quinta-feira, agosto 17, 2006

Pranto da Alma - Maria de Fatima Delfina de Moraes


Pranto da Alma

Maria de Fatima Delfina de Moraes

Minha alma chora . . .

Atormentada está pelo teu silêncio abrupto,
implacável . . .

Tua mudez pétrea,
petrificando-me as entranhas
gravando em minh' alma,
tristeza tamanha
que a faz quase esmaecida.

Já fiz de tudo.
De todas as formas
meu amor te declarei.

Dei-te versos de alegria,
amor, amizade, saudade . . .

Teria eu, em algum momento,
ferido teu íntimo ?

Alguma palavra dita expressou minh'alma
que tua alma tenha sido ferida,
sem o perceber?

Dói o teu silêncio.

Petrificada estou.

Sou silêncio e lágrimas . . .

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