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Tiago Camilo e Flávio Canto em nova batalha olímpica Para saber quem vai a Pequim, os dois meio-médios repetem duelo da seletiva de 2004 e só um se classifica
Amanda Romanelli e Erica Akie Hideshima
Amanda Romanelli e Erica Akie Hideshima
Tiago Camilo e Flávio Canto: dois atletas consagrados no judô. E apenas um deles irá aos Jogos Olímpicos de Pequim na categoria dos meio-médios. A corrida pela vaga começa no mês que vem, em competições européias (veja abaixo). A definição da equipe será em março.Desde 2004, na véspera da Olimpíada de Atenas, os dois travam uma batalha nos tatames. Na seletiva, que era em confronto direto, Flávio venceu a melhor-de-três por 2 a 1. A terceira luta, porém, foi alvo de contestações. Tiago estava vencendo mas acabou punido, nos segundos finais, por falta de combatividade. Quatro anos depois, a sorte parece ter mudado de lado. Tiago é favorito à vaga na China. Em 2007, foi campeão mundial dos meio-médios (além de ter sido considerado o melhor atleta da competição) e faturou o ouro no Pan do Rio entre os médios, lutando com 8kg abaixo do limite da categoria (90 kg). Canto, por sua vez, teve uma temporada “quase trágica”, avalia. “O ano de 2007 foi um dos mais difíceis da minha história no judô. Machuquei o cotovelo no Pan do Rio e não lutei o Mundial”, recorda. Por isso, fica a apreensão atual. “De 2008, não sei o que dá para esperar.”Os dois têm opiniões diferentes até em relação à maneira como serão decididas as vagas olímpicas: Tiago prefere confronto direto, como foi em 2004. Canto acha mais eficiente a avaliação dos resultados europeus.“Nenhum sistema é perfeito, mas acho que tem de ter confronto direto. O atleta não quer vencer, mas conquistar a vaga”, diz Camilo. Canto discorda. “Estou há 12 anos disputando seletivas. Ficava muito bitolado em confrontos diretos, treinando escondido para tentar surpreender o adversário.”Mesmo diante dos problemas enfrentados, Flávio acredita em volta por cima. “O Tiago teve um excelente 2007, mas meu histórico me credencia como atleta capaz de brigar pela vaga.” Camilo não fala em favoritismo, tampouco em rivalidade. “Nossos maiores rivais estão lá fora, já que vamos lutar pela vaga na Europa”, explica. “E não há favorito. Sempre acreditei que aquele que batalha é o que merece. Minhas vagas sempre vieram dentro do tatame e desta vez não será diferente.”
FONTE: O Estado de São Paulo - São Paulo,SP,Brazil
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