terça-feira, outubro 31, 2006

Telma Monteiro compete em torneio sueco


Telma Monteiro compete em torneio sueco

2006-10-30 18:06:48
Na categoria de -57kg Telma Monteiro compete em torneio sueco

A portuguesa Telma Monteiro irá competir no Torneio de Boras na Suécia, prova que irá decorrer entre 4 e 5 de Novembro. A actual campeã da Europa e número um do ranking mundial na categoria de -52kg vai participar, no entanto, nos -57 kg. De acordo com um comunicado, a opção da judoca deve-se ao facto de estar na fase de preparação para o Europeu de Sub-23. Este vai ter lugar nos nos dias 25 e 26 de Novembro em Moscovo.Redacção Sportugal.
Fonte: Sportugal.pt - Portugal - http://sportugal.pt/

Judô espera superar os últimos jogos


Judô espera superar os últimos jogos
São Paulo

Um dos esportes que mais trouxeram medalhas para o Brasil em competições internacionais, o judô quer continuar a tradição nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, programados para 2007. De acordo com o coordenador-técnico da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson Pereira da Silva, a meta da entidade é superar os resultados de Santo Domingo-2003, quando foram conquistadas 10 medalhas (cinco de ouro, uma de prata e quatro de bronze).
"A gente vem crescendo bastante nos últimos anos. Estamos trabalhando para obter um bom resultado no Pan, o que significa superar a boa marca de 10 medalhas e os cinco ouros de 2003. E eu acredito que temos potencial para conseguir", comenta o dirigente, otimista.
Fonte: Correio do Estado - Campo Grande, MS, Brazil - http://www.correiodoestado.com.br/

PB ganha 4 medalhas no Brasileiro Infanto-Juvenil de Judô


No tatame
PB ganha 4 medalhas no Brasileiro Infanto-Juvenil de Judô
Terça, 31 de Outubro de 2006 07h15

A Paraíba foi destaque no Campeonato Brasileiro Infanto-Juvenil de Judô, que ocorreu no último final de semana na cidade de Belém, no Pará. O Estado conquistou quatro medalhas: Valeska Silva dos Santos (ouro), na categoria meio pesado -53kg; David Kalson Dantas (prata), na categoria meio leve -34kg; Raissa Kilsa e Francielly Gomes (bronze), nas categorias leve (-38kg) e médio (-48kg), respectivamente.
A atleta Valeska Silva dos Santos derrotou a mato-grossense Joana Karla Braga, onde obteve a vaga para disputar nos Jogos Pan-Americanos, que ocorrerão no próximo mês, na Venezuela.
O Estado esteve presente com 12 atletas, na faixa etária até 12 anos. Por equipe, a Paraíba ficou em segundo lugar, já em número de medalhas, obteve a quinta colocação. Cerca de 34 delegações estiveram participando da disputa nacional. Além dos quatro judocas que trouxeram medalhas, os também paraibanos Vinicius Alves Gama (pesado +53kg) e Luma Victória Pinheiro (meio médio -42kg) ficaram com a quinta colocação.
Uma das lutas mais bem disputadas dos paraibanos foi da judoca Raissa Kilsa contra a gaúcha Kristiely Silva Araújo. Bem postadas no tatame, as atletas fizeram uma disputa profissional, com os organizadores premiando as duas com a terceira posição.

Fonte: Jornal O Norte - João Pessoa, PB, Brazil - http://www.jornalonorte.com.br/

sexta-feira, outubro 27, 2006

Gaúchos Luiz Camilo, Mayra Aguiar e Rochele Nunes brigam por vaga no Pan 2007


Outros
Gaúchos Luiz Camilo, Mayra Aguiar e Rochele Nunes brigam por vaga no Pan 2007
26/10/2006 - 20:54:03 - por FS - Al Sogipa

Luiz Camilo e Mayra Aguiar, ambos da equipe Oi/Sogipa de judô, participam neste sábado, na Arena Olímpica de Judô, em São Paulo, da pré-seletiva para os Jogos Pan-Americanos 2007. A competição definirá o último classificado em cada categoria para a seletiva final, marcada para dezembro.
Enquanto que Mayra é considerada a grande revelação do judô feminino brasileiro do momento e tem apenas 15 anos, Luiz Camilo, o Chicão, já é atleta consagrado. No Pan de Santo Domingo, em 2003, trouxe a medalha de ouro para o Brasil. Agora, quer repetir o feito no Rio de Janeiro.
“Estou treinando bem. Espero estar em um bom dia na seletiva, pois tenho certeza que todos os adversários estão trabalhando muito pensando em conquistar essa vaga”, observou Chicão, que busca uma vaga na categoria meio-leve (-73kg).
Com apenas 15, mas um cartel de títulos importantes (campeã brasileira sênior 2006 e medalha de bronze no Mundial 2006), Mayra participa da seletiva sem pressão. “Isso pode pesar a meu favor. Tenho só 15 anos e estou apenas começando uma carreira. É claro que sonho estar no Pan, mas tudo que vier é lucro nesse momento”, afirmou o jovem atleta, que competirá na categoria até 70kg.
Tiago Camilo, também do time Oi/Sogipa, não participará da pré-seletiva. Ele está classificado para a seletiva final na categoria meio-médio (-81kg), mas tentaria também a classificação na médio (-90kg). Um entorse no tornozelo direito, no entanto, impedirá o atleta de competir nesse final de semana.
Atletas convocados:
MASCULINO
-60kg
Eduardo Castro (CE)
Rafael de Souza Santos (DF)
Breno Bufollin (SP)
Ricardo Ayres Lima (RJ)
Luís Revite (SP)-66kg
Ricardo Cristoff (MG)
Jorge Conti Vianna (RJ)
Bruno Mendonça (SP)
Benito Neto (PI)
Vitor Moura (RJ)
-73kg
Felipe Braga (DF)
Pedro Guedes (MG)
Luiz Francisco Camilo (RS)
Rodrigo Rocha (RJ)
Jack Jamil Daouly (MG)
-81kg
Flávio Honorato (SP)
Rodrigo Luna (RJ)
Roberto Vicente (SP)
Marcelo Cruz (RJ)
Leonardo Eduardo (MG)
-90kg
Carlos Honorato (SP)
Tiago Camilo (RS) - (não participará)
Diego Barreto (SP)
Leandro Gonçalves (SP)
Rodrigo Strabelli (SP)
-100kg
Isaque Conserva (PB)
Leonardo Leite (RJ)
Ewandro L. Santos (SP)
Gustavo Cavalheri (SP)
+100kg
Leandro Roim (SP)
Rafael Carlos Silva (SP)
Elton Fiebig (SP)
FEMININO
-48kg
Laisa Moreno (PE)
Marieta Clozel (SP)
Viviane Santos (DF)
Gislaine Ferreira (BA)
Andrea Romanouisk (SP)
Rosanne Aguiar (SP)
-52kg
Danielle Kobbi (RJ)
Taciana Lima (RJ)
Raquel Silva (RJ)
Regiane Silva (PI)
Daniele Santos (PB)
Ana Paula Faria (SP)
-57kg
Camila Murakami (PR)
Nádia Melo (RJ)
Katherine Campos (PE)
Ketleyn Quadros (MG)
Kátia Sombra (PA)
Fernanda Pires (SP)
-63kg
Danielle Yuri (SP)
Érica Moraes (MG)
Christiane Parmigiano (SP)
Amanda Oliveira (PB)
Silvia Maria (BA)
Arethuza Nunes (SP)
-70kgCaroline Yoshioka (DF)
Márcia da Costa (SP)
Maria C. Esteves (CE)
Mayra Aguiar (RS)
Andréia Almeida (BA)
Fernanda Bastone (SP)
-78kg
Glaucia Lima (CE)
Maria Suelen Althaman (SP)
Paloma Rocha (SP)
Ingrid Madyane (AL)
+ 78kg
Bárbara Bueno (SP)
Viviane Oliveira (SP)
Michele Paz (DF)
Rochele Nunes (RS)
Camila Floquet (BA)
Williane Nunes (PE)
Sistema de disputa:
Fase classificatória:Categorias com seis atletas: dois grupos de três atletas cada. Os atletas lutam entre si no grupo, passando os vencedores à final.
Categorias com três, quatro ou cinco atletas: todos lutam entre si, passando os dois primeiros à final.
Categorias com dois atletas: direto na fase final.
Fase final: Melhor de três confrontos, considerando-se a luta vencida dentro do grupo.
Fonte: Final Sports - Porto Alegre, Brazil - http://www.finalsports.com.br/

6ª Copa Internacional de Judô Cidade de Fortaleza


COMPETIÇÃO
Torneio de judô
26/10/2006 02:58

A 6ª Copa Internacional de Judô Cidade de Fortaleza ocorrerá entre os dias 2 a 5 de novembro. O evento inclui a capital cearense no calendário da Confederação Brasileira de Judô. Com a participação de judocas de vários países, o torneio tem patrocínio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Município (SDE), que investe R$ 20 mil na competição. Informações: 3214-1487.
Fonte: O POVO Online - CE, Brazil - http://www.opovo.com.br/

Judoca de AL se prepara para Copa


Judoca de AL se prepara para Copa

kellya Luíza, 17, disputará competição na capital cearense nos dias 3 e 4 de novembro

A judoca Kellya Luíza, 17, está de malas prontas para defender Alagoas na Copa Internacional de Judô, nos dias 3 e 4 de novembro. Cacife para chegar lá e “mandar ver” a atleta tem, pois somente este ano a judoca já faturou o 1º lugar na Paraíba, na categoria Júnior, ao disputar a Copa João Pessoa.Ainda em 2006, Kellya conseguiu ser vice-campeã em outro disputadíssimo Campeonato Brasileiro, em Natal, no Rio Grande do Norte. “Confio muito no meu potencial e para isso treino com muito afinco com o técnico Fábio Souza, o Pigmeu”, destacou Kellya. WS
Fonte: Gazeta de Alagoas - Maceió, AL, Brazil - http://gazetaweb.globo.com/

terça-feira, outubro 24, 2006

Estrelas que não se apagam...

Há muitos anos, o escritor alemão Bertold Brecht escreveu:

"Existem homens que lutam um dia e são bons;
existem outros que lutam muitos anos e são melhores; existem aqueles que lutam muitos anos e são muitos bons. Porém, existem homens que lutam toda a vida. Estes são os imprescindíveis"



Estrelas que não se apagam...
Em um País em que a idade é tratada como uma doença, e os idosos como um fardo, Minas brilha mais uma vez.
No Campeonato Brasileiro de Judô Master, realizado no ida 21 de outubro de 2006 na cidade de Bauru - SP, no Ginásio da Associação Luso Brasileira de Bauru/SP o atleta Josemar Zucheratto (Judô São Geraldo/ Plataforma ficou em 3° lugar na categoria M4/pesado, também conquistando o 3° lugar na categoria M4 absoluto (M4 - atletas com idade de 45 a 49 anos). A competição teve ainda a destacada participação do atleta do Minas Tênis Clube Gleyson Ribeiro Alves M1/leve que sagrou-se Bicampeão, vencendo todos as suas lutas por Ippon (golpe perfeito)*. Classificação geral da competição: São Paulo por ser a anfitriã e organizadora abriu mão da classificação geral: 1º lugar - Rio de Janeiro; 2º lugar - Brasília; 3º lugar - Paraná; 4º lugar - Santa Catarina; 5º lugar - Minas Gerais (com apenas dois atletas). A competição contou com a participação de 20 estados e com cerca de 600 atletas.
Vem aí o nono campeonato mundial de master no Ibirapuera em São Paulo, de 18 a 24 de junho de 2007.
*O atleta foi o primeiro mineiro a se sagrar campeão mundial de judô em Paris 2006.

AS DORES DE CADA UM...


AS DORES DE CADA UM...
As dores de cada um
Eu gostaria de ter o que te dizer,
gostaria muito de consolar a sua dor,
de ter a palavra certa que
te reerguesse,
que te mostrasse tudo o que os
meus olhos ainda vêem,
mas a palavra foge,
a dor se mostra mais forte,
e nada,
absolutamente nada do que eu diga
pode te consolar.
Existem dores que são muito intimas,
particulares mesmo,
e que precisamos extravasar ao
nosso modo
alguns se escondem no choro compulsivo,
lavam a alma,
se derramam no pranto...
Outros no entanto,
se fecham em silêncio,
não querem ver,
nem ouvir ninguém,
e esperam uma resposta
não sabem de onde...
Infelizmente,
existem os que não reagem na hora,
não querem acreditar no que aconteceu,
e vão andando como se fossem zumbis,
se alguém tentar comentar,
se esquivam,
e só depois de algum tempo,
quando percebem o vazio,
a ausência e a solidão,
se deixam levar pela dor,
e essa é a face mais dolorosa da dor.
Para todos os que passam pela dor,
o meu respeito solidário,
a minha prece silenciosa,
rogando ao Pai Criador,
que ampare o coração vazio,
que os dias sejam a pomada cicatrizante,
que fecha a ferida,
e que a marca que reste desse período,
seja a boa lembrança dos
bons momentos,secando para sempre
a ferida da dor,
que ainda não tem remédio.

Eu acredito em você

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke

Judô brasileiro ganha respeito com bons resultados


Ney Wilson Pereira, presidente da Federação do Rio de Janeiro de Judô, acredita que o respeito pelos judocas brasileiros vem crescendo devido aos bons resultados em competições internacionais. Em entrevista à Rádio LANCE!, o dirigente falou sobre a credibilidade do nosso judô junto às maiores potencias da modalidade.- A prova do respeito é o número de países que têm vindo para o Brasil para treinamento. Nesse mês que passou, estiveram presentes em São Paulo delegações de 14 países, nove deles da Europa. Este ano, já recebemos equipes do Japão, da França, de Cuba, da Rússia, que são as maiores potencias do judô. junto com o Brasil. Isso mostra a credibilidade que o judô brasileiro tem internacionalmente - explicou Ney Wilson Pereira.
Fonte: Lancenet (Assinatura) - São Paulo, SP, Brazil - http://www.lancenet.com.br/

Harmeling, Germain Place in Judo


Harmeling, Germain Place in JudoBy

The Ledger

T.J. Harmeling and instructor Brian Germain of Summerlin Judo each placed in the U.S. Open Judo Championships last weekend in Miami. Germain won the 45-to-49 year-old 100 kg division while Harmeling placed fifth in the Seniors 100 kg (heavyweight) division. Germain defeated Blaine Bellerud of Oregon and Gabe Carmichael of Fort Lauderdale."Gabe was a tough match," Germain said. "He's a Fort Lauderdale police officer and a good friend of mine. Every time we fight we always give each other our best."Harmeling defeated Daniel McCormick of Texas for the bronze medal. McCormick is 6foot-5, 310 pounds while Harmeling is 6-foot, 235 pounds."I give T.J. a lot of credit just going out there against a guy that size," Germain said. "I was impressed to see that T.J. was able to fight his way into the medal round and in the heavyweight division, no less."
Fonte: The Ledger - Lakeland, FL, USA - http://www.theledger.com/

O mais é Nada – Fernando Pessoa


O mais é Nada – Fernando Pessoa

"Sonhe com as estrelas, apenas sonhe, elas só podem brilhar no céu. Não tente deter o vento, ele precisa correr por toda parte, ele tem pressa de chegar, sabe-se lá aonde.
As lágrimas?
Não as seque, elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces.
O sorriso!
Esse, você deve segurar, não o deixe ir embora, agarre-o! Persiga um sonho, mas, não o deixe viver sozinho.
Alimente a sua alma com amor, cure as suas feridas com carinho. Descubra-se todos os dias, deixe-se levar pelas vontades, mas, não enlouqueça por elas.
Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca.
Alargue seu coração de esperanças, mas, não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
Circunda-se de rosas, ama, bebe e cala.
O mais é nada".

Contribuição: Deusa dos Ventos/RJ

quarta-feira, outubro 18, 2006

KI


KI
Todos os povos primitivos de grande espiritualidade e superstição possuíam a noção de uma força fluída invisível que preenche a natureza e anima os seres vivos, estando ligada diretamente à qualidade da saúde e entrando no corpo pela respiração. Em resumo, atribuíam ao ar a fonte da vida e da saúde. Cada cultura deu-lhe um nome: Qi na China, Ki no Japão, Prana/ Shakti/ Kundalini na Índia, Ti no Havaí, Mana na Oceania, Aither (éter) e Pneuma na Grécia, Aether (éter), Aura e Spiritus (espírito) em Roma. Com o passar do tempo foram criados mais nomes: Quintessência, Vril, Força Ódica, Orgone, Bioplasma, Telesma, Baraka, Magnetismo Animal, Força Vital, Fogo Cósmico, Fogo da Serpente, o Dragão da Terra, a Força. Praticamente todas as doutrinas de artes marciais, de esoterismo e de filosofia e metafísica baseadas no Taoismo apresentam esse conceito de energia espiritual, ou Ki.
Voltemos ao caractere chinês empregado no Taoismo. Qualquer que seja a interpretação do ideograma Ki, ele sempre representa algum tipo de energia de natureza espiritual. Na sua origem a energia representava o aspecto do espírito que se refere à força vital. Com o tempo, essa energia passou a representar também o aspecto do espírito que se refere ao humor e ao pensamento. Em resumo, Ki é a energia vital e psíquica.
Viaja no dia 20 de outubro para a cidade de Bauru - SP o atleta Josemar Zucheratto (peso pesado, M4).O atleta já teve duas participaçôes nos campeonatos brasileiros de master ficando em 3º lugar nas duas participações. Este ano todos torcem para que seja campeão.
Mas há algo mais a ser dito, este atleta, como inúmeros outros masters (em várias modalidades), objeto de ironias, algumas veladas, outras nem tanto, insiste, apesar da idade, de limitações técnicas que não nega, de problemas econômicos, em continuar lutando. Em cair, levantar e seguir em frente.
O prazer da convivência com ele, tem mostrado que ele cresce nas competições, por força do genuíno prazer de lutar.
Não é um super atleta, não tem "barriga de tanquinho" e nem a saúde perfeita. Mas é, como outros, a prova viva da existência do "ki".
Muitos temem que os atletas masters morram em um tatame (dando trabalho para quem vive), alguns falam do escândalo que tal circunstância traria ao mundo do judô.
Mas quem já praticou o judô verdadeiro, quem já venceu adversários mais fortes e perdeu para os mais fracos, quem não se esqueceu de agradecer a derrota imposta. Não pode deixar de perceber que esta seria uma bela morte (e os vivos que se danem!)
Quanto a este blog, que casa judô e poesia, que fique o registro do orgulho, não só por este velho guerreiro mineiro e seu "ki" radiante, mas para todos os que estarão ali junto a ele.
Um brinde àqueles que, simples, caminham como crianças para a eternidade, onde deixarão de ser atletas para virarem poesias: ki.

Explicações de alguns ditados

Explicações de alguns ditados.

-Calcanhar de Aquiles
De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num lago mágico, segurando-o pelo calcanhar.
Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles.

- Voto de Minerva
Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

- Casa da Mãe Joana
Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num
prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase "casa da mãe Joana" ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

- Vá se Queixar ao Bispo
Durante o Brasil Colônia, a fertilidade de uma mulher era atributo fundamental para o casamento, afinal, a ordem era povoar as novas terras conquistadas. A Igreja permitia que, antes do casamento, os noivosmantivessem relações sexuais, única maneira de o rapaz descobrir se a moça era fértil. E adivinha o que acontecia na maioria das vezes? O noivo fugia depois da relação para não ter que se casar. A mocinha, desolada, ia se queixar ao bispo, que mandava homens para capturar o tal espertinho.

- Conto do Vigário
Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente.
Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas.
A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

- Ficar a Ver Navios
Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

Não Entendo Patavinas
Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não
entender patavina significa não entender nada.


- Dourar a Pílula
Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

- Chegar de Mãos Abanando
Há muito tempo, aqui no Brasil, era comum exigir que os imigrantes que chegassem para trabalhar nas terras trouxessem suas próprias ferramentas.
Caso viessem de mãos vazias, era sinal de que não estavam dispostos ao trabalho.
Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar nada.

- Sem Eira Nem Beira
Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.

-Abraço de Tamanduá
Para capturar sua presa, o tamanduá se deita de barriga para cima e abraça seu inimigo. O desafeto é então esmagado pela força. Abraço de tamanduá é sinônimo
de deslealdade, traição.

- O Canto do Cisne
Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

- Estômago de Avestruz
Define aquele que come de tudo. O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais.

- Lágrimas de Crocodilo
É uma expressão usada para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.

- Memória de Elefante
O elefante lembra de tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atrações do circo. Diz-se que as pessoas que se recordam de tudo tem memória de elefante.

- Olhos de Lince
Ter olhos de lince significa enxergar longe, uma vez que esses bichos têm a visão apuradíssima. Os antigos acreditavam que o lince podia ver através das paredes.

- Feito Nas Coxas
As primeiras telhas dos telhados nas casas aqui no Brasil eram feitas de Argila, que eram moldadas nas coxas dos escravos que vieram da Africa.
Como os escravos variavam de tamanho e porte fisico, as telhas ficavam todas desiguais devido aos diferentes tipos de coxas. Daí a expressao: fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.

17/10/2006 - 16h32
GP Brasil de Fórmula 1 muda seletivas de judô e patinação
Da RedaçãoEm São Paulo


O GP Brasil de Fórmula 1, que será disputado neste domingo no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, alterou o cronograma de duas modalidades para o Pan-Americano do Rio de Janeiro, no ano que vem.
Judô e Patinação artística tinham seletivas marcadas para este fim de semana, mas tiveram de adiar ou mudar o local das competições por causa da prova em Interlagos. Como o GP Brasil atrai milhares de pessoas para a cidade, faltam vagas em hotéis na cidade para as delegações de fora de São Paulo.
Na segunda-feira, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) confirmou que a seletiva foi remarcada para o dia 28. A entidade anunciou também a lista de convocados para a competição, sem atletas da seleção.
Em dezembro, será disputada a última seletiva, que indicará dois atletas pré-classificados para o Pan. A vaga será definida pelo desempenho desses atletas em eventos pré-determinados do calendário de 2007.
Na patinação artística, a seletiva já tinha sido adiada para o dia 21, mas por causa da prova teve também de ser relocada. Agoram, a competição será disputada em Santos.
Fonte: UOL Esporte - São Paulo, SP, Brazil - http://esporte.uol.com.br/

CONFISSÕES DE UM POETA GRAPIÚNA


Entrevista / Antonio Naud Júnior

CONFISSÕES DE UM POETA GRAPIÚNA

por Dagmar Leão

Às vésperas de lançar livro na Bahia, escritor-viajante diz que a maturidade dá a certeza que não compreendemos nada


Nascido no Sul da Bahia, Antonio Naud Júnior estreou em 1993, com o volume independente de poemas “O Aprendiz do Amor”. Desde então publicou sete livros de poesia, narrativa e entrevista. Nos próximos dias, o autor cigano lança “Suave é o Coração Enamorado” (Via Litterarum, 176 págs.) em três cidades baianas: Ilhéus (UESC, durante o VII Seminário Internacional de Literaturas Luso-Afro-Brasileira, na última semana de outubro), Itabuna (Quiosque Cultural, 26 de outubro, às 20h) e Salvador (Casa da Mãe, Rio Vermelho, 01 de novembro). Antes, o livro de poesia foi lançado em Natal (Rio Grande do Norte) e João Pessoa (Paraíba), sempre prestigiado por um bom público, performances e show musical.

O poeta discorre aqui sobre vários temas numa linguagem sincera e poética - e por isso completamente próxima à sua obra. As respostas de Naud são quase fábulas, falas um tanto comovidas com a existência. “A minha vida daria boa poesia”, garante ele.


ABENÇOADO
“Sou um homem de sorte. Mesmo sem grandes recursos financeiros, vivo perfeitamente satisfeito, já que não sou ambicioso. Diferente de muita gente dominada pelo consumismo, nunca senti cobiça por carros último modelo ou mansões em condomínios fechados. Faz-me muito bem a consciência de que da vida nada se leva. A futilidade que alimento não é caso para tratamento psiquiátrico: gosto de morar confortavelmente, vestir-se com requinte, perfumes franceses e livros. Nada disso me falta. Por onde passo, encontro gente amável, inteligente e bem intencionada. Talvez por não ter nenhum complexo de inferioridade, correr todos os riscos e me oferecer inteiro. São anjos de carne-e-osso suavizando meus caminhos. Como sei que a vida não tem pena de ninguém, sou grato por essa gentileza, gerando uma total descrença na inveja, ira, vingança ou rancor. Ódio, nem falo, é uma doença amaldiçoada. Tô fora. Sou feliz por conseguir sobreviver do meu ofício. Ou seria da bondade alheia? Creio que é exatamente isso: sou um homem de sorte, abençoado. Um homem que terminou por compreender que a maturidade dá a certeza que não compreendemos nada”


AMOR
“Acredito no poder transformador do amor. A literatura que escrevo se alimenta dele. Ao longo da vida tive quatro ou cinco relacionamentos apaixonantes, inesquecíveis. Casei certa vez e gostei da experiência. Aprendi muitas coisas, inclusive que a solidão a dois não me interessa. Por meus braços passaram mais de mil amores, homens ou mulheres. Se todos eles fossem meus leitores, seria candidato a best-seller. Entretanto, não me considero promíscuo, pois sinto atração por determinada criatura crendo que é o amor que tanto espero. Não sou de caça, de ansiedade carnal, os meus encontros acontecem naturalmente. Afinal não existe nada mais incomodo do que acordar com alguém que não temos interesse romântico. O importante é amar e não se angustiar ou sofrer com a impossibilidade de união. Amei atores, músicos, enfermeiras, escritores, surfistas, anônimos, drogados, prostitutas, casados, professoras, modelos, feministas, jornalistas, marinheiros e até políticos. Um deles acaba de se eleger para deputado federal em São Paulo. O engraçado é que nunca fui essa beleza toda e jamais banquei o Don Juan, porém cultivo algum magnetismo e nunca zombei dos sentimentos alheios. Algumas dessas histórias estão nos meus diários. Se um dia forem publicados muita gente ficará de boca aberta. Um escândalo digno das Suicides Notes, de Gerald Thomas. Entretanto, nos últimos dois anos, depois de um romance bombástico, venho evitando novos relacionamentos. Ando preferindo me deixar seduzir pela natureza, a literatura e o invisível”


BRASIL
“O Brasil já foi um país de grande vivacidade intelectual. Basta lembrar dos tempos do Movimento Modernista, da poesia concreta, Bossa Nova, Cinema Novo, Tropicália, Arena, de publicações como Realidade e Pasquim. Até alguns anos atrás era possível ler o new journalism de Paulo Francis, Pepe Escobar ou Sérgio Augusto, hoje nos resta a estupidez oportunista de Diogo Mainardi. A inteligência brasileira foi silenciada. É o besteirol que comanda. A elite semi-analfabeta gasta seu dinheiro em shows bestas e vaquejadas. Os escritores aceitos pela opinião pública não desfrutam de competência literária. No Brasil, a voz do povo é o futebol, a música, a dança. Se voz do povo é voz de Deus talvez Deus goste muito de dançar. A miséria cultural é uma das facetas trágicas da nossa vida tupiniquim. Não importa o que sejamos, mas presenciar este estado de coisas tristes nos humilha, nos ofende e por isso nos desanimamos. Eu sempre reavalio o que aconteceu comigo e com o meu país. Não há como não pensar no passado. Estou contente com tudo que fui e fiz. Não me arrependo de nada. Por que me arrependeria de alguma coisa? Estou contente com a vida que levei e que ainda levo. Ela me deu mais do que pedi e mais do que mereci. Aliás, prefiro sempre falar da vida com olhos de esperança. Meus planos, afinal, são viver ou seja aprender, escrever, amar. Pretendo continuar lançando minha alma no espaço, gritando por liberdade e, lembrando Raul Seixas, não ter aquela velha opinião formada sobre tudo”


CICATRIZES
“Tenho um convívio conflituoso com Itabuna. Ela nem sempre gosta de mim. Na primeira juventude fui perseguido nesta cidade, mesmo sendo um legítimo papa-jaca. Tentaram arruinar minha reputação. Acusaram-me por debaixo dos panos de atos ilegais, de maledicência, de cartas anônimas, plágio etc. Houve um tempo em que fui persona non grata em determinadas festas burguesas. Até espalharam o boato de que eu havia morrido na Europa vitimado pela Aids. Como o meu santo é forte tais infelizes caluniadores morreram subitamente um a um ou estão decadentes, desacreditados. Ainda assim não guardo rancor de ninguém, só que algo se partiu na cumplicidade com Itabuna. Hoje em dia nem tenho vontade de lançar livros em terras grapiúnas, pois talvez essas cicatrizes sejam responsáveis por lançamentos insossos, ao contrário do que acontece em outros lugares. O lançamento em Natal, no Rio Grande do Norte, no mês passado, agregou quase 150 pessoas. Foi uma festa da palavra. Não vejo possibilidade disso se repetir em Itabuna. Espero que esteja enganado e eu e ela se entregue um ao outro sem restrições”


CIDADES
“Cansei das grandes cidades impessoais e aterradoras. Voltei às origens. Sou um animal do mato. Já vivi tudo o que tinha de viver nas metrópoles. Chega de correria, poluição e exploração em todos os sentidos. Como diz Zé Rodrix: quero uma casa no campo. Ou numa cidadezinha litorânea. As grandes cidades brasileiras estão caindo aos pedaços. Não quero sair outra vez da minha terra, mas não posso ficar aqui vendo que as pessoas não mudam de mentalidade. Simplesmente institucionalizou a falta de respeito pela realidade, pelo próximo, pela legalidade. Voltei da Europa pensando em viver em Salvador, mas ela está numa situação difícil, acho que cresceu demais. Ficou estranha, distante. Passa por um terrível processo de descaracterização. A encantadora Natal, embora muito menor, tem problemas graves: não convive bem com pedestres, despreza o verde e colabora com um turismo sórdido, além do calor sufocante. Estive recentemente em João Pessoa e fiquei enamorado: gente amável, provincianismo poético e ruas planas embelezadas pela natureza. Moraria tranquilamente nessa terra de poetas como Lau Siqueira, Antônio Mariano, Astier Basílio e Linaldo Guedes. É uma maravilha. Habito atualmente a potiguar Pium, na Vila Feliz, entre cajueiros, mangueiras e orquídeas. Já no próximo verão estarei na bucólica Barra do Cunhaú. Farei saraus poéticos para pescadores e bordadeiras”


ESTRÉIA
“O Aprendiz do Amor, livro de estréia, não dá fulgor a minha poesia. No ano de 1993, eu era apenas um rapaz que se aventurava a traduzir em versos a solidão que sentia. Antes eu havia xerocado dois pequenos atentados poéticos – recordando Jomard Muniz de Britto - com tiragem em torno de cinqüenta exemplares cada. Um deles, A Vida é Pássaro Negro, exibia na capa imagem dramática de Sebastião Salgado. Uma brincadeira de adolescente. Renego sem piedade. Já O Aprendiz do Amor não deixa de ser interessante, mesmo com toda a sua imaturidade e influências vistosas. Ele fala muito sobre a ausência. Eu já me preocupava em fazer algum sentido na escrita. Não um sen­tido convencional. Mas era apenas um protesto juvenil sem muitas conseqüências. O Aprendiz do Amor é o primeiro livro de um iniciante, inegavelmente influenciado pela literatura de Hilda Hilst e Virgínia Woolf. Esta, a verdade. Era louco por Virgínia, desculpe, retifico, sou louco por Virgínia. A minha voz própria começa a surgir com Ficar Aqui sem Ser Ouvido por Ninguém, em 1996, publicado em Portugal”


FAMA
“Não me importa ser celebrado. Não levo a fama a sério. O escritor que tem a fama como meta escolheu a profissão errada. Desejo somente continuar escrevendo com independência, sensibilidade e combatividade. Se desejasse a fama teria me vendido, puxado o saco de poderosos ou participado de panelinhas literárias. Nunca topei nada disso. No Rio de Janeiro, o escritor argentino Manuel Puig, autor de O Beijo da Mulher Aranha, pediu-me para que fosse viver com ele no México e eu não fui, mesmo bastante tentando em conhecer a terra de Frida Kahlo. Já em São Paulo, Pedro Paulo de Senna Madureira, na época o editor mais famoso do Brasil, mandava buquês de rosas vermelhas e, indiferente, eu apenas comia a mais formosa flor com mel. No final dos anos 90, uma rica açoriana ofereceu casa, comida e pequena editora para que eu fosse viver perto dela nos Açores. Fiquei lá um tempinho, terminando por enjoar da carência piegas. Ao me apaixonar por uma idosa poeta não planejava utilizá-la com proveitos oportunistas, como alguns amigos dela insinuaram, apenas saboreava seu extraordinário encanto. A verdade é que a minha vida daria boa poesia. Se eu fosse mulher seria concubina, uma deliciosa cortesã, uma Cicarelli ou Luana Piovani com neurônios, mas felizmente sou homem, um poeta que acredita na liberdade impossível e nas coisas simples da vida. O importante é estar com o coração sereno, fazer o que gosto e mandar os caretas plantarem batatas”


HILDA HILST
“Fui protegido por ela durante dois anos. Hilda lia meus poemas e contos, aconselhando um mergulho interior sem barreiras, destacando versos, oferecendo livros. Lia John Donne, Jorge de Sena e Henri Michaux para mim. Enamorado, eu me deixava embalar por sua voz única de dicção perfeita. À noite, juntos, víamos a telenovela das oito, acompanhados por um bom uísque escocês e muitas confissões. Estive ao seu lado durante a criação do soberbo Do Desejo. Fiz inúmeras fotografias, guardo suas cartas e bilhetinhos. Sei detalhes de sua vida íntima nunca publicados. Costumava ligar para as redações de jornais e revistas, pedindo que ela fosse entrevistava, mesmo consciente de seu horror a entrevistas. Por minha insistência, topou fazer algumas. Um dia, Hildinha deixou de falar comigo. Fiquei em pânico, chorei, não sabia como sobreviver sem a sua companhia. Terminei por aniquilar a dor através da escrita. Quando morreu, não me abalei, pois a sua morte estava anunciada há muitos anos. Hilda morria a cada dia desde os anos oitenta. Ela é o maior poeta que já tivemos. O meu Suave é o Coração Enamorado é dedicado ao seu ser iluminado”


NOVO LIVRO
“Suave é o Coração Enamorado ainda não é a grande obra que pretendo escrever antes de partir para o outro lado. Até agora, o meu melhor momento literário aconteceu com Se um Viajante numa Espanha de Lorca, tristemente só publicado em Portugal. Sei que não sou um poeta excepcional, minha prosa tem mais vigor. Tenho consciência disso, mas não me envergonho da poética que faço, pois ela é mais viva e sincera do que a de muita gente que se diz poeta. Existe muito gato vendido por lebre no mercado literário. Realmente contamos com um número reduzido de brilhantes escritores e poetas para um País tão gigantesco. A literatura não é produto visceral nas terras brasilis. Antes de tudo, a nossa sensibilidade é musical. Tem muita celebridade literária fruto de marketing ou da desinformação. Alguém escreve que tal figura é genial e essa invenção passa de boca em boca, tornando a lenda realidade, como nos filmes de John Ford. Não cito nomes porque os mortos merecem ser deixados em paz e os vivos devem fazer o que acreditam que sabem fazer melhor, mesmo que pratiquem apenas a imitação da literatura”


POESIA
“A poesia, desde os gregos, jamais mudou nada no mundo. Mas ela é um luxo necessário, uma profusão de sentimentos, palavras e coisas que avança misturando as suas vozes. Privilegiados são aqueles que acreditam na sua beleza. Quando escrevo poesia ou prosa, minha von­tade é sempre dar um passo além. Como deu Auden, Cummings, Clarice Lispector e tantos outros, só que é muito difícil dar esse passo, ser original. Por meio da poesia, compartilho com outras pessoas muitos dos meus delírios. Nela eu não tenho limites. Jogo-me de corpo e alma, sem censura. Eu não me escondo atrás das máscaras das palavras. Estou lá, na primeira pessoa, completamente nu e indomável, apenas preocupado com o sentido da vida. Procuro o poema em linha reta, como dizia Fernando Pessoa. Procuro a rebeldia dos personagens mais famosos de Paul Newman. Escrever poesia – ou prosa – é uma catarse. O fundamental é não mentir e procurar entender a fúria dos homens. Estou sempre de olho na poesia do passado e de hoje. Fico feliz com o reconhecimento alheio. Ao contrário de muita gente, que se corrói de inveja, creio que o reconhecimento do outro não nos diminui, não apaga a nossa trajetória, não fecha nossas chances. Muito pelo contrário. E inveja é areia movediça”


RELIGIÃO
“Sei muito pouco sobre Deus e não tenho formação religiosa, mesmo nascido numa família católica. Os rituais e dogmas me aborrecem. Não acredito em nada e acredito em tudo. Sou devoto de São Sebastião somente por sua história libidinosa e imagem erótica flechada. Gosto também da simplicidade revolucionária de São Francisco de Assis. Ao mesmo tempo, beijo os pés de Oxóssi e Dona Janaína. Se eu tivesse temperamento para me dedicar a uma religião, ficaria com o candomblé. Acho mágica essa idéia de unificar deuses com a própria natureza. Também tenho uma queda pela espiritualidade oriental. Costumo meditar, entoar mantras e cânticos budistas. Sou totalmente místico. Como Shakespeare, acredito que há muita coisa entre o céu e a terra que nem sonha a nossa vã filosofia. Certa vez fiz regressão e, entre outras vidas, vi-me como jovem curandeira germânica que acabava na fogueira. Talvez venha daí a repulsa e atração que sinto pelo fogo”


SONHOS
“Mesmo escrevendo desde menino, eu queria mesmo era ser artista plástico. Porém, não pintava nada decente, era uma loucura. Meti na cabeça que seria Henri Matisse. Fiz exposições coletivas e individuais, ganhei prêmios regionais, vendi umas quarenta telas. Numa das exposições, A Morte do Futuro, deixei-me fotografar acorrentado e pintado com a palidez e as olheiras de Rodolfo Valentino. Um dia, de frente a telas de Cézanne e Gauguin no Masp, disse para mim mesmo: “Você não pinta nada. Acorde pra vida, Antonio”. Foi o fim da carreira pictórica, pouco antes dos 20 anos. Nos anos seguintes, passei a comprar ou pedir de volta minhas próprias pinturas e queimá-las. No entanto, não foi possível resgatar todas elas. Hoje sei que foi a opção acertada e que a literatura estava destinada para preencher o meu vazio. Cada macaco no seu galho, e o meu galho não é a pintura. Por mais dedicado que fui, era entretenimento. Por fim, mesmo realizado por escrever, não tenho uma meta literária, não tenho nada programado, nada espero. Tanto que nunca envio o que escrevo para editoras, não participo de concursos literários e os poucos leitores fiéis surgiram sem qualquer planejamento”


VIDA INTENSA
“Amar, ler, escrever e viajar são hábitos fundamentais na minha vida. Vivo intensamente cada segundo da existência. É o principal obstáculo para o meu desenvolvimento literário. Entretanto não me arrependo. Essa é a vida que escolhi. Mesmo escrevendo praticamente todos os dias, acato mil e uma outras aventuras: a boêmia, vejo três ou quatro filmes semanalmente, vou ao teatro, exposições, museus e shows, cuido de plantas e insetos, jogo tarot, medito e oro, viajo muitíssimo, tenho uma rotina doméstica – resultando em moradias impecáveis – e não deixo de ir à praia ou contemplar rios, árvores, a lua e estrelas. Além disso, converso banalidades com idosos solitários e sobre cidadania com os mais humildes. Se eu bancasse o senhor do castelo, como outros escritores, talvez escrevesse mais ou melhor. Diferentes deles, sou hóspede de uma alma libertária, sem preconceitos e comunicativa. Tanto que tenho inúmeras obras inacabadas por absoluta falta de tempo. Eu nem sei quem sou. Talvez meio maluco, uma criatura discutível, uma metamorfose ambulante. A minha biografia é interessante, meio cinematográfica, e assim é como se eu não tivesse feito outra coisa além de procurar viver intensamente. Por vezes, noto que alguns leitores prestam atenção na minha pessoa e não na obra. Não me incomodo. Intencionalmente confundo vida e obra, já que não vejo diferença entre elas”


PRÓXIMOS LANÇAMENTOS
DE “SUAVE É O CORAÇÃO ENAMORADO”

Ilhéus:
Outubro de 2006, na Universidade de Santa Cruz (UESC), durante o VII Seminário Internacional de Literaturas Luso-Afro-Brasileira;

Itabuna:
26 de outubro de 2006, às 20h, no Quiosque Cultural (em frente ao Banco do Brasil);

Salvador:
01 de novembro de 2006, às 21h, na Casa da Mãe (Rio Vermelho).


SUAVE É O CORAÇÃO ENAMORADO (Poesia).
(Editora Via Litterarum, 2006)
de Antonio Naud Júnior
Prefácio de José Inácio Vieira de Melo
Ilustrações de Igor Souza
Dedicado a Hilda Hilst
176 págs.
R$ 24,00

COMO FAZER O SEU PEDIDO

Escrever para:editora@vialitterarum.com.br
Ou
vleditora@veloxmail.com.brhttp://www.vialitterarum.com.br/http://www.quiosquecultural.com.br/


OUTRAS INFORMAÇÕES

antonio_junior2@yahoo.com
(71) 99721302


TODA A OBRA PUBLICADA
DE ANTONIO NAUD JÚNIOR


1993 – O APRENDIZ DO AMOR (Poesia);

1996 – RETRATOS EM PRETO & BRANCO – CONTOS GÓTICOS DE MADRID (Ficções);

1998 – FICAR AQUI SEM SER OUVIDO POR NINGUÉM (Ficções);

1998 – CAPRICHOS (Poesia);

2003 – ARTEPALAVRA – CONVERSAS NO VELHO MUNDO (Entrevistas);

2004 – UM SENTIDO PARA A VIDA – UMA BIOGRAFIA DE DIÓGENES DA CUNHA LIMA (Biografia);

2005 – SE UM VIAJANTE NUMA ESPANHA DE LORCA (Crônicas);

2006 – SUAVE É O CORAÇÃO ENAMORADO (Poesia).


DOIS POEMAS


(Pág.75)
por tua causa vi a noite azul
tudo turquesa no meu coração
tudo cor de topázio
tudo luz e sombra

por tua causa
lembrei de outros tempos
em que lidava com inocências
cores azuladas
aromas
de paixões insensatas



(Pág. 103)
tua lembrança
posso tocá-la de tão próxima
nesta noite de sutilezas e argúcias
em que não consigo dormir
caminhando na lassidão
da aragem fresca da campina

a monótona coleção de sombras
provoca-me indolência
afundando olhos decaídos
na miragem envolta em vapor
na claridade súbita
ondulações
espasmos
retorcimentos
- tua lembrança

Masters up in arms


Masters up in arms
BILL LOTHIAN


JUDO SCOTLAND today hit back at a claim they have sacrificed a Masters event at the National Open in Meadowbank this weekend to provide more mat opportunities for those in other categories.
Commonwealth seniors medallist Frank Taylor, 45, from Edinburgh, has urged organisers to overturn an earlier decision to pull the plug on age-group competition in what he admits is a highly successful two-day gathering regardless.
"It is a disgrace that in order to accommodate more players and keep the tournament more manageable veterans are made the scapegoat," said Taylor, a joiner.
He added: "What makes matters worse is that in addition to all the training that has been put in by would-be competitors many have already booked to fly to Edinburgh.
"For example, I am particularly aware of an Irish contingent who now face having to change their plans.
"The problem, I'm convinced, is so many entries that the organisers don't want to be running well into the evening but there could be a price to pay so far as the sport at large is concerned.
"Many juniors are attracted through relatives and if these Masters contenders walk away then overall judo will suffer.
"On a personal level I am considering handing back my players' licence I have been pleased to hold for over seven years after taking up the sport late as well as my Commonwealth seniors silver and European bronze in the +100kgs categories."
Peter Gardiner, organiser of the Scottish Open, denied dispensing with Masters to free up mat time for others.
Gardiner said: "Having waited until entries closed earlier this week a decision had then to be taken that, if virtually nobody is competing, competitors can't be asked to travel for just one contest.
"We have asked veterans if they want to compete in the Open section and overall the situation affecting Masters is in contrast to what will be the best competition ever staged and including world junior champions.
"With 365 players from 11 countries competing over two days we are well satisfied with the content and quality though it would have been possible, using four mats, to include up to 600 players.
"It would have been the best problem in the world if we'd had too many competitors for our facilities. Sadly, as with the last three years, the Masters has been cancelled but in sympathising with the frustrations of those who had been hoping to be involved there will be still be plenty of action including players from the home countries, Spain, Germany and Belgium."
Fonte: Scotsman - United Kingdom - http://sport.scotsman.com/i

Calendário
Que de tão lento
Reges em alto-mar
Frotas grandiosas
Moldadas à vitória
Que de tão bárbaro
Fez-se ausente
E num só clássico
Tornou-se producente
Que de tão bizarro
À biblioteca levou-me
Zombando embaraçado
Alimento de procissões
Que de tão profundo
Destacou-se num verso
Abraçou o poema todo
Estancou estrofe em rebento
Que de tão governados
Muito e variado ditoso
Germina intensidade
Altiva e presunçosa
Que de tão lento
Que de tão bárbaro
Que de tão bizarrro
Que de tão profundo
Que de tão embaraçoso
Alojado em meu peito
Sentir tão desvendado
Num despir da própria Lua...
Luiza de Marillac Bessa Luna Michel

quarta-feira, outubro 11, 2006

CEMITÉRIO ADALGISA - Adalgisa Nery


CEMITÉRIO ADALGISA
Moram em mim
Fundos de mares, estrelas-d'alva,
Ilhas, esqueletos de animais,
Nuvens que não couberam no céu,
Razões mortas, perdões, condenações,
Gestos de amparo incompleto,
O desejo do meu sexo
E a vontade de atingir a perfeição.
Adolescências cortadas, velhices demoradas,
Os braços de Abel e as pernas de Caim.
Sinto que não moro.
Sou morada pelas coisas como a terra das
[ sepulturas
É habitada pelos corpos.
Moram em mim
Gerações, alegrias em embrião,
Vagos pensamentos de perdão.
Como na terra das sepulturas
Mora em mim o fruto podre,
Que a semente fecunda repetindo a vida
No sereno ritmo da Origem.Vida e morte,
Terra e céu,Podridão, germinação,
Destruição e criação.
De Poemas (1937)
Fonte: poesia.net - www.algumapoesia.com.br

Judoca paraibana participa do Mundial na República Dominicana


Categoria Júnior
Judoca paraibana participa do Mundial na República Dominicana
Quarta, 11 de Outubro de 2006 07h59
A judoca paraibana Amanda Cavalcanti de Oliveira (-63kg, categoria júnior), disputa a partir desta quinta-feira, dia 12, do Campeonato Mundial da modalidade, que acontecerá na República Dominicana. Para o técnico da equipe, Henrique Guimarães, o Brasil tem chances de voltar com um bom resultado no Mundial Júnior 2006.
Amanda é uma colecionadora de títulos, entre eles: primeiro lugar no Campeonato Brasileiro de Judô 2006, o bicampeonato no Sul-americano e o pódio nos Jogos da Juventude, também neste ano. Cerca de 500 judocas estão confirmados no principal evento para a nova geração, que acontece a cada dois anos.
Além da atleta da terra, estão confirmados os seguintes judocas brasileiros: Sarah Menezes (48kg), Érika Miranda (-52kg), Ketleyn Quadros (-57kg), Mayra Aguiar (-70kg), Paloma Rocha (-78kg), Rochele Nunes (+78kg), Ricardo Ayres (-60kg), Benito Mussolini (-66kg), Ricardo Rocha (-73kg), Marcelo Souza (-81kg), Leandro Gonçalves (-90kg), Gustavo Oliveira (-100kg) e Rafael Silva (+100kg).
Fonte: Jornal O Norte - João Pessoa, PB, Brazil - http://www.jornalonorte.com.br/

Judô da Unisc brilha no Sulbrasileiro


A equipe de Judô da Unisc participou há duas semanas da Copa Cidade de Venâncio Aires, com cerca de 30 atletas, ficando em 5° lugar geral da competição no masculino. No final de semana seguinte, a equipe disputou a Copa Estadual 100 anos Clube União, em Porto Alegre, tendo classificado em primeiro lugar os atletas Marciel Behm, Felipe Messias, Franciele Machado e Carlos Eurico Pereira. Já no último sábado os atletas da categoria infantil, integrando a seleção gaúcha, e sob a supervisão do professor Henrique Silva, foram a Florianópolis, para a disputa do Meeting Infantil (equivalente da categoria ao Campeonato Sulbrasileiro, entre os estados do RS, SC, PR e SP), tendo se sagrado campeões os atletas Felipe Antocheviz Messias e Franciele Machado. Nesta semana, a equipe entrará no tatame outras duas vezes, amanhã para a disputa da tradicional Copa Unisinos em São Leopoldo, onde tentará o bicampeonato no masculino, e no domingo participará do Campeonato do Interior, onde busca o bicampeonato feminino.
Fonte: Gazeta do Sul - Santa Cruz do Sul, RS, Brazil - http://www.gazetadosul.com.br/

Jogos Pan-americanos/Judô - (11/10/2006 13:04:29)

Pinheiros recebe Troféu Brasil como pré-seletiva do Pan


São Paulo (SP) - Neste final de semana, a cidade de São Paulo será sede dois importantes eventos do judô brasileiro. No sábado, acontece o Troféu Brasil Interclubes, que servirá para classificar atletas para a pré-seletiva dos Jogos Pan-americanos de 2007, enquanto o domingo terá o Grand Prix Nacional. Os dois campeonatos acontecem no EC Pinheiros, a partir das 9 horas.
O clube paulistano deve vir com força para não fazer feio em casa. No elenco azul e preto, nomes de peso como Leandro Guilheiro, presente nas Olimpíadas de Atenas, com medalha de bronze, e Vânia Ishii, ouro no Pan de 99, em Winnipeg.
É do representante de São Paulo a liderança dos confrontos, com 14 pontos em sete duelos. Logo atrás, vem a Oi/Sogipa, do Rio Grande do Sul, com 13. Além dos dois clubes, São Caetano, Paulistano, Barueri, Gama Filho-RJ, Flamengo, Jequiá-RJ, Minas Tênis Clube, Ceilândia EC, FTC/Sesc-BA e Unisul-SC também têm presença certa.
Fonte: Gazeta Esportiva - São Paulo, SP, Brazil - http://www.gazetaesportiva.net/