quinta-feira, maio 15, 2008

Judoca quer reaver prestígio brasileiro do peso médio em Pequim


Judoca quer reaver prestígio brasileiro do peso médio em Pequim

Rodrigo Farah
Em São Paulo
Apesar de ser pouco conhecido no judô mundial, o atleta Eduardo Santos está focado em recuperar o prestígio de uma das classes mais tradicionais do Brasil: o peso médio (90kg). Em Pequim, o judoca de 24 anos terá a chance de obter a terceira medalha do país na categoria, que já não é vista como referência da seleção nacional há pelo menos cinco anos.

A primeira medalha em Olimpíadas do Brasil no médio veio em 1984, em Los Angeles, quando Walter Carmona ficou com o bronze. Já a segunda veio em 2000, com a prata de Carlos Honorato em Sydney. Apesar do longo intervalo entre as conquistas, o país sempre teve atletas de renome no peso, como Edelmar Zanol. Desde o terceiro lugar do próprio Honorato no Mundial de 2003, o Brasil não consegue resultados de destaque com judocas da categoria. No ano passado, Tiago Camilo ainda ficou com o ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, mas lutou um peso acima, já que é atleta do meio-médio (81kg).

Ao lado de um pôster de Walter Carmona no Ginásio do Ibirapuera, Eduardo Santos admite que a história verde-amarela na categoria faz a pressão crescer sobre ele. Contudo, o judoca garante já ter pensado nisso e está pronto para lidar com a cobrança.

"Se analisarmos os resultados anteriores, a responsabilidade aumenta. Não quero desapontar ninguém e nem a mim mesmo. Sei que o Brasil sempre vai bem no médio e por isso a pressão aumenta. Porém, acho que estou bem preparado para lidar com isso", avaliou o judoca. Para conquistar a vaga na seleção olímpica, Eduardo contou com a ajuda de Honorato por mais de oito anos. Isso porque os dois estão juntos no mesmo clube, o São Caetano, desde 2000.

O medalhista de prata em Sydney faz questão de elogiar o "pupilo" e garante que Eduardo pode surpreender. Honorato cita como referência a boa participação do judoca no Campeonato Pan-Americano de Miami, no último fim de semana. Após a competição, o titular da equipe brasileira ganhou o troféu ippon e entrou para a seleção do torneio.

"Acredito que as chances dele são grandes. O pessoal que ele vai enfrentar não o conhece muito e isso pode ajudar. Sua participação no Pan mostrou que ele está pronto para disputar coisas grandes na Olimpíada", destacou Honorato.

O técnico da seleção brasileira masculina endossa o discurso. Para Luiz Shinohara, Eduardo estará em sua melhor forma quando a Olimpíada começar. "Ele é um cara que não rodou muito pelo mundo, mas que tem bastante potencial. Tem muitos recursos e está preparado para ir bem em Pequim", elogiou.

FONTE: UOL Esporte - São Paulo,SP,Brazil

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