Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira... (Cecília Meireles)
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
Rio de Janeiro será una de las sedes del Gran Slam de Judo
29-02-2008 - 17:16 h.
Leandro Guilheiro e Tiago Camilo lutam para consolidar vaga
Leandro Guilheiro e Tiago Camilo lutam para consolidar vaga
Do UOL Esporte
Catorze atletas da seleção de judô lutarão na Europa neste final de semana, nas últimas competições válidas para garantir a vaga olímpica. A seleção masculina estará em Praga (RCH), e a seleção feminina vai à Varsóvia (POL).
Rio terá Grand Slam de judô a partir de 2009
Rio terá Grand Slam de judô a partir de 2009
FIJ cria ranking, monta circuito e quer mudar as regras para deixar esporte dinâmico
Palco do Mundial e dos Jogos Pan-Americanos de 2007, o Rio de Janeiro voltará a ganhar um lugar de destaque no judô mundial. A cidade foi escolhida pela Federação Internacional de Judô (FIJ) como um dos palcos da série de quatro Grand Slams que será criada na modalidade. Além do Rio de Janeiro, foram contempladas também Paris, Tóquio e Moscou com estes que serão os principais torneios da FIJ na temporada. A novidade faz parte de um conjunto de pacotes anunciado pelo presidente da FIJ, Marius Vizer, em um hotel na zona Sul do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira.
Brasil será sede do Grand Slam de Judô a partir de 2009
Além do presidente da Federação Internacional de Judô, Marius Vizer, estiveram presentes o presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, o diretor de arbitragem da FIJ, Juan Carlos Barcos, o presidente do Comitê Olímpico de Porto Rico e da Organização Desportiva do Caribe, Hector Cardona, e o secretário geral da FIJ, Hedi Dhoub.
Com US$ 100 mil de premiação para cada etapa, o Grand Prix Internacional acontecerá em Hamburgo (ALE), Dubai (EAU), Las Vegas (EUA), Rotterdam (HOL) e Pequim (CHN). Já o Grand Slam terá US$ 150 mil em prêmio e será realizado em Paris (FRA), Tóquio (JAP), Moscou (RUS) e Rio de Janeiro (BRA). Para encerrar a temporada, um World Masters com o valor de US$ 200 mil com local à definir. FONTE: Final Sports - Porto Alegre,Brazil
Judo: Veitía confirma equipo completo para Varsovia
Zangrando volta a sentir lesão e pondera lutar no sacrifício
No final da última temporada, Zangrando já havia tido problemas com dores nas costas e no quadril, que atrapalharam seu desempenho nos tatames. Desta vez, no início do terceiro mês de 2008, a judoca poderá ter problemas na última etapa da seletiva olímpica nacional para os Jogos de Pequim-2008.
”Pode ser que eu tenha de ir para o tatame no sacrifício, mas vou me superar”, confessou a atleta. “Tenho certeza de que vou lutar bem e esquecer a dor. Já estou até melhor e treinei bem. Estou mais confiante para sábado”, anunciou.
Na Supercopa de Hamburgo na semana passada, Dani Zangrando foi eliminada logo na primeira. Para ‘apagar’ o resultado, a judoca terá que obter um bom desempenho em Varsóvia, já que sua rival no peso leve, Ketelyn Quadros, terminou na quinta colocação em Paris e no nono posto em Budapeste, capital húngara.
ELENCO COMPLETO DE JUDOCAS A CITA MUNDIAL
El prestigioso preparador cubano señaló, vía Internet, que todas sus discípulas se encuentran en la capital polaca y que están en perfecto estado físico para enfrentar las jornadas de competencia del sábado y domingo.
Hasta el momento, la tropa de Veitía acumula cinco preseas de oro, tres de plata y dos de bronce en el periplo europeo, de cara al preolímpico de mayo próximo en Miami y a los Juegos Olímpicos de agosto en Beijing.
Este sábado y domingo también estará en acción el equipo masculino cubano de judo, en la Copa del Mundo de Praga, después de participar en varios topes internacionales del llamado Viejo Continente, giro en el que atesora una medalla de plata y tres de bronce.
SURREALISMO: POESIA E REBELIÃO
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SURREALISMO: POESIA E REBELIÃO
Curso e oficina com Claudio Willer
Museu da Língua Portuguesa
O Museu da Língua Portuguesa – Praça da Luz, s/n, São Paulo, www.estacaodaluz.org.br – abre o mês de março com uma série de cursos gratuitos voltados para jovens e adultos. Ocorrerão no próprio Museu e os interessados podem se inscrever pelo telefone (11) 3227 -0402. As vagas são limitadas.
Surrealismo: Poesia e Rebelião, coordenado pelo poeta, ensaísta e tradutor Cláudio Willer, será às terças-feiras, entre os dias 04 de março e 20 de maio, das 14 às 17 horas, em doze sessões, divididas em dois módulos ou etapas que totalizarão 36 horas de carga horária. O público-alvo é de escritores, estudantes de Letras, e interessados no assunto em geral.
O primeiro módulo, com sete sessões, de 04 de março até 15 de abril, será expositivo, cobrindo todos os tópicos do programa a seguir. O segundo módulo, com cinco sessões, de 29 de abril a 27 de maio, corresponderá a um aprofundamento: terá formato de oficina e seminário; os participantes poderão pesquisar surrealismo, especialmente autores de língua portuguesa; e, aqueles que escrevem, fazer práticas de criação surrealista.
A finalidade de Surrealismo: Poesia e Rebelião é estimular a capacidade de criação e leitura dos participantes, além de ampliar a sensibilidade e conhecimento literário. Mostrará poesia surrealista, e também seus fundamentos: a poética e visão de mundo adotada por André Breton e demais participantes desse movimento. Examinará autores diretamente vinculados ao surrealismo, e outros com afinidade com esse movimento e sua imagética. Dará especial atenção ao surrealismo em língua portuguesa, de autores de Portugal e brasileiros, inclusive contemporâneos. Discutirá sua atualidade. Mostrará como a visão surrealista pode se projetar na relação com uma metrópole como São Paulo.
PROGRAMA
1. Antecedentes históricos: a rebelião romântica; temas românticos nos manifestos surrealistas de Breton;
2. A imagem surrealista e seus precursores; Baudelaire, Rimbaud e Lautréamont; o pensamento analógico;
3. Escrita automática: a transformação de categorias da psicanálise em poética; a relação surrealismo-psicanálise: controvérsias relativas ao inconsciente na criação; inspiração e escrita espontânea no surrealismo e em outros autores;
4. Surrealismo, ocultismo, hermetismo: o maravilhoso; o “acaso objetivo”; cidades como espaço mágico;
5. Surrealismo em outras literaturas, além da língua francesa: América Latina e literaturas de língua espanhola; o surrealismo português, de Mário Cesariny até hoje; surrealismo no Brasil, de Murilo Mendes e Jorge de Lima até Roberto Piva e autores mais recentes;
6. A ruptura dos gêneros e o diálogo entre modos de criação; poesia em prosa e prosa poética; a contribuição surrealista às demais modalidades: artes visuais, inclusive fotografia e colagem; cinema;
7. As relações entre poesia e política e entre arte e vida; leitura, literatura e surrealismo. Como seria uma crítica literária a partir do surrealismo? Alcance e importância do surrealismo, hoje.
Claudio Willer é poeta, ensaísta e tradutor. Nasceu em São Paulo, em 1940. Publicações mais recentes, Estranhas Experiências, poesia (Lamparina, 2004); Volta, narrativa em prosa (Iluminuras, terceira edição em 2004); preparou Lautréamont - Obra Completa - Os Cantos de Maldoror, Poesias e Cartas (Iluminuras, nova edição em 2005) e Uivo, Kaddish e outros poemas de Allen Ginsberg (L&PM, nova edição de bolso de 2005). Acaba de ter lançado Poemas para leer en voz alta, editorial Andrómeda, San Jose, Costa Rica (tradução de Eva Schnell, posfácio de Floriano Martins). É autor de outros livros de poesia e da coletânea Escritos de Antonin Artaud, esgotados. Consta em antologias e coletâneas, brasileiras e de outros países. Seus vínculos são com a criação literária mais rebelde e transgressiva, como aquela ligada ao surrealismo e à geração beat. Ocupou cargos públicos em administração cultural. Presidiu por vários mandatos a UBE, União Brasileira de Escritores. Deu inúmeras palestras, cursos e oficinas literárias.
Co-edita, com Floriano Martins, Agulha:
http://www.revista;agulha.nom.br/.
Poesia e fumetti: Cesare Pavese, Dino Buzzati, Edgar Allan Poe
Poesia e fumetti: Cesare Pavese, Dino Buzzati, Edgar Allan Poe
Pubblicato da Elisa, Blogosfere staff alle 09:38 in Arti figurative, Libri
Ne trovate molte altre su Nuvole Parlanti - Cloud Nine grazie ad Alacarte che ci fa riscoprire il connubio poesia e fumetti: Poema a fumetti è un'opera singolare anche nel composito mondo di Dino Buzzati. Vero racconto in versi illustrato con tavole a fumetti, e che fumetti, visto che è lo stesso Buzzati l'autore di tutte le illustrazioni.
Una contaminazione, quella tra poesia e tavole a fumetti, che ha tutte le carte in regola per essere estremamente contagiosa. Nuvole parlanti ci porti altri esempi di questa commistione di generi: un altro italiano, Cesare Pavese, e l'immortale maestro Edgar Allan Poe.
Sovrapposizione di parola e immagine, perfetta integrazione tra penna e matita: online siamo abituati a vivere esperienze multimediali che uniscono testo, video, immagine e suono e dimentichiamo che prima del click l'ipertesto doveva essere realizzato su carta.
Esempio anticipatore e modernissimo di una tecnica: la contaminazione dei generi, che oggi è sempre più utilizzata - scrive Alacarte - anche grazie all'evoluzione dei mezzi tecnologici, in particolare dell'ipertesto. Sintesi piacevolissima e completa, in poesia e fumetti, di tutti i temi che caratterizzano le opere di Buzzati: sogni, ossessioni, sesso, morte, amore, vita.
Un'opera da riscoprire, come scrive EthosBlog.
Qui non compaiono le guglie del fantastico mondo buzzatiano, nè ci sono "tartari" da attendere invano all’orizzonte: niente profumo di bosco, nè bisbilgiare o tuonare di venti dal caratere bizzoso… Qui Buzzati ripropone il mito di Orfeo ed Euridice in un inferno contemporaneo - la Milano dei suoi anni, in cui esiste un passaggio segreto che conduce nell’Ade - e lo fa in maniera originale, per come siamo abituati a conoscerlo, cioè con il fumetto. Qui - con pochi colori e con quel suo tipico tratto a volte appena stilizzato - trova espressione una vera e propria "galleria" delle profonde fantasie di Buzzati: dalla pura dolcezza poetica alla trivialità, dall’eros alla sensualità, all’ethos.
Augurandosi che le edicole, le fumetterie e le librerie si riempiano al più presto di poesia e fumetti, Alacarte segnale altre due esperienze da non perdere, eccole: Cesare Pavese a fumetti
Edgar Allan Poe a fumetti
Última chance para judocas garantirem vaga para Pequim
29/02/2008 - 10:34:31 - por FS - AI CBJ
"Acredito que voltaremos para casa com a equipe escalada. Pelo que vimos até agora, não deveremos ter problemas para definir a seleção olímpica de judô após estes torneios", prevê o coordenador técnico da seleção brasileira de judô, Ney Wilson.
Pelo critério estabelecido pela Confederação Brasileira de Judô, será o titular em Pequim o atleta que tiver melhor desempenho nos torneios europeus, de forma a privilegiar aquele mais competitivo internacionalmente e que, dessa forma, esteja mais habiliatdo a trazer para o Brasil melhores resultados nas Olimpíadas. Este sistema misto de seleção (seletiva nacional e avaliação de resultados internacionais) é adotado pela CBJ desde 2006, no masculino, e desde 2007, no feminino.
"Com isso pretendemos que os atletas se preparem não só para vencer a seletiva no Brasil mas também se preocupem em estudar os adversários lá fora, ganhando assim uma etapa no processo de preparação. O sistema tem funcionado bem", afirma Ney Wilson.
Os meio-leves João Derly e Erika Miranda, já garantidos em Pequim em virtude de seus resultados nos Jogos Pan-Americanos 2007 e Campeonato Mundial 2007, voltaram ao Brasil depois de três competições. Eles serão substituídos por seus reservas, respectivamente Leandro Cunha e Andressa Fernandes.
Os nomes dos 14 titulares nos Jogos Olímpicos serão anunciados antes do embarque da equipe para treinamento no Japão, dia 21 de março.
Lutam no sábado Daniela Polzin (-48kg), Andressa Fernandes (-52kg), Danielle Zangrando (-57kg), Danielli Yuri (-63kg), Alexandre Lee (-60kg), Leandro Cunha (-66kg) e Leandro Guilheiro (-73kg). No domingo é a vez de Mayra Aguiar (-70kg), Edinanci Silva (-78kg), Priscila Marques (+78kg), Tiago Camilo (-81kg), Eduardo Santos (-90kg), Leonardo Leite (-100kg) e Walter Santos (+100kg).
FONTE: Final Sports - Porto Alegre,Brazil
http://www.finalsports.com.br/
Reforços trazem mais experiência e judô da UNISUL começa em ritmo acelerado
O judô da Unisul começa a temporada de 2008 com as melhores expectativas possíveis e com alguns reforços. Saíram dois atletas e chegaram três com a mesma disposição de lutar por títulos. A primeira oportunidade será na seletiva sub-23 que acontece no próximo dia 8 de março em Balneário Camboriú. Fabio Matana e Bruno Bastos Venâncio foram os judocas que deixaram a universidade para lutar fora do país.
Os dois judocas deixarão saudade, principalmente Fabio Matana que no ano de 2007 conquistou resultados expressivos como os títulos de campeão estadual universitário e da Copa Unisinos Mercosul e o segundo lugar no Campeonato Brasileiro Universitário. O atleta chapecoense deixou a Unisul para lutar pelo Benfica de Portugal. Já Bruno Venâncio deixa a universidade para realizar testes nos Estados Unidos.
Para o lugar de Fábio Matana a solução vem de casa. Marcelo Ferreira, que é da mesma categoria de Matana, 81 a 90 quilos - e antes lutava somente competições pela Unisul como um clube, agora disputará campeonatos universitários já que ingressou na UnisulVirtual. O fato de a Unisul ser um clube e também poder disputar competições universitárias, por ser uma universidade, facilita a contratação de novos atletas. São os casos de Ariana Albertti, Saymon Travassos e Samir Gouvêa, novos judocas da Unisul.
Ariana Albertti, peso meio médio, 57 a 63 quilos, deixou a cidade de Videira, no Meio-Oeste de Santa Catarina, e teve passagens pelas cidades de Blumenau, Criciúma e Biguaçu. Ela diz que a oportunidade de estudar e ao mesmo tempo poder lutar judô foi decisiva para escolher a Unisul. "O treinamento da Unisul é de alto nível, o que reflete nos resultados. Hoje a universidade é uma referência no esporte e a equipe é muito forte, por isso a escolhi para lutar. Claro que a oportunidade de estudar também pesou", comenta Ariana.
Ariana tem no seu currículo dois títulos de Joguinhos Abertos e o segundo lugar no Campeonato Brasileiro de 2005. É presença confirmada na seletiva sub-23. Judocas que também serão representantes da universidade na disputa por vagas para a seleção e que chegaram no início do ano são Samir Gouvêia e Saymon Travassos, de Florianopolis, o último para substituir Bruno Venâncio na categoria de 66 a 73 quilos.
Se Saymon chega para substituir uma vaga, Samir Gouvêia chega de Florianópolis para suprir uma necessidade da equipe que não possuía resultados expressivos em sua categoria, 55 a 60 quilos. Samir, que por duas vezes fora vice-campeão brasileiro, é de Fortaleza. Aos 15 anos mudou-se com a família para o interior de São Paulo e treinou em Bastos, um centro de referência em formação de atletas. Tiago Camilo, atual campeão mundial. também passou por lá. Com 17 anos, fez parte da equipe do Minas Tênis Clube e quando completou 20 anos integrou a equipe da Sogipa onde treinou com João Derly também campeão do mundo.
Julio César Araújo, coordenador e técnico da equipe de judô da Unisul, revela que com a chegada de Samir, 21 anos, o grupo fica forte em todas as categorias. "Agora com o Samir acabamos com uma carência que tínhamos já há alguns anos. Essa categoria é difícil de encontrarmos atletas de bom nível, e o Samir me agrada bastante", afirma Júlio.
Todos os novos lutadores irão para a seletiva nacional sub-23. Entre tantas caras novas, as figurinhas velhas também farão parte da numerosa delegação que viaja para Balneário Camboriú. Jorge Dewes, um desses "veteranos", mostrou preocupação com a seletiva que terá atletas de todo o país. "A seletiva será muito difícil, pois o nível está muito alto, serão muitos atletas. O meu peso é um peso que quase sempre tem mais competidor, pois é um peso mediano, ou seja, são mais lutas, o que dificulta o trabalho. Mas o treinamento está sendo bem feito e espero chegar pelo menos entre os quatro semifinalistas", anseia Jorge.
O treinador Júlio César não se cansa de citar que a competição será disputada em nível altíssimo e informa outro fato que pode dificultar ainda mais as ambições dos judocas da Unisul. "Nós temos uma equipe que é considerada jovem, de média de 20 anos de idade, para uma seletiva sub-23. Os nossos atletas, como o Caixeta, o Jorge, o Marcelo e a Ariana têm experiência nacional. Creio que temos chances, mas o nível é muito elevado e caso consigamos a vaga será com muito suor e luta".
As delegações de todo o Brasil chegam a Balneário Camboriú na sexta-feira, 7 de março, para o congresso técnico e no dia seguinte iniciam as lutas no complexo multieventos Sérgio Lorenzatto. O evento faz parte do projeto Londres 2012 da Confederação Brasileira de Judô.
Fonte: Unisul
PIERRÔ - Maria de Fatima Delfina de Moraes
PIERRÔ
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Um raio de luar reluz.
O Pierrô contemplativo,
recorda o olhar da menina,
sua doce Colombina.
Ainda lembra do baile
em que conheceu seu amor
foi com um beijo roubado
que da linda Colombina,
o coração conquistou.
A Noite - Dutra e Melo
Bruno Di Bernardo
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A Noite
Luminoso esteirão mal deixa ao longe,
De ouro e púrpura aceso, o vasto carro
Em que o Dia cercado de seus raios
Pelo éter passeia:
E a Noite melancólica e sombria,
Colhendo sobre a fronte, os soltos cachos
Dos úmidos cabelos,
Em tomo aos ombros ajeitando o manto
Lança às rédeas a mão, solta a carreira
A seus negros ginetes.
Enquanto despeitosa murcham, pendem
Nas campinas as flores,
Enquanto um suspirar surdo e longínquo
Lamenta a ausência do esplendor do dia,
Lúcidas brilham trêmulas estrelas
De faróis lhe servindo — Ai! como é triste
A solitária marcha da amargura
Que abatida percorre a linda noite!
Seus negros olhos e a carroça ebânea
Que pelos céus a tira,
As suas lonas roupas tenebrosas,
Olhos desviam que o fulgor da Aurora
Rutilante convida.
Oh! ninguém busca vê-la — Aves e plantas,
Homens, tudo a abandona! Ingratos, fogem
Como ao leito mortal do extinto amigo.
Tú és, ó Dia, o predileto encanto
Da natureza inteira;
Todos amam colher as áureas flores
Que as rodas do teu carro à terra lançam;
Para o teu rutilar voltam-me os olhos,
E ninguém busca a Noite. — O sono os prende
Enquanto vagaroso vai seu plaustro
As campinas do céu plácido arando.
Mas tu me és sempre deleitosa e cara,
Noite melancólica; a minha alma
Atrativos em ti descobre ansiosa.
Não ama o pirilampo a luz do dia,
Nem as aves da morte então soluçam!
Noite amiga dos homens! — No silêncio,
Na calma vaporosa que desdobras,
No sossego dos campos, das florestas
A vida interna saboreio ardente.
Só então vive o espírito do homem;
Tenaz rebenta o pensamento algemas;
Linguagem da ternura e sentimento
Lhe fala o coração nas doces horas;
Surge a contemplação dos seios da alma
Em cujas dobras cerra-se aos combates
Da vida labiríntica do mundo;
E fresca mão na fronte vem pousar-nos
Mansa a filosofia animadora.
Noite amiga dos homens! — Teus mistérios
Coração de quem ama não deslembra.
Podem muitos cantar-te em liras de ouro
Enlaçadas de brancas sempre-viva,
De perlas, não de lágrimas, bordada;
Sons de fogo arrancar das lisas cordas,
Confiá-los à brisa das cidades,
Sem que um riso de mofa os enregele;
Correr dedos na lira olhando uns olhos,
E ver descer um beijo, e as mãos queimar-lhes.
Mas eu na harpa de bronze dos finados,
Onde a roxa Perpétua, onde o suspiro
Abrançando a saudade entrelaçam,
Donde um véu cor da morte à terra desce,
Eu só posso cantar fúnebres cantos,
Carpidas nênias que o feliz desama,
Só, no campo, e lá quando abrindo as asas
Tu me acolhes saudosa, ó Noite, esperto
Essa lembrança que só tu conheces,
Que eu guardo, e que uma tumba nos comparte.
Noite amiga dos homens! Quando imperas,
Maior o Criador se nos antolha.
Que importa do teu Sol a pompa, ó Dia?
Essa luz triunfal de resplendores,
Esse golfo da vida pra os sentidos?
Que importa esse brilhar da atmosfera,
Esse vário matiz que adorna a terra?
Perde-se a alma encarando o firmamento,
Quando, ó Noite, o sombreias. — Vê brilhando
Milhões de estrelas, que a distância imensa
Minora a vista luminosa facha,
Que em tomo a infindos sóis, infindos mundos
Abismando a razão, lhe patenteia.
E tu, mágica chave das ciências,
Tu, vasta analogia,
Que véus não rasgas, desdobrando à vista
Mistérios que o entrever mais engrandece!
Noite, ó Noite formosa! — Eu, que amo os astros,
Eu, que neles suspeito mais que as luzes,
Não sei te abandonar, pois, refletindo,
Prezo ver nesses globos outros mundos
Mais felizes que o nosso — onde outros seres
Mal, dor, pecado e morte não conheçam;
Onde o sopro da dúvida não tolde
A argêntea luz da cândida verdade;
E onde a hipótese louca e ambiciosa
Criações moribundas não produza.
Noite amiga dos homens! — Teus altares
Não se mancham de tantos malefícios
Com que as aras do Dia se deturpam.
Unes o esposo à esposa, e aos dois a prole;
A família vê juntos os seus membros,
Irmãos, imito, em doce entretimento,
Fruem prazeres que interrompe o Dia.
Riso, amizade, e gosto sobrevoa
Nessa amena tranqüila sociedade.
A alma se acrisola e purifica
Das escórias que o Dia lhe injetara.
Noite amiga dos homens! — Grato o sono
De teu carro debruça-se na terra;
Quem fadigas e penas por minutos
Contou no dia, — quem deseja a morte,
Quem deseja acalmar o pensamento,
Pertinaz suicida, espelho ustório
Onde os raios de mim longes desgraças
Vêm franger-se e abrasar uma alma fraca;
Quem deseja num caos submergir-se,
Ver o que ama, fugir o que detesta,
Busca a sombra propícia do teu manto.
Então é que ele frui tréguas aos males;
Então é que o sossego alguns momentos
Visita o coração do desditoso;
Que essas almas que os homens não conhecem,
Lassas do mundo já na tenra idade,
Sob as asas do sono o mundo olvidam.
Noite amiga dos homens! — Pensa o vate,
Supremo fogo desce-lhe na fronte,
Quando plácida reinas. — Turbulentas,
Mil imagens descrevem-se nos ares,
Ante a vista em figuras deslumbrosas:
A lucerna do sábio, radiando,
Assiste à criação d'altos mistérios,
Lucubrações do gênio, ardente estudo,
Em que os séculos pálidos, mirrados,
Pelas mágicas fórmulas de análise,
Recompondo o esqueleto, ressuscitam.
Noite amiga dos homens! – Quando a Lua
Iluminaste a rota solitária,
Então vibras dest'alma a última corda.
Então nem mesmo tu, ó poesia,
Nem tu, divina música, soltaras
Som que os sons imitasse desse harpejo;
O céu cheio de nuvens como o oceano,
Que devora uma nau, cheia de espólios;
O mar, em que argentina se prolonga
Essa imagem da luz — e ela tão linda,
Tão sã, tão melancólica, tão pura!...
Noite, ó Noite formosa! — mesmo quando
Não tivesses tão grande majestade,
Bastara o melancólico silêncio,
O calmo rutilar de teu luzeiro,
Para minh'alma te sagrar seus hinos;
Bastara duma lágrima a lembrança,
O passado surgindo ante meus olhos,
E esse nome que então murmuram sempre
A aragem frouxa, as ondas sonolentas.
Tu, só tu, bem no âmago do peito,
Vês a serpe roer-me o engenho e a vida;
Vês gotejarem sangue ainda as fridas
De punhal traiçoeiro em mão de amigo.
Oh! vem pois com teu bálsamo saná-las;
Vem, ó Noite propícia, consolar-me,
Té que a Noite no túmulo me salve
De um mundo que me esmaga, e que eu detesto.
O Rei Estava Ensimesmado - Durvalino Filho
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O Rei Estava Ensimesmado
O rei estava ensimesmado,
De sua boca nada se ouvia
— nenhuma ordem para hoje,
nenhum enforcamento.
Não foi cobrado o dízimo da noite.
Um escândalo arrebentou na economia
e não foi liberado o pensamento
porque o rei havia-se calado
e o país inteiro adormecia.O enclausurado urrou por entre as grades.
Mil acidentes com os bóias-frias.
O bispo ficou celerado, possesso
e o diabo rezou a ordem do dia.
Na iniciativa privada
forjaram-se falências desastrosas
com a mudez do rei que só ouvia.
Mataram cães de estimação
em mansões de beira-rio.
Comunidades se desintegraram,
crianças tornaram-se desafio
e a nudez das mulheres
virou prato do dia,
Adeus, véus de Alexandria!
Não houve festas nas periferias
e as mentiras aumentaram em abril.
Até que o rei declarou
num assomo de agonia:
"Nada mudou no Brasil."
O Cortejo Nupcial - Durval de Morais
O Cortejo Nupcial
O cortejo subia lentamente...
Ela, trajando veste purpurina,
Trazia à face a púrpura do crente. Tendo a clara inocência da menina,
Que abaixa os olhos, quando o olhar pressente
De alguém que a pensa linda, o rosto inclina,
Maria, e, pousa o olhar no chão, tremente! Coroados de flores, precedidos
De cânticos, em cismas embebidos,
Atravessam desertos e devesas... Louvando o amor dos imortais amantes,
Dez virgens de alvas vestes flutuantes
Erguem, ao sol, dez lâmpadas acesas.
A Selva - Dunshee de Abranches
Dunshee de Abranches
A SelvaDe pé, no tombadilho, olhos fitos no espaço,
Colombo, palpitante, estende o forte braço,
aos capitães mostrando, ao longe, sobre a esteira
dos negros vagalhões a luz de uma fogueira...
Há três noites velava, há três noites sentia
a esperança deixar-lhe o peito, e a fantasia
fugir-lhe já também. Rugiam os porões
de fome e de cansaço... e ocas conspirações
iam lentas mudando a bruta marinhagem
o amor do comandante em amor à carnagem.
Há três luas partira a frota de Castela;
e em cada uma lufada a enfunar a vela,
em toda a aurora nova, em todo o novo ocaso,
mais a pátria fugia, e mais e mais o acaso,
impávido matava as velhas tradições,
mostrando a cada instante aos crentes corações
que o Caos inda era a luz, que o Abismo inda era o mar!
jamais se vira um monstro, um só, se levantar
por sobre os vagalhões, grandíloquo, medonho,
como a Grécia sentiu nesse homérico sonho
que os templos levantou e fez as Odisséias.
Tocador de Piana - Duarte Galvão
Tocador de Piana
são lamentos febris sem eco
na noite das casuarinas dizem ...
Ah! mas dizem tanta coisa sem sentido
Negro tocador ...
sem saída, e a idéia dos sermões
morre no próprio templo.
Geme, pois, tuas canções tristes,
apertando nos lábios a "piana"
Na noite das casuarinas
Não morrem teus lamentos,
digo-te: outro negro tocador
anônimo, de olhos vendados ou não,
tocará outras canções tristes!
Não passou - Carlos Drummond de Andrade
Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.
Hoje somos mais vivos do que nunca.
Primavera - Douglas Eden Brotto
Clever Huang
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Primavera
descansa ao malho, ao canto,
rival, da araponga!...
onde escachoam os riachos...
Ah... a primavera...
Esquartejando - Douglas Carrara
Esquartejando
esparsos
dentro do quarto amargo
de vontade
lendo
Jana Sobol rettet die Ehre der Wanzleber mit dem Bronzerang
Jana Sobol rettet die Ehre der Wanzleber mit dem Bronzerang
Von Mike Schrake
Estados Unidos: "Poesia" de Obama inspira americanos para a mudança - Manuel Alegre
mario paper martinez caballero
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Estados Unidos: "Poesia" de Obama inspira americanos para a mudança - Manuel Alegre
Coimbra, 28 Fev (Lusa) - O poeta Manuel Alegre disse hoje que "o tom poético do discurso" do pré-candidato presidencial democrata Barack Obama tem inspirado um movimento de mudança na sociedade norte-americana, dando-lhe vantagem sobre a adversária do mesmo partido Hillary Clinton.
Manuel Alegre intervinha em Coimbra, numa sessão da Comunidade de Leitores da Almedina Estádio, uma iniciativa da editora em parceria com o Centro de Literatura Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, a docente Ana Paula Arnaut e a empresa de comunicação Ideias Concertadas.
O autor de "Praça da Canção" respondia a uma pergunta do historiador Luís Reis Torgal sobre "o papel da poesia na sociedade em que vivemos", em especial na sua relação com a política.
"Há ali um discurso de mudança", afirmou, realçando a importância para o futuro da América da disputa em curso entre Hillary e Obama.
Na sua opinião, "pode-se preparar um discurso político como quem faz um poema".
Elogiando a capacidade de Barach Obama se dirigir aos americanos num "tom poético", Alegre observou que o candidato negro do Partido Democrata está "a criar uma onda de mudança".
"O discurso novo que ele trouxe tem algo a ver com a poesia", acrescentou.
Para Manuel Alegre, os dois pré-candidatos democratas "estão a dar à Europa uma extraordinária lição de democracia", através dos discursos, mas também por se tratar de um negro e uma mulher na pugna pela presidência da pátria de Lincoln.
"Muita gente votou também em mim por eu ser um poeta, expressando uma necessidade de poesia, esperança e sonho na política", comparou o ex-candidato à Presidência da República de Portugal.
Questionado pela agência Lusa, Manuel Alegre, para quem a poesia corresponde a uma "um jogo encantatório" com as palavras, confessou que não gosta de ouvir os seus poemas declamados por outras pessoas.
"O actor quebra, teatraliza. Não gosto de ouvir a minha poesia dita por actores", sublinhou.
Para o poeta, natural de Águeda e ligado afectivamente a Coimbra, vice-presidente da Assembleia da República, "todos os poetas gostam de ler a sua poesia".
O professor universitário Abílio Hernandez, amigo de Alegre e antigo presidente da Coimbra 2003 - Capital Nacional da Cultura, salientou que Ulisses, herói grego da "Odisseia", é "uma figura que tem a ver" com a sua poesia.
"Tal com o poeta procura o verso que nunca há-de encontrar, também Ulisses regressa a Ítaca como mendigo", confirmou o autor de "Um Barco para Ítaca".
Brazil, Uruguay face Olympic ban in judo after threat from officials
Published: February 26, 2008
In a letter to the International Judo Federation, the Pan-American Judo Union, or UPJ, accused the Brazilian and Uruguayan federations of a plot to remove the union heads from their posts before their terms end.
The governing body of judo in the Americas said the federations scheduled a meeting in Brazil for Thursday and Friday "with the purpose and objective to (create) an illegal 'Assembly of the UPJ,'" and depose its "democratically elected members."
It said that only "some people" were invited to the meeting and warned that the federations' actions could be penalized with "loss of affiliation," which would prohibit the nations from participating in the Beijing Games.
The Pan-American union said it sent Brazil and Uruguay a copy of the letter to the IJF as a warning. It was made available to The Associated Press on Tuesday.
The Pan-American union said "a 'coup d'etat' would (cause) damage to the world of judo, (and) the International Olympic Committee would be first in finding out and verifying that judo has lost the ethics and the respect ..."
The head of Brazil's Olympic Committee on Tuesday dismissed the possibility the nation's judo team will be banned from Beijing.
"I don't think this hypothesis exists," Carlos Arthur Nuzman told the Folha de S. Paulo newspaper, Brazil's largest. "The athletes' (right to compete) should never be hindered because of politics."
Brazil has won 12 Olympic medals, including two gold and two silver.
Concurso alia fotografia e poesia ambiental
Des Cousins sur le tatami jonquiérois
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