Três judocas do Minas vão disputar Olimpíada
Érika Miranda, Ketleyn Quadros e Luciano Correa integram a seleção brasileira; a expectativa é de conquistar pelo menos quatro medalhas
RIO DE JANEIRO - Como era esperado, três atletas do Minas Tênis Clube estão na seleção brasileira de judô que disputará os Jogos Olímpicos de Pequim. Érika Miranda já havia garantido a vaga e, ontem, após anúncio da Confederação Brasileira de Judô, foram confirmados Luciano Correa e Ketleyn Quadros.
A delegação nacional mescla talentosos calouros com judocas experientes e vencedores carrega nos ombros a esperança de realizar a melhor campanha do judô brasileiro em uma edição dos Jogos Olímpicos. Dos 14 atletas, apenas cinco já participaram de uma Olimpíada e só dois deles estiveram presentes em Atenas/ 2004. Um dos nove estreantes não é alguém que possa ser chamando de novato: João Derly, bicampeão mundial na categoria meio-leve (até 66 kg). "Vou chegar com muita moral e confiança. Mas não será fácil, pois todos já me estudaram a fundo", admite o judoca.
A expectativa da comissão técnica é que a delegação obtenha pelo menos quatro medalhas, sendo uma de ouro, o que seria a melhor campanha da história do judô nacional. "No passado, tínhamos uns dois judocas com reais chances de medalha. Este ano, seis ou sete têm plenas condições de brigar pelo pódio", avalia Edinanci Silva, veterana de outras três olimpíadas e a mais velha integrante da delegação, com 32 anos.
No ano passado, no Mundial realizado no Rio, o Brasil conquistou três medalhas de ouro, com João Derly, Tiago Camilo e Luciano Correa, e uma de bronze, com João Gabriel Schlittler. "Estamos muito confiantes em conquistar a primeira medalha olímpica do judô feminino", diz Rosicléia Campos, técnica das mulheres e que esteve presente como atleta nos Jogos de Barcelona/1992 e Atlanta/1996.
Das 14 categorias, o Brasil só não garantiu vaga em uma: pesado feminino (acima de 78 kg), cuja representante é Priscila Marques, que buscará a classificação em torneio pré-olímpico em Buenos Aires, em abril, e no Campeonato Pan-Americano, em Maio. "Nosso recorde foi 12 participantes. Se conseguirmos levar os 14 judocas será um feito histórico", espera Ney Wilson, coordenador da seleção. Com as vitórias do ano passado, aumentam a responsabilidade e a pressão. "Todo mundo fica de olho no campeão mundial do ano anterior", diz Tiago Camilo, da categoria meio-médio (até 81 kg), eleito o melhor judoca do último Mundial.
(Agência Estado)
FONTE: O Tempo - Belo Horizonte,MG,Brazil
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