terça-feira, junho 27, 2006

Pureza - José Carlos Mendes Brandão


Pureza
JOSÉ CARLOS MENDES BRANDÃO

Um barco desliza no lago silente.
É o crepúsculo dos pássaros calmos
e a leve brisa na folhagem transparente.
Anjos inaudíveis cantam salmos.
Demônios dormem no fundo abismo.
Hoje não verei a face do afogado.
Sou a nuvem suspensa de uma árvore
e cismo na quietude, cisne dourado.

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