quarta-feira, junho 10, 2009

Literatura: Vida e obra de Rodrigues Migués celebradas pela Fundação Saramago


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Literatura: Vida e obra de Rodrigues Miguéis celebradas pela Fundação Saramago
Lisboa, 09 Jun (Lusa) - O escritor José Rodrigues Miguéis (1901-1980) vai ser alvo dia 15 de Junho, em Lisboa, de uma sessão organizada pela Fundação José Saramago para celebrar "um dos grandes escritores do século XX em Portugal".

Lusa
11:42 Terça-feira, 9 de Jun de 2009

Lisboa, 09 Jun (Lusa) - O escritor José Rodrigues Miguéis (1901-1980) vai ser alvo dia 15 de Junho, em Lisboa, de uma sessão organizada pela Fundação José Saramago para celebrar "um dos grandes escritores do século XX em Portugal".
No encontro participam alguns dos maiores especialistas na obra do autor - nascido em Lisboa e falecido em Nova Iorque - como os professores David Brookshaw, Duarte Barcelos, José Albino Pereira, Teresa Martins Marques e Onésimo Teotónio de Almeida.
De acordo com a fundação do Prémio Nobel da Literatura 1998, os especialistas vão explicar "porque é necessário continuar a ler o autor de 'Léah', que valores literários transporta e que aspectos da sua vida devemos ter presentes como sociedade e como leitores".
"Um grande escritor que é, ao mesmo tempo, uma das minhas melhores recordações", refere José Saramago numa nota sobre o encontro previsto para as 18:30, na Casa do Alentejo.
Além de "Léah e Outras Histórias" (1958) - Prémio Camilo Castelo Branco - a Fundação destaca ainda que o autor homenageado compreendeu Lisboa, nomeadamente na obra "A Escola do Paraíso", onde "soube penetrar, com uma linguagem perfeita, na alma da cidade e na sua humanidade".
Licenciado em Direito (Lisboa) e em Ciências Pedagógicas (Bruxelas), foi advogado, delegado do Ministério Público e professor do ensino secundário, colaborou em "A República", na "Seara Nova", e dirigiu o semanário "O Globo" (1933) com Bento de Jesus Caraça.
Rodrigues Miguéis teve uma clara intervenção cívica democrática, o que lhe valeu a censura nos jornais. Exilou-se nos Estados Unidos em 1935, onde acabou por se fixar até à morte em 1980.
Traduziu Stendhal, Carson McCullers e F.Scott Fitzgerald, e dedicou-se sobretudo à escrita em ficção narrativa, mas também teatro e crónica-ensaio. Deixou obras como "Uma Aventura Inquietante" (1958), "Nikalai! Nikalai!" (1971), "O Milagre segundo Salomé" (1975), "O Passageiro do Expresso" (1960), "É Proibido Apontar - Reflexões de um Burguês I" (1964), e "Gente da Terceira Classe" (1962).
AG.
Lusa/Fim


FONTE: Expresso - Porto,Portugal

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