quarta-feira, março 19, 2008

Judô: novatos prontos para a história


14/03/2008 - 17h45m
Judô: novatos prontos para a história
Apesar de bicampeão mundial, João Derly vai para os seus primeiros Jogos Olímpicos

Alexandre Lobo
GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro
Segundo colocado na classificação geral do Mundial do Rio de Janeiro, o judô brasileiro é encarado atualmente como uma das grandes forças do mundo, junto com França, Rússia e Japão. Apesar disso, dos 14 titulares da equipe, apenas cinco já disputaram uma Olimpíada: Denílson Lourenço, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo, Priscila Marques e Edinanci Silva, que vai para a sua quarta participação. Destes, Tiago Camilo conquistou a medalha de prata em Sydney e Leandro Guilheiro levou o bronze em Atenas. A pouca experiência na competição esportiva mais importante do mundo não deve ser problema para o judô brasileiro.

- O atleta sabe que uma Olimpíada não é igual a um Mundial. A pressão é muito grande e, talvez por isso, ele vai ficar ainda mais focado. Nesse aspecto, acho que vai ser muito bom para a gente - lembra o técnico da seleção masculina, Luiz Shinohara, durante a apresentação dos titulares, nesta sexta-feira.

Bicampeão mundial, João Derly é um dos novatos nos Jogos. Considerado um dos favoritos à medalha de ouro, João lembra que esse favoritismo também é bom, "afinal, dá mais confiança olhar para a tabela e ver que a gente já venceu todo mundo". - Tenho certeza que não vou tremer na base. Chegar a uma Olimpíada com essa bagagem me permite sonhar com uma medalha - explica João, que caso chegue ao ouro em Pequim se tornará o judoca mais vitorioso da história do esporte no Brasil.

Campeão mundial e apontado o melhor da competição em 2007, Tiago Camilo chega a Pequim também como o cara a ser batido no meio-médio. O judoca garante que esse favoritismo só o motiva ainda mais para chegar a sua segunda medalha em Olimpíadas. Oito anos após Sydney, Tiago está mais maduro e diz ter aprendido com as derrotas que o atrapalharam nesse período.

- Em 2000, eu tinha apenas 18 anos e não tinha noção da importância de uma Olimpíada na carreira de um atleta. Aprender com as derrotas é doloroso, mas ao mesmo tempo grandioso. Quero levar um Tiago melhor do que em 2007 - diz ele, explicando que, para isso, precisa alcançar a maturidade técnica, física e psicológica.

E como fazer isso dentro de uma Vila Olímpica? A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) tem planos para blindar os atletas enquanto não entrarem no tatame.

- A Vila não é um bom lugar para quem quer ser campeão olímpico. Tem muito entretenimento, muita badalação. O negócio é se fechar. Nesse momento tem que ser muito egoísta, deixar o Brasil para trás, para depois então relaxar - indica Tiago Camilo.

FONTE (photo include): Globo - Brazil

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