quarta-feira, setembro 06, 2006

CICLO DA EVOLUÇÃO - Saul Brandilise


Ciclo da Evolução - Felicidade – Saul Brandilise


Conheci Palestina, irmã de um grande amigo, num domingo. Estávamos num estúdio de gravação em Uberlândia, quando ela apareceu com o Alexandre. Fomos convidados, Márcia, Jean e eu, para jantarmos. Ela, a família do irmão, alguns amigos e todos os meus.
Palestina é uma pessoa singular. Como todos nós, com seus problemas. Quando nos conhecemos ela foi logo dizendo:
Gostei muito do seu livro. Li-o em dois dias e já reservei algumas frases para colocar na creche.Sempre fico sem jeito quando isso acontece e não me recordo quais foram as minhas palavras naquele momento. Ainda não aprendi a conviver com estas situações. Mais tarde fiquei sabendo que Palestina dedica todo o seu sábado, quando está em Belo Horizonte, a uma creche. Seu sonho é ser comissária de bordo de uma companhia aérea. Conhece todos os termos aeronáuticos e, na realidade, gostaria mesmo de comandar uma aeronave.
Seu sonho lhe impedia de pensar no presente. Vivia uma realidade virtual. O passado estava em seus momentos e seu futuro sonhado lhe castigava. Quem sonha alto se esquece de viver o presente e não consegue construir a felicidade. Achei que poderia ajuda-la. Marcamos para conversar.No momento que nossa conversa se realizava ela olhou para a minha direita e espantada disse:- Vi alguém. Um homem com uma túnica branca usando sandálias e com um cajado de madeira. Fiz de conta que não tinha entendido nada e lhe pedi um papel e uma caneta. Senti uma forte necessidade de escrever. Sabia que o que viria estaria fortemente ligado ao assunto que conversávamos e também a qualquer ser humano.
Com caneta e papel as palavras e o texto começaram a ser escritos:
Para sermos FELIZES.
Devemos estar em paz com a Natureza.
2. Respeitarmos as suas regras.
3. Vivermos o aqui e o agora.
4. Sabermos conviver com os defeitos dos outros.
5. Sabermos perdoar.
6. Não julgarmos.
7. Sabermos usar a palavra NÃO.
8. Sermos verdadeiros.
Ficamos surpresos com a revelação. Tenho certeza que foi mais um trabalho do Homem de Sandálias... Palestina ficou meditando sobre o que tinha acabado de ler e se sentiu atingida. Estava mais calma e me confidenciou que sua tranquilidade era tanta que sentia sonolência.
As maiores verdades são simples, como simples deve ser a nossa maneira de viver. Nunca confundamos luxo com conforto...
Até a semana que vem...
Nos veremos.
Um beijo na sua alma.
Ciclo da Evolução - Felicidade II
Foi em outubro de 2001 quando escrevi o primeiro texto sobre felicidade. Só agora percebi que nunca mais me dediquei ao assunto. Os textos vêm sem que sejam chamados. Nascem de nosso interior e é preciso escrever. Confesso que fiquei surpreso com tanta demora...
Quando escrevo é porque uma força interessante se apossa de minha mente e se faz necessário interromper o ciclo normal da vida. Fui buscar nos arquivos e lá, em 2001 escrevemos assim sobre a felicidade:
... Mais tarde fiquei sabendo que Palestina dedica todo o seu sábado, quando está em Belo Horizonte, a uma creche. Seu sonho é ser comissária de bordo de uma companhia aérea. Conhece todos os termos aeronáuticos e, na realidade, gostaria mesmo de comandar uma aeronave.
Seu sonho lhe impedia de pensar no presente. Vivia uma realidade virtual. O passado estava em seus momentos e seu futuro sonhado lhe castigava. Quem sonha alto se esquece de viver o presente e não consegue construir a felicidade. Achei que poderia ajudá-la.
Marcamos para conversar. No momento em que nossa conversa se realizava ela olhou para a minha direita e espantada disse: - Vi alguém. Um homem com uma túnica branca usando sandálias e com um cajado de madeira.
Fiz de conta que não tinha entendido nada e lhe pedi um papel e uma caneta. Senti uma forte necessidade de escrever. Sabia que o que viria estaria fortemente ligado ao assunto que conversávamos e também a qualquer ser humano. Com caneta e papel as palavras e o texto começaram a ser escritos:Para sermos FELIZES:
Devemos estar em paz com a Natureza.
Respeitarmos as suas regras.
Vivermos o aqui e o agora.
Sabermos conviver com os defeitos dos outros.
Sabermos perdoar.
Não julgarmos.
Sabermos usar a palavra NÃO.
Sermos verdadeiros.
Naquela oportunidade, quando escrevemos o primeiro texto esquecemos de evidenciar muitas coisas que hoje são absolutamente importantes.
As conquistas materiais não trazem felicidade, mas uma falsa ilusão de poder. Sei que é forte escrever "falsa ilusão", pois, em si, a ilusão já nos deixa longe da realidade. Imaginem uma falsa... Além disso, da ilusão da conquista do bem material e o que ele pode representar em nossa vida, há que se escolher o caminho adequado para se conseguir o objetivo.
Conheço pessoas que abominam "o chicote do chefe" (a forma com o superior comanda), mas, na primeira oportunidade em que se encontram numa posição de comando, também fazem uso dele. E reclamam, depois, porque não conseguem ser felizes. A verdadeira felicidade não está naquilo que temos, que acumulamos de bens, mas como os obtemos.
Por outro lado temos o conformismo. A acomodação de nossas vidas em simplesmente mantermos as coisas como estão... Ele impede a nossa evolução e traz angustia. Precisamos lembrar que não é Deus que salva. Isso é equivoco. O que nos coloca em posição de LUZ, ou de salvação, como algumas religiões pregam, é o exercício do Livre Arbítrio. É com ele, com sua correta aplicação, que ficamos efetivamente felizes. Saber usar de nossas faculdades, e adequadamente nos relacionarmos com pessoas e empresas, é que nos habilita a colhermos bons frutos em nossas vidas.
A felicidade não se compra. É um estado avançado de espírito, de forma de agir e pensar. Para o espiritual o material nada serve.
Não entender isso, que a felicidade está diretamente relacionada com a forma como agimos, é o mesmo que comparar meditação com tristeza. Na realidade o silêncio pode lembrar isso, porque sempre estamos envolvidos com as atividades da vida.
Meu mestre diz que tenho mente tagarela. Isso para aludir que preciso aprender a escutar a grama crescer... A dominar o meu maior inimigo: Eu mesmo.
Há propósito: Sou feliz.

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