sexta-feira, dezembro 31, 2010

Ken Follett, Vargas Llosa y Umberto Eco cierran el año entre los más vendidos


Redacción Internacional, 31 dic (EFE)- La semana que cierra 2010 mantiene a Ken Follett, con "La caída de los gigantes"; Mario Vargas Llosa, con "El sueño del celta" y a Umberto Eco, con "El cementerio del Praga", entre los autores más vendidos.

ALEMANIA Ficción: 1- "Hummeldumm"- Tommy Jaud (Scherz) 2- "Erbarmen" - Jussi Adler-Olsen (dtv) 3- "Sturz der Titanen" - Ken Follett (Bastei Lübbe) 4- "Bis(s) zum Sonnenstrahl" - Stephanie Meyer (Carlsen) No ficción: 1- "Deutschland schafft sich ab" - Thilo Sarrazin (DVA) 2- "Auf dem roten Teppich und fest auf der Erde" - Loki Schmidt (Hoffmann und Campe) 3- "Licht der Welt" - Beedikt XVI./Peter Seewald (Herder) 4- "Life" - Keith Richards (Heyne) Fuente: Semanario "Der Spiegel".

ARGENTINA Ficción: 1- "El cementerio de Praga", Umberto Eco - Lumen 2- "El sueño del celta", Mario Vargas Llosa - Alfaguara 3- "Comer, rezar, amar", Elisabeth Gilbert - Aguilar 4- "Los padecientes", Gabriel Rolón - Emecé No ficción: 1- "Basta de historias", Andrés Oppenheimer - Debate 2- "Horóscopo chino 2011", Ludovica Squirru - Atlántida 3- "Siete fuegos", Francis Mallmann - V & R 4- "La gran epopeya", Pacho O'Donnell - Norma Fuente: Puntos de venta del Grupo Ilhsa S.A.

BRASIL Ficción: 1- Querido John - Nicholas Sparks (Novo Conceito) 2- A cabana - William Young (Sextante) 3- O Semeador de Ideias - Augusto Cury (Academia da Inteligencia) 4- Diario de uma Paixao - Nicholas Sparks (Novo Conceito) No Ficción: 1- 1822 - Laurentino Gomes (Nova Fronteira) 2- Comer, Rezar, Amar - Elizabeth Gilbert (Objetiva) 3- 1808 - Laurentino Gomes (Planeta) 4- Não há Silencio que não termine - Ingrid Betancourt (Companhia das Letras) Fuente: Revista Veja COLOMBIA Ficción: 1- "El sueño del celta" - Mario Vargas Llosa (Alfaguara) 2- "La caída de los gigantes" - Ken Follett (Random House Mondadori) 3- "El cementerio de Praga" - Umberto Eco (Random House Mondadori) 4- "Comer, rezar, amar" - Elizabeth Gilbert (Alfaguara) No ficción: 1- "El club de los lagartos" - Daniel Samper Ospina (Alfaguara) 2- "El gran diseño" - Hawking/Mlodinow (Planeta) 3- "Casi toda la verdad" - María Isabel Rueda (Planeta) 4- "2001 Agenda Aleuda" - Vladdo - (D Vinni S.A.) Fuente: Librería Nacional.

ESPAÑA Ficción: 1- "El cementerio de Praga" - Umberto Eco (Lumen) 2- "La caída de los gigantes" - Ken Follett (Plaza y Janés) 3- "Riña de gatos" - Eduardo Mendoza (Planeta) 4- "El jardín olvidado" - Kate Morton (Suma) No ficción: 1- "Ortografía de la lengua española" - Real Academia Española (Espasa-Calpe) 2- "El método Gabriel" - Jon Gabriel (Urano) 3- "Los días de gloria" - Mario Conde (Martínez Roca) 4- "El método Dunkan ilustrado. Como adelgazar rápidamente y para siempre" - Pierre Dunkan (RBA Libros) Fuente: La Casa del Libro ESTADOS UNIDOS Ficción: 1- "Dead or Alive" - Tom Clancy con Grant Blackwood (Putnam) 2- "The Confession" - John Grisham (Doubleday) 3- "The Girl Who Kicked The Hornet's Nest" - Stieg Larsson (Knopf) 4- "Cross Fire" - James Patterson (Little, Brown) No Ficción: 1- "Decision Points" - Georges W. Bush (Crown) 2- "Unbroken" - Laura Hillenbrand (Random House) 3- "Autobiography of Mark Twain" - Mark Twain (University of California) 4- "Life" - Keith Richards con James Fox (Little, Brown) Fuente: The New York Times FRANCIA Ficción: 1- "La Carte et le territoire" - Michel Houellebecq (Flammarion).

2- "La Chute des géants" - Ken Follett (Robert Laffont) 3- "Du bois pour les cercueils" - Claude Ragon (Fayard).

4- "La Vie est brève et le désir sans fin" - Patrick Lapeyre (POL).

No Ficción: 1- "Indignez-vous!" - Stéphane Hessel (Indigèns Éditions).

2- "Le Métronome illustré" - Lorànt Deutsch (Michel Lafon).

3- "Métronome. L'histoire de France au rythme du métro" - Lorànt Deutsch (Michel Lafon) 4- "Life" - Keith Richards (Robert Laffont).

Fuente: "Nouvel Observateur" ITALIA Ficción: 1- "Il cimitero di Praga" - Umberto Eco (Bompiani) 2- "Io e te" - Niccoló Ammaniti (Einaudi) 3- "Appunti di un venditore di donne" - Giorgio Faletti (Dalai) 4-"Momenti di trascurabile felicitá" - Francesco Piccolo (Einaudi) No ficción: 1- "I dolori del giovane Walter" - Luciana Littizzetto (Mondadori) 2- "Benvenuti nella mia cucina" - Benedetta Parodi (Vallardi) 3- "Recital. DVD+Libro"- Corrado Guzzanti (Feltrinelli) 4- "I segreti del Vaticano" - Corrado Augias (Mondadori) Fuente: La Feltrinelli MÉXICO Ficción: 1-"El sueño del celta" - Mario Vargas Llosa (Alfaguara) 2-"Correr o morir = Maze runner" - James Dashner (Vergara y Riba) 3-"Arrebatos carnales" - Francisco Martín Moreno (Planeta) 4-"Historias desconocidas de la independencia y la revolución" - Trino (Tusquets) No ficción: 1-"Los señores del narco" - Anabel Fernández (Grijalbo) 2-"Comer, rezar y amar" - Elizabeth L. Gilbert (Aguilar) 3-"El Vino" - Ullmann (Ullmann) 4-"El líder que no era licenciado" - Robin S. Sharma (Grijalbo) Fuente: librería Gandhi PORTUGAL Ficción: 1- "O Anjo Branco" - José Rodrigues dos Santos (Gradiva).

2- "O Sonho Celta" - Mario Vargas Llosa (Quetzal).

3- "Um refugio para a vida" - Nicholas Sparks (Presença).

4- "Minha casa é teu coraçao" - Margarida Rebelo Pinto (Clube do Autor).

No ficción: 1- "A chama imensa" - Ricardo Araújo Pereira (Tinta da China).

2- "Caderneta de cromos" - Nuno Markl (Objectiva).

3- "Cozinhar com Jamie Oliver" - Jamie Olivier (Civilização Editora).

4- "O livro da consciencia" - Antonio Damasio (Temas & Debates).

Fuente: Fnac Portugal y Bertrand Livreiros REINO UNIDO Ficción: 1- "The Family" - Martina Cole (Headline) 2- "Mini Shopaholic" - Sophie Kinsella (Bantam) 3- "Heartstone" - CJ Sansom (Mantle) 4- "Jump!" - Jilly Cooper (Bantam Press) No ficción: 1- "The Fry Chronicles" - Stephen Fry (M Joseph) 2- "A Simples Life" - Aleksandr Orlov (Ebury) 3- "Life & Laughing" - Michael McIntyre (M Joseph) 4- "A Journey" - Tony Blair (Hutchinson) Fuente: The Sunday Times. EFE lcu/cr

FONTE: TERRA
URL FONTE: http://noticias.terra.com/
URL MATÉRIA: http://noticias.terra.com/noticias/ken_follett_vargas_llosa_y_umberto_eco_cierran_el_ano_entre_los_mas_vendidos/act2650222

sexta-feira, dezembro 24, 2010

Renascimento africano em debate no Senegal



“Renascimento Africano e Estados Unidos de África” é o tema do primeiro debate de uma série vários outros, que vão realizar-se a partir de domingo à tarde, no âmbito da III edição do Festival Mundial das Artes Negras (FESMAN).

No encontro de abertura vão participar diversas personalidades, com destaque para o reitor da Universidade Cheikh Anta Diop de Dakar (UCAD), Abdou Salam Sall, Iba Der Thiam, ex-ministro senegalês da Educação, Kabenguele Munanga, professor na Universidade de São Paulo (Brasil), bem como Awa Niang Ndiaye, presidente do Espaço África Internacional em Genebra (Suíça).

O Renascimento Africano e os Estados Unidos de África foi objecto de um outro debate, na terça-feira passada, realizado no Monumento do Renascimento, em Dakar, entre o líder líbio Muammar Kadafi e o chefe de Estado senegalês, Abdoulaye Wade.

Na altura, Wade prometeu trabalhar, a partir de Janeiro de 2011, no projecto de realização dos Estados Unidos de África.

Por outro lado, a comissão responsável pela organização da agenda brasileira no III Festival Mundial das Artes Negras esclarece que, apesar dos esforços empreendidos para que a programação do Brasil fosse o mais ampla possível, a participação de alguns artistas e grupos, como Gilberto Gil, Bando de Teatro Olodum, Teresa Cristina, Carlinhos Brown e Balé Folclórico da Bahia não foi concretizada.

Através de um comunicado de imprensa, a comissão esclarece que a rigidez da legislação eleitoral e a contenção de recursos do Governo do Brasil impediram a contratação, em tempo útil, dos artistas, provocando a incompatibilidade de algumas agendas.

No entanto, e apesar das ausências lamentadas, o comunicado realça o facto de o Brasil ser o país com a maior delegação nesta grande confraternização artístico-cultural, que conta com a participação de 60 nações.

A delegação brasileira reúne 362 personalidades, entre artistas, intelectuais, cineastas, escritores e grupos de dança e de música, com nomes representativos, como os de Sandra de Sá, Margareth Menezes, Lazzo, Olodum, Ilê Aiyê, Chico César, Rita Ribeiro, Mombaça, Escola de Samba Império Serrano, Rappin’ Hood, Joel Zito Araújo, Jefferson De, Zózimo Bulbul, Kabengele Munanga, Petronilha Beatriz Gonçalves Dias, Zélia Amador e Conceição Evaristo.

O III Festival Mundial das Artes Negras teve início no passado dia 10 e termina no próximo dia 31 de Dezembro, decorrendo nas cidades de Dakar, Saint Louis e na Ilha de Gorée, no Senegal.

O Brasil, país com um dos maiores contingentes de afro-descendentes do mundo é o convidado de honra desta edição. A comissão é composta por representantes do Ministério da Cultura, Fundação Cultural Palmares, Ministério das Relações Exteriores e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).
 
FONTE: Jornal de Angola

URL FONTE: http://jornaldeangola.sapo.ao/
URL MATÉRIA: http://jornaldeangola.sapo.ao/17/0/renascimento_africano_em_debate_no_senegal

Queen's Gold Medal for Welsh poet Gillian Clarke



Gillian Clarke, Wales' national poet, has become the second Welsh winner of the Queen's Gold Medal for Poetry.

Mrs Clarke, 73, said she was "humbled" to join names such as WH Auden, John Betjeman, Philip Larkin and Welshman RS Thomas in receiving the honour.

It recognises her body of work which culminated in the collection A Recipe for Water, published last year.

The Cardiff-born poet, who lives in Talgarreg, Ceredigion, will receive her honour from the Queen next year.

She was named Wales' third national poet in 2008 and works as a poet, playwright, editor, creative writing tutor and translator.

She is the author of several volumes of poetry and many broadcast plays. She is resident of Ty Newydd, the writers' centre in Llanystumdwy, Gwynedd, which she co-founded in 1990.

Mrs Clarke said she was "stunned" when she heard she had received the gold medal.

"It is absolutely amazing. I don't win raffles, so I didn't expect this. Some of my greatest heroes have received the award - Auden, Ted Hughes, Derek Walcot, Les Murray, U A Fanthorpe and, at the top of my list, RS Thomas.

"I feel humbled so many wonderful people have received the award and I wondered if I belonged on such a distinguished list, but I thought if RS Thomas can accept, so can I."

'Literary landscape'

Mrs Clarke said only 11 women had received the award, and the medal was a "gift for poetry and for Wales".

Poet laureate Carol Ann Duffy, who chaired the medal's judging panel, described her as "part of the literary landscape of this country".

Continue reading the main story

Start Quote

It is absolutely amazing... I don't win raffles, so I didn't expect this”

End Quote

Gillian Clarke

National poet of Wales

Ms Duffy said: "As such, it is easy to take for granted the impact and influence of her work.

"Take an early poem, perhaps, like Letter from a Far Country. First heard on radio and published in the early 1980s, this poem subtly and lyrically describes the everyday household responsibilities of a woman with a full, ordered, demanding life at home and a longed-for, free, dream-like life elsewhere.

"We could read it as a poem about a trapped housewife but it is so much more than that. It is a moving and beautiful statement about freedom and constraint.

"Freedom and constraint - whether writing about women, ecology, politics or the natural world - these are the hallmarks of Gillian Clarke's art."

The Queen's Gold Medal for Poetry was instituted by George V in 1933 at the suggestion of the then poet laureate, John Masefield.

The honour is awarded for excellence in poetry for either a body of work or an outstanding poetry collection published during the year of the award.

Mrs Clarke is also known to teenage readers as a selection of her poems have been set for GCSE English for a number of years.

FONTE: BBC News

URL FONTE: http://www.bbc.co.uk/news/uk-wales-12070426
URL MATÉRIA: http://www.bbc.co.uk/news/uk-wales-12070426

Este Consumo Que Nos Consome – A HIPERESCOLHA TRARÁ A FELICIDADE? Obra indispensável para conhecer o consumo e os consumidores



“A Felicidade Paradoxal, ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo”, do filósofo Gilles Lipovetsky, é seguramente o olhar mais completo e actual que tenho a propor ao leitor (a par dos memoráveis trabalhos de Manuel Castells sobre a sociedade em rede e os de Robert Rochefort sobre a sociedade dos consumidores em tempo de globalização) para a compreensão do mundo em que vivemos: a economia centrada na procura, um sistema assente no accionista e no consumidor, a tirania presente, a moral do prazer o do conforto, aqui e já (Edições 70, Dezembro de 2007).

É um grande ensaio onde se dissecam as diferentes fases do capitalismo de consumo actual e as formas como este se representa: a medicalização e o culto do corpo, o entretenimento da compra (um misto de compra e decepção perpétua); como vivemos a organização pós-fordiana da economia e nos comportamos como turboconsumidores. Após este olhar de enquadramento, o filósofo convida-nos a procurar o sentido em torno dos sinais deste jardim das delícias em que o consumo é o nosso templo e o nosso corpo: a permanente frustração mesmo quando compramos cada vez mais coisas, sem encontrar uma qualquer chave da felicidade; a contradição entre o prazer privado e o desconforto público, a avidez de coisas que ajudem a superar múltiplos fracassos ou desilusões; a aparente tragédia da abundância em que estamos expostos à violência das imagens e os mais desfavorecidos resignados a todo o tipo de exclusões, depois de quase dois séculos de luta a caminho da equidade; o quotidiano tornado lúdico, disfarçado de conforto, de vida melhor, de requalificação urbana, de equipamentos de multi-segurança capazes de proteger, prevenir e minimizar os riscos; um mundo em que a felicidade alimentar já não encontra a sua expressão no banquete mas na sensualidade da degustação e na procura das qualidades gustativas; a obsessão pela performance (dos desportos ao mundo empresarial, do sexo à saúde, andamos a explorar as nossas potencialidades até ao limite); cúmulo do hedonismo, mergulhamos em dopagens, à procura de sensações exóticas, da proeza arriscada, sofrendo de solidão, de dúvidas a nosso respeito, sentindo que a felicidade não progrediu. Então, o filósofo pergunta: se a ideologia do capitalismo de consumo é dar-nos a felicidade através da técnica e da profusão de bens materiais, o que é que nos leva a estar permanentemente decepcionados, clivados entre a felicidade materialista e a felicidade espiritual?

A utopia do homem feliz

Desde o Século das Luzes que os pensadores asseguram que o homem nasce para ser livre e feliz, competindo aos moralistas esclarecer os seus semelhantes acerca de tudo o que é necessário para alcançar essa vida. Com a sociedade de consumo, as promessas de progresso propõem a felicidade através da técnica e da profusão de bens materiais. O nosso conforto e bem-estar, a matriz da modernidade individualista e mercantil em que vivemos, gerou também uma condenação que é de culpar o consumidor pelas ameaças ambientais globais. Se há 40 ou há 30 anos atrás o consumidor era encarado como uma vítima do sistema, agora é metido no banco dos réus e só poderá ter absolvição se contribuir para salvar o planeta, consumindo de outra maneira. Daí a polémica se esta sociedade de hiperescolha pode inverter a sua marcha pondo termo ao consumo desregrado e avassalador. Acontece que a sociedade em que vivemos se impõe como o nosso único horizonte, a despeito de haver mudanças na estrutura da produção e do consumo de que o consumo de serviços é o seu indicador preeminente. Este tipo de consumo é de facto mais económico em termos de energia, menos prejudicial aos recursos naturais, mas estamos longe de supor que é por via deste consumo de serviços que vamos solucionar as mais graves questões ambientais. Seja como for, sem a reformulação das práticas de consumo desenfreadas não será possível um melhor viver para todos.

Voltemos à felicidade neste tempo em que se fala de responsabilidade, do consumidor e da responsabilidade social. Que a felicidade espiritual continua a ser um problema central do nosso tempo, temos inúmeros exemplos: a busca de equilíbrio interior vendido em medicamentos, em conforto emocional e psicológico, em espiritualidades religiosas e laicas, no pensamento mágico, a escavar todas as emoções da sabedoria, com gurus, xamãs, mestres do zen e outros sacerdotes e místicos. Quando não se atinge a felicidade precária voltamo-nos para a ética: o consumo frugal, a simplicidade, o controlo das biotecnologias, saber os limites da eutanásia, como reagir ao assédio moral, saber se devemos ser rígidos com a negação do véu islâmico ou com o casamento dos homossexuais. Igualmente caminhamos para novas propostas de felicidade através das paixões, pela conquista e pelo risco de que os desportos radicais são uma simples amostra, apontando para o desfrute e a realização plena do corpo e do espírito.

Cheia de contradições, a nossa sociedade propõe outras vias para obter a felicidade: servir os outros através do voluntariado ou da religião, rejeitar os excessos (mesmo sem definir quais e quantos), corrigir os desmandos do mercado através de uma educação que proponha a equidade baseada na cidadania, etc. Sucede, e sabe-se desde Pascal que não somos anjos nem bestas, uma filosofia da felicidade terá de ser forçosamente desunificada e pluralista, nós mudamos ao longo da vida, a felicidade não é unilinear nem um processo meramente evolutivo. Este sentimento tem de ser reinventado, ele é um dos motores da nossa existência, leva-nos a procurar melhores condições de vida, estima, respeito e amor. A felicidade pode ser o que cada um lhe atribui, o que parece indesmentível é que não há certezas que a sociedade do hiperconsumo, por si só, nos conduza em estrada triunfal até à alegria de viver.

Este magnífico ensaio de Gilles Lipovetsky é indispensável a vários títulos: leva-nos a compreender o faseado do capitalismo de consumo, como se organiza o material e o imaterial, como de consumidores passámos a hiperconsumidores, qual a lógica que assiste à mercantilização das nossas atitudes e valores; lança um profundo olhar sobre as decepções no consumo, em associação com o nosso trabalho, o uso do nosso tempo e o triunfo do indivíduo; e questiona se, através das nossas experiências emocionais, dos processos de autenticidade, de comunicação, da euforia pelo lúdico, pelo hedonismo conseguimos a felicidade ou se tal utopia é corrigível.

Quem trabalhe em qualquer domínio do consumo ou da política dos consumidores não pode ignorar este livro. É imperdível, tal a vastidão dos olhares e a abertura de horizontes.

Beja Santos

FONTE: Gazeta das Caldas

URL FONTE: http://www.gazetacaldas.com/
URL MATÉRIA:
 
URL FOTO: http://jn.sapo.pt/Storage/ng1275237.jpg

quinta-feira, dezembro 23, 2010

Palmeiras oficializa união com o judô da Smel-Mogi



A academia de judô do mestre Paulino Namie agora está totalmente unificada à Associação Desportiva Palmeiras e, a partir de agora, o nome passa a ser Palmeiras/Smel (anteriormente se chamava Servidores Palmeiras).

Com o CNPJ do clube e sede alviverde em Mogi das Cruzes, todas as categorias terão o apoio do Palmeiras, da mirim à master. "Antes, as nossas categorias adultas não recebiam o apoio, agora estamos totalmente unificados", explicou Namie.

Outra novidade importante para o judô de Mogi, foi o anúncio feito pelo presidente da Câmara de Mogi, Mauro Araújo. Ele divulgou que a cidade poderá receber no ano que vem um Centro de Referência de Judô de Alto Rendimento, ao redor do Ginásio Municipal Professor Hugo Ramos.

"É uma ótima notícia, mas será necessária uma boa estrutura e professores à disposição. Mogi já é um grande celeiro de talentos no judô e este projeto deixaria a cidade ainda mais forte e promissora na modalidade", definiu Namie, que dedica seu tempo trabalhando com as categorias de base do judô.

FONTE: Mogi News

URL FONTE: http://www.moginews.com.br/
URL MATÉRIA: http://www.moginews.com.br/materias/?ided=1061&idedito=2&idmat=81513
 
URL FOTO: http://www.moginews.com.br/edicoes/101119/m1011181039011.jpg

quarta-feira, dezembro 22, 2010

La tumba de Miguel Hernández se llena de poesía



Tributo al escritor oriolano. Alumnos del instituto García Berlanga de Sant Joan leyeron ayer poemas de Miguel Hernández en su tumba como parte de unas actividades por el centenario de su nacimiento.

LORENA GIL LÓPEZ

Un centenar de estudiantes del instituto Luis García Berlanga de Sant Joan d'Alacant realizaron ayer un homenaje ante la tumba de Miguel Hernández en el cementerio de Alicante. Los alumnos llevaron a cabo una ofrenda floral y un recital poético en el último acto que el instituto ha desarrollado este año por el centenario del poeta oriolano.

"Nanas de la cebolla", "Carta", "Canción del esposo soldado" y "Después del amor" sonaron ayer uno tras otro en las voces de alumnos, mientras el silencio inundaba el cementerio.

Mientras los chavales leían los poemas, varias personas que acudieron al camposanto a visitar a sus seres queridos se pararon en el lugar y contemplaron emocionados la escena.

En la actividad participaron estudiantes de 1º y 2º de Bachillerato, de 3º y 4º de ESO y de Programas de Diversificación Curricular y de Cualificación Profesional Inicial.

"Ha sido muy bonito, cuando preparábamos los poemas que íbamos a leer no imaginábamos que fuera a ser así, nos hemos puesto nerviosos porque la verdad es que impresiona", explicaban los jóvenes.

El departamento de Lengua Castellana del IES García Berlanga tenía que preparar este trimestre un programa de animación a la lectura y no hubo dudas en que la obra del escritor, en el año del centenario de su nacimiento, era la mejor opción.

La jefa del departamento, Esperanza Sanz, explicó ayer que desde octubre, en la asignatura de Atención Educativa de ESO, los alumnos han preparado una serie de actividades relacionadas con la vida de Miguel Hernández.

Así, los estudiantes de 1º trataban la biografía de su infancia y sus primeros poemas, los de 2º los poemas de la adolescencia, los de 3º los poemas amorosos y los de 4º la poesía social y carcelaria.

Con todos estos materiales, se ha montado una exposición en el instituto y ayer "culminamos todas estas actividades con este homenaje y ofrenda floral".

La Asociación de Madres y Padres de Alumnos (AMPA) colaboró en el acto y puso los dos autobuses que trasladaron a los jóvenes desde el centro educativo hasta el cementerio.

"Nos ha parecido que se trataba de una muy buena iniciativa, ya que acerca a los alumnos la vida de Miguel Hernández, y la hemos apoyado sin dudarlo", explicó el presidente de la AMPA, Esteban Ramos.

FONTE: Información

URL FONTE: http://www.diarioinformacion.com/
URL MATÉRIA: http://www.diarioinformacion.com/alicanti/2010/12/21/tumba-miguel-hernandez-llena-poesia/1077594.html

Alfredo Taján reúne lo más selecto de su poesía en 'Naumaquia'



El escritor y director del IML rompe doce años de silencio en la lírica con una obra en la que incluye composiciones desde 1986 a 2010

22.12.10 - 01:32 - MARINA MARTÍNEZ mmartinez@diariosur.es
MÁLAGA.
 
No quería despedirlo para siempre. La misma noche que murió su padre, hace ahora seis años, Alfredo Taján le escribió un poema. Pero se perdió. Mudanza incluida, casi tres años después reapareció en una carpeta perdida. Aquello le animó a hacer una antología, la primera en su haber. Ayer la presentaba en la galería Alfredo Viñas bajo el título de aquel poema «muy biográfico y menos hermético que los anteriores»: 'Naumaquia', con la que rompe doce años de silencio poético. Alfama publica esta recopilación con edición y prólogo del también poeta Luis Alberto de Cuenca, que reúne «lo más selecto» de la producción lírica del director del Instituto Municipal del Libro (IML). Concretamente, ha escogido entre las composiciones realizadas de 1986 a 2010. Una docena de ellas, inéditas (caso de la que bautiza al libro).

Un recorrido en el que el propio Taján siente haber evolucionado. «He perdido el respeto a la poesía. Antes me ponía muy nervioso a la hora de escribir poemas, seleccionaba mucho los conceptos; ahora sigo haciéndolo, pero me siento más suelto y mucho más emotivo», aclara el escritor, que hace unos días ganaba el Premio de Novela Ciudad de Salamanca con 'Pez Espada'.

En este 'Naumaquia', reconoce que se descubre aún más. El escritor argentino afincado en Málaga confirma las palabras de Luis Alberto de Cuenca: «Adivinamos cosas íntimas y hasta secretas de su autor». Según Alfredo Taján, ahora incluso «se refleja más mi intimidad». No en vano, entiende la poesía como una «religión en la que hay que tener una actitud oferente», un «género que transita entre la filosofía y la literatura». A su juicio, «la poesía es un género muy serio, y para mí supone entrar en otra dinámica». Eso sí, el director del IML se considera narrador y poeta. En su lírica hay narrativa y en su narrativa hay lírica: «Habito esa frontera».

Hilo narrativo

Tanto es así que el escritor asegura que este nuevo poemario «se puede leer como un libro de narrativa porque son historias que se van contando con continuidad». Entre ellas destaca «varios momentos». De la primera época, 'Abolida'. De la segunda, los años 90, 'Entelequia', y de la tercera etapa no duda en escoger 'Naumaquia'. Como él mismo los define, «poemas muy esteticistas y planteados como si de un libro de narrativa se tratase».

Es un género en el que admite haberse «volcado más» en los últimos años. Básicamente, porque cree que las novelas son «proyectos de larga duración». «La poesía también puede serlo, y lo es, pero considero que la narrativa tiene otras complejidades más matéricas, mientras que la poesía las tiene de contención y de claridad conceptual», precisa.
 
FONTE: Sur Digital (Andalucía)

URL FONTE: http://www.diariosur.es/
URL MATÉRIA: http://www.diariosur.es/v/20101222/cultura/alfredo-tajan-reune-selecto-20101222.html

terça-feira, dezembro 21, 2010

Judoca paraolímpico disputará o Mundial



Harlley Damião Arruda foi convocado para integrar a seleção brasileira que participará os Jogos Mundiais na Turquia, em abril do próximo ano

O judoca paraolímpico Harlley Damião Arruda, de 31 anos, da classe visual B1 (cego), da categoria meio-médio até 81 kg, foi convocado pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) para compor o elenco da Seleção Brasileira nos Jogos Mundiais da International Blind Sports Federation (IBSA), na cidade de Antalya na Turquia, que serão realizados entre 1º e 11 de abril de 2011.

O para-atleta é integrante da Seleção Mogiana de Judô Paraolímpico, representada pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, SMEL/Olhar Tátil, um projeto desportivo pioneiro no Alto Tietê.

Para o treinador Hélio Rong Junior, técnico de judô, da Secretaria de Esportes e Lazer (SMEL) da Prefeitura de Mogi das Cruzes, a convocação de Arruda foi o reconhecimento da boa performance do judoca em 2010. "Arruda é um guerreiro e foi com muita raça que ele conquistou o bicampeonato brasileiro em sua categoria", relembra o treinador.

O judoca terá três fases de treinamento antes de viajar para a Turquia. A primeira fase será no período de 18 a 30 de janeiro de 2011, no Centro de Excelência Esportiva "Projeto Futuro", no Ibirapuera.

A primeira experiência de Arruda em eventos internacionais foi o Parapanamericano do Rio de Janeiro, onde o para-atleta conquistou a quinta colocação. "Com esta convocação, o Projeto Judô Paraolímpico da SMEL/Olhar Tátil termina o ano com saldo positivo e participação confirmada para o nosso sexto evento internacional em 2011", finalizou Junior. O projeto é desenvolvido no Centro Esportivo e Recreativo do Socorro. Informações: 4726-7923, 4726-4725 ou 4726-0020.

FONTE: Mogi News

URL FONTE: http://www.moginews.com.br/
URL MATÉRIA: http://www.moginews.com.br/materias/?ided=1059&idedito=2&idmat=81347

Entrevista: “A poesia tem se de ser livre para se criar dentro da tradição e romper com elas”, diz Bonvicino



A estrutura do livro é semelhante à de um blog: ela vai dos textos mais recentes aos mais antigos. Há alguma referência à internet?

Gozado, eu não tinha pensado nisso. Lembra mesmo um blog. Na verdade, eu me baseei no jeito como o João Cabral de Melo Neto organizou as suas Poesias Completas (livro lançado pela primeira vez em 1968, pela editora Sabiá). Ele ia da produção mais recente para a mais antiga, porque o presente fala do passado. Eu acho inovador esse jeito de estruturar o livro usado pelo João Cabral, que é talvez o maior poeta brasileiro de todos os tempos, juntamente com o Drummond e o Murilo Mendes. Mas a referência ao blog é interessante. Eu acho a internet a coisa mais espetacular que eu já vi acontecer, mais até que a chegada do homem à Lua. Nós estamos vivendo um período revolucionário, embora as pessoas nem se deem conta disso. Há muitas plataformas e possibilidades.

Qual influência o movimento concreto teve sobre a sua poesia?

Se eu tiver que falar em influência, minha poesia não valeu nada. Minha poesia é diferente disso tudo. Um autor deve trabalhar com a ideia de diálogo. Influência é submissão. Eu nunca fui submisso a nada. Tenho afinidades ideológicas, mas não de resultado com os concretistas. Não gosto de fazer aquelas coisas que eles fazem, poema visual, multimídia, esse não é o meu campo. Gosto do diálogo que eles tiveram, nos anos 1950 e 60, com o mundo. Eles traduziram bastante coisa e colocaram a literatura brasileira no mapa internacional. O Brasil é provinciano, os escritores queimam o capital da tradição, ficam repetindo Drummond, Cabral, Bandeira e hoje em dia nem isso mais. Os concretistas ergueram a cabeça para fora do Brasil, e isso foi de fato importante. Eu também gosto de textos deles, mas o que posso dizer é apenas que tive um diálogo com a poesia concreta no meu começo de produção, mais nada. Do mesmo modo que tive diálogos com Caetano Veloso, com a Tropicália, Bob Dylan (cujos versos “But you’re gonna have to serve somebody, yes indeed” abrem Até Agora), John Lennon, Jimmy Hendrix. Eu gostava de rock, mas não tinha vontade de escrever letra de música. Tinha vontade de criar uma poesia minha, no papel. Não tinha vontade de trabalhar multimídia.

Que diálogos foram mais relevantes para a sua produção?

No primeiro momento, há tropicalismo com concretismo. Depois, Régis só, e por fim um Régis mais avant-garde, fora dos costumes avant-garde daqui. A fase atual, que considero a mais rica em inovações e experimentações fora do alcance da tradição brasileira, é marcada por diálogos com a poesia de Black Mountain College (Robert Creeley), com o objetivismo americano de um George Oppen (primeira metade do século) e com poetas como Creeley, Michael Palmer, Charles Bernstei, Claude Royet-Journoud, Arkadii Dragomoshenko (Rússia) e Yao Feng (China). Um dos meus livros de que eu mais gosto foi feito com Yao Feng, Um Barco Remenda o Mar, que e reúne a produção de dez poetas contemporâneos chineses.

E a produção brasileira atual, como o senhor a vê?

A cultura brasileira, de modo geral, me desanima. Eu não gosto desse tempo atual, acho muito medíocre. O Brasil cantado por Lula só existe na cabeça dele. O Brasil é um país precário, sem cultura. Os artistas estão cooptados pela Lei Rouanet, tanto que tem esse manifesto Fica Juca (referente ao ministro da Cultura, Juca Ferreira). Para mim, artista deve ser independente, não pode estar vinculado a nenhum governo, para poder ser crítico do mundo e da situação brasileira, que é muito mediana. No Brasil, faz sucesso quem dá o seu pior. É uma regra que vale para toda a cultura brasileira: ela está estagnada e cooptada. E prêmios como o Portugal Telecom também cooptam artistas, que ficam bajulando a empresa e promovendo a sua marca. Eu prefiro o Prêmio São Paulo de Literatura e o Jabuti.

O que o senhor achou da polêmica em torno do Jabuti entregue a Chico Buarque?

Acho que Chico Buarque ganhar prêmio literário no Brasil fala da decadência da cultura nacional. Ele é um péssimo narrador. Eu não consigo ouvir suas músicas há trinta anos. Ele teve um papel importante com a canção de protesto na época da ditadura. Mas só venceu o Portugal Telecom, por exemplo, porque é uma forma de a empresa ampliar o alcance da marca.

Não há ninguém que se salve no cenário literário atual?

Há, sim. Embora a prosa brasileira esteja caída, tem gente legal, como Reinaldo Moraes e Pornopopeia. Ele é o cara que melhor domina hoje o fluxo narrativo. Ele tem um domínio do idioma e uma clareza no texto que me lembra a maestria do Nelson Rodrigues. Ele, sim, merecia ganhar um prêmio. Eu digo isso apesar de me lixar para prêmios. Prêmio faz bem para premiador, não para a literatura. Precisamos resolver questões culturais do país, como a precariedade da educação, sem isso não há literatura.

Como o senhor vê a crítica literária que se faz no Brasil?

Não há crítica literária no Brasil. Ela é praticamente feita de resenhas-release, de 3.000 toques, um espaço em que não é possível analisar coisa nenhuma.

No prefácio do seu livro, o professor de literatura da USP João Adolfo Hansen diz que não é possível fazer uma gramática própria da poesia. O senhor concorda?

Sim, porque, se você quer inventar, você não pode ter uma poesia dedutível. A poesia tem se de ser livre para poder se criar dentro de concepções da tradição, até para poder romper com elas.


Maria Carolina Maia

FONTE: VEJA
URL FONTE: http://veja.abril.com.br/
URL MATÉRIA:
http://veja.abril.com.br/blog/meus-livros/entrevista/entrevista-a-poesia-tem-se-de-ser-livre-para-se-criar-dentro-da-tradicao-e-romper-com-elas-diz-bonvicino/

Poesia, la seconda giovinezza di Caterina Abbate



Caterina Abbate compie “dieci anni”. «Sì, perché sono come rinata dieci anni fa – dice sorridendo– quando finalmente ho cominciato ad esprimere agli altri le emozioni traducendole in poesie».

Sabato 11 dicembre presso il ristorante “Andrea Parisi” la nostra concittadina poetessa ha festeggiato i suoi dieci ed anche i suoi ottanta anni, avvolta dall’amore della famiglia, accompagnata dai tanti riconoscimenti letterari e sostenuta dalle sue poesie. Poesie che esprimono la tenerezza, la freschezza e la nuova fanciullezza di Caterina con il suo raccontare della vita: il primo amore, il ricordo del papà, la giovinezza, la madre terra…

In questo decennio speciale ha partecipato a molti concorsi con risultati eccellenti. I suoi testi fanno parte di alcune antologie. I suoi libri: “La mia poesia” (2002) e “Emozioni” (2008).

L’anno scorso ha vinto la decima edizione del premio letterario “Tra le parole e l’infinito” in Campania. Anche i giornali siciliani, la terra da cui Caterina è emigrata nel 1962, hanno parlato di lei. Il commento di Aldo Albani, critico letterario, sui suoi componimenti: «Soavi sussurri, memorie evocative, emozioni balenanti, le composizioni poetiche di Caterina Abbate lasciano presagire istanze esistenziali preponderanti, sublimate dalla purezza della parola».

Caterina ha intrecciato la poesia con l’arte grafica, componendo versi ispirati a sculture; un percorso intrapreso dopo l’incontro con l’associazione “Arte e spazio”, in particolare ammirando le sculture di Angelo Cottone.

In serbo altre novità: «Sto scrivendo un libro di racconti – ci anticipa – per ora sono quattro: “Caterina racconta” , “Elena”, “Mitica donna”, il quarto lo sto ultimando in questi giorni… il resto è ancora tutto in cantiere».

Federica Bottin

FONTE: Nichelino Online

URL FONTE: http://www.nichelino.com/
URL MATÉRIA:
 
 

John Donne - tradução de Helena Barbas

BOM DIA


Espanta-me, em verdade, o que fizemos, tu e eu
Até nos amarmos? Não estariamos ainda criados,
E, infantilmente, sorvíamos rústicos prazeres?
Ou ressonávamos na cova dos Sete Santos Adormecidos?
Se alguma vez beleza eu de facto vi,
desejei e obtive, não foi se não um sonho de ti.

E agora, bom dia às nossas almas que acordam
E que, por medo, uma à outra se não contemplam;
Porque Amor todo o amor de outras visões influencia
E transforma um pequeno quarto numa imensidão.
Deixa que os descobridores partam para novos mundos,
E que aos outros os mapa-mundos sobre mundos mostrem.
Tenhamos nós um só, porque cada um possui, e é um mundo.

A minha face nos teus olhos, e a tua nos meus, aparecem,
que os corações veros e simples nas faces se desenham;
Onde poderemos encontrar dois melhores hemisférios,
Sem o agudo Norte, nem o declinado Oeste?
Só morre o que não foi proporcionalmente misturado,
E se nossos dois amores são um, ou tu e eu nos amamos
Tão igualmente que nenhum abranda, nenhum pode morrer.

FONTE: Pensador UOL
URL FONTE: http://pensador.uol.com.br/
URL MATÉRIA: http://pensador.uol.com.br/frase/NjA5Njc0/

URL FOTO: http://gallery.photo.net/photo/12075791-md.jpg

FOTO: Journey
By: Dariusz Klimczak

segunda-feira, dezembro 20, 2010

Ativista do movimento negro, Luiza de Bairros assumirá Igualdade Racial



A socióloga Luiza Helena de Bairros, 57 anos, será a nova ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). E é mais uma mulher a integrar a equipe ministerial da presidenta Dilma Rousseff.

Considerada importante liderança do movimento negro, a gaúcha Luiza de Bairros, que se mudou para Salvador em 1979, comanda a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Bahia desde agosto de 2008, pasta criada pelo governador reeleito Jaques Wagner (PT).

Formada em administração de empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Bairros é doutora em sociologia pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

Antes de assumir o cargo no governo baiano, a socióloga participou de projetos das Nações Unidas de combate ao racismo. De 2005 a 2007, foi consultora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para questões de gênero e raça. Trabalhou também na implantação do programa do governo britânico contra a discriminação racial institucional em Pernambuco e na Bahia. Na década de 1970, atuou em diversas frentes de pesquisas sobre o racismo no Brasil e no Continente Americano.

FONTE: Jornal do Brasil
URL FONTE: http://www.jb.com.br/
URL MATÉRIA: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2010/12/20/ativista-do-movimento-negro-luiza-de-bairros-assumira-igualdade-racial/

Dilma escolhe irmã de Chico Buarque



Dilma escolhe irmã de Chico Buarque

para o Ministério da Cultura

Ana de Hollanda já foi diretora de Música da Funarte e substituirá Juca Ferreira

José Henrique Lopes, do R7

A cantora e atriz Ana de Hollanda, irmã do compositor Chico Buarque de Hollanda, será a ministra da Cultura no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff. O anúncio oficial deverá ser feito ainda nesta segunda-feira (20).

Ana tem 62 anos e já foi diretora de Música da Funarte (Fundação Nacional de Artes). Sua carreira musical teve início nos anos 60, e o primeiro disco solo saiu em 1980.

A futura ministra participou de gravações, como solista ou vocalista, de álbuns de Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Toquinho, Fafá de Belém e dos irmãos Chico Buarque, Miucha e Cristina Buarque. Como atriz, integrou o elenco de peças de teatro e musicais a partir dos anos 80.

No Ministério da Cultura, Ana de Hollanda substituirá Juca Ferreira, no cargo desde 2008. Antes, quem chefiava a pasta era o cantor Gilberto Gil.

Além dela, Dilma deve anunciar outros nomes para sua futura equipe. O atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pode ser confirmado na Saúde.

Também devem ser anunciados hoje os ministros do Desenvolvimento Agrário, do Esporte e do Desenvolvimento Social. Dilma pretende fechar até quarta (22) os nomes do primeiro escalão de seu governo.

FONTE: R7

URL FONTE: http://noticias.r7.com/
URL MATÉRIA: http://noticias.r7.com/brasil/noticias/dilma-escolhe-irma-de-chico-buarque-para-o-ministerio-da-cultura-20101220.html

Cantor diz ter ficado preso em avião, sem água e comida


Rappin' Hood disse que além de ficar no avião devido à nevasca na Europa, também teve suas bagagens extraviadas ao pousar em São paulo.
 
O rapper Rappin' Hood é apenas mais um entre as centenas de brasileiros que estão presos em aeroportos europeus à espera de voltarem ao Brasil. Devido à nevasca que atinge a Europa, o cantor precisou de quatros voos para retornar a São Paulo nesta segunda-feira (20). Em um deles, no aeroporto francês de Toulouse, o cantor disse que ficou seis horas dentro de um avião da Air France, sem água ou comida.

"Foi uma confusão, o presidente da [escola de samba] Império Serrano chegou a desmaiar. Houve bate-boca entre os passageiros e a polícia teve de entrar", relata o rapper, que nesta noite fará um show gratuito na Sala São Paulo.

O músico estava em Dacar, no Senegal, para o terceiro Festival Mundial de Artes Negras, que teve show de artistas como Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Margareth Menezes, Rita Ribeiro, Paula Lima e Chico César.

"Depois de 5 horas de avião o piloto nos avisou que teríamos de descer Toulouse. Ficamos lá, presos dentro da nave, por 6h30. Encaramos aí 1h30 de voo até Paris, onde ficamos parados no aeroporto por mais 6h, sem nennhuma assistência. Só conseguimos voltar porque tinham umas vagas na lista de espera. 12h de voo depois chegamos a São Paulo e não encontramos nossa bagagem. Dá para acreditar, mano?"

O rapper disse que registrou um Boletim de Ocorrência no Aeroporto Internacional de Guarulhos devido ao sumiço de suas malas.

FONTE: G1.com.br

URL FONTE: http://g1.globo.com/
URL MATÉRIA: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/12/rappin-hood-diz-ter-ficado-6-horas-dentro-de-aviao-sem-agua-e-comida.html

Judô: Seleção faz último treino em Tóquio



16/12/2010 - 20:30:40 - por FS & AI CBJ

Parte da seleção brasileira está no Treinamento de Campo Internacional do Grand Slam de Tóquio, que termina nesta sexta-feira. A atividade encerra a temporada para muitos judocas, entre eles Leandro Guilheiro, Tiago Camilo, Sarah Menezes, Érika Miranda e Rafaela Silva.

O espírito de união da equipe foi ressaltado pela técnica da seleção feminina Rosicléia Campos.

"Parabéns e obrigada pela cumplicidade, companheirismo e espírito de guerreiras. Que em 2011 nosso judô feminino se fortaleça ainda mais. Parabéns Confederação Brasileira de Judô pelo excelente trabalho", disse Rosicléia.

Os treinos da equipe feminina aconteceram no histórico Instituto Kodokan. Já o time masculino treinou no Centro de Treinamento Nacional do Japão.

FONTE: FinalSports
URL FONTE: http://www.finalsports.com.br/
URL MATÉRIA: http://www.finalsports.com.br/03/comando/headline.php?n_id=148480&u=0

Japan judo tournament to host Israeli, Palestinian children

Israeli and Palestinian judo players will be in Fukuoka, western Japan for the tournament. —Reuters/File Photo

TOKYO: Israeli and Palestinian teenagers are gathering in Japan to participate in a judo tournament as organisers hope to promote world peace through the sport, a renowned Japanese judoka said Monday.

Yasuhiro Yamashita, 53, gold medallist in the open category at the 1984 Los Angeles Olympic Games, said he had invited them to the one-day tournament on Sunday in Fukuoka, western Japan.

“Through exchanges with Japanese and overseas participants, I hope the Israeli and Palestinian children will learn and experience many things and nurture friendship,” Yamashita told a news conference.

“One of the most important things in the spirit of judo is to respect an opponent, who is not an enemy but someone who helps you improve yourself,” Yamashita said.

During their trip, supported by a group that Yamashita founded in 2006, the children will also join other programs, including a visit to the Hiroshima Peace Memorial Museum on Tuesday.

The invitation came after Yamashita and Kose Inoue, another celebrated Japanese judoka, visited Israel and the Palestinian territories in July to hold a workshop for children.

During their visit, the two judoka trained 32 Israeli and 25 Palestinian students, and more than a dozen of them arrived in Japan last week.

FONTE: DAWN.com

URL FONTE: http://www.dawn.com/
URL MATÉRIA: http://www.dawn.com/2010/12/20/japan-judo-tournament-to-host-israeli-palestinian-children.html

Judô conquista prata e dois bronzes para o Brasil no GP da China



O Grand Prix de Qingdao contou com a participação de 246 judocas de 31 países.


Da Redação Letra

China - A delegação brasileira de judô terminou sua participação no Grand Prix da China conquistando mais duas medalhas neste domingo, último dia de competições. Daniel Hernandes garantiu a prata na categoria mais de 100kg e Rafael Silva ficou com o bronze. No sábado, Leandro Cunha já havia faturado um bronze para o Brasil na categoria até 66 quilos.

A Rússia, com quatro ouros, três pratas e três bronzes, acabou na primeira colocação do quadro de medalhas. O GP de Qingdao, que teve a participação de 246 judocas de 31 países, contou pontos para o ranking mundial e olímpico da Federação Internacional de Judô.

FONTE: Diário de Canoas

URL FONTE: http://www.diariodecanoas.com.br/
URL MATÉRIA: http://www.diariodecanoas.com.br/site/esportes/internacional,canal-14,ed-101,ct-610,cd-297880.htm

domingo, dezembro 19, 2010

Leandro Cunha conquista o bronze no Grand Prix de judô


Agência Estado

O Brasil conseguiu nesta sexta-feira, com Leandro Cunha, sua primeira medalha no Grand Prix de judô disputado na cidade de Qingdao, na China, que vai até este sábado. O judoca faturou o bronze na categoria até 66kg.

No total, seis brasileiros estiveram no tatame nesta sexta, mas apenas Cunha conseguiu chegar ao pódio. Ele venceu Kai-Wen Tu, de Taiwan, o francês David Larose, mas acabou perdendo na semifinal para o russo Alim Gadanov, que acabou ficando com o ouro, ao derrotar Fuguang Li, da China, na decisão. No judô, os perdedores da semifinal já asseguram automaticamente o terceiro lugar e a medalha de bronze.

Na mesma categoria de Cunha, o brasileiro Charles Chibana foi derrotado na segunda luta. Entre os judocas até 60kg, Breno Alves caiu logo na estreia, enquanto Phelipe Pelim perdeu no segundo combate. Já na categoria até 73kg, Victor Penalber e Adriano Santos foram eliminados na estreia.

Neste sábado, outros três atletas brasileiros farão sua participação no Grand Prix: Nacif Elias, na categoria até 81kg, e Daniel Hernandes e Rafael Silva, na categoria para judocas com mais de 100kg.

FONTE: AGÊNCIA ESTADO
URL FONTE: http://www.jornalacidade.com.br/
URL MATÉRIA: http://www.jornalacidade.com.br/editorias/esportes/2010/12/17/leandro-cunha-conquista-o-bronze-no-grand-prix-de-judo.html
URL FOTO: http://brasilcombate.com.br/wp-content/uploads/2009/08/leandro_cunha-judo.jpg

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Olhar cinematográfico de Andy Warhol chega ao MoMA



Mostra traz provas de câmera com personalidades como Dennis Hopper e Lou Reed

17 de dezembro de 2010 / 18h 39

EFE

O olhar cinematográfico de Andy Warhol está exposto no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) com uma exibição focada em vídeos filmados pelo ícone da Pop Art, produzidos no início dos anos 60.

A mostra, que estreia no próximo domingo, expõe 12 retratos em preto e branco, vídeos conhecidos como "provas de câmera" em primeiro plano de personagens populares como o ator Dennis Hopper e o músico Lou Reed, que encaram a objetiva e realizam ações mecanicamente.

Entre os rostos registrados destacam Edie Sedgwick (1943-1971), a trágica musa do artista; o poeta da geração Beat, Allen Ginsberg (1926-1997) e a escritora e ensaísta Susan Sontag (1933-2004).

As provas de câmera, que ficarão expostas até o dia 21 de março, são projetadas nos muros das galerias do MoMA dando a impressão que os visitantes estão sendo vigiados pelos olhos dos retratados.

Para conseguir os olhares desejados, Warhol (1928-1987) usou 500 rolos de filme com os quais gravou e captou a vulnerabilidade de seus famosos amigos tanto em sessões em "The Factory", o nome de seu estúdio em Nova York, como em situações espontâneas.

Warhol começou sua produção de retratos em movimento em forma cinematográfica durante o verão de 1963, após dedicar boa parte de sua obra à reprodução em série de imagens de ícones como as atrizes Marilyn Monroe, Liz Taylor e Jacqueline Kennedy.

FONTE: Estadão

URL FONTE: http://www.estadao.com.br/
URL MATÉRIA: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,olhar-cinematografico-de-andy-warhol-chega-ao-moma,655085,0.htm

III Festival Mundial de Artes Negras



De 10 a 31 de dezembro, Brasil participa desta grande celebração internacional à cultura negra

Símbolo do diálogo entre os povos e as culturas da Diáspora Africana, o III Festival Mundial das Artes Negras (Fesman) acontece de 10 a 31 de dezembro no Senegal. O evento apresenta a visão de uma África livre, criativa e otimista. O Brasil é o convidado de honra desta edição, e a delegação brasileira, a maior de todo o Festival, é representada por 362 personalidades, entre artistas, cineastas, grupos de música, de dança e intelectuais.

A organização da delegação brasileira é de responsabilidade do Ministério da Cultura, por meio da Fundação Cultural Palmares; do Ministério das Relações Exteriores, por meio de seu Departamento Cultural e da Embaixada do Brasil no Senegal; e da Secretaria Especial de Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Delegação Brasileira

O Brasil é a nação com o maior número de negros ou mestiços do mundo, perdendo apenas para a Nigéria. São cerca de 90 milhões de habitantes negros ou afrodescendentes, o que transforma o território nacional em um grande símbolo da diversidade cultural. No dia 17 de dezembro, o País terá uma noite dedicada à exibição de suas riquezas musicais e outras manifestações artísticas.

As atrações envolvem grandes artistas e grupos, como Margareth Menezes, Olodum, Rita Ribeiro, Ilê Aiyê, Chico César, Sandra de Sá, Rappin´ Hood, Nilze Carvalho, Mombaça, Cantos de Congo, Lazzo, a Escola de Samba Império Serrano, Maracatu de Baque Solto Águia Formosa, Cia dos Comuns e Grupo de Capoeira Ginga e Malícia. O cinema ganha destaque na programação brasileira, com a presença dos cineastas Jeferson De, Joel Zito Araújo, Zózimo Bulbul, Viviane Ferreira e Raquel Gerber. O fotógrafo Januário Garcia expõe suas imagens no Museu de Dakar. Espetáculos de dança e paradas populares inspiradas nos tradicionais festivais brasileiros farão vibrar as ruas senegalesas. E, para que a festa seja total, os sabores brasileiros não serão esquecidos. Restaurantes irão sugerir diversos pratos e especialidades brasileiras.

Além das manifestações artístico-culturais, o III Festival Mundial das Artes Negras incluiu na programação um fórum com intelectuais dos países envolvidos, que debaterão temáticas relacionadas à Renascença Africana. Idealizado e coordenado pelo escritor e vice-presidente da Assembléia Nacional do Senegal, Iba der Thiam, o encontro será encerrado pelo presidente do país, Abdoulaye Wade. O Brasil é representado por nomes como o de Conceição Evaristo, Petronilha Dias, Zelia Amador, Henrique Cunha, Rafael Sanzio, Mario Nelson, Marcelo Paixão, Kabenguele Munanga, Nilza Iraci e Eliane Borges.

FONTE: Ministério da Cultura
URL FONTE: http://www.cultura.gov.br/
URL MATÉRIA: http://www.cultura.gov.br/site/2010/12/17/iii-festival-mundial-de-artes-negras-3/

Dois novos livros de Gonçalo M. Tavares



Gonçalo M. Tavares prossegue a sua "cartografia da desordem" humana com um livro de histórias interligadas e mais um 'senhor' da série "O Bairro".

José Mário Silva (www.expresso.pt)

9:41 Sexta feira, 17 de Dezembro de 2010

Após um ano de rara acalmia, Gonçalo M. Tavares voltou ao seu vertiginoso ritmo de publicação. Com poucas semanas de intervalo, chegaram às livrarias três novas obras (no total são já 29, desde 2001).

Primeiro surgiu "Uma Viagem à Índia" (Caminho), portentosa antiepopeia decalcada da estrutura de "Os Lusíadas", livro ambicioso (mais de 400 páginas de fragmentos, divididos por dez cantos) e muito arriscado (medir-se com Camões, o vate da pátria, não é para todos), de escrita fulgurante e belíssima, um verdadeiro triunfo literário que o confirma, se dúvidas houvesse, como o grande escritor português do século XXI.

Depois, como se aquele monumento não bastasse, eis que surgem, de rajada, mais dois opus: "Matteo Perdeu o Emprego" e "O Senhor Eliot e as Conferências".

Situações caricatas ou absurdas

"Matteo Perdeu o Emprego" compõe-se de duas partes. A primeira é um conjunto de 25 contos muito curtos, em que personagens com nomes judaicos - retirados de um trabalho do fotógrafo Daniel Blaufuks - vivem situações caricatas ou absurdas.

Temos Cohen, académico cheio de tiques que sofre de copropraxia (repetição de gestos obscenos) e de um compreensível ostracismo social; temos Goldstein, um cego fascinado pelas substâncias raras (como o escândio) e pela tabela periódica, ao ponto de pedir ao seu amante para a tatuar, em Braille, nas suas costas; temos Helsel, cujo "hobby estúpido" consiste na recolha e armazenamento de baratas vivas num armazém rigorosamente monitorizado; ou Kashine, um rapaz de 16 anos que escreve "não" em tudo o que pode, lançando o caos à sua volta - porque basta acrescentar o não onde estava o sim "para dar início ao inferno, ao desassossego".

Há também rotundas reais e imaginárias, um labirinto perigoso e uma "barca da razão" que é só um navio dos loucos adiado.

Cada história encadeia-se na seguinte por via de um pormenor comum, um qualquer ponto de contacto, criando uma espécie de estafeta narrativa em que cada personagem passa o testemunho à personagem seguinte (cujo nome é assinalado a negrito, para vincar a transmissão). Aparentemente, o livro obedece a uma lógica circular e a uma ordem alfabética.

A personagem Matteo

Quando chegamos a Matteo, a "personagem central" (única com direito a uma história mais desenvolvida, em 12 capítulos) e suposto fim da linha, ele acaba por encontrar um tal Nedermeyer que assistiu, uma hora antes, ao atropelamento da primeira personagem, Aaronson.

Este aparente círculo pode, contudo, não passar de uma elipse. É pelo menos o que sugere o autor na segunda parte do livro, um brilhante posfácio que funciona como exegese do que acabámos de ler.

Olhando para os seus próprios contos como se fossem de outro, Gonçalo M. Tavares estabelece nexos, esmiúça ideias, relaciona conceitos, generaliza. À nossa perceção inicial das histórias contrapõe a sua leitura, que desmonta os próprios fundamentos em que assenta a obra ("o alfabeto como hierarquia", por exemplo, um "elemento aleatório que dá uma ordem que nos parece sensata" e que pode, afinal, ser apenas gratuita).

Numa destas notas finais, Gonçalo M. Tavares assume: "Há, de facto, aqui, como em qualquer romance ou obra de ficção, um sistema de ligações." Ligações que se estabelecem não só dentro de cada livro mas também entre livros. Justamente o que acontece entre "Matteo..." e "O Senhor Eliot...".

Protagonista do décimo volume da série 'O Bairro', o senhor Eliot profere numa sala quase às moscas, a convite do senhor Manganelli, uma série de seis conferências (mais uma fantasma) em que pretende explicar um só verso de vários poetas: começa com Cecília Meireles e continua com René Char, Sylvia Plath, Marin Sorescu, W.H. Auden, Joseph Brodsky e Paul Celan.

Mas chamar-lhe "explicação de um verso" induz em erro. Porque o senhor Eliot não explica nada. O que ele faz é: 1) desmontar grosseiramente os versos até ao ponto em que deixam de fazer sentido, um exercício sofístico com qualquer coisa de cruel; 2) dar-se ao luxo, ó heresia suprema, de os corrigir. As conferências não são análises, são autópsias. E o bisturi utilizado é o da racionalidade mais estrita, o instrumento cortante que expurga o que há de ambíguo, e por isso de radicalmente poético, na poesia.

O pensamento do senhor Eliot, no fundo, é antipoético. Basta ver o que acontece na segunda conferência, em que o trabalho sobre o verso de René Char limita-se ao acrescento de um "não". Um "não" que sabota e dissolve o sentido, como o "não" de Kashine em "Matteo Perdeu o Emprego".

E exemplo concreto do tal "sistema de ligações" que atravessa a proliferante obra de Gonçalo M. Tavares.

Matteo Perdeu o Emprego

Gonçalo M. Tavares

Porto Editora, 2010, 210 págs., €15,50


O Senhor Eliot e as Conferências

Gonçalo M. Tavares

Caminho, 2010, 74 págs., €13,90

Texto publicado na revista Atual de 11 de dezembro de 2010

FONTE: Expresso

URL FONTE: http://aeiou.expresso.pt/
http://aeiou.expresso.pt/dois-novos-livros-de-goncalo-m-tavares=f621198

terça-feira, dezembro 14, 2010

Zambotti, satisfecha tras temporada 2010



La judoca mexicana se mostró complacida por los resultados obtenidos en el año, entre los que destaca las tres medallas obtenidas en Copas del Mundo de la especialidad

JUAN PABLO CÁRDENAS

La judoca Vanessa Zambboti comentó que se encuentra satisfecha por lo realizado en el año, a pesar de haber bajado cuatro lugares en el ranking mundial. Esto, dentro de la firma de convenio entre la Comisión Nacional de Cultura Física y Deporte (Conade) y la Universidad del Valle de México.

“Pienso que fue un año bueno, se consiguieron tres medallas en Copas del Mundo, una de oro, otra de plata y una de bronce, que es algo muy bueno; las medallas panamericanas y estar entre las 16 mejores del mundo, de 150, es muy bueno”, expuso Zambotti, que se mostró reflexiva a la hora de hacer el balance.

Vanessa Zambotti recordó los momentos difíciles que tuvo durante el año. “La única piedra en el camino fueron los Juegos Centroamericanos, donde me hubiera gustado ganar la medalla de oro, lamentablemente, no se pudo por diferentes razones que estoy tratando de corregir”, explicó.

“Descendí cuatro puestos, porque no he tenido competencia, hubo cuatro torneos a los que no asistí, yo sé que no se puede asistir a todos y descendí al lugar 16, pero todavía me encuentro en el ranking para Juegos Olímpicos”, dijo la judoca mexicana La deportista puede terminar más abajo en la clasifi cación, dependiendo de sus resultados en la Copa del Mundo que se realizará en Japón, por lo que el próximo año lo empezará con el Masters donde sólo van las 16 mejores del mundo, el cual se estaría realizando el 15 de enero en Malasia.

“Ya tengo asegurado mi boleto a Panamericanos y quiero la medalla para retener el Campeonato que gané en brasil”, finalizó Zambotti, que buscará tener una buena preparación para lograr el oroPanamericano. La judoca mexicana se prepara con el entrenador cubano Alfredo Rivera y en la Conade con la selección.

FONTE: Diario Deportivo Record

URL FONTE: http://www.record.com.mx/
URL MATÉRIA: http://www.record.com.mx/tmf/2010-12-14/zambotti-satisfecha-tras-temporada-2010

Les animaux tristes, un recueil de poésie de Denis Payette



Plaidoyer en faveur de la vie. Manifeste d'amour inconditionnel envers tous les êtres vivants, le poète se fait ici le chantre de la tendresse absolue. « Au départ, nous dit Denis Payette, il y a eu cette image saisissante : un Christ en croix, le corps couvert de fientes de pigeons. Un calvaire comme on en trouve encore sur les vieilles routes de campagne. Je voulais parler de la douleur, de la tristesse sans nom des humains; j’ai aussi pensé à toutes les souffrances qu’on inflige aux animaux. » Qu’il parle de la solitude, le poète nous ramène sans cesse à la condition des êtres vivants avec un regard résolument tourné vers la dignité et le respect. De cette vision parfois sombre s’échappent des élans de tendresse, comme lorsqu’il parle de la beauté de l’enfance ou de sa propre mort.

Denis Payette est né à Québec et habite maintenant à Montréal. Il est professeur de littérature. Il a publié trois recueils de poésie et certains de ses poèmes sont parus dans la revue Estuaire ainsi que dans des anthologies thématiques.

72 pages, Éditions du Vermillon

* Trouvez ce livre chez votre libraire ou commandez-les chez Livres, Disques, Etc. au www.livres-disques.ca ou au 1-888-320-8070.

FONTE: APF
URL FONTE: http://journaux.apf.ca/

URL MATÉRIA: http://journaux.apf.ca/index.cfm?Voir=article&Id=58127&secteur=070&M=0

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Russell Brand Does Shakespeare!



I admit it: when I read that Russell Brand was to be cast in the new film version of The Tempest, I winced. Don't get me wrong - I think Russell Brand is a great performer ... but Shakespeare? Really?

To set the scene, it's been reported that Brand's previous dabble with the Bard was affected by his drug habit. "When I was at drama school I did Macbeth," he recalled at this week's premier of The Tempest. "Good it was, but I took too much amphetamines and was drunk so it affected my performance."

But perhaps Shakespeare needs more maverick characters like Russell Brand to inject some life and speak more directly to new, younger audiences. In this respect, he's already doing a great job!

"The language is amazing," he said. "Do you know what it's like? It's like Slim Shady (Eminem's alter-ego) or Lil Wayne ... It's proper people that understand language and have good flow - Shakespeare had good flow!"

Thanks Russell - couldn't have put it better myself.


Photo © Frazer Harrison/Getty-Images

FONTE: Lee's Shakespeare Blog

By Lee Jamieson, About.com Guide

URL FONTE: http://shakespeare.about.com/
URL MATÉRIA: http://shakespeare.about.com/b/2010/12/07/russell-brand-does-shakespeare.htm

domingo, dezembro 12, 2010

Michigan Notable Books for 2011



Michigan Notable Books for 2011 were chosen by a panel convened by the Library of Michigan. The descriptions were provided by the Library of Michigan and slightly edited by the Free Press.

"Apparition & Late Fiction: A Novella and Stories" by Thomas Lynch (W. W. Norton, $24.95): Lynch has gained national attention for his work as a poet and essayist on death and dying. His first work of fiction is a powerful collection of stories focusing on what makes us all human. Lynch's day job as a funeral director allows him a certain familiarity with death that resonates in his stories. Set in Michigan's north woods, on Mackinac Island or in distant cities, the stories are linked by the memories and longing for divorced spouses, deceased parents and missed loved ones. Love and redemption play a central role in each of Lynch's stories.

"Blues in Black and White: The Landmark Ann Arbor Blues Festivals" by Michael Erlewine, photographer Stanley Livingston and designer Tom Erlewine (University of Michigan Press, $29.95): Michael Erlewine's words and Livingston's images successfully document the early days of the Ann Arbor Blues Festival. The 1969 and 1970 Ann Arbor Blues Festivals brought together the greatest blues performers in the world and exposed them to a larger audience. The festivals sparked a national explosion in the interest in blues-based roots music and brought attention to the musicians who created the music. Performers included: John Lee Hooker, Howlin' Wolf, B.B. King, Big Mama Thornton, Muddy Waters, Junior Wells, T-Bone Walker and Mighty Joe Young. The festivals were not professionally recorded, so Livingston's photographic treasures are the best documentation of the early festivals.

"Chrysler's Turbine Car: The Rise and Fall of Detroit's Coolest Creation" by Steve Lehto (Chicago Review Press, $24.95): In 1964 Chrysler built a fleet of turbine cars (automobiles with jet engines) and loaned them to members of the public to be tested. Over 1 million miles were logged in the turbine cars, and the designers considered the test a huge success. However, two years later Chrysler crushed or burned most of the cars and the automobile industry's experiment with turbine engines was over. Lehto's book is a love letter to a car and explores where the program went wrong and why future development was halted. Jay Leno, avid car collector and host of "The Tonight Show," wrote the introduction.

"Detroit Disassembled" by Andrew Moore (Damiani/Akron Art Museum, $50): Photographer Andrew Moore finds beauty in what many consider Detroit's decay. With the decline of the auto industry, sections of Detroit resemble a war zone. Moore's photographs capture nature's reclaiming of spaces that were once populated with spectacular architecture and entwined in the heartbeat of a vibrant city. Former Detroiter and Pulitzer Prize-winning poet Philip Levine provides an introductory essay championing the unshakable spirit that makes Detroit special.

"The Detroit Electric Scheme: A Mystery" by D.E. Johnson (Minotaur Books, $24.99): Will Anderson is drunk and heartbroken over the breakup with his fiancée, and barely able to keep his job at his father's leading electric-car manufacturing company in Detroit. When Will panics and leaves the scene after discovering a dead body at his father's plant, the police quickly identify him as the leading suspect in the death. Johnson's debut novel is a fast-paced ride through early 1900s Detroit, involving murder, blackmail, organized crime, the development of a wonderful friendship and the history of Detroit's early electric cars.

"Eden Springs: A Novella" by Laura Kasischke (Wayne State University Press, $18.95): "Eden Springs" is set at the House of David colony in Benton Harbor in 1923. When a suspicious death is discovered at the colony, King Benjamin and his closest followers attempt to cover it up. Kasischke's historical fiction beautifully documents the decline of the colony and the dangers associated with the cult of personality. Using newspaper clippings, legal documents and accounts of former colonists, Kasischke unravels the mystery.

"Freshwater Boys: Stories" by Adam Schuitema (Delphinium Books, $13.99): Michigan native Schuitema's debut collection contains 11 short stories set in and around Michigan. Michigan landscapes and lakes serve as central characters. Men and boys collide in Michigan's woods, dunes and lakesides in a struggle to understand what it means to be a man.

"The Hanging Tree: A Starvation Lake Mystery" by Bryan Gruley (Simon & Schuster, $15): When the "wild girl" who left town 18 years ago is found dead of an apparent suicide after her homecoming, it sends shock waves through Starvation Lake. Reporter Gus Carpenter sets out to solve the mystery and as a result is forced to return to Detroit, the scene of his humiliating past. The second book in Gruley's Starvation Lake series is a well-written story about family and friendship, sex and violence and love's failure to fix all of life's problems.

"Lord of Misrule" by Jaimy Gordon (McPherson, $25): Gordon's fourth novel is the 2010 National Book Award winner for fiction. She has taught writing at Western Michigan University since 1981. "Lord of Misrule" is set at an out-of-the-way half-mile horse-racing track in the early '70s. Gordon masterfully captures the language of horse racing and the romance of rooting for long shots. A failing trainer attempts to revive business by making quick money with well-trained but unknown horses, while washed-up horses and people search for redemption.

"A Michigan Polar Bear Confronts the Bolsheviks: A War Memoir" by Godfrey J. Anderson, Gordon Olson (editor) (William B. Eerdmans, $17.99): Set against the harsh and frigid winter of Russia, this west Michigan soldier's memoir details his experiences as a member of the 337th Field Hospital Unit during the ill-fated Polar Bear Expedition against the Bolsheviks in 1918-1919. Michigan soldiers made up a large number of the U.S. forces in Russia and were honored with the Polar Bear monument at White Chapel Cemetery in Troy.

"Mine Towns: Buildings for Workers in Michigan's Copper Country" by Alison K. Hoagland (University of Minnesota Press, $25): The complex relationship between company management and immigrant labor is explored in this history of mining towns across the Upper Peninsula's Copper Country. Utilizing maps, architectural plans, historical photographs and more, Hoagland shows that the companies' paternalistic vision dramatically shaped and impacted the architecture and physical layout of mining towns, including their churches, schools and homes.

"Picturing Hemingway's Michigan" by Michael R. Federspiel (Wayne State University Press, $39.95): In this vividly illustrated look into the famous writer's time at Walloon Lake, which provided the setting and influences for his early writing, readers get a glimpse into Hemingway himself, his family and summertime life in northern Michigan.

"Reimagining Detroit: Opportunities for Redefining an American City" by John Gallagher (Wayne State University Press, $19.95): A clear vision for a vibrant and more livable Motor City emerges from this thoughtful analysis of a Detroit faced with deindustrialization and population loss. A reporter at the Detroit Free Press, Gallagher explores the landscape of city planning, including urban agriculture, vacant lots, roundabouts, bike lanes and entrepreneurship.

"Sawdusted: Notes from a Post-boom Mill" by Raymond Goodwin (University of Wisconsin Press, $22.95): Colorful personalities abound in this delightful memoir of the author's time spent working in a northern Michigan sawmill. A vivid depiction of blue-collar life and the Milltown community emerges in Goodwin's coming-of-age tale.

"Sixty to Zero: An Inside Look at the Collapse of General Motors and the Detroit Auto Industry" by Alex Taylor III (Yale University Press, $26.95): General Motors' bankruptcy captured headlines in 2009. Alex Taylor III's extensively researched book details how GM's problems were actually 40 years in the making. Taylor's book benefits from his more than 30 years' experience as a reporter covering the auto industry. "Sixty to Zero" provides information on the numerous mistakes GM and its competitors made that resulted in a crisis for automobile manufacturers.

"The Sweetness of Freedom: Stories of Immigrants" by Stephen Ostrander and Martha Bloomfield (Michigan State University Press, $29.95): Demonstrating the ethnic diversity of the Michigan experience, this book draws on the compelling testimonies and family artifacts of Michigan immigrants from around the world, including Germany, Poland, Korea, Vietnam and Tanzania, as they left their homelands to create better lives for their families in Michigan.

"To Account for Murder" by William C. Whitbeck (Permanent Press, $28): This debut legal-political thriller, set in post-World War II days, follows Charlie Cahill's tense journey filled with love, corruption and murder. Whitbeck's story is set primarily in Lansing and culminates in an unforgettable ending at the Jackson State Penitentiary. Whitbeck is a judge of the Michigan Court of Appeals, having served as chief judge from 2002-2007.

"Working Words: Punching the Clock and Kicking Out the Jams," edited by M.L. Liebler (Coffee House Press, $22): In this engaging anthology of the working class and labor, Liebler collects an impressive array of talent. Poems, essays and short stories by prominent poets, historians, rock stars and social activists praise the efforts of the working man. Works by Michigan luminaries including Dudley Randall, Thomas Lynch, Michael Moore and Jack White (the White Stripes) can be found in Liebler's collection.

"Wounded Warrior: The Rise and Fall of Michigan Governor John Swainson" by Lawrence M. Glazer (Michigan State University Press, $39.95): Prior to being indicted in 1975 on federal charges of bribery and perjury, Swainson served as Michigan's 42nd governor (1961-1962) and as a Michigan Supreme Court justice (1971-1975). This political biography explores both the remarkable highs and the tragic lows of a fascinating figure in Michigan history.

"You Don't Look Like Anyone I Know: A True Story of Family, Face-Blindness and Forgiveness" by Heather Sellers (Riverhead, $25.95): Diagnosed with prosopagnosia, a neurological disorder that makes it difficult to reliably recognize people, Sellers delivers an inspiring story of love, forgiveness and perspective. This powerful memoir explores how a dysfunctional childhood and life struggles became a journey of self-discovery.

FONTE: Detroit Free Press

URL FONTE: http://www.freep.com/
URL MATÉRIA: http://www.freep.com/article/20101212/FEATURES05/12120394/1362/Michigan-Notable-Books-for-2011