Objetivo Pequim (20/09)
Ivan Drummond - Estado de Minas
Belo Horizonte reservou merecida homenagem ao mais novo campeão mundial do esporte brasileiro: o judoca Luciano Corrêa, medalha de ouro na categoria meio-pesado do Campeonato Mundial de Judô Rio’2007, que desfilou em um caminhão do Corpo de Bombeiros pelas principais ruas da cidade, tendo a seu lado outros atletas do Minas Belo Dente. Entre eles, a meio-leve Érika Miranda, medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos e quinta no Mundial, o que lhe valeu a classificação antecipada para os Jogos Olímpicos de Pequim’2008, quando ambos esperam a conquista de mais medalhas.
Luciano esteve o tempo todo ao lado da família: o pai Raimundo, a mãe Antônia, os tios Marco Antônio e Maria e o primo Gustavo. Para ele, todos são pessoas fundamentais em sua vida esportiva, tanto quanto o técnico do Minas, Floriano Almeida. “Eu devo demais a todos eles. Ao Floriano, que foi quem me viu, em 2000, e bancou a minha vinda para o clube, que me dá toda a infra-estrutura. Meus pais me dão uma força incrível. Sem o apoio deles, dificilmente chegaria até aqui.”
Com a medalha no peito, Luciano diz que pôde, finalmente, realizar um de seus muitos sonhos. O maior deles pode estar próximo: o de ser campeão olímpico. “Sempre quis poder ser referência para as pessoas, para as crianças, no esporte. Também nas horas de dificuldade, como a que passei há mais de dois anos, quando minha namorada, Sara, morreu. Gostaria que as pessoas mirassem nesse exemplo de superação.” Esse é também o conceito que Luciano tem de herói, o que ele se tornou há uma semana, quando se transformou no melhor do mundo.
As lutas, disputadas todas num só dia, não param de passar pela cabeça dele, como um filme que não se cansa de rever. O judoca tirou lições das derrotas. “Logo depois do Pan, não estava satisfeito com a maneira como perdi a semifinal para o cubano. Sabia que alguma coisa tinha de ser feita. Floriano e eu vimos e revimos, várias vezes, minhas últimas lutas, para analisarmos os erros. Isso foi fundamental para mim, pois muitas vezes, no Rio, comecei perdendo e consegui virar, muito por ter aprendido a ter paciência, a não me desesperar.”
Na casa de Luciano, foi lançado, pelo pai, Raimundo – que a TV mostrava gritando sem parar, para incentivar o filho –, o Projeto Pequim. “Não sei como, mas tenho certeza de que o Luciano estará na Olimpíada e eu quero ir a Pequim, com a Antônia. Estou estudando um jeito de arrumar o dinheiro. Sei que vou conseguir. Minha única certeza é de que ele estará lá e vou ficar gritando, como sempre fiz.”
Mas Luciano, apesar de campeão mundial, ainda não está confirmado na Olimpíada. Pelos critérios da Confederação Brasileira de Judô, um lutador, para garantir sua vaga, teria de ter vencido o Pan e chegado à final do Mundial. Os critérios, no entanto, estão sendo revistos, como o próprio judoca ouviu da CBJ. De qualquer forma, Luciano não quer perder tempo. “Se for preciso disputar uma seletiva, estou pronto. Se confirmarem que estou classificado, vou procurar treinar do mesmo jeito, com afinco. Fui convidado pela Federação Japonesa de Judô para disputar a Copa Jigoro Kano e tenho outros torneios na Europa. Preciso me manter em competição, para não perder o ritmo.”
PLANOS
Da mesma forma que ele, Érika faz planos. Pequim ainda está distante, mas já é uma realidade. “Na minha casa, em Brasília, todos estão festejando. Mas eu não posso fazer isso. Tenho de treinar e sei que agora muito mais do que antes. Se eu reclamava antes que treinava demais, agora será muito pior.”
E, pensando em Pequim, Érika diz que pretende disputar algumas competições na Europa. “Minhas adversárias dos Jogos estarão nesses torneios, principalmente nos classificatórios. Isso quer dizer que vão dar o máximo e seria bom enfrentá-las antes, pois isso poderá me fortalecer no tatame.”
FONTE: Superesportes - Belo Horizonte, MG, Brazil
Ivan Drummond - Estado de Minas
Belo Horizonte reservou merecida homenagem ao mais novo campeão mundial do esporte brasileiro: o judoca Luciano Corrêa, medalha de ouro na categoria meio-pesado do Campeonato Mundial de Judô Rio’2007, que desfilou em um caminhão do Corpo de Bombeiros pelas principais ruas da cidade, tendo a seu lado outros atletas do Minas Belo Dente. Entre eles, a meio-leve Érika Miranda, medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos e quinta no Mundial, o que lhe valeu a classificação antecipada para os Jogos Olímpicos de Pequim’2008, quando ambos esperam a conquista de mais medalhas.
Luciano esteve o tempo todo ao lado da família: o pai Raimundo, a mãe Antônia, os tios Marco Antônio e Maria e o primo Gustavo. Para ele, todos são pessoas fundamentais em sua vida esportiva, tanto quanto o técnico do Minas, Floriano Almeida. “Eu devo demais a todos eles. Ao Floriano, que foi quem me viu, em 2000, e bancou a minha vinda para o clube, que me dá toda a infra-estrutura. Meus pais me dão uma força incrível. Sem o apoio deles, dificilmente chegaria até aqui.”
Com a medalha no peito, Luciano diz que pôde, finalmente, realizar um de seus muitos sonhos. O maior deles pode estar próximo: o de ser campeão olímpico. “Sempre quis poder ser referência para as pessoas, para as crianças, no esporte. Também nas horas de dificuldade, como a que passei há mais de dois anos, quando minha namorada, Sara, morreu. Gostaria que as pessoas mirassem nesse exemplo de superação.” Esse é também o conceito que Luciano tem de herói, o que ele se tornou há uma semana, quando se transformou no melhor do mundo.
As lutas, disputadas todas num só dia, não param de passar pela cabeça dele, como um filme que não se cansa de rever. O judoca tirou lições das derrotas. “Logo depois do Pan, não estava satisfeito com a maneira como perdi a semifinal para o cubano. Sabia que alguma coisa tinha de ser feita. Floriano e eu vimos e revimos, várias vezes, minhas últimas lutas, para analisarmos os erros. Isso foi fundamental para mim, pois muitas vezes, no Rio, comecei perdendo e consegui virar, muito por ter aprendido a ter paciência, a não me desesperar.”
Na casa de Luciano, foi lançado, pelo pai, Raimundo – que a TV mostrava gritando sem parar, para incentivar o filho –, o Projeto Pequim. “Não sei como, mas tenho certeza de que o Luciano estará na Olimpíada e eu quero ir a Pequim, com a Antônia. Estou estudando um jeito de arrumar o dinheiro. Sei que vou conseguir. Minha única certeza é de que ele estará lá e vou ficar gritando, como sempre fiz.”
Mas Luciano, apesar de campeão mundial, ainda não está confirmado na Olimpíada. Pelos critérios da Confederação Brasileira de Judô, um lutador, para garantir sua vaga, teria de ter vencido o Pan e chegado à final do Mundial. Os critérios, no entanto, estão sendo revistos, como o próprio judoca ouviu da CBJ. De qualquer forma, Luciano não quer perder tempo. “Se for preciso disputar uma seletiva, estou pronto. Se confirmarem que estou classificado, vou procurar treinar do mesmo jeito, com afinco. Fui convidado pela Federação Japonesa de Judô para disputar a Copa Jigoro Kano e tenho outros torneios na Europa. Preciso me manter em competição, para não perder o ritmo.”
PLANOS
Da mesma forma que ele, Érika faz planos. Pequim ainda está distante, mas já é uma realidade. “Na minha casa, em Brasília, todos estão festejando. Mas eu não posso fazer isso. Tenho de treinar e sei que agora muito mais do que antes. Se eu reclamava antes que treinava demais, agora será muito pior.”
E, pensando em Pequim, Érika diz que pretende disputar algumas competições na Europa. “Minhas adversárias dos Jogos estarão nesses torneios, principalmente nos classificatórios. Isso quer dizer que vão dar o máximo e seria bom enfrentá-las antes, pois isso poderá me fortalecer no tatame.”
FONTE: Superesportes - Belo Horizonte, MG, Brazil
Nenhum comentário:
Postar um comentário