terça-feira, abril 15, 2008

Umberto Eco ganha Prémio Reino de Redonda pelo conjunto da obra

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Literatura
Umberto Eco ganha Prémio Reino de Redonda pelo conjunto da obra
O ensaísta e romancista italiano Umberto Eco, um dos intelectuais europeus mais prestigiados, ganhou hoje o Prémio Reino de Redonda pela «incrível agudeza dos seus ensaios» e pela sua «quase incomensurável erudição e curiosidade infatigável»

Estes foram alguns dos motivos apresentados pelo júri deste galardão, criado em 2001 pela editora Reino de Redonda, fundada pelo escritor espanhol Javier Marías, para distinguir anualmente a obra de um escritor ou cineasta estrangeiro e de língua não-espanhola.
O premiado de 2008 mereceu também a distinção «pela sua capacidade de renovação dos géneros novelísticos clássicos, aos quais deu impulso, originalidade e nova longuíssima vida, do romance histórico ao policial, do de mistério ao fantástico e mesmo ao de ficção científica».
Nascido em Alessandria (Piemonte, Itália) em 1932, Umberto Eco tem mais de 50 obras publicadas, a maioria das quais traduzida em português.
Entre os seus ensaios, figuram Obra Aberta, O Super-Homem das Massas, Os Limites da Interpretação, Leitura do Texto Literário: Lector in fabula e o recente Dizer Quase a Mesma Coisa: Sobre a Tradução.
O Nome da Rosa
foi o romance que o consagrou mundialmente, tendo-se seguido títulos como O Pêndulo de Foucault, A Ilha do Dia Antes, Baudolino e A Misteriosa Chama da Rainha Loana.
Eminente semiólogo, romancista, Prémio Príncipe das Astúrias e doutor honoris causa por 25 universidades de todo o mundo, Eco é também um grande estudioso de James Bond e Sherlock Holmes.
Quando soube que lhe tinha sido atribuído o Prémio Reino de Redonda, o escritor declarou-se «feliz de passar a fazer parte desse reino» imaginário patrocinado por Marías e, dado que também ele escreveu sobre «uma ilha que não existe», adoptou o título de «Duque da Ilha do Dia Antes».
«No meu romance 'A Ilha do Dia Antes', falei de uma ilha inacessível, não só no espaço, como Redonda, como também no tempo, só que a minha ilha estava deserta, ao passo que me dei conta de que Redonda está povoadíssima de ilustres amigos que me acompanharão enquanto a olho de longe», disse Eco em reacção ao prémio.
Outros autores distinguidos com o Prémio Reino de Redonda - e que, portanto, fazem parte desta particular nobreza literária - são George Steiner, Ray Bradbury, Claudio Magris, Alice Munro e J. M. Coetzee, o primeiro a recebê-lo, em 2001, com o título de «Duque de Deshonra».
Lusa/SOL
in Sol - Lisboa,Portugal

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