quarta-feira, maio 21, 2008

Artista plástico angolano “Etona” pede cultivo contínuo da tolerância

Artista plástico angolano “Etona” pede cultivo contínuo da tolerância
O artista plástico Tomás Ana “Etona” afirmou, em Benguela, que a corrente do etonismo é centrada numa filosofia de apelo a sociedade angolana, para o cultivo da tolerância e consequentemente o desenvolvimento contínuo e harmonioso do país.
Tomás Ana que intervinha na palestra sobre o tema “ Etonismo uma proposta filosófica para Angola pós-guerra”, referiu que a tolerância permite a troca de ideias e contribui para se dar soluções aos problemas nacionais.
No mundo, acrescentou Etona, existem imensos problemas que contribuem para várias nações não se desenvolverem, como o racismo, a discriminação e o tribalismo, “aspectos que esta corrente filosófica e artística pretende abordar”.
Por sua vez, o crítico de arte, Patrício Batsikama, salientou ser necessário o estudo e desenvolvimento de novas ideias ou propostas filosóficas que ajudem a encarar a realidade de outra forma.
“A finalidade do Etonismo é diversa. Ela vai desde a promoção de debates em torno da discriminação, racismo e tribalismo, assim como, do ponto de vista prático criar uma estrutura física para ajudar os mais carentes a saírem dessas dificuldades”, asseverou.
O professor Isaac Gabriel, que igualmente abordou o tema, esclareceu que nenhum povo existe fora dos seus hábitos e costumes, logo devemos dar valor aos conhecimentos dos ancestrais para solidificar os pensamentos actuais.
Ao se referir ao tribalismo e ao racismo, Isaac Gabriel disse ser um falso problema porque pressupõe a sobreposição de raças e tribos, isso deriva do colonialismo e de algumas pessoas dispostas a perpetuar o inexistente.
A par da dissertação sobre o Etonismo, a equipa do Instituto Etona fez o lançamento do livro de 20 páginas com o título da palestra “ Etonismo uma proposta filosófica para Angola pós-guerra”.
Para o reitor do Seminário Maior de Benguela, padre José Santos, é importante aproveitar continuamente os valores culturais do povo e colocá-los ao serviço da sociedade.
Segundo o reitor, estes valores ou conhecimentos permitem também ver como os artistas plásticos, como “Etona”, podem ajudar a abraçar a cultura das ideias.
“Isto é salutar pois saberemos de onde viemos e para onde vamos, uma vez que neste momento lutamos contra a crise de valores perdidos com a guerra, para o resgate da tolerância, assim como na partilha de ideias e busca constante da nossa identidade”, salientou.
Por sua vez, o responsável do Núcleo de Estudo sobre o Etonismo (NESE), Alcobias Félix, disse que a corrente filosófica do Etonismo ajuda a formular novas ideias através do debate, o qual permite pensar cada vez mais em prol do desenvolvimento da República de Angola.
Ontem a referida equipa, composta pelo artista plástico Etona, Patrício Batsikama e o professor Isaac Gabriel, partiu para a província do Huambo, onde ministrou uma palestra com o mesmo título na Faculdade de Direito e Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED).
FONTE: Jornal de Angola - Luanda,Luanda,Angola
http://www.jornaldeangola.com/

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