O EXAUSTO CORAÇÃO . . .
Alphonsus de Guimaraens Filho
O EXAUSTO coração itinerante
eis que deponho aqui, lua das grotas,
lua das grotas? Lua das remotas
cidades que se fazem mais distantes
quanto mais no meu peito o céu se expande
e em céu tão amplo, lua, te alvoroças.
Fere, fere o meu peito o quanto possas,
para que no silêncio escande
os símbolos atrozes da agonia
mais dolorida seja e mais fremente,
na sua amarga, incerta claridade,
e em mim desapareça a noite ardente
e venha o dia, e venha o estranho dia
de que, sem conhecer, tenho saudade !
Livro: Todos os Sonetos, Edições Galo Branco, Rio de Janeiro, 1996.
Alphonsus de Guimaraens Filho
O EXAUSTO coração itinerante
eis que deponho aqui, lua das grotas,
lua das grotas? Lua das remotas
cidades que se fazem mais distantes
quanto mais no meu peito o céu se expande
e em céu tão amplo, lua, te alvoroças.
Fere, fere o meu peito o quanto possas,
para que no silêncio escande
os símbolos atrozes da agonia
mais dolorida seja e mais fremente,
na sua amarga, incerta claridade,
e em mim desapareça a noite ardente
e venha o dia, e venha o estranho dia
de que, sem conhecer, tenho saudade !
Livro: Todos os Sonetos, Edições Galo Branco, Rio de Janeiro, 1996.
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