"Ele roubou-me o título", foi a primeira coisa que a cantora e escritora norte-americana Patti Smith pensou quando deu de caras com o livro Detectives Selvagens. Até ali, o nome de Roberto Bolaño era-lhe desconhecido, mas não resistiu, comprou o livro e rendeu-se de imediato à palavra e ao universo narrativo do chileno. "As suas histórias activam as minhas energias de escritora", afirmou Patti Smith numa entrevista, ontem, ao jornal ABC.
A Casa da América Latina em Madrid dedicou uma semana a Bolaño e convidou a artista considerada a " mãe do punk" para encerrar o evento.
"Bolaño é como o rock and roll, é revolução, pecado e energia sexual" - foi com estas palavras que a cantora descreveu os livros do escritor com quem diz ter uma "relação alquímica" como já tinha com Picasso ou Rimbaud.
Para Patti Smith, o livro 2666 é a "primeira obra-prima da literatura do século XXI" e, apesar de assumir que tem muita dificuldade em aprender línguas, a cantora diz que gostaria de aprender espanhol só para ler Bolaño.
FONTE: DN ARTES
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