Agora austríaca, Fabiane Hukuda lamenta ausência no Pan
Fernanda Brambilla
Fernanda Brambilla
Em São Paulo
Fabiane Hukuda tem um histórico de regularidade nos Jogos Pan-Americanos. Em Winnipeg-99, o primeiro que disputou, a judoca ficou com a medalha de bronze. Em Santo Domingo-03, mais um terceiro lugar.
Para os Jogos do Rio 2007, as expectativas seriam altas. Um sinal disso é a serieda com que a seleção feminina encara o treinamento internacional que está sendo realizado no ginásio de judô do Ibirapuera, com a participação de atletas de 14 seleções de todo o mundo.Para Fabiane, porém, a chance vale mais pelo reencontro com os amigos. A judoca mudou-se do país em janeiro, quando casou-se com um austríaco e deixou a equipe brasileira. Para não deixar também o judô, a solução encontrada foi juntar-se à seleção de seu novo lar. Então, com o uniforme da seleção austríaca, Fabiane treina, agora, como visitante."As meninas já estão com a cabeça no Pan, e dá aquela saudade, porque não vou mais disputar, ainda mais agora que os Jogos serão aqui. Mas agora eu preciso pensar no Campeonato Europeu e no Mundial", afirmou a judoca, que já se diz "em casa" entre as européias.Para Fabiane, o que era uma fuga do esporte pode acabar lhe rendendo nons frutos, já que treinará com grandes atletas, como a medalhista de prata em Atenas, Claudia Hell."Na Áustria, o feminino é mais forte e mais reconhecido do que o masculino, ao contrário do que acontece aqui, o que também me favorece", conta a judoca. "Logo que eu me mudei pra lá recebi o convite do Multikraft Colop Wels (seu clube atual). As coisas aconteceram rápido, e a minha sorte é que eles acompanham tudo, já me conheciam das atuações que fiz pela seleção brasileira", conta Fabiane, que tem no currículo a vitória no campeonato mundial júnior e participação nas Olimpíadas de Atenas. "E eu ainda consegui patrocínio", comemora a atleta, que, no Brasil, sagrou-se campeã júnior, mas estava sem incentivos desde 2000.
Mesmo bem adaptada, Fabiane não nega que ainda sente saudade ao ver o roupão azul do Brasil nas competições. "Fui com uma amiga a Paris e torci pelos meninos", conta, em alusão ao Campeonato Mundial por equipes, que o Brasil disputou no masculino (e ficou em 7º lugar).Revés brasileiroFabiane ainda não domina o alemão, mas conseguiu conquistar de vez a amizade das austríacas durante a viagem a São Paulo."Fomos à casa dos meus pais em São Vicente, e fiz um churrasco para eles", diz. A visita só não foi perfeita porque o técnico feminino da Áustria, Hubert Rohramer, foi assaltado ao sair do banco após trocar dinheiro. "Levaram a bolsa dele, com todo o dinheiro. Já deviam estar de olho nele. Foi horrível, eu até chorei de vergonha, porque manchou a estadia", lamentou Fabiane, que agora, presta ainda mais atenção no grupo "gringo". "Agora andamos só em grupos, ela não nos deixa sair sozinhas", brincou a austríaca Silvia Schlagnitweit. "Fabiane já nos avisou que aqui é tudo muito diferente do que na Áustria. Mas estamos alertas." Fonte: UOL Esporte - São Paulo, SP, Brazil - http://esporte.uol.com.br/
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