Arlene Holanda
Quadras primevas
Quadras primevas
D`água os olhos da fonte
Por essas terras bem-vinda
correndo, a vida e a água
inverno e verão não finda.
A vida quando semente
A vida quando semente
quer vingar, frutificar.
Ficar depois de partir,
ah, quem não ousa sonhar?
Uma casa de jardim
Uma casa de jardim
Para os sonhos florescer
fosse pensar em tristezas,
muito melhor esquecer.
Um duelo de conquistas,
Um duelo de conquistas,
uma bandeira, um castelo.
No alto daquela torre,
meu amor dorme singelo.
Um caminho para o mundo,
Um caminho para o mundo,
Que não existe, transpira.
Na alma que de teimosa
Contra o sol, sombra conspira.
Velhos caminhos de pedra,
Velhos caminhos de pedra,
Olhos turvos, viajantes.
Agora depois da terra
Nada será como antes.
Traziam o mar nos braços
Traziam o mar nos braços
e o longe no olhar.
Na terra, a pedra e o fogo,
Boa bigorna forjar.
Uma casa de guarida
Uma casa de guarida
aos passos cinzas, cansados.
uma cama para o pouso
de sonhos azuis, velados.
Borboletas contra o vento
Borboletas contra o vento
Cores fugidas na pressa
O vento, o sol o caminho
Chegar já não interessa.
Muitos sois, muitas estrelas
Muitos sois, muitas estrelas
morrem na cinza dos dias
o mundo ou talvez a lua
e o que mais tu querias?
Vão os sonhos sem carona
Vão os sonhos sem carona
Batendo em porta fechada
Quando feliz se fizerem
Não é preciso mais nada.
Fosse presente diário
Fosse presente diário
Morada, sombra, guarida
Quantos amores perdidos
Podem caber numa vida?
Nenhum comentário:
Postar um comentário