quarta-feira, março 18, 2009

HQs voltam à moda com adaptações cinematográficas


Terça, 17 de março de 2009, 09h26
Atualizada às 12h43

HQs voltam à moda com adaptações cinematográficas
Claudio R. S. Pucci

Em meados dos anos 80, os amantes de quadrinhos saíram do armário, já que finalmente suas paixões se tornaram moda. Foi a época do descobrimento dos grandes nomes do quadrinho inglês como Alan Moore e Neil Gaiman, da ascensão de Frank Miller, John Byrne e George Perez e do lançamento de Watchmen, O Cavaleiro das Trevas, Crise nas Infinitas Terras, entre outras obras. Agora, mais de 20 anos depois, vemos uma retomada com as muitas adaptações cinematográficas sérias e condizentes com as obras originais e um crescente interesse do público geral nessa forma de arte.
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Em termos editoriais brasileiros, editoras como Panini e Conrad não fazem feio com seus lançamentos, seja na escolha de títulos, como na apresentação do material. Só neste mês de março, a Panini, subsidiária de um grupo editorial italiano, lançou em livrarias e bancas as edições de luxo de A Piada Mortal, obra maravilhosa de Moore e Brian Bolland, Watchmen - edição definitiva, vindo na carona do filme e obrigatória para iniciados ou não na arte, além de mais um volume da Biblioteca Histórica Marvel, com republicação das primeiras aventuras dos heróis Marvel, desta vez, focando no Demolidor (que usava então um ridículo uniforme amarelo).
A brasileira Conrad, que foi incorporada pela IBEP-Companhia Editora Nacional, traz Verão Índio, dos sensacionais italianos Hugo Pratt e Milo Manara, este último um dos reis dos quadrinhos adultos no mundo. Até mesmo a LP&M, uma das editoras que mais publicou HQs nos anos 80, volta com Valsa para Bashir, cuja adaptação em desenho animado ganhou o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro este ano.
Já na terra do Tio Sam, o sucesso das editoras está tão grande, que o tradicional jornal e formador de opinião New York Times resolveu lançar esta semana em seu site a lista das Graphic Books Best Seller, ou seja, as obras mais vendidas em narrativas gráficas ou graphic novels (termo cunhado pelo Deus dos quadrinhos, Will Eisner). Dividida em três categorias: hardcover (capa dura), softcover (capa cartão) e mangá, a lista será atualizada semanalmente. Nas hardcovers, o primeiríssimo lugar está com Starman Omnibus vol. 2, um catatau de 448 páginas com as aventuras de Jack Knight, filho do Starman original da DC Comics, herói famoso lá nos anos 40. Watchmen está em terceiro lugar e a morte de Batman (sim, o morcegão supostamente faleceu nas HQs) em quarto. Entre os softcores, Watchmen reina tranqüilo. Já os diversos volumes de Naruto, sobre o menino que quer se tornar o maior ninja místico de todos os tempos, ocupa quase todas as posições no Top Ten de mangás.
E a coisa não para por aí. Ainda este ano, veremos nas telas de cinema a adaptação da obra clássica do Deus dos quadrinhos, Will Eisner, The Spirit, dirigido pelo roteirista e desenhista de HQs Frank Miller, com um elenco estelar (Jaime King, Eva Mendes, Samuel L. Jackson, Scarlett Johansson, Paz Vega e Gabriel Macht no papel-título).
Dos quadrinhos japoneses, surgirá Dragonball Z, cujo roteiro assustou o autor do original que declarou, simpaticamente, que é para ser considerado um universo alternativo de seu personagem. O que todos querem ver mesmo é a aventura solo do X-Man mais querido de todos, Wolverine.
O filme, que estréia em 30 de abril no Brasil, é estrelado pelo sempre correto Hugh Jackman e aparentemente é baseado em duas HQs de sucesso: Origens, que mostra a infância e a descoberta de seus poderes e Arma X, com a explicação do esqueleto de adamantiun em seu corpo e porque o herói desconhece seu passado. Para quem gosta dos gibis, o filme promete um desfile de personagens mutantes na tela, como Gambit, Dente-de-Sabre, Deadpool e a sensualíssima, ora vilã, ora heroína, Emma Frost.
Já foram confirmadas as produções de Thor (dirigido por Kenneth Brannagh), Lanterna Verde, Alvo Humano, Fathon (provavelmente com a estonteante Megan Fox), Esquadrão Suicida (com um bando de vilões agindo em nome do governo americano), e ainda a continuação de Homem de Ferro e Homem-Aranha.
Se a idéia pegar no Brasil, bem que poderíamos ver as aventuras da Mônica e o Cebolinha adolescentes, um dos campeões de venda nas bancas em 2008, no cinema também? Se tudo o que Maurício de Souza toca vira ouro, bem que ele poderia vir com essa proposta, não é?
Especial para Terra


FONTE (imagem incluída): Terra Brasil - São Paulo,SP,Brazil

Imagem do HQ 'A Piada Mortal'

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