Águia Mendes
A Casa
A Casa
a gustavo fernandes
de lima sobrinho
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa no mundo
varanda dos lados
wc com luar
ruas refulgentes
poltronas & sofás
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa marítima
alcova com beira-mar
padarias e jardins
vulva crepuscular
eu sonho
uma casa no mundo
varanda dos lados
wc com luar
ruas refulgentes
poltronas & sofás
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa marítima
alcova com beira-mar
padarias e jardins
vulva crepuscular
casa que é bar
vulgata vulgívaga
retreta lunar
vulgata vulgívaga
retreta lunar
mercearia
com pomares em órbita
e sonoros pardais
ou um negro coagido
por uma confederação
de poetas marginais
com pomares em órbita
e sonoros pardais
ou um negro coagido
por uma confederação
de poetas marginais
oi domingos: vi meu poema em seu blog e agradeço a escolha. só que tem um pequeno detalhe: está incompleto. gostaria que você o pusesse por inteiro, como segue:
ResponderExcluirforte abraços: águia mendes
A CASA
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa no mundo
varanda dos lados
wc com luar
ruas refulgentes
poltronas & sofás.
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa marítima,
alcova com beira-mar
padarias & jardins
vulva crepuscular.
casa que é bar
vulgata vulgívaga
retreta lunar.
mercearia
com pomares em órbita
e sonoros pardais
ou um negro coagido
por uma confederação
de poetas marginais.
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa em desvario
sala de estar com sol poente
zoológicos & rios.
terraços com auroras boreais
um porsche movido
a sonho
cocas & guaranás.
casa que é mundo
rolando em mar profundo
casa que é casa
com uma manhã cada manhã
nascendo no ar na selva
casa trágica onde habitam
feras intramuros.
há quatrocentos anos
eu sonho
um home sweet home
londres paris
montanhas carnavais
boulevards colibris.
há quatrocentos anos
eu sonho
uma casa erigida
sobre a areia do sonho.