sexta-feira, março 28, 2008

Estudo aborda tradição da culinária nipônica no Brasil

#3 - Winter Flowers Series - Toshogou Shrine, Tokyo, Japan
David Heiden
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Estudo aborda tradição da culinária nipônica no Brasil
Escrito por Assessoria de Imprensa
sexta, 28 março 2008
Compreender as mudanças ocorridas com a tradição da culinária japonesa após o desembarque dos imigrantes no Brasil foi a motivação que levou o Sérgio Hayashi, formado pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), a desenvolver o estudo "Percepção sobre hábitos alimentares e tradição"
A pesquisa baseia-se no livro "A história da alimentação no Brasil", de Luis Câmara Cascudo, e busca averiguar como ocorrem estas mudanças alimentares, uma vez que o Japão está entre as nações tidas como mais conservadoras. Hayashi, que é sansei (neto de japoneses), presta também uma homenagem aos seus antepassados por ocasião do centenário da imigração japonesa, comemorado em junho deste ano.
"Segundo Câmara Cascudo, já em 1967, quando o livro foi escrito, as famílias brasileiras já haviam abandonado o hábito de reunir-se em torno da mesa para a oração diária antes de cada refeição. Nesta época, já era comum que cada pessoa comesse onde tivesse vontade e, lendo algumas dessas coisas, pesquisei os hábitos alimentares dos japoneses que vivem no Brasil para saber como ocorre este processo", explica o sociólogo.
Durante o estudo, foram entrevistados imigrantes e descendentes de japoneses, entre eles sanseis, nikkeys (termo dado pelos japoneses para designar aqueles que nasceram ou vivem em outros países), e nisseis (filhos de japoneses), que foram indagados acerca de seus costumes alimentares e das mudanças vivenciadas por eles neste sentido.
Ao desembarcarem no Brasil, em 1908, os japoneses - que tinham costume de dormir por volta das 7 da noite - precisaram adaptar seus horários em função do trabalho na lavoura e do funcionamento das escolas, e com isso, conseqüentemente, foram incorporando também os ingredientes típicos brasileiros ao seu paladar, o que ocorre, principalmente, em função do clima tropical.
O estudo, portanto, conclui que houve uma adequação por parte dos imigrantes japoneses na chegada ao país, que era necessária ao seu estabelecimento em terras brasileiras. Do mesmo modo, ao serem questionados sobre sua posição quanto à mistura de ingredientes típicos com o de outras culturas, a maioria dos entrevistados demonstrou não ser assim tão conservador, declarando não ser contra inovações como o uso de maionese ou de manga no sushi, por exemplo.
"Outra informação bastante interessante diz respeito à alimentação dos japoneses desde o Japão. Costumamos acreditar que o sushi e o sashimi, por exemplo, são consumidos diariamente como o nosso arroz e feijão, porém, a comida que os japoneses consomem no dia-a-dia não é nenhuma novidade para nós: os principais são o arroz, o peixe e o lámen, aquele macarrão instantâneo, conhecido como miojo. Sushi e sashimi são para ocasiões especiais, pois a comida no Japão é muito cara", Hayashi.

FESPSP: 75 anos de tradição, pioneirismo e inovação
A Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) é uma pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, cujo fim é a manutenção de escolas voltadas ao ensino e à pesquisa em nível superior. Criada em 27 de abril de 19 33, por iniciativa de pouco mais de uma centena de figuras eminentes da sociedade paulistana, dentre as quais se destacam os dirigentes das principais entidades de ensino de São Paulo. A FESPSP é orientada desde o início para o estudo da realidade brasileira e para a formação de quadros técnicos e dirigentes capazes de atuar no processo de modernização da sociedade. No ano de 1946, através do Decreto-Lei nº. 9.786, teve reconhecido pelo Governo Federal o seu curso de graduação, cujo conteúdo foi definido como currículo mínimo para o ensino de Sociologia e Política em todo o país.
Hoje, a FESPSP mantém a Escola de Sociologia e Política (ESP), a Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação (FaBCI), a Faculdade de Administração (FAD) e a Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais (EPG). O seu corpo de pesquisadores e docentes se dedica ao ensino e à pesquisa acadêmica e aplicada, reunindo à atividade de produção do conhecimento a capacidade de intervenção, gestão e planejamento, que tem sido a marca de atuação da instituição nos projetos desenvolvidos para os setores público e privado ao longo dos anos.

FONTE: Jornal Cidade de Itapetininga - Itapetininga,SP,Brazil

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