terça-feira, fevereiro 02, 2010

Dia nacional das histórias em quadrinhos

Dia nacional das histórias em quadrinhos

01/02/2010 - 11h18m

Michelle Tondineli
Repórter

Sábado, 30, em todo o país foram realizadas muitas atividades alusivas ao dia das histórias em quadrinhos. Para o colecionador Jayme Corsino, a Turma da Mônica, com Mônica, Cascão, Cebolinha, Magali, a Disney com o Mickey, Pato Donald, Pateta, Zé Carioca, Luluzinha, Zorro, Super-Homem, Fantasma, Batman e X-Men encantam a todos.

- No Brasil, o surgimento das HQ’s é atribuído ao italiano naturalizado brasileiro Ângelo Agostini. Foi ele quem produziu a primeira história no país, em 1869: As Aventuras de Nhô Quim. Suas histórias eram uma crítica à monarquia da época e a favor da república. Elas eram publicadas na revista Vida Fluminense, no Rio de Janeiro - diz.

Jayme explica que o dia 30 de janeiro é justamente a data da publicação da primeira história de As Aventuras de Nhô Quim.

- Pelo que estudei, a história contava com o personagem fixo Zé Caipora, um fazendeiro simples que visita a corte do imperador. Todos os autores da chamada literatura de estampa podem ser considerados precursores dos quadrinhos - afirma.

De acordo com o colecionador, todos esses fatos atestam a importância das gravuras na história da humanidade.

- As histórias em quadrinhos, tal como as encontramos na atualidade, nos gibis, têm sua origem no século XVIII. Elas já foram chamadas de canções de cego e imagens de Epinal. Tinham o propósito de dar ao povo a chance de se transferir para a vida de romance - diz.

Antigamente, as histórias em quadrinhos eram consideradas uma arte menor, sendo sua maior aceitação entre leigos. Jayme disse que é por isso que os quadrinhos entraram na vida do homem comum através do jornal, tomando a forma de tiras.

- O humor passou a ser o tema mais corriqueiro nos quadrinhos a partir do século XIX, graças a esse novo formato encontrado no meio jornalístico. Junto ao progressivo afastamento das antigas características das tiras de jornal, a temática das HQ passou por mudanças, contendo, na maioria das vezes, histórias de aventuras - diz.

A estudante Juliana Magalhães Antunes explica que Belo Horizonte se revelou um pólo nacional para eventos ligados aos quadrinhos.

- Hoje, Belo Horizonte conta com a Associação Cultural Nação HQ, que atualmente implementa o Centro de Pesquisa e Memória do Quadrinho, além de promover encontros e festivais anualmente - finaliza.

Outras informações http:/blogdosquadrinhos.blog.uol.com.br/

FASCÍNIO PELOS QUADRINHOS NÃO TEM IDADE

Em Montes Claros não acontece comemoração do dia nacional de quadrinhos e nem mesmo existe um grupo registrado para facilitar a pesquisa sobre o assunto. Quem quer participar das festividades tem que participar em outras cidades. Nem mesmo existe um grupo registrado para facilitar e auxiliar a pesquisa de todos.

A estudante Juliana Magalhães Antunes se apaixonou pelos quadrinhos quando começou a ler. Com 15 anos de idade, Juliana coleciona quadrinhos há cinco, e já tem quase 300 revistas.

- Revistas em quadrinhos têm muitos atrativos. As cores e desenhos, que são verdadeiras artes, demonstram com detalhes um trabalho muito bem feito e agradável de se ver - afirma.

Juliana diz que quase nenhuma revista é rara, mas o colecionador não para de pensar nas revistas.

- Tem umas que foram feitas nos anos 50 e 60 que eu gostaria muito de ter, mas é quase impossível. Alguns quadrinhos já possuíam alto teor artístico desde a década de 70 e tenho vontade de ter uma das primeiras que foram criadas para acompanhar a evolução artística e modificadora das histórias em quadrinhos - diz.

Juliana ainda explica que não possui um gênero especifico para a coleção. Para ela é necessário ter de tudo um pouco e conhecer todos os gêneros.

- Dos personagens, prefiro acreditar em super heróis no geral. Não possuo um predileto, por gostar do surreal, do fascinante, do que não existe. E é esse o mundo que as histórias de super heróis nos proporcionam – afirma a estudante.

Já para Jayme Corsino, as histórias em quadrinhos são como um mundo onde quase tudo é possível.

- Acompanhar cada edição com a emoção de esperar a próxima chegar é extremamente emocionante. Não abro mão disso. Ao todo tenho 828, e quase nenhuma é rara. Para que as raras aumentem de número, pretendo comprar algumas do Batman & Deathblow, Elektra e Hitman - afirma.

Colecionador há 13 anos, Jayme confessa que quase não tem se empenhado para aumentar a coleção.

- Coleciono toda HQ que vejo e me chama atenção. Desde mangas até turma da Mônica. Sem contar as mais clássicas como Batman, Superman, liga da justiça e outras. De todas as HQs que li, o personagem que mais gosto se chama Ichigo, do manga bleach. Não é um personagem muito conhecido, mas ele se parece muito comigo e me identifico muito com ele, se fosse possível seríamos irmãos gêmeos ou melhores amigos - afirma.

FONTE: O Norte de Minas

http://www.onorte.net/

IMAGEM: http://thefreexpressionanquin.blogspot.com/

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