quarta-feira, outubro 18, 2006


Calendário
Que de tão lento
Reges em alto-mar
Frotas grandiosas
Moldadas à vitória
Que de tão bárbaro
Fez-se ausente
E num só clássico
Tornou-se producente
Que de tão bizarro
À biblioteca levou-me
Zombando embaraçado
Alimento de procissões
Que de tão profundo
Destacou-se num verso
Abraçou o poema todo
Estancou estrofe em rebento
Que de tão governados
Muito e variado ditoso
Germina intensidade
Altiva e presunçosa
Que de tão lento
Que de tão bárbaro
Que de tão bizarrro
Que de tão profundo
Que de tão embaraçoso
Alojado em meu peito
Sentir tão desvendado
Num despir da própria Lua...
Luiza de Marillac Bessa Luna Michel

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