Bob Dylan e suas múltiplas personas em Não Estou Lá
Luiz Zanin Oricchio
Como retratar um artista multifacetado como Bob Dylan? Bem, haveria muitas soluções, mas o diretor Todd Haynes encontrou uma das mais originais em Não Estou Lá (Telecine Premium, 22 horas): escalou vários atores para interpretar o cantor e compositor, e inclusive uma atriz, Cate Blanchett, indicada para o Oscar pelo papel. O filme também concorreu no Festival de Veneza. Originalidades dão certo, ou não. No caso, o saldo parece positivo, embora tenha agradado mais aos fãs de Dylan do que àqueles que gostariam de se informar, de maneira mais convencional, sobre a trajetória do ídolo.
Luiz Zanin Oricchio
Como retratar um artista multifacetado como Bob Dylan? Bem, haveria muitas soluções, mas o diretor Todd Haynes encontrou uma das mais originais em Não Estou Lá (Telecine Premium, 22 horas): escalou vários atores para interpretar o cantor e compositor, e inclusive uma atriz, Cate Blanchett, indicada para o Oscar pelo papel. O filme também concorreu no Festival de Veneza. Originalidades dão certo, ou não. No caso, o saldo parece positivo, embora tenha agradado mais aos fãs de Dylan do que àqueles que gostariam de se informar, de maneira mais convencional, sobre a trajetória do ídolo.
Isso porque Não Estou Lá se desenvolve como uma espécie de falso documentário. A trilha é toda de Dylan e as letras servem como roteiro intelectual e sentimental do artista. As “personas” atribuídas a Dylan seriam o recurso mais aproximado para captar, no todo, essa personalidade complexa. Haynes chegou a conversar com o próprio Dylan sobre o projeto? Sim. Dylan autorizou-o, mas não conseguiu (ou não quis) abrir brecha na agenda para recebê-lo ou discutir essa opção artística inusitada. Como o filme é todo ele invenção e construção hipotética, talvez esse encontro não tenha feito falta. E é bom filme.
FONTE: O Estado de São Paulo - São Paulo,SP,Brazil
IMAGE: fprina.wordpress.com/.../
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