Maria Inês Schmidt e Ricardo Renzo Brentani, diretor-presidente da FAPESP.
Em Ciência, ganharam Aldo da Cunha Rebouças, Almirante Alberto dos Santos Franco, Aziz Ab’Saber, Carlos Afonso Nobre, Carlos Henrique de Brito Cruz (diretor científico da FAPESP), Dieter Carl Ernst Heino Muehe, Isaias Raw, Jairo Vidal Vieira, José Galizia Tundisi, Luiz Carlos Fazuoli, Magno Antonio Patto Ramalho, Philip Martin Fearnside, Sérgio Mascarenhas de Oliveira e Wanderley de Souza, além de instituições como o Museu Paraense Emílio Goeldi e o Instituto Agronômico de Campinas.
A premiação em Cultura destinada à Literatura contemplou Fábio Lucas, Ferreira Gullar, Lya Luft e Ruth Rocha.
Instituição sem fins lucrativos, a Fundação Conrado Wessel foi criada em 1994, após o falecimento do fotógrafo Ubaldo Augusto Conrado Wessel, que explicitou em testamento desejo de criar uma fundação voltada para a filantropia, o fomento e o apoio às atividades culturais, artísticas e científicas no Brasil.
Incluído o Prêmio de Ciência e Cultura, a fundação distribui anualmente, desde 2003, mais de R$ 1,2 milhão em prêmios. Também oferece quatro grandes bolsas no exterior para música e ciência em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e patrocina o Prêmio Almirante Álvaro Alberto, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Mais informações: www.fcw.org.br
FONTE: Revista Pesquisa - São Paulo,Brazil

À T... - Álvares de Azevedo

Álvares de Azevedo
À T...
Amoroso palor meu rosto inunda,
Mórbida languidez me banha os olhos,
Ardem sem sono as pálpebras doridas,
Convulsivo tremor meu corpo vibra:
Quanto sofro por ti! Nas longas noites
Adoeço de amor e de desejos
E nos meus olhos desmaiando passa
A imagem voluptuosa da ventura...
Eu sinto-a de paixão encher a brisa,
Embalsamar a noite e o céu sem nuvens,
E ela mesma suave descorando
Os alvacentos véus soltar do colo,
Cheirosas flores desparzir sorrindo
Da mágica cintura.
Sinto na fronte pétalas de flores,
Sinto-as nos lábios e de amor suspiro.
Mas flores e perfumes embriagam,
E no fogo da febre, e em meu delírio
Embebem na minh'alma enamorada
Delicioso veneno
Estrela de mistério! Em tua fronte
Os céus revela, e mostra-me na terra,
Como um anjo que dorme, a tua imagem
E teus encantos onde amor estende
Nessa morena tez a cor de rosa
Meu amor, minha vida, eu sofro tanto!
O fogo de teus olhos me fascina,
O langor de teus olhos me enlanguesce,
Cada suspiro que te abala o seio
Vem no meu peito enlouquecer minh'alma!
Ah! vem, pálida virgem, se tens pena
De quem morre por ti, e morre amando,
Dá vida em teu alento à minha vida,
Une nos lábios meus minh'alma à tua!
Eu quero ao pé de ti sentir o mundo
Na tua alma infantil; na tua fronte
Beijar a luz de Deus; nos teus suspiros
Sentir as vibrações do paraíso;
E a teus pés, de joelhos, crer ainda
Que não mente o amor que um anjo inspira,
Que eu posso na tu'alma ser ditoso,
Beijar-te nos cabelos soluçando
E no teu seio ser feliz morrendo!

Joana Santos rumo a Taipé2009


Joana Santos rumo a Taipé2009
26-05-2008

13:57:00

A atleta do Judo Clube do Algarve ganhou duas medalhas de ouro no Campeonato do Mundo de Artes Marciais de Surdos e ganhou um ‘bilhete’ para as olimpíadas.

Joana Santos teve razões para sorrir este domingo, quando regressava de Toulouse (França), depois de dois dias de competição onde arrasou por completo a concorrência.
A judoca farense, de 18 anos, venceu no sábado a categoria de -63 quilos, onde se superiorizou por ‘ippon’ a três adversárias (algumas com mais de 100 quilos) e aplicou um ‘yuko’ à francesa Maria Roler, na final.
Já no domingo arrebatou os primeiros lugares em todas as categorias no Open, obtendo assim duas medalhas de ouro.
No final deste campeonato, a judoca viria o seu ‘passaporte’ para os Jogos Olímpicos de Taipé2009 ‘carimbado’, já que apenas precisava de um terceiro lugar.

FONTE: Observatório do Algarve - Faro,Portugal

domingo, maio 25, 2008

Escritor Roberto Freire morre aos 81 anos em São Paulo

Escritor Roberto Freire morre aos 81 anos em São Paulo
Família não quis divulgar a causa da morte; corpo foi cremado
Da Redação - 24/05/2008, 16:3
O escritor e terapeuta Roberto Freire faleceu na noite de sexta-feira (23) aos 81 anos, em São Paulo. A família preferiu não divulgar a causa da morte. Ele deixou uma carta em que pedia para que não houvessem cerimônias fúnebres. O corpo foi cremado neste sábado (24).
No campo da psiquiatria, Roberto Freire ficou conhecido por criar o método da Somaterapia, terapia corporal baseada na teoria de Wilhelm Reich, Sigmund Freud, e no Anarquismo.
Freire escreveu 25 livros. Entre suas obras literárias mais famosas estão “Utopia e Paixão”, "Sem Tesão não há Solução", "Coiote" e "Cleo e Daniel", que foi levada para o cinema em 1970, com Sônia Braga e John Herbert.
Na Televisão, figurou em quadros do programa “TV Mulher” e escreveu para o programa "A Grande Família".
FONTE: Abril - São Paulo,SP,Brazil

Meirelles é aplaudido na abertura de Cannes


FESTIVAL
Meirelles é aplaudido na abertura de Cannes
O filme de Fernando Meirelles, Blindness, baseado em livro de José Saramago, teve recepção fria em sessão para a imprensa, mas foi aplaudido pelo público
diretor brasileiro Fernando Meirelles e sua equipe foram saudados ontem com mais de cinco minutos de aplausos, logo após a exibição de Blindness, na sessão de abertura do 61º Festival Internacional de Cinema de Cannes. Antes, em uma sessão exclusiva para a imprensa, o longa-metragem foi recebido com silêncio.

À noite, Blindness, adaptação do romance Ensaio Sobre a Cegueira, do escritor português José Saramago, foi exibido para os jurados e o público em geral. Desta vez, foi aplaudido. Meirelles, a atriz norte-americana Julianne Moore, a brasileira Alice Braga, o ator mexicano Gael García Bernal e os demais membros do elenco abriram o evento em grande estilo.

Blindness não é um filme fácil. O próprio livro de Saramago é uma obra muito complexa. O escritor cria uma metáfora, porém sob essa aparência, o filme tem uma base brutalmente realista, e deve ter sido este o fator decisivo para que o diretor de Cidade de Deus fosse chamado por um produtor canadense para dirigir a adaptação.

Meirelles lembrou que há 10 anos tentou comprar os direitos autorais. Mas Saramago lhe disse não, porque o cinema seria contrário ao espírito do livro. Segundo ele, o cinema mata a imaginação, o cinema mostra a cegueira branca, metafórica, que atinge seus personagens (e a humanidade em geral), está na contramão desta tendência realista-naturalista.

Foi o produtor canadense Niv Fichman quem convenceu o escritor, premiado com o Prêmio Nobel de Literatura, a vender os direitos. O filme voltou às mãos de Meirelles e ele assumiu a co-produção internacional. Juliane Moore disse na coletiva que via em Blindness o futuro do cinema no mundo globalizado. Em toda a equipe, existem somente três norte-americanos, os atores Mark Ruffalo, Danny Glover e ela.

Todos os demais, o que inclui elenco e técnicos, são uma fusão de pessoal do Brasil, do México, do Japão e do Canadá. A história não é muito diferente da de outros filmes fantásticos. Um vírus, ou qualquer outra causa, infecta algumas pessoas, que vão perdendo a visão.

Só que, em vez de ingressar num mundo de sombras, elas ingressam num mundo de excesso de luz, a tal cegueira branca. São confinadas e aí o filme chega ao ponto. Quando a ordem estabelecida entra em colapso, a barbárie se estabelece. Apenas uma mulher, a personagem de Julianne Moore, consegue enxergar.

Para Meirelles, seu longa-metragem é sobre a barbárie. Para o roteirista Don McKellar, é sobre a luta das pessoas para manter a dignidade. Existem elementos do livro O Senhor das Moscas, de William Golding; e dos filmes O Anjo Exterminador, de Luis Buñuel, e de Os Filhos da Esperança, de Alfonso Cuarón, que integra o júri presidido por Sean Penn. A fotografia de César Charlone, o som e as interpretações saltam a uma primeira visão. (das agências de notícias)
FONTE (photo include): O POVO Online - CE,Brazil

Super Copa do Mundo de Moscou de Judô: Equipe feminina fica em terceiro e homens terminam em sétimo

Outros
Super Copa do Mundo de Moscou de Judô: Equipe feminina fica em terceiro e homens terminam em sétimo
25/05/2008 - 14:07:03 - por FS -AI CBJ
Na manhã deste domingo foi realizada a competição por equipes em Moscou, após a disputa da Super Copa do Mundo. A equipe feminina do Brasil ficou na terceira colocação, enquanto o time masculino terminou em sétimo lugar.

Sarah Menezes (-48kg), Erika Miranda (-52kg), Keleyn Quadros (-57kg), Danielli Yuri (-63kg), Mayra Aguiar (-70kg), Claudirene César (-78kg) e Priscila Marques (+78kg) perderam no primeiro embate contra a forte equipe da França por 3 lutas a 2. Na repescagem, o Brasil superou a Rússia (placar não divulgado pela organização), e ficou na terceira colocação. A França foi campeã, seguida pela Mongólia.
Os judocas Denilson Lourenço (-60kg), Leandro Guilheiro (-73kg), Eduardo Santos (-90kg), Luciano Correa (-100kg) e Walter Santos (+100kg) tiveram a volta do campeão mundial Tiago Camilo (-81kg) e venceram na primeira rodada a Hungria por 3 lutas a 2. Depois, foram superados pela Georgia por 4 a 1. Pela repescagem, o Brasil voltou a ser derrotado, desta vez para o Iran, também por 4 a 1. A Rússia foi campeã no masculino, seguida pela Mongólia, Ucrânia e Georgia.
FONTE: Final Sports - Porto Alegre,Brazil
http://www.finalsports.com.br/

Alfred de Musset

Alfred de Musset

1810–57, French romantic poet, dramatist, and fiction writer.… Most of his poems appeared first in Revue des deux mondes; they included such famous pieces as the gloomy “Rolla” (1833) and the exquisite love lyrics “La Nuit de mai,” “La Nuit d’août,” “La Nuit d’octobre,” and “La Nuit de décembre” (1835–36).… He also wrote some brilliant nouvelles, but from 1840 he passed rapidly into decline. The autobiographical novel Confession d’un enfant du siècle (1836), gives an account of his affair with George Sand and reflects the disillusioned mood of many of his contemporaries.—continue at Columbia Encyclopedia, Sixth Edition.
Copyright © 2002 Columbia University Press.
(See also: Biographical Note from Harvard Classics.)

Compromiso con el Judo


25 de mayo de 2008
Compromiso con el Judo
El primer ministro de Rusia, Vladimir Putin, fue reconocido por la Federación Internacional de Judo (FIJ), al ser nombrado presidente honorífico de la agrupación. La distinción fue dada a conocer en el marco de la inauguración de la Súper Copa Mundial de Judo, última competición internacional previa a los Juegos Olímpicos, con sede en Moscú. El ex presidente fue tomado en cuenta para esta designación, debido a su apoyo y desempeño dentro del deporte, mismo que practica desde joven y del que posee el cinturón negro.

FONTE (photo include): Esto - DF,Mexico

ABOUT JOHN STEINBECK • BIOGRAPHY

ABOUT JOHN STEINBECK • BIOGRAPHY
John Ernst Steinbeck was born in Salinas, California, on February 27, 1902 of German and Irish ancestry. His father, John Steinbeck, Sr., served as the County Treasurer while his mother, Olive (Hamilton) Steinbeck, a former school teacher, fostered Steinbeck's love of reading and the written word. During summers he worked as a hired hand on nearby ranches, nourishing his impression of the California countryside and its people.
After graduating from Salinas High School in 1919, Steinbeck attended Stanford University. Originally an English major, he pursued a program of independent study and his attendance was sporadic. During this time he worked periodically at various jobs and left Stanford permanently in 1925 to pursue his writing career in New York. However, he was unsuccessful in getting any of his writing published and finally returned to California.
His first novel, Cup of Gold was published in 1929, but attracted little attention. His two subsequent novels, The Pastures of Heaven and To a God Unknown, were also poorly received by the literary world.
Steinbeck married his first wife, Carol Henning in 1930. They lived in Pacific Grove where much of the material for Tortilla Flat and Cannery Row was gathered. Tortilla Flat (1935) marked the turning point in Steinbeck's literary career. It received the California Commonwealth Club's Gold Medal for best novel by a California author. Steinbeck continued writing, relying upon extensive research and his personal observation of the human condition for his stories. The Grapes of Wrath (1939) won the Pulitzer Prize.
During World War II, Steinbeck was a war correspondent for the New York Herald Tribune. Some of his dispatches were later collected and made into Once There Was a War.
John Steinbeck was awarded the Nobel Prize for Literature in 1962 “...for his realistic as well as imaginative writings, distinguished by a sympathetic humor and a keen social perception.”
Throughout his life John Steinbeck remained a private person who shunned publicity. He died December 20, 1968, in New York City and is survived by his third wife, Elaine (Scott) Steinbeck and one son, Thomas. His ashes were placed in the Garden of Memories Cemetery in Salinas.
IV ETAPA DO CAMPEONADO GOIANO DE JUDÔ
No próximo dia 07 de junho de 2008, terá início a quarta etapa do Campeonato Goiano de Judô.
Competirão todas as classes de idade e categorias de peso em evento que será seletivo para o Campeonato Brasieiro Juvenil que será realizado nos dias 20 a 22 de junho em Curitiba no Paraná.
A previsão é de novo recorde na participação de clubes filiados a Federação Goiana de Judô, atletas e público conforme vem acontecendo a cada novo evento.
O crescimento do judô goiano tem chamado a atenção em todos os eventos dos quais participa pela qualidade física e moral de seus atletas.
Em todos os eventos aparecem medalhistas importantes, mas além disto simpáticos para o público e para a mídia, que sempre os procura em busca de novidades de treinamento.
Renata Dantas (campeã brasileira) e André Barcelos (campeão sul americano) são grandes exemplos do sucesso e popularidade do judô goiâno.
Segundo o professor Josmar Amaral Gonçalves estão sendo estudadas novidades importantes na gestão administrativa e estrutura da Federação Goiana de Judô que trarão em breve novidades para o judô do estado com novos conceitos de gestão e marketing desportivo.
Informações pelo fone: 62-8519-3230
ou com Josmar amaral Gonçalves
Presidente da Federação Goiana de Judô

Comparativismo enquanto traço de aproximação cultural

Comparativismo enquanto traço de aproximação cultural
António Quino
Quando
Jacques Derrida (1930/2004) afirmou que a literatura é talvez algo mais interessante que o próprio mundo, seguramente não pretendia subalternizar o mundo tal como o concebemos, embora estivesse a fazê-lo comparativamente à literatura. Mas não esqueçamos que o ideólogo da Teoria das Organizações colocou aí um talvez, abrindo uma possibilidade aos leitores de que o mundo dos homens não se encerra com o real – o palpável –, pois há uma infinidade de mundos possíveis, que a literatura tira da abstracção. Aliás, Derrida chegou a afirmar, lembrando-se aqui o platonismo da liberdade, que a literatura é uma instituição onde se pode dizer tudo sobre qualquer coisa.
Ao afirmar que escrever é abalar o sentido do mundo, Roland Barthes (1915-1980) estava a colocar, sem querer, um alicerce numa outra frase de Jacques Derrida, segundo a qual a linguagem cria-se e, com ela, criam-se mundos. Aliás, e como já vimos, Derrida procurou defender que a literatura cria novos contextos, que permitem novas leituras.
Até mesmo o seu tornado célebre conceito da desconstrução trouxe consigo parte desse princípio filosófico. Nele, a leitura crítica servia fundamentalmente para descobrir fragmentos do texto escondidos no próprio texto, permitindo-se, com isso, revelar partes dum mundo dissimulado na obra literária. A experiência pessoal do leitor e o contexto surgem também como prioritários na busca da transparência nas partes opacas do texto.
Com tais atestações, Derrida colocava a literatura num lugar de destaque no conjunto de elementos determinantes na construção da personalidade dos homens e das sociedades mundiais. Tal como também se verifica com as estruturas do mundo real, as estruturas literárias não são um agrupamento de ilhas. Aliás, tanto os estruturalistas como os pós-estruturalistas estão de acordo de que no mundo da literatura tudo está relacionado. Sobre isso, o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1908) defende que, no “fazer literário”, haverá sempre uma estrutura base, de carácter binário, que sustenta as outras estruturas, pois, ajunta, o estruturalismo é uma procura por harmonias inovadoras.
Ainda na mesma senda, asserções levantadas por Roger Bastide (1898-1974) colocam a possibilidade de a literatura não pairar no vazio, pois é feita por homens que estão ligados entre si por estruturas sociais determinadas.
Posicionamentos como esses levaram Roland Barthes (1915-1980) a afirmar que o escritor é um bricoleur que, na concepção de Lévi Strauss, seria o utilizar, na criação de objectos desejados, resíduos e fragmentos de acontecimentos passados, da história de um indivíduo ou de uma sociedade. Essa imagem do indivíduo que executa uma operação recorrendo à retalhos para remendar outras ou fazer objectos com pedaços de outros objectos, trazida à arte, eleva o carácter universalista da literatura e abre um vasto campo teórico favorável ao comparativismo literário.
Para Roger Bastide, toda a obra tem vários, senão infinitos, traços, tanto das características dos personagens quanto das situações; tem pedaços de outras obras e aparecem de formas distintas, com a mesma base.
Na sua análise, Roger Bastide particularizou a literatura enquanto instituição formada por um conjunto de estruturas presente numa ou em distintas obras que estabelecem entre si relações binárias.
O mesmo autor apoia-se em Lévi-Strauss para afirmar que uma maneira de se interpretar a obra seria através da compreensão do plano da sua estruturação literária, partindo da fragmentação do texto até chegarmos à sua base mínima.
Assim, a linguagem presente na textualidade ganha sentido quando o leitor a descodifica, interpretando-a, a tal exegese que Paul Ricoeur (1913-2005) chama de exercício da suspeita. A linguagem, o sentido e a interpretação constituem uma trilogia no processo comunicativo do ser humano. A literatura é uma instituição suprema do espírito humano e depende, essencialmente, dessa trilogia, não só para interpretar o mundo, mas também para se hetero-intepretar. Ao falar-se da interpretação, um aspecto que também se deve ter em conta é o da estética da recepção. A concepção de leitor implícito desenvolvido por Wolfgang Iser (1926) e operado por Hans Robert Jauss (1921-1997) representa uma conquista importante no processo de interpretação e, como é lógico, para a estética da recepção. Ela parte da noção de concretização, que se traduz em duas vertentes: a do horizonte implícito de expectativas lançada pela obra (carácter intraliterário) e a da recepção de cunho extra literário, condicionada pelo leitor que colabora com as suas experiências pessoais para fornecer vitalidade à obra e manter com ela uma relação dialógica.
Assim, Iser vai acentuar um dos pontos teóricos básicos da estética da recepção, salientando que a obra literária é comunicativa desde a sua estrutura, pois necessita do leitor para a constituição do seu sentido. Como refere Umberto Eco (1932), um texto é feito para que o leitor o renove, embora não se crie expectativas que esse leitor exista empiricamente.
Já Hans Robert Jauss concebe a recepção em obediência a um princípio, que se apresenta num intercâmbio entre três etapas, respectivamente a da compreensão, a da interpretação e a da aplicação. Desse modo, Jauss crê que o processo interpretativo ocorre quando se concebe o texto literário enquanto resposta, tanto no aspecto formal, quanto nas questões de sentido. Ainda na estética da recepção, a interpretação de um texto literário, apesar de estar apoiada na linguagem, ultrapassa o mundo linguístico, pois leva em conta a experiência do leitor para a compreensão dos símbolos presentes na obra e, assim, descodificar a mensagem. Em verdade, é a partir das figuras de linguagem (metáforas, metonímias, pleonasmos, hipérbatos, antífrase, eufemismo, alusão, preterição, anáfora, etc.), das figuras de pensamento (semântica) expressas no texto, das suas funções e do próprio fenómeno literário que se pode compreender a situação vital presente na obra.
E isso acontece porque a existência humana serve-se da linguagem para expressar a sua experiência, o seu pensamento e a concepção que tem de si mesma e do mundo. Esta é uma das razoes pela qual os pós-estruturalistas se preocupam com a experiência pessoal do autor.O intérprete de um texto quase sempre condiciona a sua leitura a uma pré-compreensão que emerge da sua própria experiência. Portanto, a interpretação deve ser vista, antes de mais, como um acto de actualização, influenciada ou afectada pelo contexto do leitor. Por sua vez, essa interpretação impressionará e transformará esse mesmo contexto.
Pode-se considerar que a relação entre as estruturas presente num ou vários textos literários podem apresentar-se como numa relação binária, cujos elementos se aduzem como pares combinados.Ao chegarmos aqui, facilmente estaríamos em condições de afirmar que as estruturas literárias, contempladas no ponto de vista do comparativismo literário como aproximações binárias, constituem uma espécie de congregação literária. Daí ser possível buscar semelhanças e diferenças nas estruturas poéticas das obras dos poetas Agostinho Neto (1922-1979) e António Nobre (1867-1900), dois poetas separados no tempo, no contexto e até mesmo na ideologia artística. Porém, ambos ansiavam por um mundo sem opressão, o tal platonismo da liberdade que sustenta os seus respectivos factos literários.
Um dos elementos frequentemente tacteados quando os teóricos se debruçam sobre axiomas ligados à literatura comparada são os factos literários, que estão na base do “fazer” literário.
Se percebermos o facto literário enquanto motivação das emoções, traduzidas pela expressividade das formas linguísticas, o texto pode ser analisado na perspectiva de um mero ponto de vista ou de uma tentativa de criar um novo mundo – como propuseram Neto e Nobre nas suas respectivas poéticas –, ou ainda retractar um dos vários mundos possíveis na perspectiva de Derrida. Recorrendo à literatura comparada, pode-se ainda juntar essas duas visões, pondo à mesa os pontos de aproximação e de afastamento numa dada obra ou obras. E o relacionamento entre o eu-lírico de Neto e o de Nobre, com as suas simbologias poéticas, são exemplos disso.
O sujeito poético de Agostinho Neto sofre pelos abalos provocados pelo silêncio do Criador perante aquilo que descreve como horizonte repentino, onde “o sol e o barco/ se afogam/ o mar/ escurecendo/ o céu escurecendo a terra/ e a alma de mulher”. Tudo escurecendo, inclusive a sua fé. Mas isso não se apresenta como uma exclusividade de Neto. Também o eu-lírico de António Nobre viu a sua fé flagelada pelo contexto, no seu Sonêto No 25:(...)Não creio em nada! e fui tão religioso! Na sua L’acculturation littéraire: Sociologie et littérature comparée (Tradução de Renato Venâncio H. de Souza), Roger Bastide afirma que a literatura comparada, assim como a crítica literária, têm a obrigação de “reencarnar” a arte no tecido vivo das sociedades.
Esse facto ilumina o túnel da história de cada comunidade, estabelecendo uma relação unívoca entre história e literatura duma nação. Portanto, ler e interpretar uma obra literária é também um exercício de (re)descoberta histórica. A equivalência que a literatura comparada nos fornece é a da compreensão da importância do facto literário enquanto facto histórico ou social. Aspectos como esse permitem-nos compreender, seguindo na esteira da estética da recepção, a relevância atribuída ao papel do leitor no processo literário, encarado como um desmistificador da história dum povo no momento da interpretação do texto literário.Também aqui conta o princípio pós-estruturalista de redefinir a cultura como um texto, criando a possibilidade de relativizar as duas instituições (cultura e literatura), permitindo que o leitor possa adquirir, com uma leitura de alguma obra literária, valores culturais, da mesma forma que a sua cultura vai ajudá-lo a descodificar os signos presentes na obra.
Na concepção de Roger Bastide, isso acontece porque a literatura comparada se renova em contacto com a antropologia cultural, transformada, enfim, em sociológica, e pelo interesse que esta sociologia das interpenetrações socioculturais teria em estender o seu campo de acção ao domínio literário.
No caso concreto de Neto e Nobre, as estruturas literárias presentes nas suas obras poéticas também surgem com o mero pretexto de esboçar um desejo. Motivos não faltaram, tal como não faltaram os factos literários, embora ambos tivessem seleccionado temas diferentes para espelhar um único fim: liberdade.
Na inconsciência, os dois poetas parecem ter eleito a escrita como elemento de libertação, com os olhos postos numa declaração de Derrida:Escrever é retirar-se. Não para a sua própria tenda para escrever, mas para a sua própria escritura. Cair longe da linguagem, emancipa-la ou desampará-la, deixa-la caminhar sozinha e desmunida. Abandonar a palavra. Ser poeta é abandonar a palavra. Deixa-la falar sozinha o que ela só pode fazer escrevendo. Abandonar a escritura é só lá estar para lhe dar passagem, para ser elemento diáfano de sua procissão: tudo e nada. Em relação a obra, o escritor é ao mesmo tempo tudo e nada. Como Deus: tens aí a prova de sua omnipotência; pois Ele é ao mesmo tempo o todo e o nada.
Portanto, a arte é ao mesmo tempo o nosso mundo e um outro a si paralelo, e interpretar as suas estruturas que deram corpo à obra é um exercício de descoberta dos elementos de aproximação e de afastamento de leitores com comprovadas experiências díspares. Assim, certamente poderá ser indiferente a mensagem histórica guardada em Sagrada Esperança de Agostinho Neto aos olhos dum leitor que não se identifica culturalmente com Angola, como o mesmo poderá suceder com aquele que se degustar com Só e pouco ou nada conhecer ou saber da cultura da nação portuguesa.
E, de novo, resgatamos a importância do comparativismo literário, como traço de aproximação de culturas através da interpretação dos simbolismos literários presentes em cada uma das obras. Afinal, do concreto à abstracção partem os dois poetas (Neto e Nobre), buscando sentimentos de amor à liberdade, apelando para isso à morte enquanto objecto abstracto, mas simbolicamente presente no âmago da valorização da vida.
Vida Cultural
FONTE: Jornal de Angola - Luanda,Luanda,Angola

sábado, maio 24, 2008

Judô brasileiro chega perto do bronze e fica sem pódio em Moscou


24/05/08 - 14h24 - Atualizado em 24/05/08 - 16h24
Judô brasileiro chega perto do bronze e fica sem pódio em Moscou
Luciano Correa, Walter Santos, Claudirene César e Priscila Marques chegam na disputa da medalha de bronze, mas acabam derrotados

GLOBOESPORTE.COM
Moscou

Quatro judocas brasileiros terminaram a disputa da Super Copa do Mundo de Moscou na quinta colocação. Luciano Correa (-100kg), Walter Santos (+100kg), Claudirene César (-78kg) e Priscila Marques (+78kg) foram derrotados na disputa do terceiro lugar. Neste domingo acontecerá a disputa por equipes. Na sexta, Leandro Guilheiro (-73kg) conquistou a medalha de bronze, única do país até agora na competição.
O campeão mundial Luciano Correa disputou cinco lutas. Na estréia venceu o austríaco Florian Lindner por yuko. Na segunda luta foi superado por ippon pelo russo Viacheslav Mikhaylin, que acabou conquistando a medalha de bronze no evento. Pela repescagem, Luciano fez uma luta dura com o geogiano Levan Razmadze e venceu por koka. Ainda pela repescagem o brasileiro passou por ippon pelo grego Dionysis Iliadis. Na luta pelo bronze, caiu diante do russo Askhab Kostoev, sofrendo um yuko quando restavam 20 segundos para o final da luta.
Já Walter Santos, que substituiu o lesionado João Gabriel Schlittler, fez três lutas. Na estréia, vitória sobre o russo Andrey Volkov por yuko. Na segunda rodada, Walter perdeu por wazari para o bielorusso Ihar Makarau, que conquistou o título da Super Copa de Moscou. Na disputa pelo bronze, o brasileiro foi superado por wazari pelo francês Jean-Sebastien Bonvoisin.
Pelo feminino, Claudirene César, convocada para substituir Edinanci Silva, fez boa campanha. Com quatro lutas, ela começou na competição com vitória por yuko sobre a russa Flora Mkhitaryan. No combate seguinte, perdeu por wazari para Purev Jarq Lkhamdegd, da Mongólia, que mais tarde conquistaria o bronze.
Na repescagem, venceu por ippon a bielorussa Katsiaryna Radzevich, mas foi superada por ippon pela russa Alana Kanteeva na luta pelo bronze. Fora das Olimpíadas de Pequim, Priscila Marques venceu sua chave na parte eliminatória da competição. Primeiro passou por Anna Balashova, da Rússia, por ippon, e depois por Iryna Iadkouskaya, da Bielorússia, também por ippon. Na semifinal, caiu diante da francesa Eva Bisseni por yuko e na disputa da medalha de bronze voltou a perder, desta vez para Ksenia Chibisova, da Rússia, por ippon. A francesa acabou conquistando a medalha de prata na competição.
Também competiram neste sábado Eduardo Santos (-90kg) e Mayra Aguiar (-70kg). Os dois judocas ficaram na sétima colocação. Os campeões mundiais João Derly (-66kg) e Tiago Camilo (-81kg) ainda se recuperam de lesões e foram poupados do torneio.
saiba mais
Leandro Guilheiro fatura bronze na Super Copa do Mundo de Judô
Scheidt e Prada perdem três posições na Semana de Vela da Holanda
FOTO: Olimpíada paralela no Tibete
FOTOS: Patriotismo no revezamento

FONTE (photo include): GloboEsporte.com - Rio de Janeiro,RJ,Brazil

Judo fan Putin becomes president again!


May 24, 2008, 23:00
Judo fan Putin becomes president again!

Russia's Prime Minister Vladimir Putin has become a president again – this time as an honorary head of the International Judo Federation. He was awarded the title before the opening of the Judo World Supercup, which is taking place in Moscow this weekend.
Putin, who holds a black belt in the martial art, says he'll carry on trying to make it more popular in Russia.He says its principles could help make society more tolerant.

The International Judo Federation brings together 200 sports associations from across the world.

Post this story to del.icio.us

FONTE (photo include): RussiaToday - Russia

Health: get fit for judo


From The Sunday Times
May 25, 2008
Health: get fit for judo

Judo translates as “gentle way”, yet is both a brutally effective martial art and a great way to keep fit, as enthusiasts from Vladimir Putin to Steve McQueen have discovered. The name comes from judo’s core principle of using technique to turn an opponent’s strength against them. While the sport involves spectacular throws and holds, its primary emphasis is the efficient use of balance, leverage and timing.
Its roots are in the ancient martial art of jujitsu, whose core fighting techniques were simplified by Jigoro Kano in 1882 to create the modern discipline of judo. Aside from self-defence, judo rapidly develops strength, agility, balance and endurance. “It’s one of the few sports that covers all the facets of fitness,” says Neil Maclean-Martin, the lead physiotherapist for the British judo team, and is a great calorie burner – at about 600 an hour.
“In terms of cardiovascular fitness, a solid aerobic base is essential,” says Maclean-Martin. Interval training, which involves changing the intensity of your effort throughout a workout, is good preparation for the stop-start, high-intensity nature of judo. This training can be based on running, cycling, rowing or swimming, but the best way to begin is finding a qualified judo coach. There are 900 clubs in the UK.
As you’ll be tackling someone of similar weight in a judo match, building up strength tips the power-to-weight ratio in your favour and protects against injury. These training sessions should also be geared towards building endurance as well as the explosiveness needed for throws or escaping holds. The art of falling safely when being thrown, or ukemi, is an essential judo skill. Flexibility is also vital and will help when escaping holds.
TAKING IT FURTHER
http://www.britishjudo.org.uk/ The British Judo Association, the UK’s official governing body, has a directory of clubs
http://www.intjudo.eu/ The International Judo Federation’s site outlines rules, techniques and etiquette
http://www.judoinfo.com/ Great pictures and descriptions of key techniques, plus judo history and principles
Kit bag: essential gear for judo
Adidas Club Judo Gi uniform £30 from http://www.black-eagle.co.uk/
This loose-fitting yet durable judo uniform is designed for the demanding grappling required in the sport. The seams are all reinforced and the wide lapels of the jacket are padded to help provide a more secure grip.
Thera Band latex band £10 from http://www.theraband.com/
These latex training bands are ideal for improving your explosive strength or range of motion. They are sold in varying levels of resistance and can be used in a variety of exercises depending on which muscles are being worked on.
Digi Flex finger trainer £31.50 from http://www.physio-med.com/
In order to throw an opponent, you’ll need to execute quickly – and then maintain – a firm grip on their uniform. This training device will help to strengthen your fingers and hands to build a vice-like grip.
Reebok 750ml water bottle £4 from http://www.reebokstore.co.uk/
“Performing indoors, and wearing heavy outfits, judo players sweat profusely and suffer extreme dehydration,” says physiotherapist Neil Maclean-Martin. With a 750ml capacity, this lightweight water bottle will see you through a demanding session.

FONTE (photo include): Times Online - UK

O Shakespeare brasileiro


Mauro mauro@gazetadosul.com.br
O Shakespeare brasileiro

Um baú de pedras preciosas”. Assim a doutora em Literatura Comparada pela Ufrgs, pesquisadora e escritora, Alba Olmi, descreve a obra machadiana, da qual é profunda admiradora. A autora de Metodologia Crítica da Traduçào Literária – Duas Versões Italianas de Dom Casmurro revela só ter descoberto o autor mais tarde. Porém, se encantou de forma irremediável pela universalidade e contemporaneidade da obra de Machado de Assis. “Ele não é apenas o mais importante escritor do nosso passado, mas do presente e do futuro, pois é um escritor imortal e, sua obra, é atemporal”, afirma.

Das qualidades da literatura machadiana, a professora ressalta a fineza da análise sociológica, marca de sua obra. “A maneira atenta como observava a sociedade faz do grande literato também um historiador, um observador da vida política, embora muitos o acusassem de ignorar questões sociais, como a escravatura”, revela.

Para Alba, principalmente os contos refletem a análise crítica do autor sobre política. Como exemplo, cita o Conto do Medalhão, onde o pai dá ao filho que chega à maioridade inescrupulosos conselhos para alcançar prestígio na sociedade de aparências. “Ensinava que era preciso ser insensível aos problemas políticos e sociais e se cercar de pessoas influentes para subir na vida”, diz, ela, para quem o autor revela em seus contos a revolta com a situação dos explorados.

Nascida na Itália, Alba destaca o quanto Machado é exaltado por toda a Europa. “Como um grande e universal literato, as universidades do Velho Mundo dedicam cadeiras ao estudo de sua obra”, relata. “Ele vale muito mais do que se diz e do que se pensa dele”, enfatiza.

Para a professora, o maior legado de Machado é a qualidade impecável de seus textos. “A sintaxe primorosa, a escolha vocabular de grande valor e a modernidade de suas idéias o tornam um contemporâneo, pois trata de tragédias e comédias comuns à vida diária”, analisa. “Seus temas sempre estiveram relacionados às mazelas da sociedade, por isso é atual, afinal, tudo se repete, morte, vida, amor, inveja, ciúme, assassinatos, tal qual na literatura grega”, compara.

ADULTÉRIO – Da vasta obra machadiana, Alba se deteve em Dom Casmurro, um dos livros da literatura brasileira mais traduzidos para outros idiomas, que conta a trajetória de Bentinho e Capitu. Romance psicológico, narrado em primeira pessoa por Bentinho, mantém questões sem elucidação até o final, já que a história conta apenas com a perspectiva subjetiva do personagem.

Sem nenhuma cena que comprove, a dúvida sobre a existência do adultério de Capitu permanece apenas como suspeita. Em capítulos curtos, com títulos explicados posteriormente e com o uso de citações de obras importantes e personagens históricos, em frases curtas, facilita a leitura e prende o leitor. Ao deixar o final com uma questão em aberto, Machado permite que o leitor tire suas próprias conclusões.

Segundo Alba, alguns críticos comparam Machado a Shakespeare. “Tanto Otelo como Dom Casmurro são romances que têm como base o adultério, a dúvida e o ciúme, analisavam sentimentos entre metáforas e ironias”, diz, lembrando a admiração que o brasileiro tinha pelo autor inglês. “Só lendo Machado para entender o quão especial é sua obra”, resume.

Notícias relacionadas
24/05/2008 Um gênio é tema da Feira do Livro

FONTE (photo include): Gazeta do Sul - Santa Cruz do Sul,RS,Brazil

Deena Linett


Deena Linett

Deena Linett was born in Boston and grew up on the Gulf Coast of Florida. She has been teaching at Montclair State University in New Jersey since 1989, and has been promoted to the rank of Professor of English. Linett has published short fiction and non-fiction as well as two prize-winning novels, On Common Ground and The Translators Wife , which were completed during fellowships at Yaddo. Linett is the recipient of 1996 and 2002 fellowships to the Hawthornden Castle International Retreat for Writers in Scotland , where many poems in her first collection, Rare Earths, were begun (BOA Editions, 2001). Most recently, Linett was awarded a residency fellowship to the Baltic Centre for Writers and Translators , Sweden , Summer 2004.

Books by Deena Linett:
Rare Earths
Woman Crossing a Field

FONTE (photo include): http://boaeditions.org/

LITERATURA RUSSA (17/5/2008)


Caderno 3
LITERATURA RUSSA (17/5/2008)
A tragédia vermelha

Em “O Exército de Cavalaria”, o escritor judeu Isaac Bábel denuncia os excessos e equívocos dos primeiros anos da Revolução Russa

Isaac Bábel foi fuzilado em 1940, sob ordem do então chefe do Estado Russo, Joseph Stalin. Era o número 12 de uma lista de 346 indivíduos acusados de condutas “contra-revolucionárias, propagar idéias trotskistas e atividade espiã”.

A tal conduta do intelectual de origem judáica não podia ser outra que não a escrita. Jornalista e escritor, Bábel escreveu obras “perigosas” para o regime stalinista - caso de “O Exército de Cavalaria” (1926).

O livro reúne 36 contos, todos eles ambientados em um mesmo universo temático. As ações acontecem durante a guerra civil que levou as tropas soviéticas, vindas da Ucrânia, a invadirem o território polonês.

Bábel evoca sua experiência como jornalista para criar histórias impregnadas pelo horror real que testemunhou, enquanto acompanhou a cavalaria cossaca como correspondente de guerra. Assassinatos, estupros e saques faziam parte do cotidiano, num ambiente que rescindia à sangue.

À época, como era um tanto previsível, o Comitê Central do Partido Comunista não ficou satisfeito com as revelações feitas por Isaac Bábel. O exército vermelho, ao invés ocupar a Polônia para esmagar os resquícios do feudalismo polonês e introduzir a Revolução, promoveu um massacre a população local.

O que tornava Bábel potencialmente perigoso para Stalin é que sua escrita não tinha nada de liberal. A concepção de uma revolução e os desdobramentos russos do marxismo não eram questionados em si pelo escritor. Para ele, no entanto, era preciso encarar a crueza da realidade, para além dos gabinetes.

Seus contos mostram que se fazia necessária uma maior atenção e postura crítica para resolver a equação que colocava lado a lado uma população aterrorizada pela guerra e um exército faminto (não apenas de comida).

Fragmentos

Tanto as imagens como a forma que elas são construídas em “O Exército de Cavalaria” apontam para a idéia de fragmento. É a ordem civil nos territórios descritos que se encontra em pedaços, a nova e amarga vida que os moradores que recebem o exército vermelho são obrigados a enfrentar. Os próprios contos - isolados e em conjunto - emergem de forma fragmentária.

Bábel narra eventos que parecem começar do nada. Ou melhor, de algum ponto de uma história que já começou. Caso de “Um carta”, em que o narrador introduz e comenta ao término, a carta de um jovem soldado à mãe, descrevendo uma tragédia familiar que opôs ele e seus irmãos ao pai, defensor da velha ordem.

O autor ainda conecta uma série de contos, em que narrador está entre os criados da casa de um velho padre, que fugiu ao anuncio da chegado dos vermelhos. Desta forma, criou uma espécie de romance em fragmentos, no qual o protagonista não é este ou aquele personagem, mas a terra castigada onde se assentou o sofrido e opressor exército da cavalaria.

Estética

Engana-se quem pensa que o valor da obra de Isaac Bábel é tão somente político. Em um período em que a produção poética era o grande destaque da produção russa (Maiakóvski, Marina Tsvietáieva), o escritor se destacava por uma prosa inventiva, marcada por metáforas com um grande poder de síntese. Imagens de destruição e decadência, que, por vezes, combinam elementos contraditórios. Não raro o quadro se pinta parece antenado com idéias que lhes eram contemporâneas, defendidas pelos surrealistas.

Maksim Górki (1868 - 1936), principal prosador russo à época, reconheceu o talento do jovem Bábel e tornou-se seu protetor. Foi ele quem abriu às portas para que Bábel publicasse em revista literárias. Também na morte, o mestre precedeu seu protegido, sendo envenenado a mando de Stalin.

Esta é a primeira vez que “O Exército de Cavalaria” ganha uma tradução direta para o português. Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade são os responsáveis por esta versão. Antes dela, a coleção de contos de Isaac Bábel havia sido editada em uma tradução indireta, que herdou até mesmo o título da versão norte-americano do livro - “A cavalaria vermelha”.

Dellano Rios
Repórter

CONTOS
"O Exército de Cavalaria"
Isaac BábelR$ 59
256 páginas2008
Cosac Naify
FONTE (photo include): Diário do Nordeste (Assinatura) - Fortaleza,CE,Brazil

"El judo lo traigo en la sangre"


24 de mayo de 2008
"El judo lo traigo en la sangre"
Arturo Martínez:
Guillermo Martínez G.Creció en los barrios fuertes de Iztapalapa.Estuvo rodeado de mucha miseria, que se reflejaba en las casas de cartón de por esos rumbos.No obstante, él quiso salir de ahí y gracias al apoyo de su abuelo desde los ocho años se fascinó por el deporte del judo.

Es Arturo Martínez, quien ya regresó a entrenar, tras lograr sorpresivamente su calificación a los Juegos Olímpicos."Llevo dieciocho años practicando el judo, y todo gracias a mi abuelo, que fue quien desde pequeño me llevaba a entrenar".

Muy temprano se le vio en las instalaciones de la CONADE, donde se encuentra concentrado y feliz por haber obtenido su pase para la justa de agosto.

"Es un logro que todo mundo quiere, pero pocos lo logran, muchas veces por las situaciones en que se encuentran. Para mí ha sido toda una carrera de lucha, pero por fin ya estoy listo para los Juegos Olímpicos", dijo Arturo.

Hace cuatro años estuvo seleccionado para Atenas, no pudo competir y ahora la justa de agosto la toma como una revancha.

"Quedé fuera por puntos y me decepcioné bastante. He meditado todo lo que pasó para corregirlo. Ahora tengo una nueva oportunidad y debo aprovecharla".

Cabe recalcar que en el Campeonato Panamericano de Judo, de Miami, obtuvo un empate en el sexto lugar con el uruguayo Javier Terra, por lo que hubo instantes de tensión por si entraba o no a Beijing. Pero finalmente, la segunda plaza se le dio a México.

"Mi abuelo y mi padre eran judokas, y por eso siento que también lo traigo en la sangre. No me gusta otro deporte que no sea el judo o lo que la tele promueve. Afortunadamente, a mis quince años comenzaron los viajes, los campeonatos, las medallas, y me quedé aquí".

Tercer lugar en el Panamericano de Judo, en Brasil, y primer lugar en Campeonato Centroamericano, dice:

"Al principio fue como un juego, pero luego se volvió como una superación personal por todas las carencias que vives de pequeño. Las recompensas llegaron rápidamente".

Dice que con esfuerzo todos pueden llegar a la meta."Las agallas y las ganas de sobresalir te hacen luchar y ganar para que puedas hacerte de algunas cosas. Al menos sacar para tus pasajes".

Nos señala que son más las satisfacciones que las decepciones que ha recibido por estar dentro del deporte.

"El que te den un pants, una beca, y puedas representar a tu país, son satisfacciones inolvidables. A veces nos hemos lesionado, otras veces no teníamos para los viajes, pero mejor pensamos en el podium con nuestra bandera".

Siempre sencillo, por todo lo que ha vivido, dice que ojalá pudiera partir su boleto para darle una parte a todas las personas que lo han ayudado.

"Como mi entrenador, mi novia, mis padres, además de toda esa gente que falleció en el terremoto de Beijing. Es una lástima, pero debemos salir adelante".

FONTE (photo include): Esto - DF,Mexico

Judo - Super CDM Moscou: Katrien Verheeke 7e en -63 kg


Judo - Super CDM Moscou: Katrien Verheeke 7e en -63 kg
24/05/2008 14:21
Katrien Verheecke a pris la 7e place en catégorie des moins de 63 kg du tournoi Super CDM de judo de Moscou, où, chez les messieurs, Koen Sleeckx (-73) a été éliminé après deux combats.
Verheecke a gagné son premier combat par ippon face à l'Azerie Gozal Zutova. Elle s'est ensuite inclinée par yuko face à la Grecque Ioulietta Boukouvala, médaille de bronze en Russie. En repêchages, la Belge a battu par yuko la Russe Liubov Belskaia, avant de s'incliner par ippon face à l'Autrichienne Hilde Drexler. Chez les messieurs, Koen Sleeckx a été sorti dès son 2e combat, perdu par ippon face au Russe Artem Artemyev, qui allait ensuite décrocher le bronze. Celui-ci ayant été battu dans son combat suivant, Sleeckx n'a pu passer par les repêchages. Le Belge avait auparavant battu le Géorgien Tengiz Paposhvili par ippon. (GFR)

FONTE (photo include): Le Vif/L'Express - Bruxelles,Belgium

Super Copa do Mundo de Moscou de Judô: Brasileiros começam bem no segundo dia

Outros
Super Copa do Mundo de Moscou de Judô: Brasileiros começam bem no segundo dia
24/05/2008 - 11:46:07 - por FS - CBJ
Os brasileiros que disputam neste sábado a Super Copa do Mundo de Moscou seguem bem na competição. Walter Santos (+100kg) e Priscila Marques (+78kg) estão nas semifinais da competição.
Agora, Priscila enfrenta a francesa Eva Bisseni, enquanto Walter pega o bielorusso Ihar Makarau.
Já Eduardo Santos (-90kg), Mayra Aguiar (-70kg), Luciano Correa (-100kg) e Claudirene César (-78kg) estão na repescagem.
FONTE: Final Sports - Porto Alegre,Brazil

Super Copa do Mundo de Moscou de Judô: Eduardo Santos e Mayra Aguiar terminam em sétimo lugar

Outros
Super Copa do Mundo de Moscou de Judô: Eduardo Santos e Mayra Aguiar terminam em sétimo lugar
24/05/2008 - 12:15:41 - por FS - CBJ
Eduardo Santos (-90kg) foi derrotado na repescagem por Ramziddin Saydov, do Uzbequistão, por ippon. Com o resultado, Eduardo ficou na sétima colocação na Super Copa do Mundo de Moscou. A gaúcha Mayra Aguiar (-70kg) também perdeu na repescagem. A judoca da Sogipa foi superada por Hedwig Lechenauer, da Áustria, por ippon. Mayra também encerrou sua participação na sétima colocação.
FONTE: Final Sports - Porto Alegre,Brazil

sexta-feira, maio 23, 2008

Nizar Qabbani

Nizar Qabbani
Nizar Qabbani (1923-1998): Syrian poet and diplomat whose subject matter, at first strictly romantic, grew to embrace political issues as well. Written in simple but eloquent language, his verses, some of which were set to music, won the hearts of countless Arabic speakers throughout the Arab World. Qabbani, who was born into a middle-class merchant family, was also the grandnephew of the pioneering Arab playwright Abu Khalil Al-Qabbani. He studied law at the University of Damascus (graduated in 1945), then began his varied career as a diplomat. He served in the Syrian embassies in Egypt, Turkey, Lebanon, Britain, China, and Spain before retiring in 1966 and moving to Beirut, Lebanon, where he founded the Manshurat Nizar Qabbani, a publishing company. Meanwhile, he also wrote much poetry, at first in classic forms, then in free verse, which he helped establish in modern Arabic poetry. His poetic language is noted for capturing the rhythms of everyday Syrian speech.
The suicide of his sister, who was unwilling to marry a man she did not love, had a profound effect on Qabbani, and much of his poetry concerns the experiences of women in traditional Arab society. Verses on the beauty and desirability of women filled Qabbani's first four collections. Qasa'id min Nizar Qabbani (1956; "Poems by Nizar Qabbani") was a turning point in his art; in it he expressed resentment of male chauvinism. It also included his famed "Bread, Hashish and Moon," a harsh attack on weak, impoverished societies that live in a haze of fantasies. Thereafter, he often wrote from a woman's viewpoint and advocated social freedoms for women. His Hawamish 'Ala daftar al-naksa (1967; "Marginal Notes on the Book of Defeat") was a stinging critique of unrealistic Arab leadership during the Six-Day War with Israel. Among his more than 20 poetry collections, the most noted volumes are Habibati (1961; "My Beloved") and Al-rasm bi-al-kalimat (1966; "Drawing with Words"). Qasa'id hubb 'Arabiyah ("Arabian Love Poems") was published in 1993.
Sorrows in Andaluciaأحزان في الأندلس
Chooseإختاري
I Ask You to Leaveأسألك الرحيلا
Children Bearing Stonesأطفال الحجارة
Get Angryإغضب
A Tetstimony in Poetry's Trialإفادة في محكمة الشعر
Does He Think So?أيظن؟
Waiting for Godotبانتظار غودو
Baghdadبغداد
The Poem of Challengesقصيدة التحديات
Gold Engraving on a Damascene Swordترصيع بالذهب على سيف دمشقي
The World Blames Meتلومني الدنيا
The Holeالثقب
Your Body is My Mapجسمك خارطتي
Gamal Abdel Nasserجمال عبد الناصر
The Ruler and the Birdالحاكم والعصفور
Love and Oilالحب والبترول
Bread, Hashish and Moonخبز وحشيش وقمر
Five Letters to My Motherخمس رسائل إلى أمي
Rachel and Her Sistersراشيل وأخواتها
Letter to Gamal Abdel Nasserرسالة إلى جمال عبد الناصر
Letter from a Soldier on the Suez Frontرسالة جندي في جبهة السويس
Letter from Underwaterرسالة من تحت الماء
Letter to a Manرسالة إلى رجل ما
Dialogue with Taha Husseinحوار ثوري مع طه حسين
Motherأم المعتز
My Fatherأبي
The Interrogationالاستجواب
An Apology to Abou Tammamقصيدة اعتذار لأبي تمام
Symphony of the Southالسيمفونية الجنوبية
Poets of the Occupied Landشعراء الأرض المحتلة
One Wayطريق واحد
Abdel Men'em Riyadhعبد المنعم رياض
Granadaغرناطة
The Fortunetellerقارئة الفنجان
Jerusalemالقدس
The Aspirin Pillقرص الأسبرين
The Poem of Sorrowقصيدة الحزن
The Damascene Poemالقصيدة الدمشقية
Say I love Youقولي أحبك
Wordsكلمات
Don't Ask Meلا تسألوني
With a Newspaperمع جريدة
Notes at Times of Love and Warملاحظات في زمن الحب والحرب
Commando Graffiti on Israel's Wallsمنشورات فدائية على جدران إسرائيل
From the Diary of a Damascene Loverمن مفكرة عاشق دمشقي
Morphineمورفين
River of Sorrowsنهر الأحزان
Oil Attacked Us Like a Wolfهجم النفط مثل ذئب علينا
The Fourth Pyramidالهرم الرابع
Marginal Notes on the Book of Defeatهوامش على دفتر النكسة
Beirut, Lady of the Worldبيروت يا ست الدنيا
Your Handيدك
Little Thingsشؤون صغيرة
Pregnantحبلى
The Actorsالممثلون
The Speechالخطاب
A Damascene Songموال دمشقي
FONTE (photo include): Poetry of Nizar Qabbani

Des mathématiques à l’écriture

Le mythe Tahar Djaout
Des mathématiques à l’écriture
Le sort réservé à Djaout rappelle celui de Socrate avec cette différence qu’on a donné la mort au philosophe grec en lui faisant boire un poison provenant d’un champignon venimeux. Socrate avait accepté avec le sourire la sentence qu’on lui avait réservée pour ses idées très en avance sur son temps.Périclès homme d’Etat pourtant père de la démocratie en Grèce antique qui avait rêvé de fonder une puissance maritime, l’avait accusé de répandre des idées incompatibles avec le régime politique. Socrate a été éliminé physiquement mais sa philosophie a traversé des millénaires d’histoire ; elle est incontournable même de nos jours.
Djaout a fait des études en mathématiques et malgré lui, il est devenu poète puis romancier de talent. Ses textes ont été construits dans la perspective de la logique cartésienne. A l’image de Mameri, Dib, M. Haddad, K. Yacine, il a inventé un style qu’il a pris soin d’affûter dans la poésie.
C’est avec beaucoup d’humilité qu’il a fait ses débuts dans la versification. Mohamed Dib a d’abord été lui aussi journaliste, poète, avant de découvrir sa vraie vocation de romancier et il en est de même de Kateb et de Djaout.
Une poésie personnalisée et revendicative
S’il y a un genre où on doit être original, c’est bien la poésie, art majeur comparable à la peinture dont les conditions d’appréciation restent l’inventivité, sa capacité à susciter la motivation, marques d’un génie créateur. De plus, Djaout n’a pas fait la poésie pour la poésie, mais pour servir une cause juste : réhabiliter l’homme, dénoncer les injustices. Il a laissé derrière lui des pensées qui méritent d’être mises en exergue à la première page de chaque œuvre de référence : «Ecrire-répondre à une conjuration. Enseigner son oracle. Et à l’horizon obturé exhiber le poème. Rempart où le réfugié abrite ses dernières hardes et abrite son dernier souffle/gros d’un enfantement subversif».
S’il a réussi dans le roman, c’est parce qu’il a su intéresser son public par sa prose poétique qu’on lit avec délectation. Pour lui, «écrire c’est tout dire, dénoncer les faux miracles. Il faut que la poésie soit corrosive, vigilante, libératrice qui débarrasse de toute entrave déformante, composée dans un langage revendiquant le pain et le feu. Lorsqu’on lit ses textes, on remarque une nette récurrence de l’expression «à vau l’eau» et cela peut s’expliquer aisément étant donné son envergure. Très jeune, il avait édité un de ses recueils de poésies sous le titre ou générique l’Arche à vau l’eau (Paris, ed Saint Germain des Près. 1977, 78 pages). L’auteur avait aussi le don de voir dans chaque élément un support de sens multidimensionnel. Il n’avait pas vingt ans en 1972 lorsque parlant de soleil, il employait à bon escient : soleil total, soleil fusionnant miel et allégresse.
On ne peut qu’être émerveillé, même si on ne le saisit pas bien, son style imagé chargé de sens que le commun des lecteurs trouve parfois plein de non dits. Que de lecteurs ont été décontenancés devant des emprunts à divers domaines de la connaissance : «J’ai perdu à jamais l’étoile, guide de mon périple».
Ses textes composés avec beaucoup de talent, dit tout ce qu’on peut ressentir intérieurement, comme l’amertume, les fantasmes, le déchirement. Cependant, comme tous les jeunes, il aime le soleil, la plage, la mer, l’Eros fou, la tendresse, les mots sympathiques. Depuis les premières années bercées dans une poésie passionnante par son contenu jusqu’aux années de production romanesque, les œuvres de Djaout ne se sont jamais éloignées de l’actualité brûlante, de ses racines identitaires, du patrimoine ancestral. «Je veux tout recréer dans une chair orage», dit-il.
Une poésie qui dit «je» mais qui engage tout le monde
Africanité ma peau écrit lorsque le poète n’avait que 19 ans, est un indicateur de maturité précoce pour le genre poétique, la littérature en général, la culture, la sociologie, l’histoire. A cet âge, rares sont les jeunes qui comprennent la politique tiers monde. Il s’agit-là d’une poésie qui s’enracine dans le monde des humains. Elle dit «je» haut et fort pour faire entendre une voix qui dit tout sur le destin de l’Afrique et des Africains. En voici un extrait : «Et j’exige que soient canonisés le cris commun, l’hymne commun, la souffrance commune/le verbe de mes frères les chantres caniculaires/ Sénac-paix «Jean sur tous les cimetières recueillis dans l’incantation solaire.
Chérif Kheddam, Khaïr Eddine. Utam’si
Afrique ma profonde devise non pas écriteau soudé sur front d’esclave non pas plaque hissé pour indiquer le lieu de parcage mais hymne nouveau-né de nos bouches ressuscitées mais bras puissants, ouvrant grandes les portes à tous les mots séquestrés» (1973).
En parcourant sa poésie, nous avons été soudainement sidérés par des vers d’une beauté incomparable par la brièveté, les symboles, la simplicité du vocabulaire mais d’un grand poids sémantique. Ils ont été dédiés à Jean Senacs, un ami de l’Algérie tombé dans l’oubli, aussi l’oublié restera chez Djaout un éternel ressuscité tant les écrits restent.
Le titre choisi «espoir» est apparemment paradoxal par rapport au contenu, mais l’auteur a fait un choix judicieux pour un poème composé de deux sizains ou strophes de six vers formant un ensemble qui présente de nombreuses combinaisons de rimes à partir de substantif, verbes, adverse pronoms qui expriment plus de sens qu’on ne le pense.
D’après les indications données, le poème a été composé à Oulkhou (Azzefoun) son village natal, alors qu’il n’avait que dix huit ans. On laisse chacun juge du schéma sémantique et de l’esthétique du texte : «embrayeurs des nuées poètes, et le temple des clartés bâti de vos vertèbres, donnera-t-il enfin le pain que nous cherchons ? J’entends monter de vous la rumeur des fleuves, et sourde dans le sein de vos squelettes têtus, le refus de hisser, le pavillon du silence ». (L’Arche à vau l’eau).
Nous avons eu l’occasion de dire que Djaout avait ce rare privilège d’avoir le don des mathématiques et du langage poétique. Les vers devaient couler de lui comme de l’eau de roche tant chaque mot occupe bien la place qu’on lui a choisie, apporter un plus de sens ou être le pilier d’un ensemble organisé. La science et l’art de vérifier, associés dans un rapport de parfaite complémentarité, s’appuient sur ddes qualités naturelles comme l’intelligence, l’esprit d’observation, la logique ou le raisonnement mathématique, la critique constructive qui font de l’auteur un penseur émérité, un poète hors pair «tu arborais tous les manteaux scintillants de l’aube, et ton corps vibrant me disait la houle des blés, Oh encore une giclée de soleil, et avec lui remuer le suaire, les souvenirs à jamais pulvérisés» (extrait du poème Rien qu’un corps. Ces vers libres et non ponctués conformément aux canons d’une genre poétique auquel adhère avec de réelles convictions, dénotent des prédispositions rares ainsi qu’une forme de prémonition.
Il arrive que des artistes, de tous les domaines et de tous les genres fassent des œuvres prémonitoires. Ah ! Si Djaout, Feraoun, Kateb, Mammeri n’avaient pas rencontré la mort plus tôt ou n’avaient pas connu vos destins tragiques, ils auraient continué a être aussi prolifiques pour le bien de notre littérature.
24-05-2008
Boumediene A.
FONTE: Nouvelle République - Alger,Algeria
http://www.lanouvellerepublique.com/

Empresa lança papel higiênico literário na Espanha

Empresa lança papel higiênico literário na Espanha
25 de Abril de 2008
ANELISE INFANTE
da BBC Brasil
O velho hábito de ler no banheiro ganhou um componente moderno: o papel higiênico literário. A empresa espanhola Empreendedores lançou rolos de papel especial nos quais aparecem impressos clássicos da literatura mundial para que o usuário vá lendo enquanto permanecer no banheiro.
O produto inclui trechos de literatura clássica, teatro, poesia e até textos da Bíblia e do budismo.
"Hemingway dizia que clássico é aquele livro que todo mundo respeita, mas ninguém lê. O que estamos fazendo é levar os livros aos banheiros, aproximando a literatura do homem", disse o dono da empresa, Raúl Camarero.
"E surge aí um conflito interessante: limpar o traseiro com uma bela obra e o dilema moral que isso representa", disse Camarero.
Da Bíblia foram escolhidos trechos do Apocalipse, do Cântico dos Cânticos e dos Provérbios.
Os textos sagrados budistas são "O Sutra do Loto" e o "Livro Tibetano dos Mortos".
Idéia surgiu a partir de uma peça teatral, encenada pela companhia de Camarero
A intenção dos sócios da companhia era incluir também trechos do Corão, mas tiveram medo da possível reação dos islâmicos.
"Tivemos medo, sim, de provocar ira e vingança. Alguns até ameaçaram sair do projeto, se insistíssemos", disse o empresário.
Peça de teatro
A idéia surgiu a partir de um espetáculo teatral.
Camarero, que dirige uma companhia de teatro, escreveu uma peça intitulada "Empreendedores", onde uma empresa imprimia clássicos literários em papel higiênico.
A peça ganhou um prêmio no Festival de Teatro de Sevilha e a companhia decidiu então transformar ficção em realidade.
Os trechos escolhidos para a impressão são clássicos de domínio público, pelos quais não é preciso pagar direitos autorais. Mas a empresa avisa que está aberta a propostas de novos escritores.
FONTE: O Barriga Verde On-Line - Taió,SC,Brazil

Estágio internacional de judo à beira do 'Ippon'

Estágio internacional de judo à beira do 'Ippon'
23-05-2008 6:11:00
O reconhecido estágio de judo, que se tem realizado em Faro, já tem data marcada para a terceira edição e vai haver uma surpresa, mas a falta de infra-estruturas e patrocínios poderá ‘matar’ a próxima edição.
Alguns dos nomes mais conhecidos da modalidade a nível mundial vão participar na terceira edição do Estágio Internacional de Judo “Cidade de Faro”, que terá lugar entre os dias 7 e 11 de Julho na capital algarvia, contudo o local ainda está por definir.
“Estamos à espera de uma confirmação da Câmara de Faro para saber se podemos utilizar o Pavilhão Municipal, mas ainda não sabem se estará ou não construído a tempo”, afirma ao Observatório do Algarve Júlio Marcelino, presidente da Associação Distrital de Judo do Algarve (ADJA).
O Pavilhão do Farense é uma opção, no entanto tem outros encontros marcados para esses dias, ao passo que a Escola Afonso III não tem condições para albergar os mais de 200 atletas esperados.
“Este ano vamos fazer também um torneio em memória do falecido seleccionador nacional António Matias e o pavilhão da escola [Afonso III] já não tem capacidade para tudo. O Pavilhão do Farense já está ocupado, mas é a nossa melhor opção de momento”, adianta, mas realça que ainda espera uma resposta da Câmara.
O ‘Torneio Memorial António Matias’ vai realizar-se no dia 6 de Julho e será a última oportunidade de ver em acção os judocas olímpicos, nacionais e internacionais, antes das olimpíadas de Pequim.
Para além da indefinição do local do torneio e do estágio, os patrocínios também escasseiam, num encontro cujo custo deverá rondar os 120 mil euros: “É tardíssimo para estar a tratar destes problemas, mas sou teimoso e isto vai mesmo realizar-se”, assegura Júlio Marcelino, afirmando que a continuidade deste estágio para os próximos anos estará dependente do desfecho do deste ano.
Apesar de as inscrições ainda estarem abertas já estão confirmadas as presenças da Selecção Nacional de seniores, sub-23 e juniores, bem como a da Estónia, Israel, Brasil, Arménia, Argentina, Espanha, Letónia e Japão, muitas delas com atletas que vão medir forças em Pequim. Júlio Marcelino espera bater o recorde de presenças, já que no ano de 2006 recebeu cinco selecções e em 2007 foram 10 as participantes.
O também treinador do Judo Clube do Algarve está em França com a atleta Joana Santos, onde a judoca terá obrigatoriamente de assegurar, pelo menos, a terceira posição para se qualificar para os Jogos Olímpicos de Taipé2009, para surdos.
Tiago Griff
FONTE: Observatório do Algarve - Faro,Portugal
http://www.observatoriodoalgarve.com/

Guilheiro conquista bronze na etapa russa da Supercopa de judô

23/05/2008 - 16h00
Guilheiro conquista bronze na etapa russa da Supercopa de judô
da Folha Online
O judoca brasileiro Leandro Guilheiro, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, conquistou nesta sexta-feira o bronze na categoria até 73 kg da etapa de Moscou, na Rússia, da Supercopa da modalidade.
Guilheiro perdeu nas semifinais para o japonês Masahiko Otsuka e assegurou um lugar no pódio ao vencer o ucraniano Gennadiy Bilodid, por koka, na disputa pela terceira colocação.
Também nesta sexta, Ketleyn Quadros e Sarah Menezes terminaram no quinto posto das categorias até 57 kg e até 48 kg, respectivamente. Érika Miranda foi a sétima colocada até 52 kg, enquanto Denilson Lourenço terminou o torneio com peso limite de 60 kg em nono.
Os judocas João Derly (-66kg) e Tiago Camilo (-81kg), atuais campeões mundiais de suas categorias, foram poupados do torneio em Moscou devido a pequenas lesões.
A Supercopa de Moscou é mais uma etapa na preparação da seleção olímpica do Brasil para os Jogos de Pequim, em agosto. O país terá representante em 13 dos 14 torneios do judô na China.
Especial

Seleção brasileira de judô disputa Supercopa do Mundo na Rússia
LIVRARIA: Série ensina inglês, japonês e outras línguas em 15 minutos ao dia
Livraria da Folha
Almanaque reúne curiosidades sobre futebol, judô ou esportes que você nunca ouviu falar
"Guia dos Curiosos" traz curiosidades sobre as olimpíadas, além de resultados e medalhas
Especial
Saiba mais sobre os Jogos Olímpicos de Pequim-2008
FONTE: Folha Online - São Paulo,SP,Brazil
http://www1.folha.uol.com.br/

Mayra Aguiar luta neste sábado em Moscou. João Derly e Tiago Camilo poupados

Outros
Mayra Aguiar luta neste sábado em Moscou. João Derly e Tiago Camilo poupados
23/05/2008 - 16:18:48 - por FS – AI FGJ
O judô gaúcho está representado na Super Copa do Mundo de Moscou, na Rússia. Mayra Aguiar sobe nos tatames neste sábado com objetivo de conquistar a terceira medalha consecutiva em etapas de Copa do Mundo – ela foi ouro em Varsóvia e Belo Horizonte.
E o caminho rumo a esta terceira conquista já está definido. Pelo sorteio da chave, a judoca da Sogipa, estréia contra a francesa Magalie Leguay, de 22 anos. Caso passe pela judoca da França, a atleta da Sogipa terá pela frente a russa Margarita Gurtsieva. Esse confronto já vale vaga na semifinal.
O site www.ippon.org acompanha as lutas em Moscou ao vivo.
- Campeões poupados
Os campeões mundiais, João Derly e Tiago Camilo, ainda se recuperam de lesão, portanto foram poupados da competição pela comissão técnica da Seleção Brasileira.
FONTE: Final Sports - Porto Alegre,Brazil
http://www.finalsports.com.br/

Judo : Breton-Leduc dans la cour des grands


Le vendredi 23 mai 2008
Judo : Breton-Leduc dans la cour des grands

Serge L'Heureux
Le Nouvelliste
Trois-Rivières
Trois représentants du club Seikidokan de Trois-Rivières participent, ce week-end à Québec, au championnat canadien senior de judo: Annik Gourdes, Charles Breton-Leduc et Ludovic Bédard-Nadeau.

Deux autres membres du club ont toutefois dû déclarer forfait: Ève Renaud-Roy et Nicolas Gagné, blessés au genou.

Chez les moins de 60 kg, Breton-Leduc en sera à sa première participation au championnat canadien senior, mais il se fixe néanmoins un objectif élevé: monter sur le podium.

"Je n'ai rien à perdre", assure le judoka, qui en est à sa première année chez les seniors.

"C'est sûr que les adversaires sont plus gros et plus expérimentés au niveau senior, mais je vois ça comme quelque chose que je fais à tous les jours, du judo, et je vais faire de mon mieux, même si ça m'énerve un peu", avoue-t-il.

Son entraîneur, François Noël, place toutefois la barre un peu moins haute pour Breton-Leduc.

"S'il fait dans le Top 5, ça va être un super bon classement pour lui, surtout que tous les gros noms vont être là, cette année. Mais Charles a battu le champion américain senior à Albany, récemment; ça va sûrement lui donner confiance.

"Breton-Leduc s'attend surtout à découvrir un nouveau style de judo. "L'idée, c'est de faire du senior pour m'habituer à ce calibre-là, reprend-il. Tout le monde est de haut niveau au canadien senior. Ça veut dire que l'aspect tactique change, les combats se rendent plus souvent à la limite et il faut les gérer différemment pour profiter des petites erreurs."

Chez les -73 kg, Ludovic Bédard-Nadeau devrait, selon son entraîneur, se classer dans les sept meilleurs au Canada, lui qui a déjà été champion canadien junior, alors que Annick Gourdes visera un Top 5 en moins de 57 kg.

"Surtout si elle se bat comme elle l'a fait aux États-Unis dernièrement", précise François Noël. Cette compétition servira de sélection en vue des prochains championnats du monde.

Par contre, Noël devra se passer des services de Nicolas Gagné et de Ève Renaud-Roy, tenus au rancart par des blessures au genou.

"Nicolas s'est blessé au championnat provincial senior, explique-t-il. Il a quand même pu aller en Allemagne mais, à son retour, son genou lui faisait toujours mal." Gagné a été opéré, cette semaine, pour corriger un problème au ménisque.

Pour Ève Renaud-Roy, la situation est plus préoccupante. Blessée gravement au genou, en septembre 2006, elle avait évité l'opération, mais ce n'était que partie remise, semble-t-il.

"Son genou a lâché complètement lors du camp d'entraînement de l'équipe nationale, reprend Noël. Le ligament croisé antérieur n'a pas tenu le coup, et le ménisque a fondu. Elle devra subir une reconstruction complète du genou."

Dans son cas, on parle d'au moins six mois - dans le meilleur des scénarios - après l'opération avant qu'elle puisse de nouveau se battre en compétition. D'ici là, son entraîneur verra à lui concocter un programme d'entraînement adapté. "Il faut s'assurer qu'elle soit active durant sa convalescence pour rester dans la même catégorie de poids", ajoute-t-il.

Soulignons enfin que le club Seikidokan est en nomination dans la catégorie "Club de l'année" lors du gala Excellence de la Fédération québécoise de judo, le 7 juin prochain. Quant à elle, Ève Renaud-Roy est en nomination dans la catégorie "Athlète junior de l'année". Bien mince consolation.

FONTE (photo include): Nouvelliste - Trois-Rivières,Québec,Canada

Namdev

Namdev
From Wikipedia, the free encyclopedia
(Redirected from Namdeo)

Nāmdev (Nām Dev or Sant Nāmdev) (c.1270-c.1350 CE) was a prominent religious poet of Maharashtra, India in the Hindu tradition, and was one the earliest writers who wrote in the Marathi language. He also wrote some hymns in the Hindi and the Punjabi languages. His sixty-one compositions are a part of Sikhism's holy scripture, Guru Granth Sahib.
Namdev was born in the village of NarasVamani, now located in the Satara District in Maharashtra. He was born to a tailor named Dāmāsheti Relekar and his wife Gonāi (Gunābāi). Soon after his birth, his family moved to Pandharpur in the Solapur district of Maharashtra, where the prominent temple of the Hindu God form Viththal or Vithobā is located. His parents were devotees of Vithobā.
At age eleven, Namdev was married to Rājāi (Rājābāi), a daughter of Govindasheti Sadāvarte. Namdev and Rājāi had four sons and a daughter. (Some people claiming to be Namdev's descendants reside in Pandharpur.)
Since childhood, Namdev was an ardent devotee of Vithoba like his parents. According to a legend, when Namdev was five years old, his mother once gave him some food offering for Vithoba and asked him to take it and give it to Vithoba in the Pandharpur temple. Accordingly, young Namdev took the offering and placed it before Vithoba's idol in the temple, asking Vithoba to partake of the offering. When he saw that his request was not being met, he told Vithoba that unless his request was met, he would be killing himself. Vithoba then appeared in a personal form and partook of the offering in response to the utter devotion of young Namdev[citation needed]. (The place where, according to the legend, Namdev had waited for Vithoba to partake of the food offering is currently identified in that temple as "Nāmdev Pāyari".)
Namdev traveled through many parts of India, reciting his religious poems. He is said to have lived for more than twenty years in the village of Ghuman in the Gurdaspur district of Punjab, where a memorial commemorates him.
Namdev is regarded to have had a significant influence on the later, 17th century religious poet Tukaram of Maharashtra[citation needed].
Namdev's devotional compositions ("abhangas") have been collected in the document known as Namdev's Gāthā. His work titled "Teerthāvalee" contains his compositions concerning his travels in the company of Sant Dnyaneshwar.

[edit] See also
Vithoba
Eknath
Backward-caste Hindu Saints

[edit] Useful Links
श्री संत नामदेव महाराज यांच्या जीवन चरित्राची सखोल,चित्रमय माहिती.

[edit] Bibliography
J.R.Puri, and V.K.Sethi, Saint Namdev (Punjab: Radha Soami Satsang Beas, 1975)
M.A.Karandikar, Saint Namdev (New Delhi: Maharashtra Information Centre, 1985)
Nirmal Dass (trans & intro), Songs of the Saints from the Adi Granth (Albany: State University of New York Press, 2000)