sexta-feira, julho 25, 2008

14 superdicas tecnológicas para quem vai aos Jogos Olímpicos


14 superdicas tecnológicas para quem vai aos Jogos Olímpicos
IDG News Service/China
23-07-2008
Steven Schwankert, editor do IDG News Service, da China
Energia elétrica, uso do celular e da web, dicas de compras high-tech; tudo o que o turista precisa sobreviver em Pequim.


Tecnologicamente, Pequim está em uma encruzilhada. É a capital do maior mercado mundial de celulares e internet, e suas universidades, principalmente Tsinghua University, abrigam algumas das melhores mentes do mundo em termos de tecnologia.
Ao mesmo tempo, a cidade não pode ser comparada às suas vizinhas asiáticas, como Tóquio, Seul e Hong Kong, quando se trata de serviços de telecomunicações, como redes 3G.
Seu acesso à internet é censurado e muito mais lento que nas cidades citadas: a conexão mais rápida, da China Netcom, é ADSL e vendida a 2 Mbps, mas muitas vezes os registros ficam abaixo de 1 Mbps.
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Enquanto o país ganha o ouro em tamanho de mercado de tecnologia, é em muitos casos derrotado em termos de qualidade de aplicação da tecnologia.
O básico: A rede eletricidade na China é de 220 Volts. A energia de Pequim é consistente, mas fontes de proteção de alguns tipos são aconselhadas.
Tomadas são de dois tipos: as de dois pinos finos verticais - como todas as usadas na América do Norte - e as de três pinos, como um vertical fino e dois inclinados, como os adaptadores do Reino Unido (para as tomadas que não convertem voltagem). Adaptadores de energia já estão disponíveis em lojas de departamentos e supermercados.
A grande questão a ser encarada pelo visitante será o idioma. Apesar das crianças estudarem inglês por anos nas escolas, a ênfase está em ler e escrever, não em falar e ouvir. Por isso, os taxistas falam um inflês funcional.
Para pegar um taxi, é essencial ter seu destino escrito em chinês para mostrar ao motorista. Você também pode mergulhar em um guia de imersão em mandarim, que provê não apenas o equivalente da frase em caracteres chineses, como a ‘romanização’, ou seja, o ‘como-se-lê’, com letras do alfabeto romano, caso você tente falar algo.
Manter-se conectado: A rede celular atual da China é 2G no padrão GSM. A maior parte dos aparelhos dual, tri ou quad-band serão capazes de se conectar lá, desde que você tenha roaming internacional com a China Mobile ou China Unicom.
Verifique com sua operadora antes de sair de casa. O serviço Blackberry tem suporte na China, inclusive o da norte-americana T-Mobile, mas, novamente, confirme antes de partir para os jogos olímpicos.
A rede GPRS (2.5G) é oferecida comercialmente pela China Mobile, mas apenas para contas pós-pagas e restrita aos cidadãos chineses. A habilitação será possível se o visitante estiver ligado a alguma empresa na China ou tiver um amigo local que esteja disposto a fazer esse favor.
A rede 3G ainda não está disponível comercialmente na China e telefones de outros países receberão apenas suporte 2G, como o TD-SCDMA chinês, não compatível com padrões 3G.
Usuários de telefones GSM desbloqueados podem economizar cargas em roaming comprando um SIM card pré-pago. É fácil de encontrar e barato. Qualquer escritório da China Mobile ou da China Unicom pode vendê-lo pelo equivalente a 4,40 dólares, ou ainda em qualquer banca de jornal das calçadas de Pequim. Cartões de recarga são encontrados de 40 iuan (5,85 dólares) a 100 iuan (14,64 dólares) e os menus de recarga estão disponíveis em chinês e inglês.
Sem celular? Você pode comprar um pelo equivalente a 40 dólares se procurar pelas lojas que estão em todos os lugares de Pequim.
Os turistas que preferem usar linhas fixas, Skype e outros tipos de ligação entre PCs ou de PCs para linhas externas, não terão dificuldades. Cartões de Telefonia por IP são vendidos de 10 a 100 iuan (1,46 dólar a 14,64 dólares).
Censura: Apesar das promessas de abertura da internet para os Jogos Olímpicos, muitos sites continuarão bloqueados no período. Por exemplo, enquanto a versão em inglês da Wikipédia está acessível atualmente, a versão em chinês simplificado não. Muitos blogs, incluindo o Typepad, ainda estão bloqueados.
Acessar sites bloqueados requer uma VNP (Virtual Private Network) ou um Proxy estrangeiro. Este site oferece uma lista de opções de proxy para navegação anônima e permite acesso aos sites bloqueados.
Softwares VPN comerciais e gratuitos são amplamente disponíveis. O OpenVPN funciona tanto em Linux como em Windows, embora seja mais fácil encontrar versões para o sistema operacional de código-aberto.
O StrongVPN oferece serviço VPN por 15 dólares ao mês, apesar de haver soluções mais baratas. Observe que a maioria dos proxys e dos softwares VPN oferecem acesso à internet, em Pequim, consideravelmente lento. Logo, tudo isso ajudará apenas a acessar sites bloqueados, e não a assistir vídeos, por exemplo.
Hotspots Wi-Fi e "Wireless Beijing": Há ampla oferta de hotspots Wi-Fi nas áreas de cidades estrangeiras, inclusive norte-americanas. Várias cafeterias Starbucks, assim como outros cafés e restaurantes, incluindo o The Bookworm, Sequóia Café e a Pacific Coffee, baseada em Hong Kong.
Operado pela Chinacomm, o serviço “Wireless Beijing” promete oferecer conectividade gratuita para turistas durante os Jogos Olímpicos e se tornará, mais tarde, um serviço de internet móvel cobrado.
A cobertura durante os jogos alcança o Beijing's Central Business District (CBD), a área do Financial Street, no oeste de Pequim e Zhongguancun, região high-tech da cidade. Exclui-se o parque olímpico - o Wirelles Beijing não dá acesso neste local por preocupações com segurança.
Os resultados do uso do Wireless Beijing têm variado. A equipe do Azálea Networks, que providenciou a parte de hardware do projeto, disse que o sinal seria mais facilmente detectado na Zhongguancun e no Financial Street.
No entanto, no CBD, o IDG News Service só conseguiu acessar o serviço uma vez, de sete diferentes locais, usando um iPhone 2G. Os usuários podem fazer o primeiro registro pela página de login, embora a leitura dessa página por celulares seja bem difícil. Os esforços para acessar o site e criar uma conta antes a partir de linhas fixas, tanto em Pequim quanto fora da cidade, falharam.
Compras tecnológicas: Embora Pequim não seja uma Tóquio para bens não disponíveis em outros mercados, ela pode oferecer bons preços em algumas especialidades.
Muitos produtos tecnológicos são feitos na China e são vendidos no interior do país de forma barata e confiável.
A “Meca” para esse tipo de compras é Zhongguancun. Próximo das universidades de Pequim, no distrito de Haidian, são 45 minutos de taxi do CBD, embora seja mais perto do Parque Olímpico no norte de Pequim.
A área tornou-se a capital da tecnologia primeiro por empregar e servir estudantes universitários. Agora, alguns desses estudantes têm empresas cotadas em bolsas de valores no exterior e trabalham de prédios localizados em sua antiga vizinhança que depois nomeou suas empresas.
Você pode cortar um pouco de tempo de passeio utlizando metrô. A estação de Zhi Chun Lu, na linha 13, o deixa perto de lá. Para ter uma idéia de como a área é boa tecnologicamente, veja esse guia feito por Sumner Lemon, do IDG News Service.
Perto do CBD está Bai Nao Hui, um mercado de tecnologica, a aproximadamente 400 metros da estação Chaoyangmen do metrô. Menor que o mercado de Zhongguancun, oferece disco rígidos portáteis, acessórios, CDs e DVDs regraváveis e celulares.
A maioria dos vendedores fala um inglês suficiente para negociar e, se precisar, você pode usar a calculadora para dar sua própria oferta de preço. Dependendo do item, pode conseguir até 20% de desconto ou mais.
FONTE: PC World - São Paulo,SP,Brazil

Ernesto Tatafiore, Filosófico – utópico



23/07/2008 - 11:35
Ernesto Tatafiore, Filosófico – utópico

O Istituto Italiano di Cultura e o MAC de Niterói apresentam exposição do pintor Ernesto Tatafiore (1943, Nápoles, Itália), que reúne 16 obras inéditas no Brasil, produzidas este ano. Em óleo sobre tela, as pinturas são em grande formato, 220cm x 150cm cada uma.
Desde a década de 1960, o artista italiano tem tido destaque na cena contemporânea internacional. Inicialmente ligado ao movimento conceitual, depois de uma rápida passagem pela transvanguarda italiana, se apropriou de uma linguagem única. Ativo participante de mostras internacionais, esteve na Bienal de Veneza em 1970, 1980 e 1990, e em prestigiosos museus americanos e europeus.
Com a realização dessa exposição, o Istituto Italiano di Cultura reafirma sua intenção de dar visibilidade no Rio para a arte contemporânea italiana.
Ao longo dos anos, Tatafiore abordou temas e assuntos que misturam a memória pública e a privada: a história do Ocidente e dos seus heróis desde Ulisses até Robespierre, desde a revolução napolitana de 1799 a Mozart, a Lênin. “A arte de Tatafiore é fortemente demarcada pela história”, observa Mario Franco.
Nesta mostra de grandes quadros estão 11 retratos de artistas e filósofos, heróis antigos e modernos – como Robespierre e Masaniello, De Chirico e Pelé – se alternam com cinco representações alegóricas de conceitos filosóficos – Utopia, Alegoria, Metáfora, Metafìsica e Filosofia – encarnados por imagens vermelhas de jovens mulheres nuas.
O ateliê-galeria do artista, em dois níveis, localiza-se em Nápoles no quinto andar de um edifício no qual no primeiro andar morava o filósofo, historiador e jurista Gianbattista Vico (1668 – 1744). Talvez isso se relacione com o fato de que Tatafiore – que também é psicanalista – tenha produzido essas obras recentes “quase de impeto, seguindo uma inspiração inequívoca e urgente”, como observa o crítico italiano Mario Franco, em texto do catálogo. “As obras parecem rever os ensinamentos vichiani, segundo os quais a história tem uma linha de desenvolvimento constante, transcendente, mas nunca concluída, ao contrário, submetida a contínuos cursos e recursos, motivo pelo qual nenhuma civilização pode ser considerada uma conquista definitiva”, afirma. Ele acrescenta que “na visão da psicanálise lacaniana, a realidade na arte é distorcida como em uma anamorfose: o Real é uma construção simbólica, sendo uma característica peculiar do contemporâneo a perda progressiva do princípio da realidade”.
“E a indagação consiste em organizar todos estes retratos como uma secreta autobiografia dissimulada em uma pluralidade de indivíduos, de entidades multiplicadas do signo e do sonho”, prossegue o crítico.
Outra observação feita pelo teórico italiano é que todas as pinturas de Tatafiore “têm ligação com as palavras: algumas vezes apenas pelos títulos e, freqüentemente, porque sobre as imagens há alguns escritos. Repropõe-se o eterno dilema entre as palavras e as coisas, a descontinuidade simétrica entre a similitude e a identidade”.
Ernesto Tatafiore - Filosófico – utópico, dia 27 de julho a 28 de setembro de 2008, de terça a domingo, das 10h às 18h* (a bilheteria fecha 15 minutos antes),MAC Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Mirante da Boa Viagem, s/nº – Niterói, Rio de Janeiro Telefone: ( 21 ) 2620.2400. Ingresso R$ 4,00 (estudantes e adultos brasileiros acima de 60 anos pagam meia entrada; estudantes do ensino público até o 2º grau e crianças até 7 anos não pagam). Entrada franca às quartas-feiras.

FONTE (PHOTO INCLUDE): Revista Fator - Sao Paulo,Sao Paulo,Brazil

A internet e o movimento Dadaísta têm tudo a ver: "a emoção indisciplinada enriquece a consciência"


Arte Cinética
25/7/2008
A internet e o movimento Dadaísta têm tudo a ver: "a emoção indisciplinada enriquece a consciência"
Por Thereza Pires

Estamos em Zurique e é 1916. Daqui, emerge um sopro de irreverência e moderrnidade. Em uma Europa ainda imersa nas misérias da primeira guerra mundial, o poeta romeno Tristan Tzara (foto) - perplexo com a violência, o absurdo das vidas perdidas e outras barbaridades causadas pelo conflito - decide reacender a esperança através da arte. E propõe uma atitude radicalmente diferente. Ele e outros companheiros que freqüentam o Cabaré Voltaire - pintores, escultores, músicos, escritores, cantores - trocam idéias e criam um movimento transgressor das regras vigentes que, convenhamos, não estavam mais dando lá muito certo. Nada de velharias, dessa vez, Uma nova expressão, escolhida ao acaso nomeia o movimento que atinge a Europa em cheio e vai, em futuro próximo, cruzar o Atlântico e encantar o fotógrafo Man Ray - O Dadaísmo.
Tudo indica que foi mesmo Tristan Tzara que cunhou o termo "dada" ao folhear um dicionário Larousse à procura de palavra sonora que pudesse ser dita em qualquer idioma. Dada - que sacudiu a cena artística entre 1916 e 1924 - em romeno, significa Sim, Sim e em francês, cavalo de pau.
Evoluiu para o Surrealismo, liderado por André Breton (1896-1966), poeta e crítico literário que marcou a "Diáspora" com o Manifesto Surrealista de 1924. O surrealismo, considerado manifestação popular da arte produzida por homossexuais, teve em Breton uma voz crítica demais, talvez para tentar pontuar sua masculinidade. Os dois movimentos - dada e surrealismo - escolheram temas de natureza fluída, mas densa,e realmente dificultam as interpretações de homoerotismo ou homossociabilidade."
Arte sem amarras, liberdade total do pensamento
"Tristan Tzara foi a pedra angular do dadaísmo. Nasceu como Samuel Rosenstock (1896-1963), na Romênia, de família burguesa e privilegiada. O pai fazia prospecção de petróleo. Começou a vida literária aos 16 anos. A partir de 1913, o jovem artista muda o pseudônimo para Tristan Tzara: Tristan, da opera de Wagner e Tzara significa "terra" em romeno. Outra explicação para o pseudônimo é, em tradução livre, "Triste Terra", forma de protestar contra o tratamento dado aos judeus na Romênia. Em 1915, Tristan Tzara viaja para Zurique ao encontro de seu amigo íntimo Marcel Janco e para estudar filosofia. Mas logo se aborrece com as elocubrações e a preguiça estudantil se instala. Numa noitada, conhece Hugo Ball e, juntos, imaginam a criação do Cabaré Voltaire, um "centro de divertimentos artísticos". O sucesso é imediato com declamação de poesias, danças e música africana. O Cabaré é um palco para a renovação da arte: o panorama tradicional é descartado em benefício das transgressões artísticas. Vai nascendo o Dadaísmo e Tzara já aparece como a eminência parda do movimento.
É o triunfo da abstração. O alegre grupo procura "a alquimia mais íntima da palavra e mais além para preservar o domínio mais sagrado da poesia". O alemão Rudolph Huelsenbeck, que conhecera o dadaísmo ainda no nascedouro, declarou que Tzara era "um bárbaro do mais alto nível mental e um gênio sem escrúpulos". Mas seu empreendedorismo se revelou na programação do Cabaré Voltaire, na criação da revista do mesmo nome e na publicação do Manifesto.
Dada se manifesta "O luxo não é um prazer, mas o prazer é um luxo":
Estamos em Berlim e é 1918. É chegada a hora de oficializar o movimento que cresce mais do que as noitadas do Cabaré Voltaire poderiam entender. O grupo original está completo: pintura, colagem, fotografia e poesia e, daqui por diante, misturam-se as artes para dar originalidade ao projeto. Poemas se transformam em colagem de palavras, as palavras se fazem sonoras pela pesquisa da musicalidade e a musicalidade atravessa os sentidos. Nos poemas, a alegria do grupo deseja "reencontrar a alquimia mais íntima da palavra e superá-la para preservar a poesia em seu domínio mais sagrado". Julho de 1918 é a data oficial do Manifesto, um texto marcado pela irreverência contida no dadaísmo, verdadeiro "grito de vida, de harmonia e ilusão da juventude". Eis um pequeno extrato:
"Fé absoluta indiscutível em cada deus produto imediato da espontaneidade DADA salta elegante e sem perdas de uma harmonia a outra esfera
(…) Liberdade: DADA DADA DADA gritos de dor crispante, entrelaçamento dos contrários, dos grotescos, dos inconseqüentes: A VIDA (…)
O Manifesto conduz DADA à internacionalização. Picabia se junta ao grupo em Zurique e André Breton os acolhe em Paris.
Diaspora Dadaísta: "Nossa cabeça é redonda para permitir ao pensamento mudar de direção"
Em 1920, Dada se torna um produto de exportação. As obras de Marcel Duchamp (autor do famoso urinol ou Fonte, de 1917. nesse exato momento sendo exibido no MAM-SP), da Gioconda L.HO.O.Q e da Roda de Bicicleta "desestabilizam o establishment", com seus ready mades :simplesmente objetos do dia a dia que se tornam obras de arte. A justificativa de Duchamp é que um objeto comum escolhido pelo artista, tendo sido repensado, passa a ter sua função artística. Os Estados Unidos se juntam ao DADA nas pessoas de Man Ray (fotógrafo e cineasta) e Picabia, que pinta Rros Sélavy (Eros, c'est la vie) o alter-ego feminino de Duchamp. Em Paris, Eluard, Breton, Aragon e muitos outros se deixam seduzir por DADA, ainda que com a ajuda do absinto e do ópio para que a escrita se transforme em transe. A França, indignada, se levanta, protesta e condena: Maurice Barrès, (da extrema direita na época) se junta a Charles Maurras, ambos membros da Action Française. O réu é o dadaísmo, acusado de "atentado à segurança do espírito". Compreensível, levando-se em conta as cabeças da idade da pedra.
Abaixo, dois "agravantes" que poderiam se juntar ao processo:
1- Na Feira/ Missa Internacional Dada de 1920 os dadaístas berlinenses estão com total domínio nas colagens, fotomontagens e instalação e exibem nos cartazes ilustrados por um sub-oficial alemão-prussiano com cara de porco as frases: "DADA está ao lado do proletário revolucionário", "Abaixo a moral burguesa", "DADA é política", "Diletantes, revoltem-se contra a arte, abaixo a arte!".
- Na Rússia Maïakovski e Khlebnikov desejam criar novo vocabulário, o Zaoum "poesia transmental, com a linguagem liberada e sem entraves". Todos os textos referentes ao dadaísmo estão conservados na Bibliothèque Jacques Doucet (amigo de Duchamp e Picabia) na Place du Panthéon 8/10 75005, Paris. Os princípios anárquicos do Dadaismo foram se ajustando e geraram novo surrealismo em 1924, mas o fim do movimento como atividade grupal aconteceu por volta de 1921. As correntes artísticas contemporâneas se adaptam perfeitamente ao espírito DADA.
O espírito DADA se adapta perfeitamente ao fascinante mundo da internet


FONTE: Mix Brasil - São Paulo,SP,Brazil

Geografia da Barbárie


Geografia da Barbárie
Luís Ferreira

Jornal do Barreiro 25-07-2008
Editorial
A sucessão vertiginosa de imagens e palavras não nos permite perspectivar, na sua real dimensão, a complexidade do momento histórico que atravessamos, repleto de contrastes e saturado de contradições. A crise económica marca o ritmo do correr dos dias. O desemprego, o subprime e o petróleo tornaram-se elementos nucleares do quotidiano, relegando para segundo plano todas as questões e problemas que não se relacionem directamente com as dificuldades financeiras.
Apesar de serem compreensíveis, estas preocupações não devem ocultar a existência de outras realidades que gradualmente têm vindo a ser menorizadas. Com o passar dos anos, assistimos ao regresso da categoria do inumano, caracterizada pela abolição dos mecanismos naturais que controlam a violência, e pela emergência de novos fenómenos totalitários que assolam várias zonas do globo.
Em diversos locais, a relação com o outro voltou a assumir um carácter instrumental, com as ideologias assassinas a utilizarem a aniquilação física como um meio justificável para que se atinja um fim redentor. Como uma mancha de óleo que alastra lentamente, o terrorismo, o fanatismo e o racismo retomaram um lugar central no pensamento contemporâneo, constatável num breve olhar sobre as mais diferentes latitudes geográficas.
Na Palestina, a imagem seca e brutal de um soldado israelita que dispara uma bala de borracha sobre o corpo de um homem vendado e acorrentado retrata uma sociedade em erosão, na qual a possibilidade de diálogo e a conciliação caminham para um ponto de não retorno. Poucas horas depois deste incidente, um árabe investiu sobre a população indefesa com um tractor, semeando o pânico e o terror nas ruas de Telavive, num balanço trágico de 16 vítimas.
Em Belgrado, milhares de pessoas invadiram as ruas da cidade, prestando homenagem ao criminoso Radovan Karadzic, responsável pelo maior genocídio perpetrado na Europa após o fim da Segunda Guerra Mundial. O líder dos sérvios durante a guerra civil na Bósnia é acusado de ter ordenado a execução de 7500 muçulmanos, e autorizado o bombardeamento de Sarajevo em Junho de 1995, o que o transforma agora num herói nacional, celebrado como uma estrela de cinema ou um futebolista famoso.
O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, depois de se ter passeado tranquilamente por Lisboa, pôde voltar ao seu país natal e dar continuidade aos já habituais massacres na região do Darfur. As acusações proferidas pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) foram recebidas por este ditador africano com uma calma olímpica, negando qualquer tipo de jurisdição do TPI relativamente às carnificinas que gosta de consumar sobre cidadãos inocentes.
Mesmo os países ocidentais não têm escapado a este recuo no domínio dos direitos humanos. A pretexto de questões relacionadas com a segurança, os Estados Unidos têm vindo a diminuir as mais elementares garantias constitucionais, transformando a prisão de Guantanamo num marco da injustiça e do autoritarismo. O jovem canadiano Omar Khadr apareceu esta semana nas televisões a suplicar por ajuda aos agentes que o vinham submeter a um novo interrogatório, numa gravação que nos permite entrever o inferno em que muitas destas pessoas se encontram mergulhadas há mais de 6 anos.
Recentemente, a União Europeia aprovou a denominada Directiva de Retorno, que configura um recuo considerável nas políticas de imigração. A coberto de uma alegada necessidade de uniformizar as diferentes legislações nacionais, viabilizou-se a detenção administrativa dos ilegais, durante 18 meses, sem que lhes tenham sido garantidos os recursos jurídicos adequados à sua situação. O repatriamento de crianças e menores de idade, mesmo que não se encontrem acompanhados pelos respectivos pais, revela mais um dos aspectos hediondos desta pretensa cruzada contra as redes de imigração clandestina.
Nos últimos meses, em Itália, o Governo de Berlusconi decretou a obrigatoriedade de todos os jovens ciganos serem identificados através das impressões digitais, aparentemente com o propósito benigno de evitar a sua exploração como mendigos pelos familiares mais próximos. No sábado passado, duas adolescentes ciganas morreram afogadas perante o olhar impassível dos restantes banhistas que, mesmo após ter sido decretado o seu óbito, continuaram a gozar tranquilamente mais um dia de praia e de sol
Albert Camus, numa das suas obras mais célebres, A Peste, descreve-nos a história de uma cidade situada na Argélia, em que a vida tranquila e monótona dos seus habitantes é abruptamente interrompida por uma série de acontecimentos inexplicáveis. As primeiras mortes causadas pela epidemia são encaradas com absoluta indiferença, procurando-se enquadrá-las na ordem natural dos acontecimentos. Só quando a calamidade começou a atingir uma maior escala, ceifando as vidas de alguns protagonistas do romance é que nos conseguimos aperceber da verdadeira dimensão da catástrofe.
Esta poderosa metáfora sobre os totalitarismos mantém-se perturbadoramente actual. Todas as vitórias humanas contra a barbárie e o absurdo acabam por ser precárias e intermitentes, mesmo que tenhamos que travar estes combates como se fossem definitivos. O teatro do mundo ensina-nos diariamente que “acabará talvez por vir o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordará os seus ratos e os mandará morrer numa cidade feliz”.

FONTE: Jornal do Barreiro - Barreiro,Portugal

Biographie de Salah Stétié


Biographie de Salah Stétié
Salah Stétié est un poète libanais de langue française. Il est né à Beyrouth en 1929
.Après une jeunesse au Liban, où il reçut l'enseignement de Gabriel Bounoure, il devient diplomate en poste à Paris. Il a été délégué permanent du Liban auprès de l'UNESCO, il a également été ambassadeur du Liban au Pays-Bas et au Maroc.
Célébrant à la fois une langue française très pure et les traditions de la poésie arabe, il est l’auteur d’une œuvre poétique abondante et très dense, où la “réduction” de l’expression et des thèmes visent à l’évocation de l’essentiel humain par des moyens verbaux épurés, la référence à Mallarmé (à qui Stétié a consacré un essai : "Mallarmé sauf azur", 1999) s’imposant, du côté occidental.
Parmi ses recueils poétiques : "L’Eau froide gardée", 1973 ;" Inversion de l’arbre et du silence", 1981 ; "L’Etre poupée", 1983 (traduit en arabe par Adonis, 1983) ; "Archer aveugle", 1986 ; "Lecture d’une femme", 1988 ; "L’Autre côté brûlé du très pur", 1992.
Il est l’auteur de nombreux essais, de recueils d’aphorismes ("Signes et singes", 1996), de traductions et présentations de poètes arabes, de textes sur la poésie, la langue, l’art et la calligraphie. Son œuvre manifeste « le désir d’une vigilance et une foi dans la parole de poésie », selon les mots d'Yves Bonnefoy et se découvre « dans une illuminante complexité » (Giovanni Dotoli, "Salah Stétié, le poète, la poésie", 1999)
Salah Stétié a été distingué en 1995 par le Grand Prix de la Francophonie de l'Académie française.



FONTE: Toute la Poésie - France

Biographie de Jean-Pierre Verheggen


Biographie de Jean-Pierre Verheggen

Il a participé dans les années 1970 à la célèbre revue TXT, avant-garde radicale de l'entreprise « textuelle ». En 1990, il est conseiller du ministre de la Culture Valmy Féaux, et depuis 1992, chargé de mission spéciale à la Promotion des Lettres françaises de Belgique.

Son travail littéraire
Entre humour et dérision, sa poésie est une poésie orale, un incessant remaniement de la langue qui avec calembours, dérision et trivialité ne manque pas de truculence ni d'humour. l' Alpabet des lettres françaises de Belgique définit ainsi sa poésie: Sa poésie est avant tout une parodie de la poésie, une critique radicale de l'idéologie que véhicule ce genre et un pastiche burlesque de ses conventions. A partir de là, il développe dès 1968 le concept de réécriture et en applique les effets à des champs d'investigation plus larges, allant de la bande dessinée à la langue politique la plus stéréotypée, en passant par la perversion d'un langage par un autre, en l'occurrence du français classique et scolaire par son wallon maternel, sauvage et sexuel.

Il a reçu, en 1995, le Grand Prix de l'Humour Noir pour Ridiculum vitae et pour l'ensemble de son œuvre. En 2005, il publie "Portraits crachés", un recueil de portraits de personnalités belges réelles ou imaginaires (d'Adamo à Tintin).

Œuvres

* La grande mitraque, Henry Fagne, 1968.
* Le grand cacaphone Chambelland, 1974
* Le degré zorro de l'écriture, Bourgois, Paris, 1978.
* Divan le Terrible, Bourgois, Paris, 1979.
* Vie et mort pornographique de Madame mao, Hachette, Paris, 1981.
* Ninietzsche, peau d'chien, Avila/Limage 2, coll. TXT, Paris, 1983.
* Les folies belgères, Le Seuil, Point-Virgule V 82, Paris, 1990.
* Artaud Rimbur, La Différence, Paris, 1990 et 1994.
* Pubères, putains, Stabat mater, Porches, porchers, Labor, coll. Espace Nord, n° 64, Bruxelles, 1991.
* Orthographe 1er, roi sans faute, Le Seuil, Petit Point n° 24, Paris, 1992. Avec Nestor Salas.
* Ridiculum vitae, La Différence, Paris, 1994.* Ridiculum vitae précédé de Artaud Rimbur, poésie/Gallimard, 2001* On n'est pas sérieux quand on a 117 ans : zuteries, Gallimard, 2001.
* Gisella, poèmes, Ed. Le Rocher, coll. Anatolia, 2004.
* Du même auteur chez le même éditeur, Gallimard, 2004.
* Amour, j'écris ton nom, collectif, Ed. Couleur Livres, Charleroi, 2005.
* Portraits crachés, éditions Le Somnambule équivoque, Liège, 2005.
* L'Idiot du Vieil-Âge : (Excentries), Gallimard, 2006.

FONTE: Toute la Poésie - France

quinta-feira, julho 24, 2008

FALA-ME - Maria de Fatima Delfina de Moraes

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FALA-ME
Maria de Fatima Delfina de Moraes


Fala-me,
do majestoso sol
a invadir o dia,
como o teu amor
a invadir minh´alma.

Fala-me,
do encanto das flores,
despertar de primavera
como o teu carinho
a beijar-me o espírito.

Fala-me, da música dos mares,
do baile das marés...
como esta paixão
que me faz ser tua,
leva-me a razão,
deixa-me de alma nua,
e total certeza
de querer te amar.

Copyrigth 2008

HOJE, EU QUERIA TEU COLO... Alice Daniel


HOJE, EU QUERIA TEU COLO...
Alice Daniel

meu silêncio e o teu afago
em mútuo consentimento
trocando segredos
tecendo sabores
tramando ternuras
confessando amores

Hoje eu queria teu colo...
talvez mais – cumplicidade
a tua força
tua certeza
contra a minha fragilidade

Hoje eu queria teu colo...
tua voz
tuas mãos
tua alegria
no entanto,
só essa solidão
me faz companhia.

Sibelis Veranes Morell: síndrome dorado en Sydney


Sibelis Veranes Morell: síndrome dorado en Sydney
Jorge Alfonso

Colaborador Rebelde

24 de Julio de 2008, 11:45 a.m.
La Habana, Cuba.- Cuando Ronaldo Veitía llevó desde el camerino hasta el tatami a la santiaguera Sibelis Veranes Morell, para discutir el título olímpico de la división de los 70 kilogramos con la británica Kate Howey, estaba convencido de que su pupila era capaz de derrotarla por cualquier vía.
A pesar de que la seguridad la compartían ambos, minutos antes las instrucciones finales fueron bien precisas en el camerino: “Si quieres conseguir la victoria debes cumplir al pie de la letra la estrategia trazada”.
La muchacha, nacida el 5 de febrero de 1974, llevaba alrededor de 10 años relacionadas con las actividades del judo, luego de un incierto comienzo en la academia Hiroshima de su natal Santiago de Cuba. Según confesó al redactor, la influencia deportiva familiar influyó de manera decisiva para dedicarse a alguna disciplina y la que más le gustó fue judo.
En los vaticinios precompetitivos, sus entrenadores siempre le orientaron que podía aspirar a la medalla de oro, aunque todo dependía de cuánto pudiera hacer frente a la coreana Min-Sun Cho, titular de la anterior cita en Atlanta, Estados Unidos (1996), y la alemana Ivonne Wansart.
El debut ante la germana Wansart quedaba planteado como el primer obstáculo en los planes de colectivo técnico, pero al vencerla por ippon respiró satisfecha y encaminó los pasos hacia posteriores empeños.
A continuación venció de manera inobjetable a la estadounidense Sandra Bacher, bronce en los Juegos Deportivos Panamericanos de Winnipeg, Canadá (1999) y si queremos aplicar aquello de "a la tercera va la vencida", en el siguiente combate rivalizó contra Min-Sun Cho.
Los especialistas apuntaron que se trataba de una final anticipada y así fue.
Durante los primeros minutos del pleito, ambas contendientes buscaron un marcaje decisivo por cualquier técnica y tal ventaja correspondió a Sibelis con una koka que no dejó el más mínimo margen de dudas.
Entonces, la cubana vivió el más feliz de los momentos en su carrera dentro de los tatamis, pues en justa lid ganó el derecho de discutir el metal dorado ante la británica Kate Howey.
Sibelis trabajó con efectividad en el ataque, mientras la adversaria buscaba a capa y espada sacarla de sus casillas. Mediante impecable técnica de control consiguió wazari a escasos segundos de concluir las acciones y brindó la posibilidad Cuba de ganar el segundo título (2-2-0) para finalizar delante de China (2-1-1) y Japón (1-1-2).
La actuación de Sibelis Veranes pasó a la historia de los certámenes del judo olímpico como algo inolvidable. Un merecido premio a quien la superación y la constancia ayudaron a poner en sitial más elevado la enseña patria.
Ella y Ana Fidelia Quirot aparecen registradas en la historia del deporte cubano como las dos únicas santiagueras titulares olímpicas. Glorias conquistadas con humildad y calidad en los distintos escenarios que las vieron brillar.

FONTE (photo include): Radio Rebelde - Cuba

Antes de Pequim, uma pausa em Guarulhos


Esportes - [10h58 24/07/2008]
Antes de Pequim, uma pausa em Guarulhos
por Luis André Gasperino, da Redação

Medalha de ouro vai valer R$ 50 mil, diz o presidente da Confederação A equipe brasileira de judô, que representará o país nas Olimpíadas de Pequim, na China, a partir do dia 8 de agosto, embarcou, na noite de ontem, do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A equipe seguirá primeiro para Tóquio, no Japão, onde ficará em treinamento até o dia 5.

Numa entrevista no auditório da Infraero, o presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, disse que a Confederação pagará um prêmio de R$ 50 mil ao atleta brasileiro que conquistar uma medalha de ouro.

A prata renderá R$ 30 mil, e o bronze, R$ 20 mil. O anúncio do prêmio já havia sido feito no Rio. “Espero que a Confederação tenha um grande ‘prejuízo’ depois das Olimpíadas”, comentou, com bom humor.

“É um prêmio à altura do que essas medalhas representaram para o judô e para o esporte brasileiro", acrescentou.

Apenas dois judocas que vão para Pequim estiveram na última Olimpíada, em Atenas em 2004: Edinanci Silva e Leandro Guilheiro.

Edinanci Silva que é a judoca brasileira recordista em participações em jogos olímpicos, e já representou Guarulhos, está indo para a sua quarta olimpíada. Este ano Edinanci ficou em quinto lugar na etapa de Hamburgo. Apesar de não ter enfrentado grandes adversárias, venceu a Copa do Mundo de Belo Horizonte, em maio, na preparação para Olimpíada.

“Estamos vivendo uma evolução positiva para quem disputa o judô brasileiro. Os patrocínios pessoais e o empenho da Confederação em nos dar melhores condições, fazem a diferença para se dedicar exclusivamente ao esporte”, disse a atleta.

Os judocas que representaram o Brasil nas Olimpíadas de Pequim são: Denílson Lourenço, João Derly, Leandro Guilheiro, Tiago Camilo, Eduardo Santos, Luciano Correa, e João Gabriel Schlittler; Sarah Menezes, Érika Miranda, Ketleyn Quadros, Danielli Yuri, Mayra Aguiar e Ednanci Silva.
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FONTE: Olhão - Guarulhos,SP,Brazil

Tatami awaits epic heavyweight showdown


Tatami awaits epic heavyweight showdown
Thursday, 24 July 2008 17:11
Two of judo's rising stars are raring to revive an epic East-West rivalry as Japan looks to youth and experience to restore their pride in a sport they gave to the world.
Satoshi Ishii, a Japanese national champion who has never fought on the big stage, and 19-year-old world champion Teddy Riner of France, will battle for the over-100kg heavyweight gold, the most prestigious Olympic judo honour.
'No doubt Riner stands out as a great wall. It's hard to guess how much he may have grown in half a year,' Japanese men's head coach Hitoshi Saito said after the teenager's triumph in the blue-ribbon Paris tournament last February.
A possible showdown between Ishii and Riner in Beijing will revive memories of the fierce heavyweight rivalry between the two judo superpowers.
In the 2000 final in Sydney, David Douillet retained his Olympic title with a narrow points win over then world heavyweight and open-class champion Shinichi Shinohara.
Japan vainly protested after the referee failed to recognise a sophisticated counter-attack which could have made Shinohara the winner.
Shinohara earlier lost to the French hero on a dubious decision in the 1997 world championship final in Paris.
They both retired before the 2004 Athens Games where Keiji Suzuki regained the title for Japan by beating Russian Tamerlan Tmenov.
In Beijing, Suzuki fights in the under-100kg class in which he was the world champion in 2005.
'Judo is a brawl guided by rules,' said Ishii, 21, who beat Suzuki at Japan's national championship in April to win his first-ever spot in the Olympics or the worlds.
'I will desparately go for the gold medal. The result is all I care about. How I fight is secondary.'
Relatively small at 108kg and 181cm, Ishii is famous for his no-holds-barred style which has displeased purists for whom perfect execution of techniques is imperative.
Riner, a master of dynamic leg throws at 129 kg and 204cm, said: 'I have only Beijing in my head and I now know what needs to be done to be ready.'
The Caribbean-born Riner, also the 2007 European champion, was advised by Douillet when he beat Tmenov to become the youngest-ever world champion at 18 in Rio De Janeiro last September.
Japan dominated the Athens tatami with a record haul of eight golds but barely retained the top spot with only three each at the world championships in 2005 and last year.
Japan's Olympic squad include seven newcomers and seven veterans.
Of them, six are Athens gold medalists: Suzuki, Masato Uchishiba (men 66kg), Maki Tsukada (women over-78kg), Masae Ueno (women 70kg), Ayumi Tanimoto (women 63kg) and Ryoko Tani (women 48kg).
Riner leads France's comeback from a title drought in Athens where the other golds went to Belarus, China, Georgia, Germany, Greece and South Korea. France won two world titles in Rio.
But Riner lost to world open champion Yasuyuki Muneta at the Hamburg Super Cup in February. Muneta bowed to Ishii at the nationals and the open class is not on the Olympic programme.
Ishii has won 18 straight bouts since stepping up to the over-100kg late last year, sweeping the Austria and Kazakh Open titles.
His rivals also include Tmenov, Athens bronze medalist Dennis van der Geest of the Netherlands and two world bronze winners, Lasha Guyejiani of Georgia and Brazilian Juan Schilittler.
Ishii said he was not worried 'at all' about bigger judokas.
'I work out harder than anybody else from morning to night. I only think about getting stronger through patience and self-control.'

FONTE: RTE.ie - Ireland

terça-feira, julho 22, 2008

Presidente da CBJ comanda curso em Fortaleza


19 de Julho de 08 ARTES MARCIAIS

Evento conta com a participação do presidente da FAJ, Antônio Viana
Presidente da CBJ comanda curso em Fortaleza

O presidente da Confederação Brasileira de Judô, Paulo Wanderley Teixeira, esteve presente neste fim de semana em Fortaleza, no Ceará, no evento Shotsugueiko/2008, em Fortaleza/CE um treinamento de verão. O evento foi realizado pela Revarte-Judô.
Estiveram presentes na abertura do evento, no Clube dos Diários, domingo, as 16h, diversas autoridades, entre elas o Secretario de Estado de Esporte, Ferrucio Feitosa; o Presidente da Federação Amapaense de Judô, Antonio Viana, o Presidente do Clube dos Diarios, Manoel Pereira, o Interventor Judicial da Federação Cearense de Judô, Eduardo Costa, os Kodanshas Haruo Nishimura e Milton Moreira, os palestrantes convidados, Kodansha Sumio Tsujimoto e a Psicologa Vera Sugai.
Até sexta-feira, serão realizados os treinamentos sob o comando do Prof. Washington Donomai, sempre das 5h30min às 7h30min e das 15h às 18h. No decurso da semana estão programadas diversas palestras ministradas por professores convidados. No domingo, 20, haverá uma competição de encerramento. Estão inscritos 120 atletas no Shotsugueiko/2008, em Fortaleza/CE
Após a abertura oficial, o Presidente da CBJ, proferiu palestras para os professores presentes.
O Treinamento. Este treinamento será facilitado pelos professores principais Washington Toshihiro Donomai-PR e Sumio Tsujimoto-SP, com apoio de instrutores, através de aulas teórico - praticas e de atividades corporais individuais e em dupla onde os participantes experimentarão exercícios e técnicas como fundamentos que proporcionarão desenvolver uma técnica mais eficiente, tipos de treinamento, etc.
Os treinos realizados pela manhã serão treinos técnicos e fundamentados nos princípios básicos de equilíbrio, posturas, respiração, movimentação, ataque, ataques sucessivos, fintas, contra-ataques dentre outros. Já o treino das 9 horas será o treino físico. O da tarde é treino livre ou experimentação de todos os fundamentos semelhante às lutas de competição, tendo como diferencial a possibilidade de corrigir e ter maior número de experiências.

FONTE: JORNAL DO DIA

Justiça grega autoriza a utilização do termo lésbica



Justiça grega autoriza a utilização do termo lésbica
Da France Presse

ATENAS, 22 Jul 2008 (AFP) - Um tribunal de Atenas rejeitou nesta terça-feira uma ação apresentada por habitantes da ilha grega de Lesbos requerendo que as mulheres gays parassem de monopolizar o termo "lésbica".
O tribunal determinou que o termo "lésbica" não define a condição ou a personalidade de alguém e, portanto, os habitantes da ilha não têm motivo para reclamar de sua utilização.
Três moradoras da ilha do Mar Egeu entraram com uma ação em abril exigindo que a Comunidade Gay e Lésbica da Grécia (OLKE), a maior associação de homossexuais do país, parasse de usar o termo.
As querelantes pode apelar do veredicto.
Geralmente chamada na Grécia de Mitilene - o nome da capital de Lesbos -, a ilha foi o lar da poetisa Safo, cuja obra expressava seu amor por outras mulheres no início do século VI antes de Cristo.
Muitos moradores reclamam do fato de que o resort de Erros é um popular destino turístico de lésbicas.

FONTE: G1.com.br - Brazil

segunda-feira, julho 21, 2008

Escritos Replicados

SmokeWorks #26 - Infinite Dreams
By:
Mehmet Ozgur View Full Portfolio (202 images)
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livro
Escritos Replicados

João Pereira Coutinho

Da Folhapress


Aconteceu em 1888. Oscar Wilde, o incomparável, publicava o diálogo The Critic as Artist (O Crítico como Artista). E, com deliciosa inteligência paradoxal, Wilde afirmava que para dizermos aquilo em que verdadeiramente acreditamos é preciso falar através de lábios alheios. Eis o programa central da modernidade, extensível a qualquer expressão artística: a noção de "originalidade", sagrada para os românticos, era transformada num palimpsesto criativo em que nada é meu, nada é teu, tudo é nosso.

Lembrei essa história com o livro delicioso de Eduardo Giannetti, O Livro das Citações - Breviário das Idéias Replicantes (Cia das Letras). Livro de citações, sim, mas cautela: existem dois tipos de livros de citações. O primeiro é mero conjunto de frases mais ou menos aleatórias (Eu só sei que nada sei etc.), sem qualquer "programa" ou "intenção". O segundo tipo cumpre o que Oscar Wilde determinava: apresentar um pensamento particular através das palavras de terceiros. É o caso de Giannetti.

Dividindo a obra em quatro partes, Giannetti "reflete" sobre a linguagem, o saber, a ética individual e o comportamento cívico. E, depois de explanar longamente sobre a inutilidade dos prefácios (Bataille, Goethe, Baudelaire ou Manuel Bandeira ajudam à festa), o autor avança com uma única certeza: a certeza de que todas as certezas contêm em si o germe da sua própria contradição.

Nietzsche onipresente

Mas Giannetti tenta: leitor de Wittgenstein (e de Nietzsche, onipresente no volume), Giannetti ironiza com Cioran ("Uma idéia clara é uma idéia sem futuro", pág. 21) para concluir sobre a importância da legibilidade, base do verdadeiro filosofar. Orwell poderia ser incluído nessa turma.

E Giannetti? Em que turma poderia ser incluído? Minha proposta é arriscada. Mas lendo as citações escolhidas, vejo em Giannetti um estóico, no sentido moderno do termo. O que é a felicidade? É não perguntar em que consiste a felicidade, porque existe na interrogação o princípio da infelicidade (Stuart Mill "dixit").

O que é a riqueza? A riqueza é não desejar mais do que aquilo que se tem, conselho central dos clássicos, de Epicuro a Platão. O contrário não é apenas uma causa de infelicidade; a ambição desmedida da acumulação material é, como Baudelaire avisa, a raiz da vulgaridade. Além disso, e como diria Sêneca ao seu discípulo Lucílio, nada é mais importante do que o tempo. Não existe maior riqueza pessoal. Cícero, na página 175, concorda com Giannetti. Ou vice-versa.

Opinião pública

Porque somos nós a origem e o fim dos nossos projetos de vida. Por isso aplaudo a inclusão de Henry Thoreau: "A opinião pública não passa de um anêmico tirano se comparada à nossa própria opinião privada. Aquilo que um homem pensa de si mesmo - é isso que determina, ou antes indica, o seu destino" (pág. 62). Basta essa citação para estabelecer a diferença, nem sempre entendida, entre auto-respeito e auto-estima: auto-estima pressupõe o olhar dos outros sobre nós; auto-respeito pressupõe o nosso olhar sobre nós próprios. Ao contrário do que afirmam os livros de auto-ajuda, só o auto-respeito merece ser cultivado: a opinião alheia é volátil e, muitas vezes, fonte de permanente escravidão.

Surpresas? Várias. Fiquei surpreso com a inclusão de dois autores que jamais imaginaria em exercícios aforísticos: Bolingbroke e Juan de Mariana, dois nomes do protoconservadorismo europeu. E depois encontrei frases cuja autoria se perdeu no ruído do tempo. Nassim Taleb afirmou em 2007 que a morte é um bom passo na carreira de um autor (pág. 75); Gore Vidal disse o mesmo, mais de 20 anos antes, quando Truman Capote morreu. Também gostei de saber que Simone de Beauvoir considerava o "pluralismo" uma qualidade própria da direita. "A verdade é una; o erro, múltiplo." (pág. 95) É a receita típica para o fanatismo.

Deixo para o fim o momento mais hilário do livro: algumas meditações sobre o excesso de leitura. Será possível que ler em demasia seja prejudicial para qualquer intelecto humano? Descartes aconselhava a que jamais se excedessem os 45 minutos de filosofia por dia. Giannetti cita, entre outros, Lichtenberg: "Creio que alguns de nossos scholars realmente medíocres poderiam ter chegado a ser homens mais grandiosos caso não tivessem lido em demasia". (pág. 26)

Com o devido respeito a Giannetti, sugiro para inclusão futura um comentário do ditador português Oliveira Salazar que, confrontado com os ardores filosóficos (e democráticos) de um opositor, afirmava: "Esse rapaz é demasiado culto para a inteligência que possui". Que pena Salazar não se ter dedicado simplesmente ao aforismo...

SERVIÇO

O Livro das Citações - Breviário das Idéias Replicantes - Novo livro do economista e professor Eduardo Giannetti. Companhia das Letras. 464 págs. Preço de capa: R$ 49.

E-MAIS

Obra do autor virou série de TV O economista Eduardo Giannetti é autor de Vícios Privados, Benefícios Públicos? (Prêmio Jabuti 1994 na categoria ensaio ou biografia), Auto-Engano, Felicidade e O Valor do Amanhã (todos pela Cia. das Letras), este último transformado em série de TV pelo programa Fantástico.
FONTE: O POVO Online - CE,Brazil

Conrad Editora lança obra de Alberto Cossery


21/07/2008
Conrad Editora lança obra de Alberto Cossery

Ronaldo Mendes
Do Correio Braziliense.com.br

Albert Cossery fazia o tipo do escritor preguiçoso. Morto no final de junho, aos 94 anos, ele costumava dizer que escrevia no ritmo de “uma linha por dia”. Nascido no Egito, partiu para a França em 1945. Na terra de Napoleão, viu na boemia francesa uma maneira de expor sua revolta contra as injustiças sociais. Nessa época, tornou-se amigo de intelectuais como Albert Camus e Jean Genet. Em 1951 – quando se mudou para um quarto no Hotel Louisiana, no famoso bairro Saint Germain des Près, em Paris, onde viveu até o fim da vida –, deu início a sua pequena, mas significativa, obra. Ao todo, foram oito livros escritos em francês e tendo sua terra natal como cenário.

No Brasil, a Conrad Editora lançou As Cores da Infâmia (seu último trabalho), Mendigos e altivos e, recentemente, Ambição no Deserto. Nos três, o leitor percebe a escrita crítica e recheada de humor de Cossery. Os dois primeiros livros se passam no Cairo, enquanto em Ambição no deserto ele cria um emirado árabe fictício. Dofa é o único lugar na região que não produz petróleo. Uma série de atentados a bomba, no entanto, deixa intrigada a população local.
Samantar é uma espécie de pregador da paz e da tranqüilidade. Para ele, os atentados são apenas uma forma de deixar a população mais pobre e miserável. Já seu amigo de infância, o fora-da-lei e ex-prisioneiro Shaat, acha que não se devem levar a sério os tais revolucionários da Frente de Libertação do Golfo Pérsico. Samantar passa as tardes com o músico, anarquista e poeta Hicham. Ele acha que os atentados podem fazer com que a população mostre sua revolta. Visto que o emirado não tem petróleo, o primeiro-ministro Ben Kadem, primo de Samantar, vê nos bombardeios uma forma de Dofa ser apresentado ao mundo.

Pouco conhecido no Brasil, Albert Cossery tinha aversão ao consumo. Vítima de um câncer na garganta, não teve filhos e também não possuía bem material. Incluído na turma dos escritores malditos, descrevia tão bem os que viviam à margem da sociedade que chegou a ser comparado aos russos Máximo Gorki e Fiódor Dostoiévski. Certa vez, Henry Miller disse dele que “nenhum escritor descreve de forma mais pungente e implacável a existência das grandes multidões submersas”.
Em seus livros, é possível enxergar o próprio autor em várias figuras. As Cores da Infâmia, por exemplo, trazia o ladrão Ossama, que se vestia como um executivo e estudava as vítimas para saber a hora certa de bater a carteira de engravatados e políticos. Um intelectual bon vivant que reaparece nas figuras do traficante Yéghen, em Mendigos e Altivos, e como Shaat, de Ambição no Deserto.
Não que ele fizesse esses tipos, mas são figuras pelas quais o autor conseguia expressar sua condição de profeta da preguiça e da intelectualidade. Tipos que, para a maioria, são considerados marginais. Ele via muito mais. Outro ponto em comum entre os três é a maneira de se apresentar, já que não se diferenciavam de muita gente considerada bem vestida pela sociedade. Não se pode esquecer, também, a vida solitária que a maioria dos personagens leva, exposta com eficiência em seus livros. Mais autobiográfico, impossível.
Todas Notícias
PHONTE (photo include): Correio Braziliense - Brasília,DF,Brazil

quinta-feira, julho 17, 2008

A Praise of His Love - Henry Howard

Golden light 3
By: Floriana Barbu View Full Portfolio (146 images)

Henry Howard
A Praise of His Love

Give place, ye lovers, here before
That spent your boasts and brags in vain;
My lady's beauty passeth more
The best of yours, I dare well sayn,
Than doth the sun the candle-light,
Or brightest day the darkest night.

And thereto hath a troth as just
As had Penelope the fair;
For what she saith, ye may it trust,
As it by writing sealed were;
And virtues hath she many mo
Than I with pen have skill to show.
I could rehearse, if that I wold,
The whole effect of Nature's plaint,
When she had lost the perfit mould,
The like to whom she could not paint;
With wringing hands, how she did cry,
And what she said, I know it, I.

I know she swore with raging mind,
Her kingdom only set apart,
There was no loss by law of kind,
That could have gone so near her heart;
And this was chiefly all her pain;
She could not make the like again.
Sith Nature thus gave her the praise,
To be the chiefest work she wrought;
In faith, methink, some better ways
On your behalf might well be sought,
Than to compare, as ye have done,
To match the candle with the sun.

sexta-feira, julho 04, 2008

Estrelas quase decadentes


Estrelas quase decadentes
Drogas e álcool tornam-se marcas registradas de celebridades
Anelise Zanoni anelise.zanoni@zerohora.com.br
Sobre um travesseiro, a cantora inglesa Amy Winehouse abre os olhos pintados de preto e faz uma confissão pública.

– Eles tentaram me levar para a reabilitação, mas eu disse não, não, não.A fragilidade que se tornou orgulho na letra da música Rehab, lançada em 2006, e alavancou o sucesso da artista inglesa está destruindo a carreira milionária de quem conquistou cinco Grammy Awards este ano. Aos 24 anos, Amy Winehouse ainda surpreende o público quando interpreta canções com vocais semelhantes ao de uma cantora negra da melhor estirpe. Mas tem a saúde debilitada devido ao uso constante de drogas e vem colecionando escândalos que a conduzem a uma constante decadência, revelada diariamente pela imprensa mundial.

Usuária assumida de entorpecentes, ela já foi presa, apareceu bêbada em shows, caiu no palco e foi flagrada fumando cachimbo de crack e tomando calmantes. No ano passado, ao mesmo tempo em que seu segundo álbum, Back to Black, alcançava recordes de vendas, tornou-se alvo de críticas por apresentar-se alcoolizada e drogada. Chegou a ser chamada, ironicamente, de "Amy Declinehouse" pela coluna Bizarre, do jornal britânico The Sun. Na época, o tablóide revelou que a artista passara três dias sem dormir, bebendo vodca e uísque e consumindo ecstasy, remédio para cavalos e cocaína, antes de dar entrada em um hospital, com overdose.

Entre a sucessão de desastres e abusos, o cancelamento de shows, os desmaios e as entradas em hospitais tornaram-se rotina. A poucos dias de uma apresentação nos Estados Unidos, Amy teve o visto de entrada no país negado. Na semana passada, foi internada em um hospital de Londres com diagnóstico de princípio de enfisema pulmonar. Recebeu um ultimato dos médicos: se não abandonar o vício, terá o mesmo destino de estrelas como Jim Morrison e Janis Joplin – a morte precoce. Pareceu não se abalar. Na terça-feira passada, ao deixar por algumas horas o hospital para o ensaio de um show em homenagem aos 90 anos de Nelson Mandela, a primeira coisa que fez foi acender um cigarro.

Artistas repetem amargas trajetórias. De ícones como Marilyn Monroe e Elvis Presley, a escritores como Edgar Alan Poe e Baudelaire, as drogas e o álcool escreveram histórias paralelas às biografias oficiais.

– É unanimidade o fato de que a drogadição é o resultado de uma complexa equação que une a história de vida pessoal, a substância utilizada e a influência do contexto social sobre o indivíduo – explica a psicóloga Luciane Raupp, doutoranda da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

>> Leia também: Divas incompreendidas

Como se fossem produtos de um ciclo em que ser famoso e ter dinheiro é pouco, ídolos se valem de contas bancárias milionárias para abusar dos próprios limites. Nessa busca pelo prazer, o mundo artístico conspira, facilitando o comércio de substâncias ilícitas (por meio de amigos ou dos próprios empresários) e a celebração das extravagâncias.

– Às vezes, empresários desejam que o artista renda mais, faça mais shows e tenha mais energia. Para isso há a cocaína, por exemplo. Quem não tem uma boa base, com pais por perto, corre o risco de optar pelas drogas – revela o psiquiatra Carlos Alberto Iglesias Salgado, coordenador do Departamento de Dependência Química da Associação de Psiquiatria do RS.

No corpo de celebridades como Amy Winehouse, excessos se transformam em glamourização, uma forma de brincar com a própria vida, sem pensar nas conseqüências irreversíveis. Por dentro das explicações possíveis para oscilações que refletem na carreira, a psiquiatra Lisia Von Diemen, especialista em dependência química, lista predisposições individuais, problemas familiares, transtornos de humor, depressão, ansiedade, fobias, hiperatividade e bipolaridade como alguns dos fatores que colaboram na hora de colocar a fama em risco. Para cantoras como Britney Spears e Lily Allen, essas mudanças de comportamento se converteram em características de personalidade e em publicidade.

Depois de estampar a capa da Rolling Stone aos 17 anos, Britney ficou mais ousada. Vendeu milhares de discos, manteve-se líder na Billboard, trocou de estilo, lançou modas e ficou casada com o amigo de infância Jason Allen Alexander por apenas 55 horas. Protagonizou aparições polêmicas, como o beijo na boca que deu em Madonna durante um show da MTV. Vencidas as idas e vidas em clínicas de reabilitação, decidiu ficar careca. Participou de brigas, se divertiu em noitadas regadas a álcool, engordou, emagreceu e perdeu a guarda dos filhos.

Ver ídolos como Britney Spears perambular na linha entre a vida e a morte, a loucura e a sanidade ou entre o sucesso e o esquecimento é fascinante, diz o psiquiatra Carlos Alberto Iglesias Salgado. Seguindo a mesma história de descontrole, a cantora inglesa com rostinho de criança Lily Allen também conseguiu se transformar em personagem de escândalos. Aos 23 anos, adora chamar atenção, seja bebendo excessivamente, causando polêmica ao entrar de penetra em festas ou posando de topless ou sem calcinha para os fotógrafos. Convidada para receber um prêmio da revista Glamour, deixou a festa inconsciente, nos braços do guarda-costas.

Excessos podem se transformar em glamour

– Na era do Big Brother, onde a espetacularização da vida privada está em cena, os escândalos e a exposição da vida privada também vendem e encantam, mesmo que à custa da promoção de uma imagem negativa – explica a psicóloga Luciane Raupp.
Eleita há seis anos pela revista Forbes como uma das celebridades mais influentes do mundo, a Britney dos escândalos também revela o paradoxo de que o errado pode render, além de publicidade, críticas positivas. Em meio a internações em clínicas de reabilitação e aparições lamentáveis, a princesa do pop lançou o último álbum em outubro e alcançou recorde de vendas em menos de 24 horas. Mesmo com a aparente decadência, ganhou da crítica elogios por ter feito "o melhor trabalho de sua carreira".
– Veja o caso da modelo Kate Moss. Após ser flagrada usando cocaína, em vez de ser banida por empresários da moda, não perdeu o posto de modelo disputada. O uso de drogas é um estilo de vida inserido em um mercado altamente lucrativo, e o perigo é a banalização de tais comportamentos – alerta Luciane.
Enquanto a curiosidade do público é fomentada com o espetáculo das celebridades, Amy, Britney e Lily vendem, são inspiração para bonecas, ganham mais popularidade e viram alvo de chacotas em páginas da internet que tentam adivinhar o destino das estrelas.

FONTE (photo include): Diário de Santa Maria (Assinatura) - Santa Maria,RS,Brazil

Brasil trabalha em inventário de mais de 150 línguas originárias


Brasil trabalha em inventário de mais de 150 línguas originárias
Havana, 03 jul (acn) Os especialistas do Instituto Brasileiro do patrimônio histórico e artístico (IPHAN) começaram a árdua tarefa de realizar um inventário de todos os idiomas falados no país que, de acordo a estimados dos lingüistas, são mais de 150.

“É uma tarefa hercúlea, e estamos apenas no início. Alguns estudiosos estimam que esse número pode chegar a até 180 ou 200 línguas”, disse à rede Tele-sul Márcia Sant'Anna, diretora do departamento de Patrimônio Imaterial do IPHAN.
A idéia de que o Brasil é um país com mais de 150 línguas deixa surpresos até os próprios brasileiros, disse Sant'Anna. O Brasil é visto a partir da unidade consolidada em torno da língua portuguesa imposta pelo colonizador, “mas isso é apenas parte da realidade”, acrescentou.
Os especialistas dividem as línguas faladas no Brasil em três grupos principais: indígenas, de imigração e afro-brasileiras.
“Uma das mais interessantes é o tálio”, disse Sant'Anna. “Tudo indica que provém de um grupo de dialetos da região italiana do Veneto. A língua é falada por cerca de três milhões de pessoas nos estados sulistas de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul”, disse a especialista.
Sant'Anna também salientou a pomerano e husrück, derivado do alemão e dialetos falados no sul, uma área onde imigrantes alemães deixaram a sua marca.
Entre as línguas dos afro-brasileiros, referiu a “gira da Tabatinga” e o “cafundó”. A primeira é falada em uma área de Minas Gerais (Sudeste), como um legado dos quilombolas, comunidades que foram formadas por escravos fujões. O cafundó, ao mesmo tempo, está localizado na cidade de Pirapora, no estado de São Paulo.
Além disso, existem dialetos ligados à liturgia do culto de candomblé - também de raiz africana - incluindo uma antiga forma de ioruba, de acordo com Sant'Anna.
As línguas indígenas supõem mais trabalho. Para conhecê-las é preciso chegar até populações remotas, mas a documentação lingüística e antropologia é precária e carece de especialistas.
“Temos o nheengatú , que é a língua da região amazônica, originada a partir do tupinambá, e os guarani, que, por sua vez, se divide em três famílias, mas são faladas em quase toda a metade sul do Brasil, a partir do Mato Grosso do Sul”, disse Sant'Anna.
O ponto de partida para a investigação foram outros estudos semelhantes, incluindo um feito no México.
“O México conseguiu fazer um mapa lingüístico completo, que foi um enorme trabalho. Essa experiência nos ajuda muito”, disse ele.
O panorama mostrado por Sant'Anna, no entanto, não significa que o português esteja em risco de ser substituído como uma língua nacional.
“Existe uma cidade no estado do Amazonas, São Gabriel da Cachoeira, que tem quatro línguas oficiais: português, nheengatú, tukano e baniwa/araucano. Mas, sem dúvida, a unidade nacional está no idioma português*”, disse a especialista. “Está muito longe o dia quando o Brasil tenha uma outra língua oficial além do português", disse ela.
O número exato de línguas faladas em todo o país é motivo de divergências. Estudiosos, no entanto, concordam que muitos deles, especialmente as indígenas, estão em risco real de extinção.
Sant'Anna estima que 60 idiomas estão em perigo, enquanto o lingüista Denny Moore, do Museu Emílio Goeldi, no Estado do Pará, estima que um quarto de todas as línguas indígenas estão em risco de desaparecer.
****DOS NOSSOS ARQUIVOS: De acordo com a opinião de antropólogos as línguas da matriz tupi foram fortes em termos de comunicação cotidiana no Brasil até a década de 40, quando o português definitivamente assumiu a supremacia lingüística da nação. Prova disso são os topônimos dessa origem que se estendem até territórios em que os tupis nunca puseram um pé, indicando claramente que esses nomes foram trazidos, algumas vezes, pelas bandeiras que, em séculos passados, se dedicaram à colonização do vasto território brasileiro.

FONTE: Agência Cubana de Notícias - Havana,Havana,Cuba

Torneio Internacional Cidade de Faro é "teste pré-competitivo" para judocas antes de Pequim2008


Desporto
Torneio Internacional Cidade de Faro é "teste pré-competitivo" para judocas antes de Pequim2008

As judocas portuguesas Ana Hormigo e Telma Monteiro marcam presença no domingo no Torneio Internacional Cidade de Faro, prova que antecede um estágio na cidade algarvia e alargado a várias selecções olímpicas.
As duas judocas deverão, à semelhança do que fizeram na Taça do Mundo de Bucareste, competir em categorias acima do que habitualmente fazem, com Ana Hormigo a competir em -52 kg (a sua categoria é -48 kg) e Telma em -57 kg ao invés dos -52 kg."
Este torneio é um pequeno teste. Temos atletas a competirem na categoria acima, para os olímpicos é um teste pré-competitivo", salientou à Agência Lusa o director técnico nacional, Luís Monteiro.
O torneio, este ano complementado com a designação Memorial António Matias - em homenagem ao seleccionador vítima de morte súbita no início do ano - juntará a Letónia, Estónia, França, Geórgia, Brasil (selecção olímpica feminina), Moldávia, Arménia, Moçambique.
Portugal contará com um leque alargado de judocas (32 seniores e sub-23 e 30 juniores), mas as atenções concentram-se nas judocas olímpicas, a menos de um mês de viajarem para o Japão e depois Pequim, palco dos Jogos Olímpicos.
Depois do estágio desta semana em Barcelona, ainda é incerta a participação dos olímpicos masculinos João Pina, João Neto e Pedro Dias no Torneio de Faro, embora integrem o estágio que se realizará de 07 a 11 de Julho.
"A seguir a este torneio têm um estágio final em Coimbra, de 14 a 18 de Julho, e depois seguem para o Japão", especificou Luís Monteiro, explicando que o mais importante é a vertente do estágio e da preparação.
Segundo o director técnico nacional os cinco judocas olímpicos têm feito uma preparação conforme planeado e que apenas Pedro Dias (-66 kg) se ressentiu um pouco da lesão no ombro, mas sem que isso ponha em risco a sua participação.
Outro dado avançado pelo Judo Clube do Algarve, clube co-organizador do torneio algarvio, é a participação de Espanha e da República Checa a nível do estágio e no âmbito de preparação das duas selecções para os Jogos de Pequim2008.
4 de Julho de 2008 13:55lusa

FONTE: Barlavento Online - Portimão,Algarve,Portugal
http://www.barlavento.online.pt/

A Alma Feminina

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A Alma Feminina
A Vaz Galvão, Editor menbro da academia de letras do Recôncav

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No tempo em que cama era camarinha, que tapete era alcatifa, que remédio era mesinha, que quarto era alcova, que carta era missiva e beijo era ósculo, ou seja, em mil novecentos e antigamente – como diz o vulgo –, ou melhor, quando eu era jovem, bem jovem, foi que encontrei o meu primeiro amor. Esse, ao contrário daquele que Ângela Maria(*) cantou que era “...como uma flor que desabrochou e logo morreu”, foi eterno. E se eterno parecer um período muito longo, digo que o meu amor dura desde meus 13 anos e só morrerá comigo, que teimo em não morrer jamais...

Mas se não foi como o amor da música paraguaia, o meu tinha uma forte ligação, ainda que inversa, com uns versos de Castro Alves: “Seu nome era o meu canto de poesia,/ Que com o sol – pena de ouro – eu escrevia/ Nas lâminas do céu”. Poderia mesmo dizer que se identificava ainda com os versos seguintes: “...Mas um dia acordei... E mal desperto/ Olhei em torno de mim.../ – Tudo deserto.../ Deserto o coração.” Poderia dizer, mas não posso, pois não é sempre que a vida imita a arte. Até mesmo porque nunca dormi com ela, nunca lhe cheguei muito perto. Nem sequer um casto ósculo lhe dei. Por isso digo que a minha forte ligação foi apenas com os primeiros versos, por, neles, idealizá-la. Porém, por não saber que não era poeta, nem mau poeta, então resolvi escrever-lhe uma carta, onde cometi a imprudência de copiar umas quadras populares sertanejas:

Menina tu quer e eu quero/ Teus parentes é que não quer/ Vamos cumprir nossa sina/ Deixa falar quem quiser. Parêntese...

Minha amiga Macária, quando for revisar este texto, por certo dirá: Esse amor não podia mesmo prosperar, tinha que fenecer, com tantos erros de concordância... E terá razão porque os erros de concordância, da mesma forma como fazem com a gramática, são fatais para o amor.

Fecha-se o parêntese..

.Surpreendentemente, porém, não o matou. Digo que não matou o amor em mim, já que ela, o objeto do meu amor feneceu. Dito assim porque, como para meu coração ela era uma flor – a mais bela – nunca digo que morreu, prefiro a forma erudita de... feneceu. Ainda que ele, o amor (ou seus vestígios), permaneça vivo em minha memória. Melhor dizendo, no meu coração.

Lembra-me perfeitamente como se deu o seu passamento. Descobriram a carta, digo, a missiva que lhe mandara – a que levava a quadrinha citada (a que tinha aquele primor de verso: “Teus parentes é que não quer”) – e, não sei se pela abundância de atentados à gramática, não sei se pela ingenuidade das minhas propostas ou pelo seu ridículo intrínseco, tornou-se motivo de chacota entre os nossos colegas de escola. O mais curioso foi que a ela todas as outras meninas olhavam com inveja – como mulheres, eram práticas e objetivas. Ao diabo a gramática – deviam pensar – e as concordâncias, o importante era o amor. Mas os meninos... como mangaram de mim. Resisti, fugindo deles. Não sei como meu comportamento covarde repercutiu em sua alma sensível. Deve ter repercutido, pois esses fatos, relacionados com o ridículo exposto, marcaram o início de sua morte. Dela, o objeto do meu amor.

Mas como o tempo é remédio para tudo, a minha missiva acabou por cair no esquecimento, e nós, antes que a morte se consumasse, conseguimos trocar algumas palavras e até algum gesto mais ousado, como tocar nas mãos, olhar dentro dos olhos e – suprema ventura! – até trocarmos (finalmente!) um casto ósculo, com os lábios fechados, é claro.

Um dia Eduarda – ai esquecendo de escrever o seu nome –, depois de dizer-me que estava cansada de ser ridicularizada pelos meninos, os quais, volta e meia, lembravam do... “Teus parentes é que não quer”, perguntou-me se eu realmente a amava. Se a amava muito.

— Sim.

Se para toda vida.

— Sim. Para toda a vida.

Frente a minha resposta ela foi afirmativa:

— Você jura que nunca vai se esquecer de mim?

— Nunca. – Jurei beijando os dedos em cruz .

E ela, dizendo-me que era só para tirar uma prova, morreu. Morreu para certificar-se da sinceridade da minha jura e, conseqüentemente, da intensidade do meu amor. Não o fez, porém, ali, naquele momento. Morreu logo depois, tomando uma grande dose de uma substância letal qualquer.

Fiquei inconsolável. Chorei (escondido) por semana a fio. Estávamos, os dois, na casa dos dezesseis e dezessete anos. Éramos tão jovens... Que idade triste para se morrer...! Comecei a ouvir tangos. Esta noche me emborracho, que eu não compreendia a letra, era o meu tango preferido. Foi por essa época que tomei a minha primeira bebedeira, sem saber que me emborrachaba....

Sem esquecê-la, chegou o tempo do serviço militar, foi então que sonhei com ela pela primeira vez. Não foi um sonho comum, desses que ocorrem quando se está dormindo; ela “apareceu-me” quando eu estava de serviço, de guarda, em um canto ermo do quartel. Chegou, com aquela suavidade meiga, tão dela, e disse: “Você não está me esquecendo, não é mesmo, José?” Quando consegui calma para lhe responder que não a esquecera, ela tinha desaparecido. Mas, não demorou muito, voltou a aparecer outro dia, e nunca ficou muito tempo ausente. Com a continuidade, passamos a conversar, uma de suas preocupações era se eu estava sofrendo muito com sua ausência. Indagava sobre a intensidade da dor. “Você prometeu não me esquecer” – lembrava-me. Ou então me dizia: “Se você me ama, realmente, tem que sofrer muito. Por toda a vida” – frisava.

Às vezes, Eduarda me dizia: “Você não está sofrendo com a intensidade que eu esperava. Começo a achar que não valeu a pena ter morrido”. – para concluir – “Afinal eu morri só para te fazer sofrer... Sofre, José, sofre mais... Sofre muito, José...”

Posso dizer que passei pela vida e não vivi, apenas sofri. Um sofrimento tão sutil e constante que apenas dói, mas não mata. Creio que estou vivo só para continurar sofrendo. Por isso digo que teimo em não morrer. Sempre penso nela. E lá do fundo da memória, ouço sua voz.

— Sofre, José, sofre mais... Sofre muito, José...

Ah! Ia esquecendo, meu nome é José. José, apenas, sem rima e sem solução. Tampouco o José do Drummond. Apenas José – um poço de saudades – que sofre e sofre muito, só para satisfazer os caprichos (póstumos) de uma mulher...

(*) Esta canção, Meu Primeiro Amor, foi cantada (gravada) por várias cantoras, inclusive Maria Bethanha. Pesquisando na Internet eu, que a julgava da autoria de Munsueto, descobri que é uma versão de uma música de Hermínio Gimenez (?), feita por José Fortuna e Pinheirinho Júnior.

FONTE: Valença Agora Online - Valença,Bahia,Brazil