sexta-feira, junho 30, 2006

NUMA MANHÃ - Ronald Polito

Ilustração: Leopoldo Joe Nakata
Numa manhã
Ronald Polito
Vem, carregando o corpo
quebrado, sem brado, sem
dormência, pela colisão
com o simples
ar em torno, de
uma víscera, e
outra adentro, do
pensamento contra
o pensamento, e
num lapso de
trégua, esmerado
em apuros, quase
alheio, depõe
o peso, a pose,
a gana, a afasia,
e afaga
no fogo do sol
a ferida.

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