Pan vê patriotismo "excessivo" de torcedor com relação as vaias
29/07/2007 às 21:08
Sem grande conhecimento sobre regras de muitos dos esportes dos Jogos Pan-Americanos, o torcedor brasileiro misturou patriotismo, euforia e empolgação com uma boa dose de má educação durante as competições.
As vaias foram uma das marcas registradas dos Jogos. Elas começaram na cerimônia de abertura, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu seis vezes o que muitos esportistas ouviriam depois.
Polêmicas, as vaias foram elogiadas na cerimônia de encerramento pelo ex-atleta Robson Caetano, que fez as vezes do mestre de cerimônias.
Além de vaiados, muitos dos rivais brasileiros nas competições tinham seus erros festejados, o que não é comum em alguns esportes.
O ex-jogador Oscar Schmidt foi flagrado "secando" os EUA durante as competições de ginástica artística e depois gritando "argentino não sabe perder" durante uma confusão entre atletas brasileiros e do país vizinho na final do handebol masculino.
"Não gostei, isso não tem nada a ver com ginástica. A diferença é que aqui não é um jogo, não é futebol, nem basquete", disse a ginasta Laís Souza, sobre as vaias em seu esporte.
O presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, concordou. "Foi lamentável o comportamento dos torcedores, que vaiavam os atletas de outros países. Isso não é judô. Eles [torcedores] vieram em uma crescente durante a competição, e faltou alguém para coibi-los."
Argentinos, cubanos e norte-americanos foram os mais perseguidos pelas arquibancadas. Durante algumas competições era normal o sistema de som pedir o aplauso e o fim das vaias.
Já o grande apoio aos esportistas nacionais era agradecido por cada atleta depois de uma competição, e a frase "a torcida me empurrou" virou praxe a cada triunfo.
O patriotismo foi demonstrado desde o dia da abertura, quando as aproximadamente 75 mil pessoas presentes ao evento atenderam ao pedido dos organizadores e usaram a cor branca nas roupas.
Além dos eufóricos aplausos no momento da entrada da delegação brasileira, o nome "Brasil" foi gritado de maneira exaustiva e depois seguido pelo coro "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor", principal grito das arquibancadas durante os Jogos.
Das tão tradicionais críticas e cobranças vistas no futebol brasileiro, só este mesmo esporte passou caso semelhante no Pan, após a eliminação para o Equador.Fonte: Folha
Paraiba.com.br - João Pessoa, Paraiba, Brazil
Aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira... (Cecília Meireles)
segunda-feira, julho 30, 2007
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