terça-feira, julho 31, 2007

CADENTES DE NÓS - Alana Alencar


Cadentes de nós
Alana Alencar

Sumidas as cadentes
e nossos dentes nunca mais.
No denominador
denominado amor
fujo da situação
em caminhos de Marias e Joãos
perto de onde o sol nascer.
Em brindes sem querer
sequer dentro de mim
ser sim
ser não
na contramão seguir viagem.
Parte do que sou agora
metade do que sou depois
misturam-se feijão e arroz
à caminhada.
Ser no fundo o útero da dor
como flagelo e medo.
Impaciente lunna bella
Como formar roupa e chinela de algodão
sucateando beijos e carinhos
trotes e abraços
desejos e fracassos
passos fortes
ao Norte
ao Sul.

Um comentário:

  1. é um dos poemas que eu mais gosto...
    foi feito com a realidade...

    Alana Alencar

    ResponderExcluir