19-04-2008 11:20:48
Saramago quer lançar 'A Viagem do Elefante' no 2º semestre
Lisboa, 19 abr (Lusa) - O novo romance de José Saramago, "A Viagem do Elefante", deverá sair no segundo semestre, anunciou o escritor português em uma entrevista publicada neste sábado no semanário luso O Sol. "O livro não está muito adiantado, está na metade. [...] É um livro muito difícil, mas que me tem dado muita satisfação", disse o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1998.
Lisboa, 19 abr (Lusa) - O novo romance de José Saramago, "A Viagem do Elefante", deverá sair no segundo semestre, anunciou o escritor português em uma entrevista publicada neste sábado no semanário luso O Sol. "O livro não está muito adiantado, está na metade. [...] É um livro muito difícil, mas que me tem dado muita satisfação", disse o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1998.
Saramago, 85 anos, não adianta, contudo, detalhes sobre seu novo romance: "Pôr um elefante viajando não é uma invenção minha. É um fato histórico. [...] Agora, se perguntarem que elefante é esse, lamento muito".
O escritor, hospitalizado no final do ano passado, na Espanha, por causa de uma pneumonia, estará na quarta-feira, em Lisboa, para inaugurar a exposição "José Saramago: A Consistência dos Sonhos", no Palácio da Ajuda.
Falando sobre o seu processo criativo, José Saramago diz que é "um escritor atípico". "Só escrevo porque tenho idéias. Sentar-me pensando que tenho que inventar uma história para escrever um livro nunca me aconteceu e nunca me acontecerá", explicou.
Em relação ao acordo ortográfico, que o Parlamento português deve, em breve, ser chamado para ratificar, Saramago afirma que não mudará a sua maneira de escrever e duvida que ele seja necessário. "Continuarei a escrever como escrevo. Os editores e os revisores que façam o seu trabalho e que corrijam as palavras segundo a nova moda".
Questionado sobre suas relações com o Partido Comunista Português, Saramago respondeu: "Não há afastamento nenhum. [...] Continuo a ser exatamente a mesma pessoa, com o mesmo tipo de relação com um partido que aceitei livremente".
O escritor garante que "segue" a linha do partido, "mas de uma forma crítica" e que lhe parece "mais útil".
Em um registro mais íntimo, o escritor se define como "um sentimental" e "uma pessoa de afetos", rejeitando a "arrogância" que lhe é, por vezes, atribuída.
José Saramago, no entanto, admite ser "austero", mas considera que "uma austeridade de caráter não é defeito".
FONTE: Agência Lusa - São Paulo,SP,Brazil
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