domingo, maio 18, 2008

Érika Miranda


Érika Miranda
"Achava que seria sempre uma negação. Apanhava muito. E pensava: 'caramba, como eu apanho'. Apanhei tanto que fiquei forte".

Expoente da novíssima geração do judô brasileiro, Érika Miranda, 21 anos quando estrear nos tatames olímpicos de Pequim, nem mesmo gostava da modalidade quando começou a lutar. Pequena, achava que nunca chegaria a lugar nenhum no esporte. Estava enganada: no ano passado, foi medalhista no Pan-Americano e quinta colocada do Mundial do Rio, garantindo a primeira vaga do judô feminino brasileiro nos Jogos de Pequim.
"No começo, achava o judô muito chato. Eu fazia aula duas vezes por semana e tinha vezes que eu faltava nas duas. Mas, como meus irmãos faziam, comecei a gostar", relembra a judoca brasiliense.
Em 2007, foram dois títulos de Copa do Mundo, um deles com vitória sobre a então vice-campeã mundial e olímpica, a francesa Frédérique Jossinet, e a medalha de prata mais polêmica do Pan (na final, contra a cubana Sheila Espinosa, perdeu no Golden Score e a torcida reclamou tanto do resultado que causou uma briga entre dirigentes cubanos e brasileiros).
Currículo invejável para quem só passou a ver um futuro no judô em 2003, quando foi campeã brasileira pela primeira vez, na categoria juvenil. "Fui convidada para fazer a seletiva da equipe sênior. Nem esperava passar. Fiquei surpresa. Eu estava na seleção júnior e na seleção sênior", conta.
Assim como Luciano Corrêa, campeão mundial dos meio-pesados, e Ketleyn Quadros, representante na categoria leve, a judoca veio de Brasília, mas chegou à elite da modalidade em Minas Gerais. A mudança, porém, não foi fácil. A saudade em Belo Horizonte só foi amenizada quando seu irmão chegou também ao time do Minas Tênis. "Meu irmão veio para cá, para treinar. Ele sempre foi louco e apaixonado por judô. Eu é que era muito preguiçosa. Até pegar e treinar todos os dias, eu demorei", diz.

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