terça-feira, abril 28, 2009

Orson Welles e Bernardo Bertolucci são atrações do CineSESC em João Pessoa


27/04/2009 23:45
Orson Welles e Bernardo Bertolucci são atrações do CineSESC em João Pessoa

JOÃO PESSOA (ABN News) - Apontados como refência da linguagem moderna da sétima arte, Orson Welles e Bernado Bertolucci, formam uma dupla que dispensa comentários quando o assunto é cinema. De forma peculiar o Cine SESC traz nos dias 29 e 30, dois filmes com participação direta desses ícones do audiovisual internacional.

Nesta quarta-feira (29), às 12h, no Mini Auditório do SESC Centro João Pessoa, será exibido “Tudo é Brasil” (Brasil – Documentário – 1997 – 82 min) com direção assinada por Rogério Sganzerla e participação de Welles. A entrada é franqueada ao público em geral.

“Tudo é Brasil” traz cenas inéditas e imagens dos bastidores do filme americano inacabado “It`s All True” (É Tudo Verdade – EUA - 1941), dirigido e rodado no Brasil por Orson Welles, considerado pai do cinema moderno, na década de 40.

Com depoimentos do próprio Welles, e de tantos outros colaboradores brasileiros e americanos, o longa-metragem traz a tona a história secreta do filme “It`s All True”. O filme retrata o cotidiano dos negros, dos subúrbios cariocas e a vida dos jangadeiros de Fortaleza-CE, revelando ainda o encanto que o cineasta adquiriu ao conhecer a cultura e a criatividade do povo brasileiro.

Orson estréia no cinema, com o longa metragem de 1941, "Cidadão Kane", considerado pela crítica como um dos melhores filmes de todos os tempos e o mais importante dirigido pelo cineasta.

Em 1962 realizou "The Trial", filme baseado na obra "O processo" de Franz Kafka. Welles considerou este um dos seus mais gratificantes filmes realizados. Logo após o ápice, o fracasso foi expresso na obra “A Dama de Xangai” (1948).

Assédio Dirigido pelo italiano Bernado Bertolucci, “Assédio” (França/Itália – Drama - 1998 – 92 min ) estará em cartaz nesta quinta-feira (30), em dois horários, às 12h e 19h, no Mini Auditório do SESC.

O filme coloca em pauta uma temática contemporânea, pertinente e dramática. A trama gira em torno de uma garota africana, fugindo de uma ditadura que prendeu seu marido e ameaça sua vida, vai para a Europa trabalhar como empregada doméstica e é obrigada a reconstruir sua vida num mundo diferente e hostil.

“Assédio” se constrói sobre os contrastes. A começar por colocar, numa mesma casa, a empregada africana que fugiu do país por motivos políticos e um rico herdeiro europeu. Esta diferença básica é explorada por todo o filme.

Das imagens ásperas da miserável África, somos levados a uma belíssima vila italiana onde Mr. Kinski (David Thewlis) consome preguiçosamente o tempo compondo e dando aulas de piano. Com esse contraste original dos personagens, a partir de uma repentina e direta declaração de amor, Bertolucci nos apresenta as mudanças na vida dessas duas criaturas.

O diretor (e co-roteirista) Bertolucci, já ofereceu várias obras-primas. Em 1962, dirigiu “La Commare Secca”, mas obteve reconhecimento com seu segundo filme, “Antes da Revolução”, em que já demonstrava seu estilo político e comprometido com seu tempo.

Em 1967, escreveu o roteiro de “Era uma vez no Oeste”, o melhor filme de Sérgio Leone. Já no templo do cinema, Hollywood, dirigiu o Conformista (1970), que chegou a ser indicado para o Oscar de melhor roteiro. Em 1972, a sua primeira obra-prima, “O último tango em Paris”, em que escandalizou o público e deu a Bertolucci mais uma chance de concorrer ao prêmio mais almejado do cinema americano, desta vez como diretor.

Depois de fazer 1990, um filme monumental e muito ambicioso, Bertolucci partiu para o drama intimista em “La Luna”. Poucos cineastas demonstram tanta versatilidade, mantendo sempre sua marca autoral. Em 1987, consagrou-se com “O último Imperador”, que recebeu nove Oscars, incluindo os de melhor filme e melhor diretor.

Com estas credenciais, “Assédio” despertava uma grande expectativa com seu aspecto profundo e ao mesmo tempo indeciso, entre o drama intimista e a reflexão sócio-cultural, entre a investigação de uma sensualidade reprimida (e por isso infantil) e uma discussão da fidelidade no casamento.

O Mini Auditório do Sesc-Centro que fica situado na Rua Desembargador Souto Maior, nº 281 - Centro de João Pessoa.

Informações pelo telefone (83)3208-3159.

FONTE (imagem incluída): ABN - Brasília,DF,Brazil
http://www.abn.com.br/
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