quinta-feira, setembro 28, 2006

"Nova Cuba", Brasil abriga rivais do Rio 2007


28/09/2006 - 10h14
"Nova Cuba", Brasil abriga rivais do Rio 2007
Fernanda Brambilla
Em São Paulo

Enquanto os brasileiros se dividem ao pensar nas duas competições, um grupo muito grande de estrangeiros está no país com um foco muito bem definido. Um ano antes do Mundial e dez meses antes do Pan, 240 atletas de 14 países participam de treinamento de campo gigante no Ginásio de judô do Ibirapuera, em São Paulo.
São judocas do Brasil, República Dominicana, Venezuela, Chile, Inglaterra, Áustria, República Tcheca, entre outros, que treinam juntos em um grande tatame. Os Europeus, claro, estão se preparando para o Mundial. Mas o latino-americanos têm uma meta um pouco mais realista."Muitos países não têm nível para o Mundial e estão aqui pelo Pan", afirma o técnico da seleção brasileira, Luiz Shinohara, que alerta: "o nível dessas equipes aumentou. É claro que nos preocupamos em conseguir um bom resultado, mas não se pode prometer medalha", se adianta em dizer.O grande medo do técnico é decepcionar, justamente quando se está competindo em casa. Em Santo Domingo-2003, a modalidade foi a que trouxe mais medalhas para o país: dez, cinco delas de ouro."Essa comparação só aumenta a pressão e os atletas sentem isso", afirma o técnico, que já vê um novo problema para os judocas brasileiros. "Antes, nosso problema era Cuba e a grande meta era superá-los. Mas hoje, assim como nós evoluímos, Venezuela e Argentina também estão melhores. E todos querem vencer o Brasil."E o fato de lutar em casa, com torcida, terá um papel importante, para o bem ou para o mal. "Há judocas que sentem a pressão, outros que encaram como incentivo. Não há como saber, é uma faca de dois gumes", analisa Shinohara.No Mundial, certeza de evoluçãoA única certeza do técnico é a chance de melhorar o sétimo lugar conquistado no Mundial de equipes, realizado no mês passado, na França. "Não tivemos um bom resultado e não podemos culpar a forte chave por isso", afirma.Na competição, o Brasil perdeu logo de cara para a Rússia e, na repescagem, para o Japão. "Podíamos ter conseguido pódio e até vencido se tivéssemos uma equipe mais forte", lamenta.O grande desfalque da equipe na França foi João Derly, que se recupera de uma cirurgia. Campeão mundial, ele surpreendeu favoritos por ter um estilo diferente de luta, muito semelhante ao do leste europeu."O João tem esse judô diferente, que vem do treino dele já, que parece muito com o da Geórgia, por exemplo", lembra Shinohara. A equipe da Geórgia sagrou-se campeã do Mundial.
Fonte: UOL Esporte - São Paulo, SP, Brazil - http://esporte.uol.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário