OLHO NELE: Candidato a fenômeno do judô mundial vem de Guadalupe
Teddy Riner, que defende a França nos tatames, conquistou o título mundial com apenas 18 anos no Rio de Janeiro, em 2007
Teddy Riner, que defende a França nos tatames, conquistou o título mundial com apenas 18 anos no Rio de Janeiro, em 2007
GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
Durante muito tempo, um judoca da categoria peso pesado era necessariamente um sujeito com uns quilos a mais - em outras palavras, gordo. A tendência atual é a gordura dando lugar a porte físico e músculos. O carioca João Gabriel Schlittler, por exemplo, tem 1,99m e 108kg. O atual candidato a fenômeno do judô mundial tem números ainda mais impressionantes: 2,04m e 129kg.
Teddy Riner tem 19 anos (quatro a menos do que o brasileiro) e nasceu em Guadalupe, arquipélago do Caribe e território de ultramar administrado pela França. Ele chamou a atenção quando conquistou a medalha de ouro no Mundial no Rio de Janeiro, em setembro do ano passado.
- Eu já tinha visto o Riner treinando na França, e o que mais chamava a atenção nele era o tamanho. Não foi uma surpresa quando ele ganhou o Mundial júnior em 2006, mas em seguida emplacou rápido. É raro um judoca júnior ter esse sucesso no sênior - afirma Luiz Shinohara, treinador da seleção brasileira masculina.
Shinohara diz não ver qualquer desvantagem na nova tendência para os pesos pesados. Se eles são "secos", maneira como se refere aos atletas em forma da categoria, ganham em velocidade, explosão e resistência, além de terem uma carreira mais longa.
'Urso de Pelúcia' aprende a lidar com a fama
Teddy Riner tem 19 anos (quatro a menos do que o brasileiro) e nasceu em Guadalupe, arquipélago do Caribe e território de ultramar administrado pela França. Ele chamou a atenção quando conquistou a medalha de ouro no Mundial no Rio de Janeiro, em setembro do ano passado.
- Eu já tinha visto o Riner treinando na França, e o que mais chamava a atenção nele era o tamanho. Não foi uma surpresa quando ele ganhou o Mundial júnior em 2006, mas em seguida emplacou rápido. É raro um judoca júnior ter esse sucesso no sênior - afirma Luiz Shinohara, treinador da seleção brasileira masculina.
Shinohara diz não ver qualquer desvantagem na nova tendência para os pesos pesados. Se eles são "secos", maneira como se refere aos atletas em forma da categoria, ganham em velocidade, explosão e resistência, além de terem uma carreira mais longa.
'Urso de Pelúcia' aprende a lidar com a fama
Riner, que deixou a terra natal na infância rumo à Europa, tornou-se uma celebridade do judô francês após o feito no Brasil e logo foi comparado ao compatriota David Douillet, que conquistou o ouro nos Jogos de Atlanta (1996) e Sydney (2000). Riner diz que a comparação é normal, já que passou a haver um vazio depois que o bicampeão olímpico se aposentou.
Chamado de "Teddy Bear" (ursinho de pelúcia) pelas fãs, o judoca conta que aprendeu a lidar com a fama.
- Houve altos e baixos depois do Brasil, e aprendi a lidar com eles e a dizer "não" para a imprensa antes de uma competição - diz Riner, que chegou a recusar propostas para se transferir para o basquete e o boxe enquanto buscava espaço no judô.
Palavra de especialista
"O Rimer tem um preparo físico muito bom. Com certeza é o favorito à medalha de ouro em Pequim, embora haja concorrentes fortes. Como ele treina há algum tempo no meio de adultos, adquiriu maturidade rapidamente, portanto não vejo sua pouca idade como um ponto fraco. Ele está bem preparado psicologicamente. Não é um fenômeno tecnicamente, mas tem dois bons golpes, o-soto-gari e o-ouchi-gari, e sabe usá-los. Seu ponto fraco por enquanto é a dificuldade de enfrentar atletas que entram por baixo, nas pernas. Mas com o tempo ele resolverá isso."Luiz Shinohara, técnico da seleção brasileira masculina de judô
FONTE: GloboEsporte.com - Rio de Janeiro,RJ,BrazilChamado de "Teddy Bear" (ursinho de pelúcia) pelas fãs, o judoca conta que aprendeu a lidar com a fama.
- Houve altos e baixos depois do Brasil, e aprendi a lidar com eles e a dizer "não" para a imprensa antes de uma competição - diz Riner, que chegou a recusar propostas para se transferir para o basquete e o boxe enquanto buscava espaço no judô.
Palavra de especialista
"O Rimer tem um preparo físico muito bom. Com certeza é o favorito à medalha de ouro em Pequim, embora haja concorrentes fortes. Como ele treina há algum tempo no meio de adultos, adquiriu maturidade rapidamente, portanto não vejo sua pouca idade como um ponto fraco. Ele está bem preparado psicologicamente. Não é um fenômeno tecnicamente, mas tem dois bons golpes, o-soto-gari e o-ouchi-gari, e sabe usá-los. Seu ponto fraco por enquanto é a dificuldade de enfrentar atletas que entram por baixo, nas pernas. Mas com o tempo ele resolverá isso."Luiz Shinohara, técnico da seleção brasileira masculina de judô
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