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SURREALISMO: POESIA E REBELIÃO
Curso e oficina com Claudio Willer
Museu da Língua Portuguesa
O Museu da Língua Portuguesa – Praça da Luz, s/n, São Paulo, www.estacaodaluz.org.br – abre o mês de março com uma série de cursos gratuitos voltados para jovens e adultos. Ocorrerão no próprio Museu e os interessados podem se inscrever pelo telefone (11) 3227 -0402. As vagas são limitadas.
Surrealismo: Poesia e Rebelião, coordenado pelo poeta, ensaísta e tradutor Cláudio Willer, será às terças-feiras, entre os dias 04 de março e 20 de maio, das 14 às 17 horas, em doze sessões, divididas em dois módulos ou etapas que totalizarão 36 horas de carga horária. O público-alvo é de escritores, estudantes de Letras, e interessados no assunto em geral.
O primeiro módulo, com sete sessões, de 04 de março até 15 de abril, será expositivo, cobrindo todos os tópicos do programa a seguir. O segundo módulo, com cinco sessões, de 29 de abril a 27 de maio, corresponderá a um aprofundamento: terá formato de oficina e seminário; os participantes poderão pesquisar surrealismo, especialmente autores de língua portuguesa; e, aqueles que escrevem, fazer práticas de criação surrealista.
A finalidade de Surrealismo: Poesia e Rebelião é estimular a capacidade de criação e leitura dos participantes, além de ampliar a sensibilidade e conhecimento literário. Mostrará poesia surrealista, e também seus fundamentos: a poética e visão de mundo adotada por André Breton e demais participantes desse movimento. Examinará autores diretamente vinculados ao surrealismo, e outros com afinidade com esse movimento e sua imagética. Dará especial atenção ao surrealismo em língua portuguesa, de autores de Portugal e brasileiros, inclusive contemporâneos. Discutirá sua atualidade. Mostrará como a visão surrealista pode se projetar na relação com uma metrópole como São Paulo.
PROGRAMA
1. Antecedentes históricos: a rebelião romântica; temas românticos nos manifestos surrealistas de Breton;
2. A imagem surrealista e seus precursores; Baudelaire, Rimbaud e Lautréamont; o pensamento analógico;
3. Escrita automática: a transformação de categorias da psicanálise em poética; a relação surrealismo-psicanálise: controvérsias relativas ao inconsciente na criação; inspiração e escrita espontânea no surrealismo e em outros autores;
4. Surrealismo, ocultismo, hermetismo: o maravilhoso; o “acaso objetivo”; cidades como espaço mágico;
5. Surrealismo em outras literaturas, além da língua francesa: América Latina e literaturas de língua espanhola; o surrealismo português, de Mário Cesariny até hoje; surrealismo no Brasil, de Murilo Mendes e Jorge de Lima até Roberto Piva e autores mais recentes;
6. A ruptura dos gêneros e o diálogo entre modos de criação; poesia em prosa e prosa poética; a contribuição surrealista às demais modalidades: artes visuais, inclusive fotografia e colagem; cinema;
7. As relações entre poesia e política e entre arte e vida; leitura, literatura e surrealismo. Como seria uma crítica literária a partir do surrealismo? Alcance e importância do surrealismo, hoje.
Claudio Willer é poeta, ensaísta e tradutor. Nasceu em São Paulo, em 1940. Publicações mais recentes, Estranhas Experiências, poesia (Lamparina, 2004); Volta, narrativa em prosa (Iluminuras, terceira edição em 2004); preparou Lautréamont - Obra Completa - Os Cantos de Maldoror, Poesias e Cartas (Iluminuras, nova edição em 2005) e Uivo, Kaddish e outros poemas de Allen Ginsberg (L&PM, nova edição de bolso de 2005). Acaba de ter lançado Poemas para leer en voz alta, editorial Andrómeda, San Jose, Costa Rica (tradução de Eva Schnell, posfácio de Floriano Martins). É autor de outros livros de poesia e da coletânea Escritos de Antonin Artaud, esgotados. Consta em antologias e coletâneas, brasileiras e de outros países. Seus vínculos são com a criação literária mais rebelde e transgressiva, como aquela ligada ao surrealismo e à geração beat. Ocupou cargos públicos em administração cultural. Presidiu por vários mandatos a UBE, União Brasileira de Escritores. Deu inúmeras palestras, cursos e oficinas literárias.
Co-edita, com Floriano Martins, Agulha:
http://www.revista;agulha.nom.br/.
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