OS LAÇOS
RENÉ FRANÇOIS ARNAUD PRUDHOMME - 1839 - 1907
(Trad. de Álvaro Reis)
Querendo a tudo amar, trago a alma dolorida,
porque multipliquei a causa dos tormentos...
Frágeis laços, grilhões inúmeros, cruentos...
Prendem meu coração às coisas desta vida.
Tudo a um tempo me atrai e enlaça-me igualmente:
Por seu brilho, a verdade e seus véus, o mistério;
minh'alma se une ao sol num raio de ouro, etéreo,
e em mil fios de seda a cada estrela ardente...
A cadência me prende à ária que triste evoca;
seduz-me a veludez da rosa entre os abrolhos:
Eu de um sorriso fiz o grilhão dos meus olhos
e fiz também de um beijo a cadeia da boca!
Assim, cativo sou dos seres que adoro, a esmo...
Suspenso é meu viver nesta rede que o enlaça...
E quando o menor sopro entre aqueles perpassa
sinto um pouco de mim se arrancar de mim mesmo.
Querendo a tudo amar, trago a alma dolorida,
porque multipliquei a causa dos tormentos...
Frágeis laços, grilhões inúmeros, cruentos...
Prendem meu coração às coisas desta vida.
Tudo a um tempo me atrai e enlaça-me igualmente:
Por seu brilho, a verdade e seus véus, o mistério;
minh'alma se une ao sol num raio de ouro, etéreo,
e em mil fios de seda a cada estrela ardente...
A cadência me prende à ária que triste evoca;
seduz-me a veludez da rosa entre os abrolhos:
Eu de um sorriso fiz o grilhão dos meus olhos
e fiz também de um beijo a cadeia da boca!
Assim, cativo sou dos seres que adoro, a esmo...
Suspenso é meu viver nesta rede que o enlaça...
E quando o menor sopro entre aqueles perpassa
sinto um pouco de mim se arrancar de mim mesmo.
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