segunda-feira, março 31, 2008

Panathletismo em super atividade


31/03/2008
Panathletismo em super atividade

alemdosfatos@gazetaesportiva.com.br
La Malpensa (Itália) - A minha coluna desta semana está sendo escrita na Europa, melhor explicado, em La Malpensa, Itália, onde estou para uma reunião do Conselho Central do Panathlon Internacional.
Para os leitores que ainda não sabem o que é o Panathlon, eu informo que se trata de um movimento que congrega mais de 400 clubes de 32 países diferentes da Europa, Ásia e América. O objetivo desta entidade é unir pela amizade os esportistas de todo o mundo, difundir o esporte como objeto de cultura e ainda lutar pela ética em toda a atividade esportiva.
O Panathlon é oficialmente reconhecido pelo Comitê Olímpico Mundial e realiza congressos bienais com temas de importância universal. Somos atualmente Membro de Honra desta entidade e já ocupamos anteriormente a primeira vice-presidência internacional.
Eu acredito que é na esfera da ética que está localizada a sua principal ação na atualidade. A defesa do fair play, a luta contra a corrupção e o doping e a contribuição do esporte para a inclusão social é a sua principal missão nos dias presentes.
O movimento panathlético desenvolveu-se muito no Brasil. Entre os clubes mais destacados estão os de São Paulo, Sorocaba, Jundiaí, Mococa, São José dos Campos, Taubaté, recife, Juiz de Fora e Ribeirão Preto, ente outros.
O clube de São Paulo é o pioneiro e, quando completa 34 anos de existência, está entrando em uma fase extraordinariamente prodigiosa. Em seu calendário oficial, ele desenvolve uma série de ações que visam resgatar nossa memória esportiva. Ele elege, desde 1984, o “Destaque Esportivo do Ano” (em 2007 foi o mesatenista Hugo Hoyama), comemora o Dia Olímpico (23 de junho), outorga o Troféu Fair Play de Futebol Profissional, em parceria com a Federação Paulista de Futebol (prêmio que corresponde ao Campeão Paulista da Disciplina). Confere ainda idêntico prêmio à modalidade de Handebol e promove congressos nacionais e internacionais sobre o desenvolvimento do esporte.
Esta atividade, já intensa, ampliou-se muito mais na última reunião do Conselho Diretivo do panathlon Club São Paulo, com a programação de mais uma série de ações previstas para começar em abril, com muitas novidades para o esporte paulista.
O clube está começando a entregar os convites para os atletas homenageados no projeto “Bosque da Fama”. Trata-se de uma iniciativa que consiste no plantio de uma árvore florestal no Centro Olímpico do Ibirapuera por cada um dos grandes nomes do esporte paulista. A primeira relação apresenta nomes como Pelé, Maria Esther Bueno, Éder Jofre, Aurélio Miguel e outros 20 medalhistas olímpicos ou campeões mundiais. A solenidade está prevista para a última semana de maio e será repetida todos os anos futuros no mês de junho, até que a lista de todos os atletas com mérito para figurar no Bosque seja esgotada.
Entre outros projetos aprovados está o de se realizar uma série de conferências, cursos ou seminários com temas voltados para a ética do esporte nas Faculdades de Educação Física do Estado de São Paulo. Um levantamento preliminar mostrou que somente na capital paulista existem 24 escolas superiores desta matéria e 243 em todo o Estado. O professor de Educação Física é formador de opiniões e um veículo de extraordinário valor quando o objetivo é mostrar o esporte do ponto de vista moral e histórico. Não faltarão expositores dentro do seleto corpo de associados do Panathlon.
O panathletismo estará ainda apoiando outras atividades, nascidas de idéias levantadas nos convívios do clube. Trata-se do bom aproveitamento do Estádio Universitário no Bairro da Coroa, atualmente ocioso, e de um programa visando o apoio à infância no esporte, atualmente vítima do profissionalismo precoce.
O Panathlon de São Paulo vai assumir um posicionamento contra medidas de entidades públicas ou privadas não condizentes com a ética ou interesse do desenvolvimento do esporte. Tomará posição contra órgãos públicos que, desnecessariamente, cobram de usuários esportistas ou clubes taxas para a ocupação de próprios públicos, ou mau uso de dotações voltadas para o esporte. O abandono ou ociosidade de praças de esportes oficiais também são motivos de preocupação do Panathlon, conhecido como “a expressão da consciência ética do esporte”.
Outra ação planejada é a realização, nos convívios de abril, maio e junho próximos, será a de uma avaliação por parte dos panathletas com experiência olímpica das perspectivas dos Jogos de Pequim.
Pelo que se vê esta entidade não para de agir com grande dinamismo. Infelizmente, por ela concentrar toda sua atividade na área conceitual, não consegue a exposição que merece na mídia, onde matérias do dia a dia, mais próximas dos fatos e dos escândalos, são divulgadas com preferência pelos veículos impressos e eletrônicos.

FONTE (image include): Gazeta Esportiva - São Paulo,SP,Brazil

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