terça-feira, novembro 30, 2010

Seminário Internacional de Jornalismo Cultural. Eu vou!



Fabio Malini


Evento internacional de jornalismo cultural promovido pelo Itaú Cultural conta com a com a presença de representantes da The New Yorker, The Guardian, UbuWeb, da Associação de Internacional de Pesquisadores da Internet (Aoir) e do MIT, Revista Época, Folha de S.Paulo, Scream & Yell entre outros.

pRINCÍPIOS iNCONSTANTES, p//i, é o nome da terceira edição do Seminário Internacional Rumos Jornalismo Cultural, a ser realizado entre os dias 8 e 10 de dezembro, na Sala Itaú Cultural, com entrada franca. Os princípios, fundamentos e constantes mudanças na prática jornalísticas são as principais personagens do seminário. Com isso, os debatedores convidados vão conversar com o público sobre temas como o valor da crítica de arte, as novas formas de circulação de informação na música, no cinema, no mundo dos livros etc, o desafio de renovar para preservar os leitores e a audiência na era da competição predatória e da emergência de novas mídias e linguagens. Também serão discutidos os novos requisitos exigidos dos profissionais, especialmente editores, entre outros assuntos, segundo a programação abaixo.

Como debatedores foram convidados Blake Eskin, editor de web da The New Yorker, Alex Needham, jornalista, crítico e editor de cultura do site guardian.co.uk, do jornal britânico The Guardian, Cao Guimarães é cineasta, José Castello, jornalista, escritor, Luís Antônio Giron, jornalista, escritor, editor da seção de livros da revista Época, Mia Consalvo, presidente da Associação de Pesquisadores da Internet (Aoir) e professora do programa Comparative Media Studies do Massachusetts Institute of Technology (MIT), entre outros profissionais.

Na primeira noite do evento vão ser lançadas três publicações relacionadas ao programa Rumos Jornalismo Cultural, edição 2009-2010. A revista pRINCÍPIOS iNCONSTANTES, o Mapeamento do Ensino de Jornalismo Digital no Brasil em 2010 e a :singular2

Itaú Cultural
Av Paulista 149 [50 metros do Metrô Brigadeiro]
de quarta 8 a sexta 10 dezembro 2010
[ingresso distribuído com meia hora de antecedência]
Entrada franca

PROGRAMAÇÃO

quarta 8

17h30 O Valor da Crítica

A demanda por novos especialistas no ambiente de profusão e relevância relativa dos artistas. Se o artista se torna “irrelevante” em termos do impacto de sua presença na sociedade, como se processa a crítica? Serão abordados a crise da crítica, os novos sentidos e os mecanismos e processos de validação na mídia tradicional e nos meios virtuais.

com Fabio Malini, Luís Antônio Giron e Stuart Stubbs mediação Jeder Janotti

19h30h A Cultura de Ícones – Interações

A palavra ícone é dispositivo (metafórico) para a discussão de novas formas de circulação de informação na música, no cinema, no mundo dos livros etc. Da era dos “grandes ícones” culturais e/ou intelectuais do século XX, passou-se, na atualidade, à era dos “ícones de tela” de computador. Estariam os artistas e os intelectuais se tornando irrelevantes segundo os antigos padrões?

com Juan Freire e Mia Consalvo mediação Rachel Bertol

quinta 9

17h30 O Editor e as Possíveis Narrativas

Os novos requisitos exigidos dos profissionais, especialmente editores, em tempos de narrativas fragmentadas serão o foco das discussões. Editar ganha novos sentidos, inclusive na maneira de “diagramar” uma página de web, com ferramentas de design virtual. Serão discutidos o impacto no jornalismo cultural e as novas relações com o público.

com Alex Needham, Jan Fjeld e Marcelo Costa mediação Antonio Prada

19h30 Audiência: Renovar para Preservar

O desafio de renovar para preservar os leitores e a audiência na era da competição predatória e da emergência de novas mídias e linguagens. Como manter vivos os princípios do bom jornalismo cultural no momento em que entretenimento e jornalismo muitas vezes se tornam indistintos?

com Blake Eskin, Marcos Strecker e Pablo Miyazawa mediação Cassiano Elek Machado

sexta 10

17h30 Criatividade e Narrativas – Fundamentos

Diferentemente do que ocorre nos setores de hard news, na área cultural os repórteres lidam, através de suas fontes, com o contingente da criação e do intelecto. A criatividade e o domínio de narrativas são instrumentos importantes dos profissionais dessa área. O repórter de cultura, hoje, corre risco de se anular diante da agenda da indústria cultural?

com Cao Guimarães, Humberto Werneck e José Castello mediação Claudiney Ferreira

19h30 A Cultura de Ícones II – Percepções

Debate sobre a possibilidade de novas percepções como desdobramento da tecnocultura midiática. Se a maneira de acessar a cultura se modifica, estariam essas mutações engendrando um novo repertório de percepções? Como essas transformações podem impactar o diálogo do jornalismo cultural com o público?

com João Carlos Salles e Kenneth Goldsmith mediação Giselle Beiguelman.

Quem é Quem

Alex Needham é jornalista, crítico e editor de cultura do site guardian.co.uk, do jornal britânico The Guardian. Escreve sobre arte, música e moda para publicações internacionais, como Fantastic Man e The New York Times. Trabalhou para revistas como Smash Hits, The Face e NME.

Antonio Prada é diretor de mídia do Terra, coordenador-geral do Terra TV e responsável pelo conteúdo do portal no Brasil, na América Latina e nos Estados Unidos. Foi diretor de novas mídias e editor-chefe do Diário do Grande ABC e colaborador de revistas como Bravo! e República.

Blake Eskin é editor de web da The New Yorker, apresentador do podcast The New Yorker Out Loud e autor de A Life in Pieces: The Making and Unmaking of Binjamin Wilkomirski, considerado pelo New York Times um dos mais notáveis livros de 2002. Fundou e editou o site Nextbook e trabalhou no Conselho de Relações Internacionais e no jornal Forward.

Cao Guimarães é cineasta. Dirigiu documentários premiados como Andarilho (2007), Acidente (2007) e Da Janela do Meu Quarto (2004) e lançou (2010) uma versão para cinema de Catatau, do poeta Paulo Leminski, realizada com o apoio do Itaú Cultural.

Cassiano Elek Machado é jornalista e cientista social. Desde 2008 é diretor editorial da CosacNaify. Trabalhou no caderno Ilustrada da Folha de S.Paulo, foi redator-chefe da revista Trip e trabalhou por dois anos na revista Piauí.

Claudiney Ferreira é jornalista e gestor do Itaú Cultural para as áreas de literatura e jornalismo, na qual é responsável pelo programa Rumos Jornalismo Cultural.

Giselle Beiguelman é midiartista, professora dos cursos de pós-graduação em comunicação e semiótica e tecnologias da inteligência e design digital da PUC/SP, editora da seção Novo Mundo da revista eletrônica Trópico e autora de O Livro Depois do Livro e Link-se, entre outros.

Fabio Malini é professor de jornalismo na Ufes, ativista do Fórum de Mídia Livre e da Universidade Nômade, um dos editores da revista on-line GlobalBrasil e consultor do Onda Cidadã – Mapeamento Nacional da Comunicação Autônoma para o Itaú Cultural.

Jan Fjeld é diretor de showbiz do UOL. Norueguês, reside no Brasil desde 1986. Trabalhou como programador na Eldorado FM, assessor de imprensa das gravadoras EMI, Virgin e Paradoxx, colunista da Bizz e do Jornal da Tarde e colaborador da Folha de S.Paulo.

Jeder Janotti é pesquisador, baterista, professor adjunto da Ufal e professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA, onde coordena o grupo de pesquisa Mídia e Música Popular Massiva.

João Carlos Salles é professor do Departamento de Filosofia da UFBA, autor de A Gramática das Cores em Wittgenstein e Retrato do Vermelho e Outros Ensaios, entre outros, e dirigente da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA.

José Castello é jornalista, escritor, colunista do Prosa & Verso do jornal O Globo, colaborador do Valor Econômico, das revistas Bravo! e Época e do mensário Rascunho e autor de Inventário das Sombras, A Literatura na Poltrona/Jornalismo Literário em Tempos Instáveis e Ribamar.

Juan Freire é professor titular na Universidade de La Coruña, responsável pela cátedra de Economia Digital da Escola de Organização Industrial, de Madri, consultor requisitado de inovação e estratégia em novos meios e autor do blog Nómada (nomada.blogs.com).

Humberto Werneck é jornalista, escritor e autor de O Santo Sujo – A Vida de Jayme Ovalle, O Desatino da Rapaziada, O Pai dos Burros – Dicionário de Lugares-Comuns e Frases Feitas e O Espalhador de Passarinhos & Outras Crônicas. Trabalhou na Veja, na IstoÉ, no Jornal da Tarde, no Jornal do Brasil e na Playboy, entre outras publicações.

Kenneth Goldsmith é professor da Universidade da Pensilvânia, editor do livro I’ll Be Your Mirror: The Selected Andy Warhol Interviews, editor sênior do PennSound – arquivo de poesia online – e autor do livro de ensaios Uncreative Writing (no prelo) e de dez publicações de poesia. Coeditou Against Expression: An Anthology of Conceptual Writing (no prelo) e fundou UbuWeb, no qual também foi editor.

Luís Antônio Giron é jornalista, escritor, editor da seção de livros da revista Época, autor da coletânea de contos Até Nunca Mais por Enquanto, entre outros, e organizador da antologia Minoridade Crítica, com textos de autores clássicos, como Machado de Assis.

Marcelo Costa é editor do site de música Scream & Yell e integrante da equipe de coordenação da primeira página do iG. Já trabalhou na redação de diferentes publicações e sites, como Notícias Populares, Zip.Net, UOL e Terra, e colaborou para as revistas Pipoca Moderna, Bilboard Brasil e Rolling Stone, entre outras.

Marcos Strecker é jornalista, crítico e editor de mídias sociais da Folha de S.Paulo, onde coordenou páginas de livros, foi correspondente-bolsista em Paris, editorialista e editor-assistente do caderno Mundo. Fundou o site Cineguia e dirigiu o documentário Julia Mann – Memórias do Paraíso.

Mia Consalvo é presidente da Associação de Pesquisadores da Internet (Aoir), professora do programa Comparative Media Studies do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Estados Unidos, coeditora do Blackwell Handbook of Internet Studies e autora do Cheating: Gaining Advantages in Videogames, seu mais recente livro.

Pablo Miyazawa é jornalista, editor da Rolling Stone, Brasil, autor do blog Gamer.br, um dos criadores do coletivo Gardenal.org e colunista da EGM Brasil e da revista ESPN. Foi editor de publicações infantojuvenis da editora Conrad, colaborou com a Folha de S.Paulo, com as revistas Set, MTV, Play e com o Trama Universitário e assinou uma coluna televisiva no Notícias MTV.

Rachel Bertol é jornalista, colaboradora do jornal Valor Econômico para o suplemento cultural e curadora do III Seminário Internacional Rumos de Jornalismo Cultural – pRINCÍPIOS iNCONSTANTES. Trabalhou para o suplemento literário do jornal Le Monde e durante 15 anos no jornal O Globo, dos quais 9 no suplemento de livros.

Stuart Stubbs é jornalista britânico, fundador e editor da publicação mensal Loud and Quiet, distribuída gratuitamente e disponível em versão online. A publicação tem se destacado por apresentar uma nova visão da diversidade da cena alternativa musical da Inglaterra.

FONTE: BLOG DO MALINI
http://www.fabiomalini.com/
http://www.fabiomalini.com/?p=8234

IMAGEM: adrianacrisanto.blogspot.com

Cristovão Tezza é a atração do projeto Rodas de Leitura

Cristovão Tezza, colunista da Gazeta do Povo, é o autor convidado para o retorno do projeto Rodas de Leitura, no dia 13 de dezembro no auditório Ma­­chado de Assis, na Fundação Biblioteca Nacional (R. México, s/nº – Rio de Janeiro), às 18 horas, com entrada franca. As Rodas de Leitura, programa tradicional carioca, aconteceu mensalmente durante 13 anos no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), mas nos últimos cinco anos o programa esteve desativado. Chico Buarque e Caetano Veloso foram alguns dos convidados da proposta que, mais do que uma entrevista, é uma conversa orientada. José Castello e Maria Lemgruber estão confirmados para 2011. Mais informações (21) 2537-7912.


FONTE: Gazeta do Povo
http://www.gazetadopovo.com.br/
http://www.gazetadopovo.com.br/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=1072668&tit=Cristovao-Tezza-e-a-atracao-do-projeto-Rodas-de-Leitura

IMAGEM: sandubadequeijo.com.br

Direito da imaginação



o artigo apresenta conceito desmistificador dos direitos autorais, apresentando entendimento filosófico quanto a criação

cassilla@uol.com.br - Lucio Correa Cassilla

Em Portugal entende-se por “imaginação” a criação, invenção, algo que seja digno de direito autorais. A importância de se conceituar isso no Direito é para poder proteger a propriedade imaterial. As coisas que têm relação com as criações do espírito humano, as obras artísticas, científicas, literárias, ou os produtos da inventiva industrial.

De maneira mais ampla a imaginação são possibilidades, fruto do raciocínio humano. Desta forma, por silogismo, basta raciocinar para se poder imaginar. Portando, neste exato momento, têm aproximadamente seis bilhões de seres no planeta Terra, criando, inventando, imaginando. No entendimento do professor Leite Campos, nossa imaginação tem alicerce em todas as pessoas que nos transmitem informações, “nós somos nossas próprias idéias e as dos outros”. Não estou generalizando, falo das idéias voltadas às ciências suscetíveis das constantes transformações do ser humano, da sociedade, da coletividade. Certamente que não se inclui ai as ciências exatas. Porém, importante notar que Isaac Newton não inventou a gravidade, somente transcreveu em formula algo que sempre existiu.

Pensando assim, não temos imaginação pessoal nenhuma de forma exclusiva. Nossa imaginação não é nossa, mas um agrupamento de pequenas criações e entendimentos das pessoas que nos rodeiam. Para piorar a situação dos que acreditam serem imaginativos, o psicanalista suiço, Carl Jung, conceituou um fenômeno chamado de “inconsciente coletivo”, traços funcionais inerentes a todos os seres humanos. Essa teoria explica a situação de o subconsciente do ser humano imaginar a mesma coisa em vários pontos do mundo, em culturas diversas e épocas diferentes. A exemplo disso citamos o símbolo da suástica, encontrado nas culturas da Índia, da China, da Alemanha e tantas outras com os mais diversos significados.

Dessa forma, quando você receber uma informação que lhe pareça interessante, ou mesmo chegar a uma conclusão aparentemente inovadora, não deixe que permaneça com você, passe à frente, não pertence só a você. É propriedade da coletividade que o rodeou em toda a sua vida. Se alguém tem boas idéias e não as divulga, vai morrer com elas e será um verdadeiro desperdício ao pensamento coletivo, visto que diminuirá as possibilidades de desenvolvimento.

O doutor Bruno Bini entende esse procedimento como um estilo de vida, um verdadeiro exercício de cidadania, de humanidade, de participação social e coletiva. Nomeamos isso nesse momento como “corrente da criação”. É questão de vida. “Para sobreviver, faz falta contar história” nas palavras de Shaharzad.

O químico francês, Lavoisier, determinou que na natureza nada se cria, tudo se transforma. O “filósofo” brasileiro, Chacrinha, inovou dizendo que nada se cria, tudo se copia.

O que se deve valorar é o pensamento que agrupe esse conjunto de informações de maneira útil, efetiva, mas sem dar-lhe o status de inventor, criador, esse, a Deus pertence. O que passamos a chamar de “agrupador de pensamentos” tem a genialidade de colocar as coisas de maneira didática.

Nada de ilusões, nada de grandes pretensões, nada de certezas, quanto às suas idéias, isso certamente te conduzirá à prepotência, à arrogância e ao fracasso.

Bach, um dos maiores compositores de todos os tempos, foi acusado de ter plagiado Vivaldi.

Quando você tiver certeza que descobriu algo novo, inovador, único, estará correndo um sério risco de cometer plágio.

FONTE: O Barriga Verde On-Line

http://www.adjorisc.com.br/
http://www.adjorisc.com.br/jornais/obarrigaverde/comportamento/direito-da-imaginac-o-1.376445
FOTO: ''Clean-Up Crew''

By: Dave Barstow
View Full Portfolio (1818 images) (http://photo.net/photodb/member-photos?user_id=469991)

A última do WikiLeaks

Yuri Vieira

Se você ainda não saiu buscando qualquer coisa em meio às 251.000 mensagens confidenciais das embaixadas norte-americanas ― divulgadas pelo WikiLeaks (http://cablegate.wikileaks.org/)―, não sabe o que está perdendo. É como encarar 299 volumes, cada um deles da grossura do Ulisses de James Joyce, recheados de informações secretas. Claro, nem tudo é tão interessante e revelador assim. Digamos que é como espiar a Terra pelo Google Earth: de vez em quando alguém encontra uma bomba! (No Twitter há muita gente divulgando seus achados - http://twitter.com/#!/search/wikileaks)

Enquanto bancava o 007, observando minha namorada Bond Girl fazer suas fotos e xeretando o dito site, nem sequer pensei muito nas conseqüências de semelhante "jogada de merda digital no ventilador". Muita coisa pode acontecer...

Sugiro que comece lendo tudo o que ali se diz sobre o Brasil.

FONTE: Digestivo cultural

http://www.digestivocultural.com/
http://www.digestivocultural.com/blog/post.asp?codigo=2861&titulo=A_ultima_do_WikiLeaks
FOTO: aangirfan.blogspot.com

Jeneci resgata a sanfona abolida pela bossa nova

Foto: Augusto Gomes

Marcelo Jeneci ao lado da mãe, Gloria

Instrumento, abolido da música popular "sofisticada", está presente na música do cantor

Pedro Alexandre Sanches, repórter especial iG Cultura
30/11/2010 11:51

Como um rapaz de 28 anos que leva uma sanfona para o palco pode soar novo em 2010, num país que foi dominado pelo instrumento há mais de 60 anos, quando o pernambucano Luiz Gonzaga fez fama nacional a bordo de "Asa Branca" (1947), "Assum Preto" (1950), "Paraíba" (1952), "O Xote das Meninas" (1953) e "Vozes da Seca" (1953)? As águas que rolaram por baixo dessa ponte ajudam a explicar não só os caminhos e descaminhos da música brasileira, mas também as transformações por que vem passando o próprio país.

Popularizador do baião, do xote e do xaxado, Luiz Gonzaga representava o novo em 1949, um novo que vinha do Nordeste. Mas envelheceu cem anos de repente uma década depois, quando surgiu o violão de outro nordestino, o baiano João Gilberto, e em sua esteira todo o movimento carioca de classe média alta da bossa nova. Graças à influência de Gonzaga, meninas de sociedade aprendiam a tocar acordeom no Brasil dos anos 1950. A partir do final da década, uma das primeiras atitudes da bossa nova foi banir a sanfona da música popular dita "sofisticada". À parte iniciativas esparsas como a de Gilberto Gil, de compor e gravar em 1973 "Eu Só Quero um Xodó", em parceria com Dominguinhos, a sanfona até hoje não perdeu de todo um status marginal à chamada MPB.

"Hoje parece difícil de acreditar, mas vivia-se sob o império daquele instrumento", historia o jornalista Ruy Castro na biografia da bossa Chega de Saudade, editada em 1997. "E o pior é que não era o acordeom de Chiquinho, Sivuca e muito menos o de (João) Donato – mas as sanfonas cafonas de Luiz Gonzaga, Zé Gonzaga, Velho Januário, Mário Zan, Dilu Melo, Adelaide Chiozzo, Lurdinha Maia, Mário Gennari Filho e Pedro Raimundo, num festival de rancheiras e xaxados que parecia transformar o Brasil numa permanente festa junina." Na definição do biógrafo, o baião de Gonzagão era "aquele ritmo que, para alguns, só servia como coreografia para se matar uma barata no canto da sala."

As manifestações antinordestinas pós-eleições de 2010 demonstram que até hoje o preconceito de origem social expresso nessas (entre)linhas ainda não foi superado – e é para desentristecer essa via que trabalha Marcelo Jeneci, paulistano na certidão de nascimento e no sotaque, mas filho e neto de migrantes conterrâneos e contemporâneos de Gonzagão. Não se trata de um manifesto consciente, pois Marcelo retira em parte o sotaque nordestino das sanfonas que toca e, em alguns (bons) momentos, se aproxima mais do tango argentino que do forró.

Ele diz não perceber nenhuma rejeição à aventura de incorporar a sanfona imemorial em formatos mais pop-roqueiros. "Sanfona agrada a todas as sogras", graceja. "Quando saí daqui de casa e fui morar na zona oeste, a janela do meu quarto era meio na rua. Aconteceu umas três vezes de eu estar tocando sanfona e a campainha tocar. Era uma senhorinha, 'nossa, que bonito o som da sanfona, era você que estava tocando?'. Eu, com 18 ou 19 anos, já pensava: deve ser mãe de uma gatinha. Pior que agrada mesmo às sogras, porque tem alguma lembrança, um cheiro de mato, uma saudade, uma coisa da nossa alma brasileira mesmo…" Marcelo está casado com uma pernambucana, Verônica, que é também sua empresária.

O pai ajuda a decifrar o fenômeno: "A música nordestina é a música de São Paulo também, né?". O filho manipula a sanfona para demonstrar suas peculiaridades. "É instrumento de cego, você tem que tocar sem ver", diz, explicando sem querer um símbolo por trás do Assum Preto "cego dos óio" de Gonzagão. "Imagina ele com 17 anos segurando um bicho pesado desses", preocupa-se Glória, que ficou "horrorizada" quando teve de levar o filho (então com 15 anos) a programas de TV com o grupo de pagode Balança Brasil, empresariada por Rick Bonadio. "Pensa só, a música era 'Sabonete do Amor', uma gostosa de tapa-sexo entrava no palco cheio de espuma e eu lá no teclado, nascendo buço no rosto", ri Marcelo.

Manoel fala do instrumento que conhece por dentro, conectando-se sem querer ao tempo em que via filmes com orquestra no cinema de Caruaru: "A sanfona é considerada uma orquestra, dá para fazer uma orquestra nela". Seu filho fala com prazer sobre Roberto, Erasmo e Guilherme Arantes, ao mesmo tempo que comete o ato falho de, ao falar sobre um artista da MPB, chamá-lo de "Caetano Buarque". Consta que, mesmo sem possuir qualquer conexão aparente com as sanfonas de Gonzagão, o pianista pop paulistano Guilherme Arantes chorou um rio ao ouvir pela primeira vez o trabalho musical de seu conterrâneo Marcelo Jeneci.

Em mais duas matérias, Jeneci fala do disco "Feito pra Acabar" e de suas influências.

FONTE: Último Segundo - iG

Na era dos grandes festivais

Para recriar a época mais efervescente da MPB, artistas brasilienses sobem ao palco para o show Festivais: Cantos e Contos, que remonta o clima de ebulição que a canção brasileira viveu no período dos grandes festivais da TV. O espetáculo tem roteiro, repertório e montagem que propiciam uma viagem no tempo, levando a audiência à época em que Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque e Edu Lobo eram jovens promessas.

Participam do show Célia Rabelo, Janette Dornellas, Sandra Duailibe, Salomão di Pádua e Pecê Sousa, que também assina o roteiro. Os músicos acompanhantes – Toninho Alves (sopros), Agilson Alcântara (violão e guitarra), Fernando Nantra (baixo), Jorge Macarrão (percussão) e Ticho Lavenère (bateria) – executam, com virtuosismo e sensibilidade, o refinado repertório. A narração é de Leonel Laterza.

Na apresentação, o público terá a oportunidade de ouvir clássicos, como Arrastão (Vinicius de Moraes e Edu Lobo), A Banda (Chico Buarque), Disparada (Geraldo Vandré e Théo de Barros), Ponteio (Edu Lobo e Capinan), Alegria Alegria (Caetano Veloso), Domingo no Parque (Gilberto Gil), Sabiá (Tom Jobim e Chico Buarque) e Pra Não Dizer que Não Falei das Flores (Geraldo Vandré), entre outras joias da música brasileira. O show exibe relatos históricos das canções, além de curiosidades sobre compositores, intérpretes e bastidores.

Dias 27 e 28 de novembro; sábado, às 20h, e domingo, às 19h, no Teatro da Caixa Cultural Brasília (SBS, quadra 4). Ingressos a R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada para estudantes, pessoas com 60 anos ou mais e empregados da Caixa). NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 14 ANOS.

FONTE: MaisComunidade.com

http://comunidade.maiscomunidade.com/
http://comunidade.maiscomunidade.com/conteudo/2010-11-27/numeroum/4258/NA-ERA-DOS-GRANDES-FESTIVAIS.pnhtml

Remakanthan's Poems Deserve Re-reading: ONV



Friends and family remember 'gentle poet' Kilimanoor Remakanthan on his first death anniversary.
 
By Yentha
 
Statue, Trivandum: Kilimanoor Remakanthan was a poet who did not get the recognition he deserved for his contributions to Malayalam poetry and language, said Jnanpith winner ONV Kurup here today.

ONV, who couldn’t attend the first death anniversary of Remakanthan due to ill-health, wrote his speech and Manu Remakant, the late poet’s son, read out the speech to a gathering of his friends and family.

“Remakanthan was a poet who walked the lonely path, and his poems deserve a re-reading,” the veteran poet said, while introducing a Foundation in memory of Remakanthan.

“The foundation will try to bring out the unpublished works of Remakanthan,” he said.

He added that the foundation would encourage those who love the poet and his works to look at his works in a different perspective.

Remakanthan, a longtime teacher of Malayalam, was the example of a gentleman, who did not get into any clique or go after awards.

Of his unpublished works include a commendable translation of Dante’s ‘Divine Comedy’—the only translation of the world classic into an Indian language.
 
V Surendran Pillai, minister for Ports, released ‘Orma Kallukal’, a memoir by K Indira, Remakanthan’s wife, and also a CD of a collection of his poems.

“Remakanthan confined himself to his own space and wrote in his own style. His creative efforts were unacknowledged by the literary critics and his contributions to the Malayalam literature are rewarded,” the minister said.

George Onakkoor, writer and teacher, introduced the book to the audience. He said that the memoir is an excellent piece of literature, touching and warm and evoking deep emotions in a reader.

Dr. Puthusseri Ramachandran delivered a felicitation speech touching on the many facets of the poet’s personality.

Sabin Iqbal, editor, Yentha.com, welcomed the audience, while Jeevan Lal, principal, SN College, Chempazhanthy, thanked the speakers and the audience.

Osnabrücker Judoka dominant


Osnabrück. Die dominierenden Judoka beim Deister-Pokal in Barsinghausen kamen wieder einmal aus der Region Osnabrück.

Allen voran Kalala Ngoy. In der stark besetzten Klasse bis 66 kg beherrschte der Deutsche Meister die Konkurrenz und sicherte sich Gold. Silber ging an Axel Walter von den Judo Crocodiles, den dritten Platz teilten sich Christopher Bockholt (Hollage) und Dimitri Koschelev (Crocodiles). Yassin Grothaus (Crocodiles) gewann die Klasse bis 81 kg, Vereinskollegin Sarah Hapke holte in der Klasse bis 52 kg ebenfalls Gold. Bronzemedaillen gewannen zudem Jan Hapke (Crocodiles) sowie Marcel Becke und Kathrin Hörnschemeyer (beide Hollage).

FONTE: NOZ - Neue Osnabrücker Zeitung
http://www.noz.de/
http://www.noz.de/sport/mehr-sport/os/49487139/osnabruecker-judoka-dominant
 
FOTO: teambremen.bremer-judo-verband.de

Jan Sievers verteidigt seinen Titel


Judo: Isenbütteler wird erneut norddeutscher Meister der U14 – Medaillen für Speer und Lünenschloß

GIFHORN. Stark! Gleich dreimal Edelmetall gab es für die Gifhorner Nachwuchs-Judoka bei den norddeutschen Einzelmeisterschaften der U14 in Hamburg. Es sind zugleich die höchsten Titelkämpfe in dieser Altersklasse.

In Hamburg trafen sich die besten Judokämpfer der Altersklasse U14 aus ganz Norddeutschland, die sich in ihren jeweiligen Landesverbänden für diese Meisterschaften qualifiziert hatten. Und auch einige Athleten aus dem Kreis Gifhorn waren angetreten – und drei von ihnen kehrten mit Edelmetall zurück.

Besonders stark präsentierte sich das Isenbütteler Talent Jan Sievers (bis 34 kg), der sich – wie bereits im Vorjahr – den Titel sicherte. Sievers kämpfte sich souverän durch die Hauptrunde und ließ keine Zweifel aufkommen, wer der Boss auf der Matte ist.

Das Halbfinale gegen Marc Heine vom Judo-Club Villa Vital aus Bremen war sicherlich der Schlüsselkampf in dieser Gewichtsklasse. Beide Gegner fighteten auf höchstem Niveau und schenkten sich nichts. Schließlich gelang Sievers kurz vor Ende der Kampfzeit der entscheidende Punkt mit einem Uchi-Mata, einem Innenschenkelwurf. Im Finale stand Sievers dann mit Konstantin Gusev ebenfalls einem starken Gegner von Villa Vital gegenüber. Hier kontrollierte Sievers wieder das Geschehen auf der Matte und schickte seinen Kontrahenten schließlich mit Ippon Seoinage, einem Schulterwurf, vorzeitig auf die Matte – das war Gold!

Der Dannenbütteler Athlet Cedric Speer dominierte zunächst die Gewichtsklasse über 60 kg. Das Nachwuchstalent kämpfte sehr souverän und ließ der Konkurrenz keine Chance. Alle Begegnungen der Hauptrunde entschied Speer vorzeitig für sich. Auch im Halbfinale schickte er Oskar Reif aus Holle mit einem gelungenen Tai-Otoshi vorzeitig auf die Matte. Im Finale fand er jedoch kein Rezept gegen Jasper Werwitzke vom TSV Wedel und musste sich letztlich geschlagen geben. Trotzdem freute er sich mit seinem Trainer über die hochverdiente Silbermedaille.

Ebenfalls aufs Siegertreppchen schaffte es Marek Lünenschloß (bis 46 kg). Der Judoka von der SV Meinersen erwischte allerdings einen schlechten Start und verlor gleich seine erste Begegnung. Dadurch musste er sich über den langen Weg der Trostrunde wieder hochkämpfen. Diese Aufgabe meisterte er allerdings mit Bravour und zeigte hochkarätiges Judo. Auch im so genannten kleinen Finale, in dem um die Bronzemedaille gekämpft wird, konnte Lünenschloß punkten und holte die dritte Medaille für den Kreis Gifhorn. r.

Mittwoch, 01.12.2010

Mankada Ravi Varma - Uncompromising Cinematographer

By K Ramachandra Babu
November 30th, 2010
Category: Film, Identity, India

The year 2010 seems to be particularly cruel to Malayalam cinema personalities by snatching away their lives at unexpected moments as described in MT Vasudevan Nair’s words, “Death is a joker who enters the scene with no regard to the situation.” The latest being Master Cinematographer Mankada Ravi Varma who wrapped up his life at the age of 84, at Chennai on November 22, 2010.

It was at the home of Malayalam writer poet M Govindan in Madras Egmore, that I first met Cinematographer Mankada Ravi Varma in 1971. M Govindan was then publishing a literary Journal Sameeksha and his home was the meeting place of many progressive writers and artists. I went there along with my Director John Abraham and Script writer M Azad who were my seniors at the Film Institute of India, Poona. In those days graduates from the Film Institutes were looked upon as only “theoretical people” and were considered unfit when it comes to practical things like shooting a feature film. So they had to work on the fringes of the film industry as assistants or work in documentaries or seek employment in Films Division. I was fascinated to meet a Film Institute graduate who had made a name in Malayalam feature films.

Mankada Ravi Varma had passed out from Madras Central Polytechnic in Cinematography in 1952. The course there consisted of two years of common study of Cinematography and Sound Engineering and the final year of specialization in any one subject. After completing the course he had to undergo a year of apprenticeship in the camera department of one of the film studios as part of his course. There the apprentices were not allowed to come any where near the camera and the exposure readings and lens settings were kept as well guarded secrets. Ravi Varma managed to establish good relationship with the electricians and light boys who shared their experiences with him.

He then went to Films Division at Bombay for training and six months later joined as assistant cameraman. During that period he travelled all over India and gained experience in shooting under different kinds of lighting situations. In five years at the Films Division he regained the self confidence that he lost in the Madras Commercial studios.

After leaving Films Division he returned to Madras and found that it was hard to get a regular job as cinematographer. He started working as stringer for news agencies and also made several documentaries as well.

It was PA Azeez , the very first Direction graduate from the Poona Film Institute ever to make a feature film, Aval (Malayalam - 1967), who gave Mankada his first break as an independent cinematographer. The film went unheralded but the Production manager of that film took note of Ravi Varma’s work and offered him to do the camera work for his own production, Olavum Theeravum (1969). The path breaking Malayalam film was scripted by MT Vasudevan Nair and directed by PN Menon in which Ravi Varma broke the shackles and released the camera from the confines of the four walls of the studio floors and brought it to the wide outdoors and real interiors.

He says about his experience thus: “We exploited the available light. The framing and composition of the film were totally different from other feature films. I tried to accommodate all the tones that were available in black-and-white, and shot the film. As I had shot documentaries in very adverse conditions, I decided to make use of all those experiences in a feature film. Usually in poor light, a cinematographer stops shooting. What I did was use it to my advantage.”

In 1972, when Adoor Gopalakrishnan thought of making a feature film, he approached Ravi Varma with the script of Swayamvaram. He was happy with the script and expressed his willingness to work in the film and they clicked as a team. Mankada Ravi Varma was the regular cinematographer for all of Adoor’s films till his latest one, Nizhal Kuthu. The duo redefined Malayalam cinema and gave it a new framework and aesthetics. Like Satyajit Ray and Subrata Mitra, like Guru Dutt and VK Murthy, while one narrated stories that catapulted Malayalam cinema to pinnacles of cinematic excellence, the other captured his vision thorough the camera.

Ravi Varma remembers how they shot one of Adoor’s best works, Elipathayam. They had drawn electric power from the mains of the house they were shooting in, as they had no money to hire a generator. They were shooting in a village where the power situation was miserable. The supply was erratic. There were days when they used to sit idle for hours waiting for the supply. Somebody from the unit would go to the Electricity Board office on a bicycle to speed them up! “We had to bear up with many difficulties. But we were so passionate about films that we were willing to sacrifice everything.”

From the days of ‘no generator’, they graduated to hiring generators by the time they made Mukhamukham. But that generator would not go beyond 30 kilo watts. Once it crossed the limit, the colour of the light would change. “Those were the days of struggle! “Today, they ask us, do you want more lights? I select all the equipments, though I may not be using all of them. Everything is so liberal now.”

Mankada Ravi Varma won two National Awards – one for the cinematography of Swayamvaram and then for the documentary on Kalamandalam Gopi. He directed only one feature film – Nokkukuthi - based on M Govindan’s poem, in 1983. It won him the Kerala State Award for the best cinematographer and the National Special Jury Award. His book, Chitram Chala Chitram, won him the Kerala State award for the best book on cinema.

Adoor on Ravi Varma:

The riveting austerity of his frames enhances the narration of the films. Raviettan would work on only one film at a time; his devotion to his work, dedication and enthusiasm set him apart. His frames capture our culture and each shot stays true to our roots and ethnicity. An original thinker, Raviettan uses light like a painter to create unforgettable images on celluloid. He is like an elder brother to me. Raviettan is the only person I show my script to after I finish working on it. As soon as a work is finished, I send it to him in Chennai and he would respond with his remarks. The beauty of it is that we are completely in sync with each other. So, never once has he made a disparaging remark or a negative comment about the script.

Three actors who played the leading roles in some of Adoor’s films reminisce the professionalism of Mankada Ravi Varma :

Madhu:

He is unique in the film world. It is hard to think of a man without enemies in any field. But Raviettan is a man without enemies. Always courteous and professional, he is completely devoted to his work. For him, each shot is a painting that he composes with great care. For Olavum Theeravum, we had to shoot indoors and outdoors, all in natural light. His greatest quality is his ability to go about his work with no fuss or attempt to impress. Before he started working in films, he had made a number of documentaries and that seems to have given him an academic bent of mind. He does not indulge in any kind of technical gimmicks or showmanship. Man of few words but great experience.

Mammootty:

As an ardent film buff I was familiar with his work. I had seen his films and by the time I was cast in Anantharam, both Adoor and Raviettan were legends. It was interesting to watch the professional rapport between the director and the cinematographer. There is quite an age difference between the two but they share a similar vision. Perhaps that is what made each film of theirs so different. Raviettan is a person with simple tastes and few ambitions in life. His passion is his work.

Ashokan:

He never ever made us feel small. Therein lay his greatness. If Adoor Sir were to make a short remark, he would turn around, smile and wink at us. Although a man of few words, if you had a doubt or a question, he would take time to explain and tell you why a shot had been planned in a certain way or why the camera was at a certain angle. He was not a voluble person. I remember him reading on the set, when there was a break in the shoot.

While Raja Ravi Varma used paints and brushes, Mankada Ravi Varma used to paint with light to create his visuals. He excelled in his Black & White films by judiciously mixing shadows and light, highlighting the faces of characters to focus on their emotions. His transition to the colour era was very smooth without compromises as seen in the internationally acclaimed film Elipathayam.

Although he received many offers to work in feature films after Olavum Theeravum, he waited until he received a good script of Swayamvaram from Adoor Gopalakrishnan and the relationship continued till his very end. He never compromised his principles for doing a film and perhaps that was the reason that he and Adoor had such a mutual understanding and wonderful relationship both personally and professionally.

FONTE: UPPERSTALL BLOGS
http://www.upperstall.com/
http://www.upperstall.com/blogs/ramachandra/mankada-ravi-varma-uncompromising-cinematographer/

segunda-feira, novembro 29, 2010

Pablo Neruda – XVII



I do not love you as if you were salt-rose, or topaz,
or the arrow of carnations the fire shoots off.
I love you as certain dark things are to be loved,
in secret, between the shadow and the soul.

I love you as the plant that never blooms
but carries in itself the light of hidden flowers;
thanks to your love a certain solid fragrance,
risen from the earth, lives darkly in my body.

I love you without knowing how, or when, or from where.
I love you straightforwardly, without complexities or pride;
so I love you because I know no other way

that this: where I does not exist, nor you,
so close that your hand on my chest is my hand,
so close that your eyes close as I fall asleep.

FONTE: Word Ferret: Writing Prompts, Book Reviews, and Short Stories

http://elizadashwood.wordpress.com/
http://elizadashwood.wordpress.com/2010/11/29/pablo-neruda-xvii-one-of-my-favourite-poems-2/


FOTO: african queen
By: Oguz Altun
View Full Portfolio (809 images)

Antonella Vitale canta Joni Mitchell

Oggi è in programma un altro appuntamento della rassegna «Donne in Jazz», manifestazione musicale interamente dedicata alla creatività femminile in ambito compositivo. L' appuntamento si svolge presso l' Auditorium delle Scuderie Aldobrandini, a Frascati (per informazioni tel. 06.9416195). Questa domenica saliranno sul palco la compositrice e vocalist Antonella Vitale, accompagnata da Elga Paoli al pianoforte, Federica Michisanti al contrabbasso e Federico Di Maio alle percussioni. Fra i brani in programma, quelli di Joni Mitchell, Silje Nergaard e Rachelle Ferrell. Incuranti delle barriere culturali, queste tre artiste hanno contaminato il jazz con un' anima femminile, aggiungendo sonorità diverse e armoniche. Scuderie Aldobrandini ore 18

Pagina 23
(28 novembre 2010) - Corriere della Sera

ARCHIVIOcronologico

FONTE: http://archiviostorico.corriere.it/
http://archiviostorico.corriere.it/2010/novembre/28/Antonella_Vitale_canta_Joni_Mitchell_co_10_101128033.shtml

Saviano legge Arminio e ricorda il sisma dell'80

Nell'ultima puntata di Vieni via con me

Avellino- C'è un omaggio all'Irpinia nell'ultima puntata di Vieni via con me. Roberto Saviano, ricordando il trentennale del sisma dell'Irpinia, legge una poesia dello scrittore bisaccese Franco Arminio. Il monologo dello scrittore e conduttore è dedicato al terremoto. Narra del sisma del 1883, raccontato da Benedetto Croce nel suo "Memorie della mia vita", per arrivare alla tragedia del terremoto de L'Aquila e della casa dello studente.

Poi il ricordo del sisma dell'Irpinia, a trent'anni da quella tragedia: "Avevo un anno - dice - e mia madre me lo ricorda sempre". E l' "omaggio" alla nostra terra leggendo un brano di una poesia di Franco Arminio.

Conza della Campania, 8 ottobre 2000

Ci sono giorni in cui si muore in molti. Sono i giorni delle grandi sventure. Quel giorno in questa terra fu il ventitré novembre del 1980. Oggi è domenica, nel cimitero di Conza sono le undici del mattino. I morti del terremoto sono quasi tutti sulle stesse file, un piccolo cimitero dentro il cimitero. Facce di uomini e donne di ogni età. Facce e storie che non ho mai incrociato. Ora di ogni persona che vedo vorrei conoscere cosa diceva, cosa faceva. Dall’addobbo della lapide a volte si capisce che si tratta di persone di una stessa famiglia. Ecco Luisa Masini, nove anni, col gatto in braccio. Sotto di lei Valeria Masini, dodici anni, e poi Maria, quarantatre anni, la madre. Il pensiero va subito al padre, chissà dov’è nel mondo a trascinarsi con la sua pena. Più avanti un’altra famiglia: Gino Ciccone, quarantanove anni, e poi Michele di dieci e Alberto di ventuno. Quelli che sono qui certamente si conoscevano tutti. (Franco Arminio)

emmepi


29 NOVEMBRE 2010

FONTE: Ottopagine

http://www.ottopagine.net/
http://www.ottopagine.net/common/interna.aspx?id=12322
FOTO: verderosa.wordpress.com

La poesia di Leni Stern

Gli scatti della splendida seconda serata del Pop Eye Off

La Spezia. Musica etnica e testi cantautoriali, chitarra a stelle e strisce e percussioni dal timbro africano. Queste alcune delle caratteristiche del concerto di Leni Stern. Il tutto anticipato dal blues dei South side blues boys.

Gli scatti della fotogallery di CDS, caldi nella loro trama bianca e nera, ritraggono i momenti più belli dello spettacolo visti con l'occhio del fotografo della Duz image, agenzia di fotografia e grafica che ha immortalato le emozioni della Dialma Ruggiero.

Il prossimo appuntamento con la rassegna di Pop Eye Off è fissato per giovedì 2 dicembre con Eliogabalo & No Man’s Band: "Si parla solo di notte". Federico Nobili: testi/voce/background noise; Leo Ravera: pianoforte; Giacomo Abbate Cotta: chitarra/voce; con un intervento discreto di Davide Giromini: fisarmonica; contributo pittorico di Dimitri Rossetti; video di Davide Bini & Federico Nobili.

29/11/2010 21:50:09 Redazione

FONTE: Citta della Spezia

http://www.cittadellaspezia.com/
http://www.cittadellaspezia.com/La-Spezia/Cultura-e-Spettacolo/La-poesia-di-Leni-Stern-73158.aspx

Mario Monicelli è morto suicida. 95 anni di passione, risate e poesia

Mario Monicelli si è spento. Addio al padre della commedia all'italiana.

articolo del 29 novembre 10

Lo hanno annunciato in diretta televisiva a Vieni via con me, Fabio Fazio e Roberto Saviano: Mario Monicelli è morto, uno dei più grandi registi del cinema italiano. Il grande rappresentante della commedia all'italiana è finito suicida, gettandosi dal quinto piano dell'ospedale San Giovanni di Roma dov'era ricoverato nel reparto di urologia, per una grave malattia. Nonostante i rapidi tentativi di soccorso non c'è stato nulla da fare per Monicelli, che si spegne a 95 anni. La carriera d'oro di Monicelli vanta la regia di 66 film e di oltre 80 sceneggiature.

Autore di sodalizi storici come quelli con attori come Totò, Alberto Sordi, Vittorio De Sica e Marcello Mastroianni, i film più belli e significativi del registi sono stati: "I soliti ignoti" (con Totò e Vittorio Gassman), "Guardie e Ladri", "La grande guerra", nei primi anni cinquanta. Successivamente, negli anni 60 "L'armata Brancaleone", "La ragazza con la pistola", con la straordinaria scoperta di una giovanissima e divertente Monica Vitti, "Romanzo Popolare" e "Amici miei".

Come non ricordare "Il marchese del Grillo" (con Alberto Sordi), "Speriamo che sia femmina" e il più recente "Parenti serpenti". Oltre ad essere regista, sceneggiatore e attore, ed aver accumulato numerosi premi, come il Leone D'Oro alla Mostra del cinema di Venezia, Monicelli ha sempre espresso pubblicamente le sue opinioni politiche, antifascista e rivoluzionario, come dimostra senza mezzi termini in quest'intervista del marzo scorso, ecco il video youtube di Mario Monicelli.

Laura Balbi

FONTE: Ciaopeople Magazine

http://magazine.ciaopeople.com/
http://magazine.ciaopeople.com/Cinema_Tv-2/News-19/Mario_Monicelli_%C3%A8_morto_suicida__95_anni_di_passione,_risate_e_poesia-23741

Cultura e Società: Alda Merini ricordata a un anno dalla morte

Presso la Pontificia Facoltà Teologica Marianum un seminario sulla poetessa, voce autentica tra ricerca spirituale e impegno artistico di Maria Grazia Fasoli

Il seminario su “La poetica teologica di Alda Merini” che si è svolto presso la Pontificia Facoltà Teologica Marianum giovedì scorso (25 novembre 2010) ha dimostrato, caso mai ce ne fosse ancora bisogno, come l’ascolto di una voce autentica costituisca oggi un’occasione preziosa di riflessione e condivisione da sottrarre al dominante uso distorto della parola. Il confronto sulla grande poetessa, a un anno dalla sua morte, si è articolato attraverso due relazioni, una di chi scrive, intitolata “La poetica di Alda Merini”, l’altra di Chiara Saletti sul tema “Fammi carne di spirito e spirito di carne. Corpo parola mondo: luoghi teologici nella poesia di Alda Merini”.

L’incontro è stato introdotto dal preside della Facoltà, padre Maggiani, che ha sottolineato il valore di una figura femminile emblematica della autenticità e dello spessore della ricerca spirituale coniugata con un consapevole impegno artistico. Moderatrice: la teologa Cettina Militello, che guida le attività della cattedra “Donne e cristianesimo”, segnale della indubbia attenzione della Facoltà alle tematiche femminili. Un pubblico attento e, a tratti, commosso ha seguito i lavori del seminario, che ha prospettato la ricchezza di una figura, quella di Alda Merini, che attende ancora una piena comprensione storico-critica dei suoi testi, e che soprattutto incarna la possibilità di un terreno comune o di confine tra ricerca spirituale e ricerca artistica.

Parlando di Alda Merini, la nozione di poetica è utile a ricondurre a pieno titolo nel territorio della poesia più autentica e avvertita una produzione, quale quella meriniana, certamente segnata dai contenuti magmatici di una psiche complessa, minacciata dalle «ombre della mente» e segnata da ripetuti ricoveri nel manicomio. Esso diventa però per la donna-poeta il luogo in cui sperimentare, a partire dall’abisso e dagli inferi della degradazione, la potenza salvifica di una resistente spiritualità. «Terra Santa» (così recita il titolo della raccolta del 1984) è allora anche il manicomio, luogo dove si realizza nelle tenebre un’apparente impossibile salvezza. Sulla stessa linea interpretativa, sostanziandola con una puntuale disamina dei testi, Saletti ha individuato i «luoghi» linguistici e simbolici in cui lo «spazio del sé» si riapre costantemente, sia pure in una peripezia complessa e mai garantita, alla pienezza del senso.

Su questa strada l’incontro con Maria e quello con Gesù sono tappe di una «risurrezione» che ricompone infine le dicotomie, le lacerazioni, le ambivalenze di un’esperienza umana, di donna, segnata dalla sventura e dalle tenebre. La parola poetica diventa così «teologica», dice di un Dio «materno e plurimo», un Dio che «si converte» all’uomo piegandosi sulle sue ferite. Una parola poetica dunque con la quale è possibile perfino «cantare i dogmi» della fede per l’uomo di oggi, e di ogni tempo. L’incontro si è chiuso riconoscendo nella «grazia» della poesia meriniana un luogo teologico di irruzione del mistero della salvezza che nella parola poetica fa sentire l’eco della Parola che nel grembo di Maria si fece carne.

29 novembre 2010

FONTE: http://www.romasette.it/
http://www.romasette.it/modules/news/article.php?storyid=6537

FOTO: acincotons.blogspot.com

Judô confirmado para este sábado (4/12)

A disputa do judô no Intercolegial 2010 está confirmada para este sábado, dia 4 de dezembro, a partir das 9h, no Centro de Treinamento da Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro, em Deodoro.

Depois de nove meses de disputas de modalidades, o judô será o último esporte da 28ª edição da competição entre estudantes mais tradicional do Brasil. A Festa de Encerramento está marcada para dia 8 de dezembro, na Fundição Progresso, na Lapa.


FONTE: http://www.intercolegial.com.br/
http://www.intercolegial.com.br/noticias/judo/judo-confirmado-para-este-sabado-412.html

IMAGEM: http://judocaacj.blogspot.com/

Budokan Judo's night of awards

BUDOKAN Judo Club of Castle Hill grabbed their share of accolades at the 2010 Judo NSW Awards Dinner on October 30.

See more photos at http://hills-shire-times.whereilive.com.au/photos/gallery/budokan-judo-club-win-medals-at-nsw-challenge/

Budokan had seven families represented at the inaugural Judo NSW annual Dinner and Awards Night.

Club coach Rob Katz said the club had 13 nominations and five outright category wins, which was a fantastic achievement and recognition for all the club’s athletes.

On the night the most prestigious award for a NSW judoka, the Sue Williams Award, was won by Nathan Katz, 16, a Hills Shire Times Junior Sports Star nominee.

Katz was selected from the eight individual competitive award winners in Category 1 and was judged on the basis of the athlete that best exemplified the core values and spirit of judo.

The award was presented last on the program by Judo NSW special guest, Sue Williams (19 times national champion, 1988 Olympic gold medal, three times silver medal at World Championships).

Nathan Katz also won the cadet men’s category one award.

Nathan Katz’s brother Josh Katz, 12, won the boys Category 1 award.

In Category 2 the coach’s award for Junior 14s and cadets was won by Cameron Leishman.

In the Category 3 clubs’ awards Budokan won the Junior Development Club award.

Budokan members Jake Young and Nathan Katz also finished in the top four in the junior men’s awards. Naomi de Bruine finished in the top four in the girls category.

On Sunday at the first selection tournament for the National Judo Championships in Homebush Nathan Katz went up a weight category to compete in the junior men’s under 66kg and won three matches in his pool. He finished third overall in the division and had to withdraw from the men’s under 60kg because of injury.

FONTE: Hills Shire Times

http://hills-shire-times.whereilive.com.au/
http://hills-shire-times.whereilive.com.au/sport/story/budokan-judos-night-of-awards/

Samurai Song - Robert Pinsky

When I had no roof I made

Audacity my roof. When I had
No supper my eyes dined.

When I had no eyes I listened.
When I had no ears I thought.
When I had no thought I waited.

When I had no father I made
Care my father. When I had
No mother I embraced order.

When I had no friend I made
Quiet my friend. When I had no
Enemy I opposed my body.

When I had no temple I made
My voice my temple. I have
No priest, my tongue is my choir.

When I have no means fortune
Is my means. When I have
Nothing, death will be my fortune.

Need is my tactic, detachment
Is my strategy. When I had
No lover I courted my sleep.

FONTE: poetry, dreams, and the body
http://rickbelden.com/
http://rickbelden.com/blog/2010/11/29/robert-pinsky-samurai-song/
 
FOTO: chinesenames.org

domingo, novembro 28, 2010

O FILHO ETERNO - ROMANCE, AUTOBIOGRAFIA OU REPORTAGEM ? POUCO IMPORTA. É UM LIVRAÇO



Geneton Moraes Neto

O escritor Cristovao Tezza, 55 anos, romancista, ex-relojoeiro (!), catarinense radicado em Curitiba, professor da Universidade Federal do Paraná, acaba de cometer uma façanha e criar um problema para a literatura brasileira.

A façanha : recém-lançado, "O Filho Eterno" já desponta como favoritíssimo ao título de melhor do ano. O problema : "O Filho Eterno" foi publicado pela Editora Record na categoria de "romance brasileiro", mas é um texto escancaradamente autobiográfico.

Tezza descreve, sem jamais cair no melodrama ou na pieguice, um acontecimento que o fez se sentir como se fosse um boi cabeceando inutilmente contra as paredes do corredor de um matadouro: o dia em que recebeu a notícia de que o primeiro filho, tão esperado, tinha Síndrome de Down.

Não é exagero carimbar "O Filho Eterno" desde já como o lançamento do ano. O site de literatura Todoprosa, mantido por Sérgio Rodrigues, também concedeu este título antecipado do livro. Ainda é agosto. Mas, pelo menos na categoria de "romance brasileiro", a disputa pelo campeonato de melhor do ano parece resolvida. Que se apresentem os outros candidatos.

Pergunte-se a um leitor médio, aquele que desembarca na livraria simplesmente em busca de uma bela descoberta : o que é que define uma boa leitura ? Nove entre dez dirão que boa leitura é aquela capaz de prender a atenção. Que outra coisa pode querer um autor ? E excelente leitura é aquela que arrebata. É o caso de "O Filho Eterno". Tezza acaba de criar o Expresso 222 da literatura. As 222 páginas de O Filho Eterno voam, arrebatadoras, como se fossem vinte.

Referir-se a si próprio na terceira pessoa virou sinônimo de vaidade desde que Pelé - e outras celebridades menos votadas - cairam nessa tentação. O autor de "O Filho Eterno" se enquadra na categoria dos que falam de si próprios na terceira pessoa por outro motivo: o excesso de pudor na hora de subir à ribalta para se expor aos olhos do público. É compreensível. O fato de a narração ser feita na terceira pessoa é, provavelmente, o único detalhe que impede "O Filho Eterno" de se enquadrar na categoria de autobiografia.

Resta o "problema" literário criado por "O Filho Eterno" : a partir de que momento uma narrativa amparada em fatos deixa de ser uma autobiografia para se transformar em "romance" ? É tudo uma questão de primeira ou terceira pessoa ? Estudantes de Letras, se é que existem, mãos á obra!

"O Filho Eterno" poderia também ser qualificada como uma peça do chamado "novo jornalismo", uma reportagem irretocável, merecedora de todo aplauso numa época em que texto jornalístico, golpeado pelos "idiotas da objetividade", cabeceia, também ele, como se fosse um boi no corredor de um matadouro. O livro não deixa de ser uma bela reportagem autobiográfica de um pai que toma para si uma tarefa dificílima : a de narrar uma dor inenarrável ou, para usar uma palavra que é cara ao autor, "irredimível".

A certa altura do texto, Tezza confessa ser um daqueles autores que, em nome da devoção incondicional à literatura, são capazes de engolir durante anos a fio recusas de editoras e eventuais fracassos de venda. Ainda assim, vão adiante, porque crêem que o que conta é o embate original com as folhas de papel em branco (ou com a tela alva do computador) : neste cenário íntimo, pessoal e intransferível, os Cristovao Tezza entregam-se à acidentada tarefa de tentar traduzir a vida em palavras, "dar nome às coisas". Todo o resto é acidente, vaidade, desvio, perda de tempo, mera consequência.

"Os escritores brasileiros somos pequenos ladrões de sardinha, Brás Cubas inúteis", diz, a certa altura do livro. Imagina-se, lá pelas tantas, autor de livros que ninguém lerá - e pai de um filho que não poderia amar. Mas persiste, porque, para ele, escrever é uma escolha radical, uma predestinação que não depende de coisas tão pequenas quanto os humores das editoras ou as leis de mercado.

Quem termina a travessia arrebatadora das 222 páginas de "O Filho Eterno" haverá de sentir um alívio e uma alegria. O leitor concluirá que, feitas as contas, o poeta Drummond tinha toda razão ao dizer que nossa existência é "um sistema de erros", "um vácuo atormentado", "um teatro de injustiças e ferocidades" , mas, no caso de Cristovao Tezza, tanta dor, tanto tormento, tanto espanto, tanto vácuo, tanto remorso, tanta incredulidade, tudo, enfim, foi recompensado com uma bela contrapartida, o melhor prêmio que um escritor poderia esperar : concebeu um livro que todos deveriam ler sobre um personagem que todos haverão de amar. Chama-se Felipe.

É este o nome do filho eterno.

FONTE: O Continente

Edição 81 - setembro de 2007
http://www.cristovaotezza.com.br/
http://www.cristovaotezza.com.br/critica/ficcao/f_filhoeterno/p_set07_ocontinente.htm


FOTO: bibliotecapenapolis.blogspot.com

Walt Whitman as the poet laureate of America

The work of the poet has been known at times to be at odds with the norms and expectations of his society. Allan Ginsberg faced multilple trials for the indecency of his poetry and Amiri Baraka lost the position of Poet Laureate of New Jersey because of the apparent hatefulness in one of his poems. Nineteenth-century poet Walt Whitman also occasionally earned the disapproval of his peers and his readers on account of his the sensual passages in some of his poems. However, like most poets who earn more attention from scandal than from their actual art during their lifetimes, Whitman wrote more than his scandalous reputation revealed. He wanted to be the greatest American poet and to be famous for centuries beyond his lifetime and thus wrote poetry not only for his contemporary audience, but for generations of readers to come.

One poem in particular in his collection Leaves of Grass is a prime example of Whitman's insightfulness into the permanence of his literature in America. In "Crossing Brooklyn Ferry," Whitman addressed not only his contemporary fellow passengers on the ferry, but all the passengers down through the generations who would also take the ferry from Manhattan to Brooklyn. He saw that, even though a hundred years may pass, people on the ferry would have joys and sorrows and hopes and dreams like his fellow passengers in the nineteenth century, and the river connected them all. Whitman's foresight in his poetry extended far beyond the Brooklyn ferry to include all of America, which he saw in the same way as composed of many different types of people from completely different walks of life combined to form one nation. Therefore, despite the occasional scandal he caused with the sensual nature of some of his poems, Walt Whitman spoke to Americans of all backgrounds with an intimacy of expression that few poets have matched.

FONTE: http://www.examiner.com/
http://www.examiner.com/english-literature-in-national/walt-whitman-as-the-poet-laureate-of-america

FOTO: lisawallerrogers.wordpress.com

Sympathy by Emily Bronte



There should be no despair for you
While nightly stars are burning;
While evening pours its silent dew,
And sunshine gilds the morning.

There should be no despair-though tears
May flow down like a river:
Are not the best beloved of years
Around your heart for ever?

They weep, you weep, it must be so;
Winds sigh as you are sighing,
And winter sheds its grief in snow
Where Autumn's leaves are lying:

Yet, these revive, and from their fate
Your fate cannot be parted:
Then, journey on, if not elate,
Still, NEVER broken-hearted!

FONTE: The Curious Cat
http://catofcuriosity.blogspot.com/
http://catofcuriosity.blogspot.com/2009/09/sympathy-by-emily-bronte.html

VÍDEO: http://www.youtube.com/
http://www.youtube.com/watch?v=GuY1gRd4Eb4&feature=related

Richard Armitage reads Ted Hughes' letters

FONTE: http://www.rajputbrotherhood.com/
http://www.rajputbrotherhood.com/video-search/watch/lqE0_TdsE1I/richard-armitage-reads-ted-hughes-letters.html

Vocabulário parecido acende o romance

Escolha melhor as suas palavras: um novo estudo sugere que as chamas do amor se apagam quando um homem e mulher empregam palavras como “eu”, “isso”, “mais” ou “menos” em conversas cotidianas.

Durante a última década, pesquisadores desenvolveram um programa de computador que mede a extensão com que as pessoas usam palavras de função ou palavras de outras categorias quando falam ou escrevem. Agora, outros pesquisadores começaram a estudar vários tipos de conversas com esse programa.

Segundo pesquisadores, o uso das palavras na conversação entre um casal, como pronomes, artigos, conjunções, preposições e negações, pode prever o interesse romântico mútuo e a estabilidade das relações.

Esse tipo de coordenação verbal inconsciente, chamada “correspondência de estilo de linguagem”, não significa necessariamente o quanto duas pessoas gostam uma da outra, mas o quanto cada uma está prestando atenção ao que a outra diz.

Os pesquisadores dizem que uma ironia interessante é que duas pessoas que verdadeiramente se odeiam muitas vezes apresentam uma grande quantidade de correspondência de estilo linguagem. Quando brigam, as pessoas tendem a falar ou gritar de maneira semelhante.

No entanto, quando pessoas têm grande correspondência de estilo de linguagem, normalmente é porque se gostam. Se você se der bem com alguém, mas não entender porque, há uma boa chance de que houve uma alta correspondência de estilo de linguagem. Os pesquisadores descobriram também que esse tipo de conexão de conversação ocorre muitas vezes quando negociadores convencem bandidos a se render.

E os laços românticos também podem ser beneficiar dessa correspondência de estilos de conversação. Palavras de função são importantes porque essas palavras são independentes dos tópicos da conversa e requerem conhecimento compartilhado para serem eficazmente utilizadas.

Por exemplo, se dois amigos trabalham em lugares diferentes, vão usar diferentes substantivos e verbos para falar sobre seus dias de trabalho, mas se eles se gostam e entendem bem um ao outro, vão usar palavras de função semelhantes.

No novo estudo, os pesquisadores analisaram 40 conversas entre os participantes. Os casais que usaram tipos e frequência de palavras de função similares foram quase quatro vezes mais propensos a manifestar interesse mútuo em namorar.

Um segundo experimento verificou que dos 86 casais já em relacionamentos, aqueles que usaram semelhantes estilos de escrita durante 10 dias de conversas por mensagens instantâneas foram particularmente propensos a ficar juntos durante os próximos três meses.

Os pesquisadores suspeitam que a correspondência de estilo de linguagem tenha altos e baixos, ou seja, aumenta e diminui nas relações íntimas. Um estudo de arquivo com três pares de escritores famosos apoiou a ideia. Eles analisaram palavras de função em cartas entre os psicanalistas Sigmund Freud e Carl Jung (entre 1906 a 1913), poemas e peças de Elizabeth Barrett e Robert Browning (entre 1838 a 1861) e poemas de Sylvia Plath e Ted Hughes (entre 1944 a 1963).

A correspondência de estilo de linguagem diminuiu conforme cada relacionamento “azedou”. Declínios notáveis ocorreram quando Jung deixou o grupo de psicanálise de Freud, quando Elizabeth Barrett gostou da abordagem da morte enquanto seu marido a temeu, e quando o casamento de Sylvia Plath e Ted Hughes desmoronou. [Sciencenews]

FONTE: HypeScience - A ciência é a grande estrela do mundo real

http://hypescience.com/
http://hypescience.com/vocabulario-parecido-acende-o-romance/

Aparição amorosa - Carlos Drummond de Andrade

Doce fantasma, por que me visitas

como em outros tempos nossos corpos se visitavam?
Tua transparência roça-me a pele, convida
a refazermos carícias impraticáveis: ninguém nunca
um beijo recebeu de rosto consumido.

Mas insistes, doçura. Ouço-te a voz,
mesma voz, mesmo timbre,
mesmas leves sílabas,
e aquele mesmo longo arquejo
em que te esvaías de prazer,
e nosso final descanso de camurça.

Então, convicto,
ouço teu nome, única parte de ti que não se dissolve
e continua existindo, puro som.
Aperto... o quê? a massa de ar em que te converteste
e beijo, beijo intensamente o nada.
Amado ser destruído, por que voltas
e és tão real assim tão ilusório?
Já nem distingo mais se és sombra
ou sombra sempre foste, e nossa história
invenção de livro soletrado
sob pestanas sonolentas.
Terei um dia conhecido
teu vero corpo como hoje o sei
de enlaçar o vapor como se enlaça
uma idéia platônica no espaço?

O desejo perdura em ti que já não és,
querida ausente, a perseguir-me, suave?
Nunca pensei que os mortos
o mesmo ardor tivessem de outros dias
e no-lo transmitissem com chupadas
de fogo aceso e gelo matizados.

Tua visita ardente me consola.
Tua visita ardente me desola.
Tua visita, apenas uma esmola.



FONTE: http://www.casadobruxo.com.br/
http://www.casadobruxo.com.br/

Poema de Vinicius de Moraes (Balada Negra) declamado por Rolando Boldrin

Éramos meu pai e eu
E um negro, negro cavalo
Ele montado na sela,
Eu na garupa enganchado.
Quando? eu nem sabia ler
Por quê? saber não me foi dado
Só sei que era o alto da serra
Nas cercanias de Barra.
Ao negro corpo paterno
Eu vinha muito abraçado
Enquanto o cavalo lerdo
Negramente caminhava.
Meus olhos escancarados
De medo e negra friagem
Eram buracos na treva
Totalmente impenetrável.
Às vezes sem dizer nada
O grupo eqüestre estacava
E havia um negro silêncio
Seguido de outros mais vastos.
O animal apavorado
Fremia as ancas molhadas
Do negro orvalho pendente
De negras, negras ramadas.
Eu ausente de mim mesmo
Pelo negrume em que estava
Recitava padre-nossos
Exorcizando os fantasmas.
As mãos da brisa silvestre
Vinham de luto enluvadas
Acarinhar-me os cabelos
Que se me punham eriçados.
As estrelas nessa noite
Dormiam num negro claustro
E a lua morta jazia
Envolta em negra mortalha.
Os pássaros da desgraça
Negros no escuro piavam
E a floresta crepitava
De um negror irremediável.
As vozes que me falavam
Eram vozes sepulcrais
E o corpo a que eu me abraçava
Era o de um morto a cavalo.
O cavalo era um fantasma
Condenado a caminhar
No negro bojo da noite
Sem destino e a nunca mais.
Era eu o negro infante
Condenado ao eterno báratro
Para expiar por todo o sempre
Os meus pecados da carne.
Uma coorte de padres
Para a treva me apontava
Murmurando vade-retros
Soletrando breviários.
Ah, que pavor negregado
Ah, que angústia desvairada
Naquele túnel sem termo
Cavalgando sem cavalo!

Foi quando meu pai me disse:
– Vem nascendo a madrugada…
E eu embora não a visse
Pressenti-a nas palavras
De meu pai ressuscitado
Pela luz da realidade.

E assim foi. Logo na mata
O seu rosa imponderável
Aos poucos se insinuava
Revelando coisas mágicas.
A sombra se desfazendo
Em entretons de cinza e opala
Abria um claro na treva
Para o mundo vegetal.
O cavalo pôs-se esperto
Como um cavalo de fato
Trotando de rédea curta
Pela úmida picada.
Ah, que doçura dolente
Naquela aurora raiada
Meu pai montando na frente
Eu na garupa enganchado!
Apertei-o fortemente
Cheio de amor e cansaço
Enquanto o bosque se abria
Sobre o luminoso vale...
E assim fui-me ao sono, certo
De que meu pai estava perto
E a manhã se anunciava.
Hoje que conheço a aurora
E sei onde caminhar
Hoje sem medo da treva
Sem medo de não me achar
Hoje que morto meu pai
Não tenho em quem me apoiar
Ah, quantas vezes com ele
Vou ao túmulo deitar
E ficamos cara a cara
Na mais doce intimidade
Certos que a morte não leva:
Certos de que toda treva
Tem a sua madrugada

Fonte: http://www.4shared.com/