Entrecanto Cala-te, ó voz!,
Que desses recantos de outrora
Procura em mim hoje
Razão pra si mesma,
Pois o que em tão distante se fez
Consolidou-se na aurora
E, na plenitude do tempo,
Jamais foi poesia pra mim.
Que desses recantos de outrora
Procura em mim hoje
Razão pra si mesma,
Pois o que em tão distante se fez
Consolidou-se na aurora
E, na plenitude do tempo,
Jamais foi poesia pra mim.
Cala-te! Apieda-te
De meu ser forasteiro,
Pois da cálida
flor
Colhida na estrada,
Fez razão de sua vida.
Fez alento e jardim.
Cala-te, então.
Fica em silêncio de morte,
Pois na languidez de teu canto
Repousa minha paz. Sandra Silva
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