O affaire Dreyfus
Por Leda Tenório da Motta
Excerto inédito do livro Proust - A Violência Sutil do Riso (Perspectiva-FAPESP) que será lançado na quinta-feira, às 19:30 na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.
Proust está na casa dos vinte anos e trabalha numa obra menor – Jean Santeuil –, quando, em setembro de 1894, remexendo numa lixeira, num final de expediente, na legação alemã em Paris, os serviços de contra-espionagem do governo francês encontram uma folha de papel – documento mais tarde conhecido como “borderô” – fadada a ser explosiva. Nela, um autor anônimo oferecia informações sigilosas sobre os movimentos da artilharia francesa ao adido militar daquele país, com que a França estivera recentemente em guerra, e para o qual perdera traumaticamente a Alsácia e a Lorena. Imediatamente, as suspeitas recaem sobre um oficial do Estado-Maior, o Capitão Alfred Dreyfus, filho de uma opulenta família de judeus da Alsácia, estabelecida, há algum tempo em Paris, e pertencente à alta sociedade.
Nessas circunstâncias, Dreyfus é preso em outubro desse mesmo ano e, com a comprovação fraudulenta de sua responsabilidade, atestada a partir de exames do documento manuscrito pelo perito grafólogo Bertillon, que é então o Chefe do Serviço de Identidade Judiciária da Prefeitura de Polícia de Paris, é condenado à prisão perpétua por espionagem e alta traição. Conduzido à Ilha do Diabo, na Guiana Francesa, em 1895, ele passaria ali quatro anos. Num primeiro momento, a família evita tomar qualquer providência que não junto às instituições do Estado, descartando partir para qualquer tipo de ativismo fora dessa instância. É só quando esse método fracassa que os Dreyfus pensam em protestar publicamente, mas então, o problema já havia virado um Caso que os ultrapassa, tornando-se uma questão nacional. Encampado por políticos e intelectuais franceses, o Caso Dreyfus divide a França em dois. A imprensa ilustra essa cisão: o Figaro é militarista, os republicanos e os radicais de esquerda têm o Aurore e o Journal du siècle como plataforma.
Mas o escândalo propriamente dito, começa em 1896, quando, numa primeira reviravolta, o novo Chefe do Serviço de Informação, o coronel Georges Picquart, que acabaria pondo sua carreira em risco na busca da verdade – e entrando para o romance de Proust, já que é um freqüentador do círculo dreyfusista da Sra. Verdurin, pelo menos enquanto ela não se dá conta de que ele deslustra seu salão –, passa a dirigir as suspeitas na direção de um outro militar, um comandante de origem húngara, filho de uma família ilustre que deu à França altos dignitários políticos, por nome Charles Ferdinand Esterházy. Picquart termina por acusar Esterházy de ser o espião que se procura e o dono da letra do borderô. Então, cópias fac-similadas do controvertido documento que serve de corpo de delito ao processo, e é publicado no Le Matin, no mês de outubro, são espalhadas pelas ruas de Paris pelos primeiros revisionistas. A partir daí, difundem-se, cada vez mais, pela cidade, rumores de que as provas levantadas contra Dreyfus são armadas. Em sua biografia de Proust, o professor Jean-Yves Tadié estabelece que é na casa de Madame Strauss que o escritor ouve falar nessa possibilidade, pela primeira vez, sendo autorizado por essa côterie que defende corajosamente Dreyfus a transgredir o pretenso patriotismo da facção oposta
De um lado e de outro, as militâncias se acirram. À direita, o governo, o exército nacionalista, os partidos conservadores, a Igreja. À esquerda, os anticlericais, os republicanos, os socialistas, as forças progressistas. Acusado de conspirar a favor dos dreyfusistas, Picquart cai rapidamente em desgraça e é transferido para a Tunísia. Mas Esterhazy não escapa a um processo. Julgado, em janeiro de 1898 por um conselho de guerra, ele é absolvido, ao passo que, pouco depois, é Picquart quem é julgado e condenado. Segue-se a esses fatos uma primeira onda de violência nas ruas, principalmente na capital, que se agravaria em 1899. É em fevereiro de 1898, um mês depois da absolvição de Esterhazy, que Émile Zola publica, no jornal L´Aurore, o famoso “J´accuse”, libelo em forma de carta aberta ao presidente Félix Faure que é, para alguns, um dos atos mais revolucionários do século. Seu belo gesto é seguido pelo de um grupo de intelectuais que lançam o “Manifesto dos cento e quatro”, também conhecido como “petição dos intelectuais”, numa iniciativa que conta com o particular empenho de Proust e de alguns de seus amigos (não anti-semitas) e que seria endossada, entre outros, por Anatole France, convencido pelo próprio Proust a entrar na briga.
Os acontecimentos só fazem se precipitar, daí por diante. Nesse mesmo mês de fevereiro, Zola é detido, sob a acusação de difamar os militares que defenderam Esterhazy. Começa o processo de Zola. O jovem Marcel Proust acompanha essas sessões, de que nos fala em seu abortado Jean Santeuil. Condenado a um ano de prisão, Zola foge para Londres. Ao regressar à França, em junho de 1898, seria recepcionado como um verdadeiro diretor de consciência. Mas morreria sem ver o fim do processo. Três anos mais tarde, ele morre, em seu quarto, em Paris, asfixiado pelo monóxido de carbono proveniente da lareira, ao que parece, acidentalmente, em circunstâncias que nunca foram completamente esclarecidas, havendo, até hoje, quem acredite na possibilidade de alguma ação criminosa, o que nenhum inquérito policial jamais confirmou. Mas antes disso, nesses mesmos primeiros meses de 1898 em que tudo parece acontecer, é decretada a prisão de Picquart. Proust lhe enviaria na cadeia um exemplar de Les plaisirs et les jours. Pouco mais tarde, quando estivessem finalmente esclarecidos os fatos, Picquart seria feito Ministro da Guerra.
Porém o golpe de cena mais espetacular ainda estava por vir. Como o exército e os generais classistas afirmassem, desde sempre, manter em seu poder algumas provas suplementares irrefutáveis da culpabilidade de Dreyfus, no ano de 1899, um novo ministro da guerra, Cavaignac, mais um anti-semita em ação, decide torná-las públicas. É o começo do fim. As referidas provas – novos papéis com a letra de Dreyfus – logo revelam-se tão inconsistentes quanto as anteriores, o comandante-em-chefe Henri é preso, confessa sua falsificação e se suicida na prisão. Isso desencadeia uma última reação do grupo de intelectuais dreyfusistas, paradoxalmente concentrado na rive droite parisiense, berço dos ricos e dos nobres, e mais uma campanha de apoio aos militares, que articula representantes da pequena burguesia reacionária, de que logo nasceria a Action Française, espécie de versão local da nossa Tradição, família propriedade. E ao mesmo tempo, acende o ódio ao judeu. Há motins por toda parte no país – em Nantes, Nancy, Rennes, Bordeaux –, e manifestações em Paris. O clamor da esquerda leva à revisão do processo, solicitada desde a época do “Manifesto dos cento e quatro”. Esterhazy, de quem se desconfia, cada vez mais, que agira a mando de seus superiores, deixa a França, em 1899.
Nesse mesmo ano, a sentença contra Dreyfus é comutada em pena de 10 anos de prisão. Dreyfus é indultado, ainda em 1899, pelo novo presidente da república, Émile Loubet. Ele entraria com um novo pedido de revisão, que é ignorado até 1906, quando, finalmente, recebe de volta seus galões. Salta então à vista que fora a frustração vivida pela França diante dos alemães que levara os militares, no afã de recuperar a honra perdida, a procurar num judeu o inimigo interno associado ao inimigo externo. Estabelecida uma nova ordem política, Picquart é feito Ministro da Guerra (1906-1909) e Clemenceau, Ministro do Interior e Presidente do Conselho de Ministros (1906).
Notando que o Caso Dreyfus, na verdade, nunca terminou, Hannah Arendt escreve, nos anos de 1950, decênio da edição original de As Origens do totalitarismo: “... nem a primeira nem a segunda guerra mundial fizeram esquecer o processo. Quando Dreyfus morreu, em 1935, a imprensa, por medo, não comentou a questão. Ainda hoje, embora em menor escala, o Caso Dreyfus divide a política francesa[1]”.
Por sua vez, Julia Kristeva lembra, em Le Temps sensible, onde se interessa demoradamente pelas relações entre o judaísmo e o romance de Proust, que Dreyfus seria ainda agredido, quando das manifestações de rua ocorridas no momento da transferência dos despojos mortais de Zola para o Panteão, em 1908, e que o agressor seria inocentado.
A agressão se repetiria em 1985, quando François Mitterrand e seu ministro da cultura Jacques Lang, que haviam encomendado uma escultura em homenagem a Dreyfus, tentaram implantá-la no pátio da École Militaire, sendo impedidos pelos militares. Inaugurada no Jardim das Tulheirias, em 1988, ela está hoje no sixième arrondissement, na Place Pierre-Lafue, perto da prisão da rua do Cherche Midi em que o capitão judeu-francês foi degradado, em 1895, e constituiu-se num marco importante para as atividades do Centenário da reabilitação de, em 2006.
De 1895 a 1930, data em que se estabelece, em definitivo, a inocência, com a publicação do diário do adido militar alemão nas mãos do qual caíra o borderô, foram 35 anos. Sabe-se, desde então, que o culpado era Esterházy, e que ele não estava sozinho. Nesta paródia de romance de Balzac, como também disse Hannah Arendt que ela era, todo o estado francês se comprometera.
Por Leda Tenório da Motta
Excerto inédito do livro Proust - A Violência Sutil do Riso (Perspectiva-FAPESP) que será lançado na quinta-feira, às 19:30 na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.
Proust está na casa dos vinte anos e trabalha numa obra menor – Jean Santeuil –, quando, em setembro de 1894, remexendo numa lixeira, num final de expediente, na legação alemã em Paris, os serviços de contra-espionagem do governo francês encontram uma folha de papel – documento mais tarde conhecido como “borderô” – fadada a ser explosiva. Nela, um autor anônimo oferecia informações sigilosas sobre os movimentos da artilharia francesa ao adido militar daquele país, com que a França estivera recentemente em guerra, e para o qual perdera traumaticamente a Alsácia e a Lorena. Imediatamente, as suspeitas recaem sobre um oficial do Estado-Maior, o Capitão Alfred Dreyfus, filho de uma opulenta família de judeus da Alsácia, estabelecida, há algum tempo em Paris, e pertencente à alta sociedade.
Nessas circunstâncias, Dreyfus é preso em outubro desse mesmo ano e, com a comprovação fraudulenta de sua responsabilidade, atestada a partir de exames do documento manuscrito pelo perito grafólogo Bertillon, que é então o Chefe do Serviço de Identidade Judiciária da Prefeitura de Polícia de Paris, é condenado à prisão perpétua por espionagem e alta traição. Conduzido à Ilha do Diabo, na Guiana Francesa, em 1895, ele passaria ali quatro anos. Num primeiro momento, a família evita tomar qualquer providência que não junto às instituições do Estado, descartando partir para qualquer tipo de ativismo fora dessa instância. É só quando esse método fracassa que os Dreyfus pensam em protestar publicamente, mas então, o problema já havia virado um Caso que os ultrapassa, tornando-se uma questão nacional. Encampado por políticos e intelectuais franceses, o Caso Dreyfus divide a França em dois. A imprensa ilustra essa cisão: o Figaro é militarista, os republicanos e os radicais de esquerda têm o Aurore e o Journal du siècle como plataforma.
Mas o escândalo propriamente dito, começa em 1896, quando, numa primeira reviravolta, o novo Chefe do Serviço de Informação, o coronel Georges Picquart, que acabaria pondo sua carreira em risco na busca da verdade – e entrando para o romance de Proust, já que é um freqüentador do círculo dreyfusista da Sra. Verdurin, pelo menos enquanto ela não se dá conta de que ele deslustra seu salão –, passa a dirigir as suspeitas na direção de um outro militar, um comandante de origem húngara, filho de uma família ilustre que deu à França altos dignitários políticos, por nome Charles Ferdinand Esterházy. Picquart termina por acusar Esterházy de ser o espião que se procura e o dono da letra do borderô. Então, cópias fac-similadas do controvertido documento que serve de corpo de delito ao processo, e é publicado no Le Matin, no mês de outubro, são espalhadas pelas ruas de Paris pelos primeiros revisionistas. A partir daí, difundem-se, cada vez mais, pela cidade, rumores de que as provas levantadas contra Dreyfus são armadas. Em sua biografia de Proust, o professor Jean-Yves Tadié estabelece que é na casa de Madame Strauss que o escritor ouve falar nessa possibilidade, pela primeira vez, sendo autorizado por essa côterie que defende corajosamente Dreyfus a transgredir o pretenso patriotismo da facção oposta
De um lado e de outro, as militâncias se acirram. À direita, o governo, o exército nacionalista, os partidos conservadores, a Igreja. À esquerda, os anticlericais, os republicanos, os socialistas, as forças progressistas. Acusado de conspirar a favor dos dreyfusistas, Picquart cai rapidamente em desgraça e é transferido para a Tunísia. Mas Esterhazy não escapa a um processo. Julgado, em janeiro de 1898 por um conselho de guerra, ele é absolvido, ao passo que, pouco depois, é Picquart quem é julgado e condenado. Segue-se a esses fatos uma primeira onda de violência nas ruas, principalmente na capital, que se agravaria em 1899. É em fevereiro de 1898, um mês depois da absolvição de Esterhazy, que Émile Zola publica, no jornal L´Aurore, o famoso “J´accuse”, libelo em forma de carta aberta ao presidente Félix Faure que é, para alguns, um dos atos mais revolucionários do século. Seu belo gesto é seguido pelo de um grupo de intelectuais que lançam o “Manifesto dos cento e quatro”, também conhecido como “petição dos intelectuais”, numa iniciativa que conta com o particular empenho de Proust e de alguns de seus amigos (não anti-semitas) e que seria endossada, entre outros, por Anatole France, convencido pelo próprio Proust a entrar na briga.
Os acontecimentos só fazem se precipitar, daí por diante. Nesse mesmo mês de fevereiro, Zola é detido, sob a acusação de difamar os militares que defenderam Esterhazy. Começa o processo de Zola. O jovem Marcel Proust acompanha essas sessões, de que nos fala em seu abortado Jean Santeuil. Condenado a um ano de prisão, Zola foge para Londres. Ao regressar à França, em junho de 1898, seria recepcionado como um verdadeiro diretor de consciência. Mas morreria sem ver o fim do processo. Três anos mais tarde, ele morre, em seu quarto, em Paris, asfixiado pelo monóxido de carbono proveniente da lareira, ao que parece, acidentalmente, em circunstâncias que nunca foram completamente esclarecidas, havendo, até hoje, quem acredite na possibilidade de alguma ação criminosa, o que nenhum inquérito policial jamais confirmou. Mas antes disso, nesses mesmos primeiros meses de 1898 em que tudo parece acontecer, é decretada a prisão de Picquart. Proust lhe enviaria na cadeia um exemplar de Les plaisirs et les jours. Pouco mais tarde, quando estivessem finalmente esclarecidos os fatos, Picquart seria feito Ministro da Guerra.
Porém o golpe de cena mais espetacular ainda estava por vir. Como o exército e os generais classistas afirmassem, desde sempre, manter em seu poder algumas provas suplementares irrefutáveis da culpabilidade de Dreyfus, no ano de 1899, um novo ministro da guerra, Cavaignac, mais um anti-semita em ação, decide torná-las públicas. É o começo do fim. As referidas provas – novos papéis com a letra de Dreyfus – logo revelam-se tão inconsistentes quanto as anteriores, o comandante-em-chefe Henri é preso, confessa sua falsificação e se suicida na prisão. Isso desencadeia uma última reação do grupo de intelectuais dreyfusistas, paradoxalmente concentrado na rive droite parisiense, berço dos ricos e dos nobres, e mais uma campanha de apoio aos militares, que articula representantes da pequena burguesia reacionária, de que logo nasceria a Action Française, espécie de versão local da nossa Tradição, família propriedade. E ao mesmo tempo, acende o ódio ao judeu. Há motins por toda parte no país – em Nantes, Nancy, Rennes, Bordeaux –, e manifestações em Paris. O clamor da esquerda leva à revisão do processo, solicitada desde a época do “Manifesto dos cento e quatro”. Esterhazy, de quem se desconfia, cada vez mais, que agira a mando de seus superiores, deixa a França, em 1899.
Nesse mesmo ano, a sentença contra Dreyfus é comutada em pena de 10 anos de prisão. Dreyfus é indultado, ainda em 1899, pelo novo presidente da república, Émile Loubet. Ele entraria com um novo pedido de revisão, que é ignorado até 1906, quando, finalmente, recebe de volta seus galões. Salta então à vista que fora a frustração vivida pela França diante dos alemães que levara os militares, no afã de recuperar a honra perdida, a procurar num judeu o inimigo interno associado ao inimigo externo. Estabelecida uma nova ordem política, Picquart é feito Ministro da Guerra (1906-1909) e Clemenceau, Ministro do Interior e Presidente do Conselho de Ministros (1906).
Notando que o Caso Dreyfus, na verdade, nunca terminou, Hannah Arendt escreve, nos anos de 1950, decênio da edição original de As Origens do totalitarismo: “... nem a primeira nem a segunda guerra mundial fizeram esquecer o processo. Quando Dreyfus morreu, em 1935, a imprensa, por medo, não comentou a questão. Ainda hoje, embora em menor escala, o Caso Dreyfus divide a política francesa[1]”.
Por sua vez, Julia Kristeva lembra, em Le Temps sensible, onde se interessa demoradamente pelas relações entre o judaísmo e o romance de Proust, que Dreyfus seria ainda agredido, quando das manifestações de rua ocorridas no momento da transferência dos despojos mortais de Zola para o Panteão, em 1908, e que o agressor seria inocentado.
A agressão se repetiria em 1985, quando François Mitterrand e seu ministro da cultura Jacques Lang, que haviam encomendado uma escultura em homenagem a Dreyfus, tentaram implantá-la no pátio da École Militaire, sendo impedidos pelos militares. Inaugurada no Jardim das Tulheirias, em 1988, ela está hoje no sixième arrondissement, na Place Pierre-Lafue, perto da prisão da rua do Cherche Midi em que o capitão judeu-francês foi degradado, em 1895, e constituiu-se num marco importante para as atividades do Centenário da reabilitação de, em 2006.
De 1895 a 1930, data em que se estabelece, em definitivo, a inocência, com a publicação do diário do adido militar alemão nas mãos do qual caíra o borderô, foram 35 anos. Sabe-se, desde então, que o culpado era Esterházy, e que ele não estava sozinho. Nesta paródia de romance de Balzac, como também disse Hannah Arendt que ela era, todo o estado francês se comprometera.
Imagine-se Proust diante de tudo isso!
[1] - Op. cit., p.112-113.
Leda Tenório da Motta é Professora no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC SP, pesquisadora do CNPq, crítica literária e tradutora. Tem sete livros publicados, entre eles, Sobre a Crítica Literária Brasileira no Último Meio Século (Imago, 2003), Céu Acima - Para um Tombeau de Haroldo de Campos (Perspectiva 2005) e Proust- A Violência Sutil do Riso (Perspectiva 2007).
FONTE: CRONÓPIOS - Literatura e Arte no Plural+BITNIKS
[1] - Op. cit., p.112-113.
Leda Tenório da Motta é Professora no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da PUC SP, pesquisadora do CNPq, crítica literária e tradutora. Tem sete livros publicados, entre eles, Sobre a Crítica Literária Brasileira no Último Meio Século (Imago, 2003), Céu Acima - Para um Tombeau de Haroldo de Campos (Perspectiva 2005) e Proust- A Violência Sutil do Riso (Perspectiva 2007).
FONTE: CRONÓPIOS - Literatura e Arte no Plural+BITNIKS
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