quarta-feira, março 26, 2008

Geraldo Brandão de Oliveira - Presidente da Federação Mineira de Judô - FMJ (reedição)

Presidente da Federação Mineira de Judô - FMJ

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Depois de sofrer quase vinte anos de sucessivos "equívocos administrativos" cometidos durante a chamada "Era Mamede", é público e notório que a nova diretoria comandada pelo senhor recolocou o Judô Mineiro no mapa do Judô Nacional. Quais foram as maiores dificuldades enfrentadas no início?

Foram várias. Reconquistar a credibilidade da Federação Mineira de Judô. Resgatar vários atletas, professores e árbitros que se encontravam afastados. Conseguir verbas para administrar uma federação praticamente falida com apenas 9 clubes. Conseguir montar uma Diretoria disposta a trabalhar em prol do judô. Recuperar no campo técnico o prestígio a nível nacional que Minas Gerais sempre
teve. Mudar um estatuto altamente imoral que beneficiava um grupo. Abaixar a tabela de custa, colocando dentro da realidade dos filiados. Tentar resgatar perante as Ligas aqueles que de fato fizeram parte da Federação Mineira de Judô e que afastaram em decorrência da insatisfação.

Que apoios e que resistências o senhor encontrou?

Pessoas do mundo judoísta que se prontificaram em trabalhar em prol do judô mineiro as vezes prejudicando até os seus afazeres profissionais. O apoio da imprensa foi primordial nessa mudança. O apoio dos clubes: Judô São Geraldo, Minas Tênis Clube, Associação Esportiva e Recreativa Usipa, Praia Clube Sociedade Civil,Sanji Judô Clube, Othon de Souza Rego, Alfa, Clube Recreativo Mineiro, Judô clube Laranjeiras, Clube de Judô Vencedor,A ssociação Esportiva Ramos de Oliveira e Judô Águia Branca que acreditaram no nosso trabalho. Após o nosso reconhecimento legal, tivemos todo o apoio do Professor Paulo Wanderley Teixeira, Presidente da Confederação Brasileira de Judô. Com relação as resistências, cito vários professores que estão afastados da Entidade e que infelizmente ainda acreditam em pessoas que nós provamos que a entidade não era bem administrada. Poderiam estar conosco se procurassem ter opiniões próprias. Temos ainda o nome da Federação Mineira de Judô com protesto em cartório na cidade de Contagem/MG. Tudo isso está sendo levantado. O nosso Departamento Jurídico é composto pelos advogados: Hitler Fouad Curi, Nédio Gonçalves Pereira, Nédio Henrique Mendes da Silva Pereira, Wagner de Oliveira Cavalieri, Jairo Negreiros Guedes, Marcos Gontijo, Jesus de Souza Marinho e Marco Antônio Abreu Chedid. Foi comprovado pela imprensa vários documentos da Entidade de posse da antiga Diretoria em porta malas de veículos e que trouxe para nós transtornos sob o aspecto administrativo. No campo comercial ainda temos resistências quando temos de efetuar alguma compra. As barreiras estão sendo quebradas pelo nosso trabalho, competência e transparência.

Sobre a estrutura administrativa da FMJ, o que foi mantido e o que mudou (novas diretorias, departamentos, etc.)?

Foi mudado tudo. Elaboramos um novo estatuto, talvez o mais moderno do Brasil em circunstâncias das modificações da Lei Pelé coincidir com a mudança estatutária. Informatizamos a FMJ. Iniciamos novo cadastramento de atletas, apesar de estar faltando inúmeras fichas.Temos na Vice Presidência o Dr. Nilson Moura de Oliveira (Diretor de Esportes da Usipa,que vem somando de uma forma brilhante tendo o deu Departamento de judô mostrado um trabalho digno a nível nacional que está sendo o nosso cartão de apresentação nos eventos a nível nacional, juntamente com os atletas do Praia Clube Sociedade Civil (Uberlândia). Montamos uma Diretoria Técnica com os professores Edmilson Leite Guimarãe s (Diretor Técnico), Marcos Jerry Gonçalves Pereira (Assessor Técnico), Raimundo de Assis Pereira (Diretor de Arbitragem), Renato Afonso Amorim Antunes (Diretor de Oficiais Técnicos), Gleyson Ribeiro Alves (membro da Banca Examinadora), Antônio Carlos Costa(membro da Banca Examinadora. Montamos um novo quadro de árbitros, após o Curso de Arbitragem ministrado pelo prof. Maranhão ( Diretor de Arbitragem da Confederação Brasileira de Judô. Todos os árbitros e oficiais técnicos recebem para trabalhar nos nossos eventos. Temos um conselho fiscal "atuante", composto por: Wilson Novaes Filho (Presidente do Conselho Fiscal), Wander Batista de Almeida, Paulo Márcio Guedes, Jackson Rafael Campomizzi e Antônio Maurício de Andrade Albuquerque. O Diretor Tesoureiro que assina os cheques da Entidade com o Presidente, Cel. PMMG Wallace Suares, judoca da década de 70, faixa preta e o 2o. Tesoureiro José Ely Rasuck. Os secretários: O fisioterapeuta Flavio Rodrigues da Silva e Gal. Armando Felipe Cravo, O nosso Diretor Médico Dr, Manoel Maurício Gonçalves e o nosso Diretor de Relações Públicas o Sr. Antônio Alves da Silva. Essa é a Diretoria que trabalha unida.

Sobre as ligas, sabemos que em Minas Gerais existem várias. Sabemos, também, que muitos professores, atletas, clubes e academias filiaram-se às ligas para "fugir" dos desmandos praticados pela administração anterior. Hoje, como é a relação de convivência da FMJ com elas?

Fizemos várias reuniões com as Ligas: Mineira, Sul Mineira e Triangulina. Convidamos à participarem dos nossos eventos. Enviamos uma cópia do novo estatuto para todos eles e obtivemos as seguintes resposta: a Liga Mineira não se manifestou favorável o retorno à Federação Mineira de judô. Respeitamos o ponto de vista que é um direito de todos. A Liga Sul Mineira após a realização da COPA DOS CAMPEÕES DO JIMI, evento realizado no Ginásio do Minas Tênis Clube em novembro passado, informou que estarão reintegrando ao órgão oficial do judô do estado de Minas Gerais que é a Federação Mineira de Judô. A Liga Triangulina nós estamos aguardando o parecer final.

Não é de hoje que os esportes ditos "amadores" têm toda a sorte de dificuldades no tangente à captação de recursos. Apesar disso, vocês conseguiram montar uma "mega-estrutura" na realização do Troféu Brasil Interclubes. Qual é o segredo?

Não existe segredo. Existe união, trabalho, competência onde com a credibilidade do Prof. Paulo Wanderley Teixeira, Presidente da Confederação Brasileira de Judô que é o Promotor do Evento, com a Federação Mineira de Judô, com o Minas Tênis Clube, a empresa WH - Marketing Esportivo, tendo a frente a competência do Mauricio Carlos dos Santos, que são os realizadores do evento,
estamos caminhando em passos rápidos na melhor estruturação do judô mineiro. Temos muito ainda que aprender. Fui à Copa Rio de Janeiro Internacional para aprender com o Ney Wilson como organizar um grande evento. Meus parabéns. Vamos tentar fazer igual ou melhor. Esse é o meu lema!

O que a realização do Troféu Brasil Interclubes representa para a sua administração e para o Judô Mineiro?

Representa tudo. Um trabalho que iniciou totalmente desacreditado. Não tínhamos praticamente nada para começar. Foi tudo iniciado com as mangas arregaçadas de uma nova Diretoria com muito ideal e DEUS no coração.

Voltando ao tema "finanças", a FMJ tem algum projeto para atrair parceiros comerciais?

A WH Eventos Esportivos vem trabalhando conosco formatando os nossos eventos dentro de um contexto profissional. Com isso, vários patrocinadores estão acreditando no nosso trabalho, tais como: Secretaria de Estado de Esportes de Minas Gerais - SEESP, Loteria Mineira, McDonalds, Pitágoras Faculdade, Ananda, 98 FM. Espero em 2003 termos vários outros patrocinadores, somando conosco.

Quais as prioridades da FMJ na aplicação dos recursos oriundos dessas parcerias?

Temos uma despesa fixa mensal em torno de R$3.500,00. Estamos em dia com todas as nossas despesas. O recurso oriundo dos clubes é muito pouco para administrar Entidade. As parcerias ajudarão para que possamos efetuar eventos com custos bem mais acessíveis para os filiados, para que possamos conduzir os nossos atletas mineiros em condições dignas para representar o estado a nível nacional. Na compra de equipamentos de ponta para a entidade.

A FMJ participa de algum projeto de cunho social?

Temos um trabalho que deverá sair no início de 2003 junto com o prof. Antônio Carlos Costa, da cidade de Betim, tendo sob a sua administração o Judô Águia Branca e toda a sua equipe um projeto comunitário em torno de 1200 atletas, que participam todos os anos da COPA BETIM DE JUDÔ, onde pudemos constatar a seriedade do trabalho levado ao pessoal do comunitário. Na ocasião oportuna estaremos divulgando com todos os detalhes desse trabalho, tendo o apoio da Secretaria de Esportes e Lazer da cidade de Betim.

O que o senhor pensa a respeito de investir no esporte escolar? Por investir queremos dizer aproximação, suporte técnico...

Estou com outro projeto a ser levado em 2003 à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, para implantar na rede escolar municipal, o nosso judô. Todo mundo sairá ganhando: as crianças, os pais, gerará empregos, etc...

Nas últimas duas semanas a imprensa tem divulgado amplamente a decisão do governo Lula de cortar os investimentos de estatais no patrocínio de seleções esportivas. A realocação de parte desses recursos para o esporte escolar é uma das propostas anunciadas. O que o senhor acha dessa medida?

É um momento de alta expectativa. Vamos aguardar o Lula tomar posse.

Está nos seus planos candidatar a FMJ para sediar outras competições nacionais e, porque não dizer, internacionais? Como é o processo de candidatura?

Vamos ter na próxima semana uma reunião de Diretoria, para que eu possa ir na Reunião de Presidentes de Federações dia 6 a 8 de dezembro em Salvador, com alguma coisa agendada.

Considerações finais

Não poderia de deixar de agradecer à Equipe JUDOBRASIL, o apoio dispensado ao judô mineiro durante a época da intervenção.Sempre gentis conosco em divulgar as nossas notícias. Em nome de todos da Diretoria da Federação Mineira de Judô, os nossos agradecimentos de público.

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