sábado, março 29, 2008

Psicologia do Esporte e emoções

28/03/2008
Psicologia do Esporte e emoções
goldecabeca@gazetaesportiva.com.br
São Paulo (SP) - O esporte se distingue das demais atividades humanas por sua elevada emocionalidade. Os sentimentos provocados pelas competições são vivenciados não só pelos participantes diretos como também por numerosos observadores e espectadores. São exatamente a riqueza emocional e os numerosos momentos de tensão que atraem milhares de pessoas para esta prática.
Os processos emocionais podem acompanhar, regular e apoiar a ação desportiva, mas também podem perturbá-la e até impedi-la. As emoções são expressas na vivência, no comportamento e nas alterações fisiológicas do corpo. Distinguem-se como dimensões de efeito sobre a ação e a vivência: intensidade, tensão, nuança de prazer ou desprazer e complexidade.
No esporte, a influência dos aspectos emocionais desempenha papel fundamental no estado pré-competitivo. A expectativa que antecede uma partida produz tensões emocionais (insegurança, ansiedade, medo, tensão, etc.) que podem ser tão intensas que requerem o emprego de medidas psicorreguladoras (equilíbrio mental) especiais como as técnicas de relaxamento, a fim de ajustar a excessiva tensão psíquica com suas conseqüências psicofisiológicas (alterações no humor, sudorese, contrações musculares, taquicardia etc.) negativas ao grau adequado para o bom desempenho.
Uma importante função da emoção para nossa apreciação é seu efeito regulador sobre o comportamento. As emoções influenciam nossa ação como reação a estímulos desencadeantes da ação, e as emoções provocam ações com objetivos de diminuição da tensão emocional.
Um atleta pode ficar tão contente por conseguir uma boa jogada que procurará, nas ações seguintes, repetir este estado quantas vezes lhe for possível. Mas se o seu excelente chute a gol for anulado por uma falta, isto pode causar tanta raiva que as emoções acumuladas se transformam em agressão contra o jogador que cometeu a falta, contra o juiz ou contra a equipe adversária. O comportamento agressivo no esporte não serve para enfrentar, de modo racional, seu ambiente social, embora não seja possível a diferenciação do atleta e o cidadão. São duas faces psicológicas de uma mesma pessoa. Jung descreveu este processo como a formação da /persona/. Amigos, vocês já notaram que, deste o momento em que acordam até a hora de dormir, todos nós desempenhamos vários papéis no tal ambiente social? O filho, amigo, trabalhador, cidadão, profissional e tantas outras. No exemplo do esporte, o papel de atleta é apenas mais um dentro de tantos outros vivenciados no dia a dia destas pessoas.
No tratamento dos processos emocionais, pensa-se que as ocorrências se sucedem somente no próprio indivíduo, de modo que seja importante apenas para quem vivencia as emoções. Esquece-se que os processos emocionais, muitas vezes, só ocorrem em situações em que haja interações entre várias pessoas, cujo comportamento pode influenciar a mencionada situação. Há, portanto, uma extrema importância na ação social sobre as emoções dos atletas.
A análise cuidadosa e diferenciada dos processos emocionais que influenciam a ação desportiva representa um valioso campo de pesquisas psicológicas no esporte. Os conhecimentos obtidos são de grande valia para os praticantes de esporte, especialmente com vistas à vivência e absorção dos processos emocionais relacionados com a performance esportiva.
Mais sobre Psicologia do Esporte em www.ceppe.com.br
Da fonte:
FONTE: Gazeta Esportiva - São Paulo,SP,Brazil
http://www.gazetaesportiva.net/

Nenhum comentário:

Postar um comentário