domingo, maio 18, 2008

Claudio Manuel da Costa

Claudio Manuel da Costa

Cláudio Manuel da Costa, nasceu na vila do Carmo, hoje cidade de Mariana, em 1729, oriundo de uma honrada família de paulistas, que havia deixado os campos de Piratininga para tentar a mineração nas distantes regiões de Minas Gerais.
Cláudio Manuel da Costa foi ainda pequeno para o Rio de Janeiro afim de estudar na escola Jesuíta; aprendeu Latim, Retórica, Filosofia, rudimentos de Matemática e todos os mais preparatórios que ensinavam os padre. Aos 17 anos, partiu para Portugal a fim de se formar-se na Universidade de Coimbra. Cláudio Manuel adquiriu desde logo boa reputação entre os seus colegas e era estimado por seus mestre. Dava-se à inspiração poética e seus versos eram admirados pelos condiscípulos e superiores.
Obtido o diploma de bacharel, formado em Leis, publicou em Coimbra, no ano de 1751, uma relação de poesias de que apenas é conhecido o “Epicédio consagrado à memória de Frei Gaspar da Encarnação.”
Seguido logo depois para a Itália e percorreu-a quase toda estudando a literatura italiana, da qual entusiasta. Entrou para a Academia dos Árcades de Roma, travou relações com poetas e escritores da época e aperfeiçoou-se, de tal no idioma italiano que escreveu cantatas e sonetos que mereceram grandes elogios dos literato.
Voltando ao Brasil, dedicou-se á advocacia e foi nomeado secretário do governador de Minas Gerais, pelo conde de Barbadela, 1762, desempenhando as funções até 1765. Quatro anos mais tarde, era nomeado juiz de demarcações de sesmarias de Vila Rica. Um ano antes, havia publicado a melhor parte de sua produção poética, nas “Obras (Coimbra, 1768). Nessa época, com o apoio do conde de Valadares, criou uma academia literária, baseada na Arcádia Romana, a que deu nome de Colônia Ultramarina.
Em 1773, adotou o nome árcade de Glauceste Satúrnio. Deixou o cargo de juiz e concluiu o poema “Vila Rica” (só publicado em O Patriota-Rio , 1813 e, numa segundo edição completa, em Ouro Preto, em 1839).
Foi Cláudio o primeiro a escrever sobre a ciência de economia política que representara à Europa o célebre escocês Adam Smith. Comentou Cláudio o tratado da origem das Riquezas das Nação, publicado em Edimburgo e escreveu além disso outras tantas obras que mereceram elogios criticas de toda parte.
Formando-se a conspiração, mineira, da qual fazia parte pessoas de destaque da sociedade, Cláudio Manuel da Costa foi convidado e aderiu aos intelectuais e amigos, Tomas Antônio Gonzaga, Inácio de Alencar Peixoto, José Alves Maciel e muitos outros. Denunciada a conspiração todos foram presos, mesmo menos Tiradentes que foi enforcado por ordem de D. Maria I.. Achava-se Cláudio Manoel da Costa muito doente, atacado de reumatismo, no momento em que os soldados o arrancaram do leito e levantaram para a cadeia de Vila Rica.
Cláudio Manoel de Costa, com sessenta anos, lançado a uma prisão imunda junto com assassinos, saltiadodores e renegados de Deus e sentiu que não poderia suportar o peso das algemas. Diante disso, ele, conhecedor da legislação de seu país, não se conformou e mesmo na prisão suicidou-se, sendo seu corpo encontrado pendente de uma trave da Casa dos Contos em Ouro Preto.
Cláudio Manuel da Costa escreveu numerosas obras e dentre elas estão: “Munúsculo Métrico”, romance heróico; “Labirinto de Amor”, poema; “Obras”, compreendendo romances, sonetos, epicédios, epístolas etc; “Vila Rica”, poema oferecido ao conde Bobadela; “Memória histórica Geográfica da Descoberta de Minas”; “Saudação à Arcádia Ultramarina” etc. Patrono da cadeia Nº 2 da Academia Brasileira de Letras, criada por Alberto de Oliveira, Cláudio Manuel da Costa é um dos poetas mais ilustres que produziu o solo americano.

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