Poesia em Prosa na “Rua dos Anjos”
Vítor Burity da Silva nasceu em Angola e vive actualmente na Pontinha. Depois de publicar contos em jornais e revistas e de participar, obtendo vários prémios, em jogos florais, meteu ombros à tarefa de publicar um livro.
Na ArtEscrita editora, de Rio Tinto, encontrou o editor certo e no dia 19 de Janeiro lançou, no Centro de Exposições de Odivelas, o seu primeiro romance. “Rua dos Anjos” fala de Serafim, um sem-abrigo peculiar, que não se resigna à sopa do Sidónio e prefere o vento das noites.
Serafim pega na sua mochila «De coisas quase nenhumas» e faz-se à estrada para «Conquistar quilómetros ao meu silêncio» e encontra na Rua dos Anjos uma agitação impessoal. «Agitados os pombos. Debicam o perfume agora só, onde Serafim tantas horas existiu, das coisas que ainda ali havia».
Não é um livro narrativo. Não cheiramos os prédios velhos nem ouvimos o arrulhar dos pombos quando o lemos. Mas é um livro interessante, metafórico e que obriga a pensar em “quês” e “porquês”. Não é uma prosa pura, tem jeito poético, tem olhares de poeta na forma de ver o Serafim, os pombos, a Rua dos Anjos.
Vítor Burity começou a escrever muito novo. Confessa ter influência das pessoas e de Pessoa na sua escrita. Também recebeu influências de Kafka.
Disseram-lhe já que tem parecenças com Samuel Beckett. O escritor concorda. Diz que «A minha vida compõe-se de gritos, numa penumbra existencial». Gosta da prosa poética porque «É liberdade expressiva e ambivalência».
Tem uma visão pessimista da vida e um lado negro que o leva ao inconformismo. Não sabe se a sua é uma escrita de vivências. À pergunta se é romancista ou poeta responde: «O poeta nasce… O romancista faz-se». Vai poetizando os textos que escreve… Naturalmente!
A sua “Rua dos Anjos” existe? «Sim existe! Nesta Lisboa velha e linda de que tanto gosto».
Vítor Rocha da ArtEscrita Editora fez a apresentação do livro no ambiente quente e acolhedor da Casa do Largo, na cafetaria do CEO e leu, muito bem diga-se, um trecho do livro. Muitos amigos do escritor marcaram presença neste importante dia para Vítor Burity da Silva. A Presidente da Câmara, Susana Amador e a Vereadora da Cultura, Fernanda Franchi, também estiveram presentes.
Na ArtEscrita editora, de Rio Tinto, encontrou o editor certo e no dia 19 de Janeiro lançou, no Centro de Exposições de Odivelas, o seu primeiro romance. “Rua dos Anjos” fala de Serafim, um sem-abrigo peculiar, que não se resigna à sopa do Sidónio e prefere o vento das noites.
Serafim pega na sua mochila «De coisas quase nenhumas» e faz-se à estrada para «Conquistar quilómetros ao meu silêncio» e encontra na Rua dos Anjos uma agitação impessoal. «Agitados os pombos. Debicam o perfume agora só, onde Serafim tantas horas existiu, das coisas que ainda ali havia».
Não é um livro narrativo. Não cheiramos os prédios velhos nem ouvimos o arrulhar dos pombos quando o lemos. Mas é um livro interessante, metafórico e que obriga a pensar em “quês” e “porquês”. Não é uma prosa pura, tem jeito poético, tem olhares de poeta na forma de ver o Serafim, os pombos, a Rua dos Anjos.
Vítor Burity começou a escrever muito novo. Confessa ter influência das pessoas e de Pessoa na sua escrita. Também recebeu influências de Kafka.
Disseram-lhe já que tem parecenças com Samuel Beckett. O escritor concorda. Diz que «A minha vida compõe-se de gritos, numa penumbra existencial». Gosta da prosa poética porque «É liberdade expressiva e ambivalência».
Tem uma visão pessimista da vida e um lado negro que o leva ao inconformismo. Não sabe se a sua é uma escrita de vivências. À pergunta se é romancista ou poeta responde: «O poeta nasce… O romancista faz-se». Vai poetizando os textos que escreve… Naturalmente!
A sua “Rua dos Anjos” existe? «Sim existe! Nesta Lisboa velha e linda de que tanto gosto».
Vítor Rocha da ArtEscrita Editora fez a apresentação do livro no ambiente quente e acolhedor da Casa do Largo, na cafetaria do CEO e leu, muito bem diga-se, um trecho do livro. Muitos amigos do escritor marcaram presença neste importante dia para Vítor Burity da Silva. A Presidente da Câmara, Susana Amador e a Vereadora da Cultura, Fernanda Franchi, também estiveram presentes.
Fernanda Franchi disse ao Nova Odivelas que não conhecia Vítor Burity mas gostou do que leu. «Não é um escritor comum, não é narrativo e é muito metafórico. Estava à espera de outra Rua dos Anjos, da sua realidade de vizinha do Largo do Intendente, por exemplo, mas descobri outra rua, também ela interessante».
Sobre a apresentação do livro naquele espaço, Fernanda Franchi diz que foi um pedido da editora que a Câmara achou interessante e que é um evento que fica bem ali pela natureza do evento e do próprio local.
Voltando à “Rua dos Anjos”. O jornalista já leu, gostou e recomenda. E regista a coragem de uma pequena editora em apostar num escritor desconhecido. Que publiquem mais para que cada vez haja menos livros na gaveta.
Henrique Ribeiro
FONTE (photo include): Nova Odivelas - Odivelas,Lisboa,Portugal
FONTE (photo include): Nova Odivelas - Odivelas,Lisboa,Portugal
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