sexta-feira, setembro 29, 2006

Agora austríaca, Fabiane Hukuda lamenta ausência no Pan


Agora austríaca, Fabiane Hukuda lamenta ausência no Pan
Fernanda Brambilla
Em São Paulo

Fabiane Hukuda tem um histórico de regularidade nos Jogos Pan-Americanos. Em Winnipeg-99, o primeiro que disputou, a judoca ficou com a medalha de bronze. Em Santo Domingo-03, mais um terceiro lugar.
Para os Jogos do Rio 2007, as expectativas seriam altas. Um sinal disso é a serieda com que a seleção feminina encara o treinamento internacional que está sendo realizado no ginásio de judô do Ibirapuera, com a participação de atletas de 14 seleções de todo o mundo.Para Fabiane, porém, a chance vale mais pelo reencontro com os amigos. A judoca mudou-se do país em janeiro, quando casou-se com um austríaco e deixou a equipe brasileira. Para não deixar também o judô, a solução encontrada foi juntar-se à seleção de seu novo lar. Então, com o uniforme da seleção austríaca, Fabiane treina, agora, como visitante."As meninas já estão com a cabeça no Pan, e dá aquela saudade, porque não vou mais disputar, ainda mais agora que os Jogos serão aqui. Mas agora eu preciso pensar no Campeonato Europeu e no Mundial", afirmou a judoca, que já se diz "em casa" entre as européias.Para Fabiane, o que era uma fuga do esporte pode acabar lhe rendendo nons frutos, já que treinará com grandes atletas, como a medalhista de prata em Atenas, Claudia Hell."Na Áustria, o feminino é mais forte e mais reconhecido do que o masculino, ao contrário do que acontece aqui, o que também me favorece", conta a judoca. "Logo que eu me mudei pra lá recebi o convite do Multikraft Colop Wels (seu clube atual). As coisas aconteceram rápido, e a minha sorte é que eles acompanham tudo, já me conheciam das atuações que fiz pela seleção brasileira", conta Fabiane, que tem no currículo a vitória no campeonato mundial júnior e participação nas Olimpíadas de Atenas. "E eu ainda consegui patrocínio", comemora a atleta, que, no Brasil, sagrou-se campeã júnior, mas estava sem incentivos desde 2000.
Mesmo bem adaptada, Fabiane não nega que ainda sente saudade ao ver o roupão azul do Brasil nas competições. "Fui com uma amiga a Paris e torci pelos meninos", conta, em alusão ao Campeonato Mundial por equipes, que o Brasil disputou no masculino (e ficou em 7º lugar).Revés brasileiroFabiane ainda não domina o alemão, mas conseguiu conquistar de vez a amizade das austríacas durante a viagem a São Paulo."Fomos à casa dos meus pais em São Vicente, e fiz um churrasco para eles", diz. A visita só não foi perfeita porque o técnico feminino da Áustria, Hubert Rohramer, foi assaltado ao sair do banco após trocar dinheiro. "Levaram a bolsa dele, com todo o dinheiro. Já deviam estar de olho nele. Foi horrível, eu até chorei de vergonha, porque manchou a estadia", lamentou Fabiane, que agora, presta ainda mais atenção no grupo "gringo". "Agora andamos só em grupos, ela não nos deixa sair sozinhas", brincou a austríaca Silvia Schlagnitweit. "Fabiane já nos avisou que aqui é tudo muito diferente do que na Áustria. Mas estamos alertas."
Fonte: UOL Esporte - São Paulo, SP, Brazil - http://esporte.uol.com.br/

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