sexta-feira, março 31, 2006

Confira as equipes que disputam torneio feminino no Equador


Confira as escalações das equipes que disputarão o torneio feminino em Cuenca, no Equador, neste sábado.

BRASIL
Daniela Polzin (-48kg)
Erika Miranda (-52kg)
Danielle Zangrando (-57kg)
Vania Ishii (-63kg)
Kelly Silva (-70kg)
Edinanci Silva (-78kg)
Aline Puglia (+78kg)
Prisicla Marques (+78kg)

CUBA
Dayaris Mestres (-48kg)
Yanet Bermoy (-48kg )
Edilia Amoro (-52kg)
Yallennis Castillo (-70kg)
Yurisel Laborde (-78kg)
Rosalin Bermudez (+ 78kg)
Idalis Ortiz (+78kg)

EQUADOR
Glenda Miranda (-48kg)
Cristina Ortega (-52kg)
Diana Villavicencio (-57kg)
Estefania Garcia (-57kg)
Diana Chala (-70kg)
Carmen Chala (+78kg)

COLÔMBIA
Luz Alvarez (-48kg)
Johana Orozco (-52kg)
Vilma Arenas (-52kg)
Neira Melo (-52kg)
Yulieth Sanchez (-52kg)
Yuri Alvear (-57kg)
Yadiris Amaris (-63kg)
Diana Velascos (-70kg)

HAITI
Manoucha Hogarth (-52kg)
Gina Sully (-70kg)

PORTO RICO
Maria Perez (-63kg)
Melisa Mojica (+78kg)

REPÚBLICA DOMINICANA
Maria Payano (-63kg)

PERU
Elsa Pinedo (-63kg)

O ZEN E A ARTE DO HAI KAI - RODRIGO DE ALMEIDA SIQUEIRA


"O Sentido e a essência não se encontramem algum lugar atrás das coisas,senão em seu interior, no íntimo de todas elas." (Hermann Hesse)

O haikai é uma pequena poesia com métrica e molde orientais, surgida no século XVI, muito difundida no Japão e vem se espalhando por todo o mundo durante este século. Com fundamento na observação e contemplação enfatizando o sentimento natural e milenar de apreciação da natureza através da arte, sentimento este inerente a todo o ser humano. O mais tradicional poeta deste estilo é Matsuo Basho, monge Zen que aperfeiçoou o estilo e divulgou suas obras no final do século XVII.

Ao sol da manhã
uma gota de orvalho
precioso diamante.
- Matsuo Basho (1644-1694)
As vantagens sobre o estudo e disciplina na escrita e apreciação de haikais são infindáveis. Áreas da vida como percepção, concentração, escrita em geral, comunicação, relacionamentos, intuição, autoconhecimento, meditação, expressão e gosto estético são afetadas e desenvolvidas de forma surpreendente e enigmática por quem entende e participa do haikai.
Quietude --
O barulho do pássaro
Pisando em folhas secas.
- Ryushi

É uma forma pura de poesia que possui uma longa história que retoma a harmonia da filosofia espiritualista e o simbolismo taoísta dos místicos orientais e mestres zen-budistas, que expressam muito de seus pensamentos e ensinamentos na forma de mitos, símbolos, paradoxos e imagens poéticas. Isto se deve à tentativa de transcender a limitação imposta pela linguagem usual e pelo pensamento linear e científico, que trata a natureza com fórmulas e o próprio ser humano como máquina.
Já é primavera:
Uma colina sem nome
Sob a névoa da manhã.
- Matsuo Basho

Esta antiga forma poética permanece hoje revelando a sensibilidade dos poetas na busca da essência da natureza, no íntimo de todas as coisas de forma simples, sutil e artística. Seu pequeno tamanho está relacionado com a busca da unidade de forma compacta, com o foco e com o fato de que é mais fácil transmitir, lembrar e reviver rapidamente as impressões em poemas curtos.
Passo a passo
sobre a montanha no verão -
de repente o mar.
Issa (1763-1827)
O objetivo é capturar a essência do local numa poesia contemplativa com grande valorização nos contrastes, na transformação e dinâmica, nas cores, nas estações do ano, na união com a natureza, no momento passageiro versus eternidade (ruptura do contínuo) e no elemento de surpresa. O prazer está nos contrastes, nos jogos da luz e da sombra da realidade e dos sonhos e do misterio. Está justamente na interseção entre o que é conhecido e lógico e o desconhecido. A beleza está no equilíbrio das partes. A visão da eternidade e unidade que existe nas coisas e na natureza como um todo é encontrada na observação de cada um dos múltiplos momentos passageiros que a compõe.
Assim como o click de uma máquina fotográfica, deve registrar ou indicar um determinado momento, sensação, impressão ou drama de um fato específico da natureza. É aproximadamente a imagem de um flash ou resultado de uma descoberta ou insight cercada de pureza, simplicidade e sinceridade.
O haikai possui uma estrutura extremamente concisa, que se situa em torno de uma série bem definida de regras, mas nem sempre obedece à sua forma original, podendo ser levemente modificada e adaptada para diversas circunstâncias. Cada haikai pode ser escrito com um fator predominante em sua composição. Alguns dão mais importância ao conteúdo com a imagem de um momento da natureza. Outros escrevem com a intuição e inspiração no zen-budismo. Outros dão mais importância à métrica com 17 sílabas, usuais ou poéticas, distribuídas em 3 linhas com 5 sílabas na primeira linha, 7 na segunda e 5 na terceira (forma 5-7-5). Alguns buscam a rima ou então a utilização do kigo, palavra ou termo relativo à estação do ano.
O uso de figuras de linguagem como metáforas costuma ser evitado, pois pode levar a distrações e desvios no foco da imagem ou do tema central, por ser referente a um modo externo à cena, das idéias abstratas e não dos fatos e objetos verdadeiros do haikai.
Apesar do conteúdo muitas vezes lembrar o instantâneo e o efêmero, o haikai, ao ser escrito, exige do poeta paciência, força de vontade e trabalho para focalizar a idéia da imagem captada, de forma que esta possa ser colocada por escrito na forma correta, pois as palavras são poucas e cada uma tem o seu peso. A dificuldade, porém, é apenas aparente, pois a essência do haikai é a mesma da natureza e do ser humano. O trabalho está em percorrer o caminho entre o momento da idéia ou da imagem na mente e o trabalho final no papel, em palavras.
Tanto neste momento do ato criativo poético como no da criação científica, o que ocorre é um contato com o real, que é muito mais vasto do que tudo que é compreendido ou compreensível, com maiores dimensões, infinitas variedades e tal amplidão que a lógica linear nem sonharia em imaginar. Por ser um surto espontâneo de intuição que vem de dentro da pessoa (criador cientista ou poeta), este momento de descoberta não contém mecanismos racionais nem é explicável logicamente. A idéia é trabalhada posteriormente para tomar forma mais coerente ou apresentável e, ao se concentrar para aperfeiçoar um poema, o poeta experimenta o processo de lapidação de sua própria alma.
Dadas as regras, qualquer pessoa com percepção e vontade pode se tornar poeta. Assim, até as crianças que são tocadas pelo haikai podem fazê-lo com perfeição e ainda com vantagem de conter pureza, alegria, simplicidade e mostrar diretamente a imagem sem o uso de metáforas distantes, conforme o perfeito espírito do haikai. Quando é escrito por uma criança, ele está refletindo seu coração e sua mente em toda sua inocência e sinceridade. Reflete a rica imaginação da criança e mostra seu sentimento poético do mundo.
Nos concursos são reservados temas, colocações e programação especial para a categoria infantil, com resultados excelentes no mundo inteiro. A união dos povos e culturas pelo haikai é concretizada com a união das crianças no World Childrens Haiku Contest, um evento de escala global que leva poetas infantis do mundo inteiro a participarem e se reunirem todos os anos no Japão para o aperfeiçoamento da técnica e a troca de experiências.
É comum os haikais de crianças serem ilustrados com desenhos feitos por elas mesmas, dando ainda mais vida e registrando neste desenho a imagem que foi passada no poema escrito. O ensino é feito com a esperança de inspirá-las de maneira a mantê-las integradas com a natureza na criação dos haikais, que possuem a mensagem e o espírito de preservação do meio ambiente em forma de poesia.
Na sociedade de hoje, as pessoas perderam muito da capacidade de contemplação, que é descobrir poesia e encontrar mistérios nos simples acontecimentos ou objetos. Devemos estar atentos às pequenas surpresas que revelam novos pontos de vista e usar a poesia para ajudar a decifrar os eventos que estão sempre à nossa volta.
Na filosofia Zen, assim como no haikai, é necessário ter introspecção e análise mais profunda, fazendo-se perceber e descobrir curiosos e belos fatos naturais que de outra forma passariam despercebidos. Mais do que inspiração, é preciso meditação, esforço e, principalmente, percepção para a composição de um verdadeiro haikai. Participe e compartilhe!
Rodrigo de Almeida Siqueira foi vencedor do 9 Encontro Brasileiro de Haikai, realizado em outubro de 1994 em São Paulo.
FRASES E COMENTÁRIOS:
"Compartilhar um haikai é compartilhar um pedaço de sua experiência de vida e sensibilidade de maneira pessoal e muito especial. A leitura deles nos dá não somente momentos da experiência do escritor como também momentos de nos mesmos." - William Higginson
"Os poetas japoneses sabiam como expressar suas visões da realidade numa observação de tres linhas. Não se limitavam a simplesmente observa-la, mas, com uma calma sublime, procuravam o seu significado eterno. Quanto mais precisa a observação, tanto mais ela tende a ser única, e, portanto, mais próxima de ser uma verdadeira imagem. Como disse Dostoievski, com extraordinária precisão: A vida é mais fantástica do que qualquer fantasia." - Andrei Tarkovski, no livro "Esculpir o Tempo".

JUDO > Coimbra acolheu Torneio Internacional de Portugal de juniores

A Académica viu dois judocas subirem ao pódio no Torneio Internacional de Portugal de juniores. Ana Patrícia Vicente terminou a competição de -57 quilogramas na 2.ª posição, enquanto Gonçalo Órfão concluiu a categoria de -90 quilogramas como 3.º classificado.Na final, a judoca de Coimbra perdeu com Cátia Silva, a quem tinha ganho no recente Campeonato Nacional de juniores, onde se sagrou vice-campeã nacional. Por outro lado, Gonçalo Órfão venceu o espanhol Alejandro Sanchez no combate de atribuição do último lugar do pódio.A sétima edição do Torneio Internacional de Portugal, prova de nível A que integra o calendário da União Europeia de Judo, disputou-se, durante dois dias, no Pavilhão Multiusos de Coimbra e contou com a presença de atletas da Áustria, Canadá, Espanha, Finlândia, Grã-Bretanha, Itália, Luxemburgo, Noruega, Tunísia e Portugal.Depois de Lisboa ter acolhido as duas primeiras edições, a terceira teve lugar no Luso. Desde 2003, Coimbra tem sido palco de uma das provas mais importantes organizadas pela Federação Portuguesa de Judo (FPJ). Um sinal de vitalidade e interesse na divulgação da modalidade por parte da Associação Distrital de Judo de Coimbra.As bancadas do novo pavilhão da cidade receberam muitos adeptos da modalidade, que não se cansaram de puxar pelos seus judocas preferidos. A cerimónia de entrega de prémios contou com a presença de diversas entidades, onde esteve, como não podia deixar de ser, António Lopes Aleixo, presidente da FPJ.Luís Providência, vereador do Desporto da Câmara Municipal de Coimbra; Paulo Valério, em representação do Governo Civil de Coimbra; Ricardo Vieira, representante do Instituto do Desporto de Portugal; e Ana Teixeira, presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, também não faltaram à chamada.Após o torneio, os judocas prolongaram a estada, em Coimbra, até quinta-feira de manhã, em virtude da participação no estágio internacional. O Pavilhão Multiusos foi palco de sessões bidiárias, com os atletas a aproveitarem a oportunidade para contactarem com outras realidades de treino. J.P.H.

Judô marca presença no Troféu Romulo Maiorana


Dedicação e muita garra é o que os indicados ao Troféu Romulo Maiorana na categoria judô têm de sobra. As horas de treinos intensos mostram que Lucas Pinho, Reinaldo Costa e Ruy Victor Pontes mereceram ser os atletas que concorrem a maior premiação esportiva no Estado.
Lucas Pinho começou no judô com 6 anos, por influência do pai que gostava do esporte. 'Em casa respiramos judô. Meus três irmãos e meu pai também lutam', afirma o atleta. Já Ruy Victor passou a treinar para corrigir um problema ortopédico e não parou mais. A rotina dos dois é bastante parecida: aula pela manhã e treinos durante o resto do dia. Mas quem disse que eles reclamam? 'Gosto do que faço e não me importo de treinar até nos sábados', disse Lucas.
Como o judô é uma modalidade dividida em categorias, os atletas têm que se esforçar para ficar de bem com a balança. Atualmente os dois jovens estão com 14 anos, mas em categorias diferentes. Ruy está na categoria até 60 kg e Lucas até 66 kg.
A carreira dos dois é parecida. Ambos disputaram o Sul - Americano de 2005, realizado na Argentina, e agora treinam para campeonatos importantes, como a Copa Brasília que acontece no dia 22 de abril e o Campeonato Brasileiro Regional, no dia 5 de maio.
Ruy agora desfruta da sua segunda indicação, mas revela que a ansiedade é a mesma. 'Acredito que a indicação é o resultado dos esforços nos treinos'. Já Lucas está feliz por concorrer ao Troféu pela primeira vez e foi incluído no projeto 'Fabricação do Ídolos', do governo estadual. E o recado para os internautas também é o mesmo: continuem votando e torcendo pelos indicados!
Serviço: A 12ª edição do Troféu Romulo Maiorana acontece no dia 11 de abril, no teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas. O evento tem patrocínio da Unimed, RR Pneus, Extrafarma e Colégio Sophos. O Governo do Estado, através da Seel, também apóia a premiação.

Seleção feminina disputa torneio no Equador

Evento acontecerá neste sábado (1/4) e será o primeiro teste após duas semanas de treinamento Após duas semanas de treinamento de campo no Equador, a equipe feminina de judô terá pela frente, neste sábado (dia 1/4), o primeiro teste. Sob o comando da treinadora Rosicléia Campos, as atletas disputarão uma competição em Cuenca. Daniela Polzin (-48kg), Érika Miranda (-52kg), Danielle Zangrando (57kg), Vania Ishii (-63kg), Kelly Silva (-70kg), Edinanci Silva (-78kg), Aline Puglia (+78kg) e Priscila Marques (+78kg) enfrentam judocas de Cuba, Equador, Colômbia, Haiti, Peru, Porto Rico e República Dominicana no torneio. Destaque para as cubanas Yanet Bermoit e Yurisel Laborde, campeãs mundiais em 2005 no Egito. Bermoit luta na categoria até 48kg, enquanto Laborde compete no peso até 78kg.Em maio, as brasileiras terão mais duas competições. A Copa Judogui Dourado, em Cuba, e o Campeonato Pan-Americano Sênior, na Argentina.

LENDAS SOBRE A ORIGEM DO JUDÔ
(fonte: http://www.judors.com.br/ - site oficial da Federação Gaúcha de Judô)

No início havia duas lendas, transmitida de boca em boca durante milênios. Conta uma destas lendas que, certa vez um menino chinês, de nome Li-tei-feng, observou assustado como, durante uma grande tempestade, as maiores arvores eram arrancadas e os galhos mais grossos dobrados.
Salvou-se apenas uma pequena arvorezinha. Ela simplesmente inclinou sua copo até o chão. Mas quando a tempestade parou de arrasar tudo na sua frente, a arvorezinha levantou a copa e estava lá, tal como antes.
O local desta lenda - em algum lugar no centro da China - ainda hoje e considerado o local de nascimento do principio do Judô "ceder para vencer".
Já a outra lenda de também tradição oriental, porém japonesa, fala de um salgueiro e de uma cerejeira no inverno. Os galhos de cerejeira quebravam tal fósforo sob o peso da neve, enquanto que o salgueiro, flexível, cedia, fazia a neve escorregar e não lhe dava chance de pressiona-lo. Outra vez o mesmo princípio de "ceder para vencer".
Pode ser que essas duas ocorrências apadrinharam - em algum lugar, alguma época e de alguma forma - realmente o aparecimento e desenvolvimento do Ju-Jitsu. Mas não existem prova de que realmente foi assim.

A HISTÓRIA DO JUDÔ


História do Judô (fonte: http://www.multifight.com.br/judo.htm)

O homem começou a praticar lutas individuais há vários séculos. Por volta 720, já havia algumas lutas primitivas, sem armas e sem fins esportivos. Brigava-se apenas pela sobrevivência. Entre as principais formas de ataque e defesa, o Jiu-jitsu era a luta mais praticada, no Japão. Por volta de 1600, existiam várias academias no Japão, especializadas nas técnicas dessa luta.
Os samurais (guerreiros japoneses) eram considerados excelentes lutadores. No final do século XIX, O Jiu-jitsu começou a perder popularidade por causa de seus golpes violentos.
Um japonês chamado Jigoro Kano, praticante de Jiu-jitsu, resolveu criar um novo esporte que não fosse violento e ainda pudesse ser eficaz na formação do indivíduo. A nova luta além de ser útil para a defesa pessoal, poderia ser importante também para superar as limitações do ser humano.
Kano selecionou as melhores técnicas de Jiu-jitsu, os golpes mais eficazes e os mais racionais. O Jiu-jitsu era urna prática guerreira baseada na leveza do corpo e do espírito no entanto tinha diversas técnicas perigosas que foram eliminadas, aperfeiçoou a maneira de cair, criou uma vestimenta especial de treino (o Judo-gi), pois não havia um traje específico para a pratica do Jiu-jitsu, e dedicou-se particularmente aos métodos de projeção ao solo, aperfeiçoando vários golpes de sua autoria.
Kano pensou que a sua nova arte deveria ter outro nome, pois a sua prática era diferente do Jiu-jitsu. Tendo em conta a sua essência, a não resistência e o aproveitamento da força do oponente chamou a esta nova arte de Judo e criou regras para um confronto esportivo baseado no espírito do ippon-shobu (luta pelo ponto completo). O Judo (caminho suave, em japonês) é uma luta de defesa que utiliza a força do corpo do adversário na execução dos golpes.
No começo, Kano deu o nome de Judo Kodokan à nova luta, pois os adeptos do esporte aprendiam as técnicas na famosa escola Kodokan, antes chamada de Eisho. Naquele tempo, eles enfrentavam os lutadores de Jiu-jitsu e quase sempre saiam vitoriosos.
No final do séc. 1886, o Judo foi oficialmente aceito pelo governo japonês. Para difundir o esporte, Kano iniciou em 1889 uma série de apresentações e palestras nos EUA e na Europa. Na década de 30 o Judo já era conhecido em quase todas as nações do mundo.

JIGORO KANO

Jigoro Kano nasceu em 28 de outubro de 1860 em Mikage, no distrito de Hyogo. Começou a praticar Jiu-jitsu aos 18 anos de idade, em razão de sua fraqueza física. Ele aprendeu técnicas de vários estilos de Jiu-jitsu e as aperfeiçoou. Em 1882, idealizou o Judo, mesmo ano em que fundou o instituto Kodokan. Por mais de meio século Kano divulgou o Judo por todo mundo. Mas morreu em 1938, sem ver seu esporte ser reconhecido como modalidade olímpica, o que aconteceu somente em 1964.
Jigoro kano criou novas técnicas para o treinamento de esportes competitivos, que consideravam também a formação do caráter. Ele via o Judo como um treinamento para a vida e não como um esporte isolado.
Nelson Norberto Rodrigues
Haicai
Na lagoa azul
à sombra de uma palmeira
brincam alvos gansos
Nas folhas caídas
de uma palmeira real
foi-se a primavera

Lembram?




É comum ouvir que o judô é pouco divulgado, mas muitos não sabem que já houve um cartoon, brasileiro, no qual o personagem principal era um judoca, e que chegou mesmo a estrelar nos cinemas. É bem verdade que as roupas e os golpes não são lá muito ortodoxos, mas quem já pensou que lutariamos de quimonos azuis e o seoi-nague seria proibido para crianças.
O blog registra para a memória que personagem de cartoons nacionais de maior longevidade continua sendo O Judoka, que durou 45 edições, do número 7 ao 52 da revista. Isso porque, as seis primeiras foram estreladas pelo Judo-Master, da Charlton Comics. Pela série passaram os já mencionados Mário Lima e Eduardo Baron e também Juarez Odilon, Cláudio de Almeida, Floriano Hermeto de Almeida Filho (que assinava FHAF), Francisco Sampaio, Fernando Ikoma e Alberto Silva. O Judoka fez tanto sucesso que ganhou um filme, produzido em 1972 e estrelado pela beleza global Elisângela e por Pedrinho Aguinaga, mais conhecido por estrelar um comercial do cigarro Chanceler, o famoso "fino que satisfaz", no qual tinha a voz dublada por Reginaldo Faria.
Provavelmente, esse filme do Judoka está perdido por aí, dentro de uma lata empoeirada numa das Embrafilmes da vida, mas seria bem legal se alguém o localizasse, pois é uma verdadeira relíquia dos anos 70.

(Fonte:
http://www.universohq.com/quadrinhos/2005/hq_ebal2.cfm)

quinta-feira, março 30, 2006


Paulo Leminski

Eu
quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está por dentro
ou está por fora
quem está por fora
não segura
um olhar que demora
de dentro de meu centro
este poema me olha.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Paulo Leminski Filho (Curitiba, 24 de agosto de 1944 - Curitiba, 7 de junho de 1989). Poeta e escritor brasileiro. Filho de Paulo Leminski e Áurea Pereira Mendes Leminski. Além de poeta, tornou-se tradutor, professor e, pode parecer inusitado, mas ele também era faixa-preta de judô.

Biografia

1944- 1970

Mestiço de pai polaco com mãe negra, sempre chamou a atenção por sua intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma explosão e assim produziu muito: é dono de uma extensa e relevante obra. Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais (poema japonês de três versos), trocadilhos, ou brincando com ditados populares.
Em 1958, aos 14 anos, foi para o mosteiro São Bento em São Paulo e lá ficou o ano inteiro.
Participa do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda em Belo Horizonte-MG onde conhece Haroldo de Campos, amigo e parceiros em várias obras. Leminski casou-se, aos 17 anos, com a desenhista e artista plástica Neiva Maria de Souza (da qual se separou em 1968).
Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Paulo Leminski se torna em 1965, professor de História e de Redação em cursos pré-vestibulares e também era professor de judô. Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia Moderna, promovido pelo jornal O Estado do Paraná.
Casou-se em 1968 com á também poeta Alice Ruiz, com quem ficou casado 20 anos, Algum tempo depois de começarem a namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e seu namorado, em uma espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por mais de um ano e só saíram com a chegada da primeira de três filhos: Estrela. Eles depois tiveram mais uma menina, Áurea ( homenagem a sua mãe) e um menino, Miguel, que morreu com 10 anos vítima de um tumor cerebral.
De 1969 á 1970 decide morar no Rio de Janeiro, onde retorna á Curitiba para se tornar diretor de criação redator de publicidade.
Dentre suas atividades criou habilidade de letrista e musico sua primeira letra foi Verdura em 1981 cantada por Caetano Veloso no disco OUTRAS PALAVRAS A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução "normal" da MPB e do acidente feliz de ter o modernismo criado uma linguagem poética capaz de se associar, com suas letras mais maleáveis e enganadoramente ingênuas, às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo, à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras correntes musicais e poéticas. Leminski fez parte da geração de “poetas marginais” que, nos anos de 1970 publicava em revistas alternativas.

1970-1989

Na década de 70, teve poemas e textos publicados em diversas revistas de sua cidade natal - como Corpo Estranho, Muda Código, Raposa Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau, que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o espanhol e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, o qual foi traduzido na íntegra para o espanhol).
Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido escrevendo belas letras de música, como "Verdura":

De repente me lembro do verde
Da cor verde a mais verde que existe
a cor mais alegre, a cor mais triste
verde que veste, verde que vestiste
o dia em que te vi
o dia em que me viste
De repente vendi meu filho
pra uma família americana
eles tem carro, eles tem grana
eles tem casa e a grana é bacana
só assim eles podem voltar
e pegar um sol em Copacabana
pegar um sol em Copacabana...

Músico e letrista Leminski fez parcerias com Caetano Veloso e o grupo A Cor do Som entre 1970/1989.Teve influência da poesia de Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, convivência com Régis Bonvicino, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Moraes Moreira, Itamar Assumpção, José Miguel Wisnik, Arnaldo Antunes, Wally Salomão, Antônio Cícero, Antonio Risério, Julio Plaza, Reinaldo Jardim, Regina Silveira, Helena Kolody, Turiba.

A Cor do Som - Mudança De Estação

Gente bonita ta me vindo
A atenção
De lhes mostrar
Mudança de estação
O rio ta raso
Estrela fraca, sem razão
Vai ver, vai ver
É mudança de estação
Vai ver, vai
É noite de São João
Eu quis saber aonde fica
O Coração
E acabei com uma
Estranha sensação
Vai ver, va ver
É Mudança de estação
Vai ver, vai
É Noite de São João
Gente bonita olha só
Quem vem chegando
Alguém sorrindo
Alguém chorando
E a multidão
Vai ver, vai ver,
É Mudança de estação
Vai ver, vai
É Noite de São João
Vai ver.

A música estava ligada as obras de Paulo Leminski, uma de suas paixões, suas parceiras inesquecíveis proporcionou uma discografia rica e variada.

A Ética em Três Línguas



“If”
Joseph Rudyard Kipling (1865 – 1936)

Se fores capaz de preservar a serenidade, quando todos à tua volta, Estiverem desesperados e a culpar-te por causa disto,


Se fores capaz de te manter autoconfiante, quando todos duvidarem de ti, Mas lhes concederes, ainda assim, o direito à dúvida;
Se suportares esperar, sem jamais disto te cansares, Ou vítima de calúnias, nunca revidares, odiado, não enveredares pelo caminho do ódio, E não pareceres bondoso demais, nem afetares sabedoria,
Se puderes sonhar, mas não fazer do sonho o teu senhor;
Se puderes pensar, sem permitir que teus pensamentos te dominem,
Se puderes conviver com a Glória e o Fracasso E tratar, do mesmo modo, estes dois impostores; Se suportares ouvir a verdade que falaste, Distorcida por trapaceiros, a fim de ludibriar os ingênuos, Ou assistir à demolição dos teus ideais, E tentar reconstruí-los com desgastadas ferramentas,
Se fores capaz de acumular todas as tuas vitórias E te arriscares a atirá-las fora, Perdê-las, e começar tudo outra vez, E disto jamais vieres a te queixar;
Se fores capaz de controlar nervos e coração A fim de resistir ao vazio, quando, algum dia, tudo se exaurir E nada mais te restar Exceto a Vontade a sussurrar: “Suporta!”
Se conviveres com multidões, resguardando as tuas virtudes, Ou, na companhia de Soberanos –, não perderes a simplicidade,
Se nem teus inimigos, nem as pessoas queridas, puderem te magoar,
Se todos os homens puderem contar contigo, mas nunca com exagero,
Se fores capaz de preencher um imperdoável minuto Com sessenta segundos de algo que valha a pena, Tua é a Terra, e tudo o que nela existe,
E – mais do que isto – serás um Homem, meu filho!

If you can keep your head when all about you Are losing theirs and blaming it on you;
If you can trust yourself when all men doubt you, But make allowance for their doubting too;
If you can wait and not be tired by waiting, Or, being lied about, don't deal in lies, Or, being hated, don't give way to hating, And yet don't look too good, nor talk too wise;
If you can dream - and not make dreams your master;
If you can think - and not make thoughts your aim;
If you can meet with triumph and disaster And treat those two imposters just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken Twisted by knaves to make a trap for fools, Or watch the things you gave your life to broken, And stoop and build 'em up with wornout tools;
If you can make one heap of all your winnings And risk it on one turn of pitch-and-toss, And lose, and start again at your beginnings And never breath a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew To serve your turn long after they are gone, And so hold on when there is nothing in you Except the Will which says to them: "Hold on";
If you can talk with crowds and keep your virtue, Or walk with kings - nor lose the common touch;
If neither foes nor loving friends can hurt you;
If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute With sixty seconds' worth of distance run - Yours is the Earth and everything that's in it, And - which is more - you'll be a Man my son!

Se riesci a mantenere la calma quando tutti attorno a te la stanno perdendo;

Se sai aver fiducia in te stesso quando tutti dubitano di te tenendo conto però dei loro dubbi;
Se sai aspettare senza stancarti di aspettare o essendo calunniato non rispondere con calunnie o essendo odiato non dare spazio all'odio senza tuttavia sembrare troppo buono ne' parlare troppo da saggio;
Se sai sognare senza fare dei sogni i tuoi padroni;
Se riesci a pensare senza fare di pensieri il tuo fine;
Se sai incontrarti con il successo e la sconfitta e trattare questi due impostori proprio nello stesso modo;
Se riesci a sopportare di sentire la verità che tu hai detto, distorta da imbroglioni che ne fanno una trappola per gli ingenui;
Se sai guardare le cose, per le quali hai dato la vita distrutte e sai umiliarti a ricostruirle con i tuoi strumenti ormai logori;
Se sai fare un'unica pila delle tue vittorie e rischiarla in un solo colpo a testa o croce e perdere e ricominciare dall'inizio senza mai lasciarti sfuggire una sola parola su quello che hai perso;
Se sai costringere il tuo cuore, i tuoi nervi, i tuoi polsi a sorreggerti anche dopo molto tempo che non te li senti più e così resistere quando in te non c'è più nulla tranne la volontà che dice loro: <>;
Se sai parlare con i disonesti senza perdere la tua onestà o passeggiare con i re senza perdere il tuo comportamento normale;
Se non possono ferire ne' i nemici ne' gli amici troppo premurosi;
Se per te contano tutti gli uomini, ma nessuno troppo;
Se riesci a riempire l'inesorabile minuto dando valore ad ogni istante che passa: tua e' la Terra e tutto ciò che vi e' in essa e - quel che più conta - tu sarai un Uomo, figlio mio !

Jigoro Kano


Sonho Impossível
Maria Bethânia

Composição: Indisponível

Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã este chão que eu deixei
Por meu leito e perdão
Por saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor

Velhos demais?


Esporte para a vida inteira
Por Renata Menezes

A imagem de vovós fazendo crochê e cochilando no sofá da sala não existe para quem tem paixão por esporte. Pelo menos essa é a opinião de Zwinglio Wey Moreira, 63 anos, jogador de vôlei e basquete do time de Piracicaba e professor de educação física aposentado da Universidade de Campinas (Unicamp). "Eu é que não vou envelhecer e ficar dependendo dos outros", diz. Assim como ele, é cada vez maior o número de idosos que não abandonam o esporte, mesmo com a chegada da velhice.
Embora com o passar dos anos haja uma diminuição natural das capacidades físicas, como agilidade, flexibilidade, velocidade, coordenação, equilíbrio e força, isso não significa o fim dos exercícios físicos. "Quem sempre praticou esporte tem uma melhor condição física e não sentirá muita diferença com o envelhecimento", explica Fábio Bernardo, professor de educação física do projeto "Parceiro do Futuro" promovido pela Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo.
No Brasil, com a chegada dos 40 anos, as pessoas são consideradas velhas para praticar esportes competitivos e muitas vezes se afastam, como no caso de Raí, ex-jogador de futebol que recentemente decidiu abandonar a carreira. "Esporte não é só competição, é paixão e bem-estar físico", afirma o ultramaratonista Roberto Losada Pratti, 55 anos.
Com ótimo preparo físico, Roberto demonstra durante as maratonas, de mais de 100 km, os resultados de uma vida saudável. Para ele, exercitar-se é o melhor para quem quer fugir de médicos e hospitais. "O que importa é a paixão por esporte, na última maratona que disputei fui 23.º colocado e estou muito feliz." Para os amantes do esporte, ele está no sangue e tem a magia de fazer as pessoas se apaixonarem e criarem um pacto de "até que a morte nos separe".
Prova disto é a Associação dos Veteranos de Basquete do Brasil (AVBB), criada em Fortaleza em 1985, com o objetivo de levar o esporte para vida toda. Na AVBB a idade-limite é para começar, 35 anos, mas o término depende da vontade de cada jogador. "Temos jogadores de 80 anos, a idade passa, mas o basquete não. Este é um exemplo a ser seguido pelos jovens atletas" diz Nilo Machado Pereira, 65 anos, presidente da AVBB. Com sete categorias, a associação vem congregando centenas de jogadores de basquete do passado que teimam em jogar. "Nós, veteranos, nos orgulhamos de ver ainda nas quadras jogadores como o grande Rui de Freitas, com mais de 80 anos; Mayr Facci, com 75; Zenny de Azevedo, o "Algodão", 75 anos; além de outros grandes astros do passado", lembra Nilo Pereira.

Jigoro Kano



Francisco José Tenreiro(*)

Mãos

Mãos que moldaram em terracota a beleza e a serenidade do Ifé.
Mãos que na cera polida encontram o orgulho perdido do Benin.
Mãos que do negro madeiro extraíram a chama das estatuetas olhos de vidro
e pintaram na porta das palhotas ritmos sinuosos de vida plena:
plena de sol incendiando em espasmos as estepes do sem-fim
e nas savanas acaricia e dá flores às gramíneas da fome.
Mãos cheias e dadas às labaredas da posse total da Terra,
mãos que a queimam e a rasgam na sede de chuva
para que dela nasça o inhame alargando os quadris das mulheres
adoçando os queixumes dos ventres dilatados das crianças
o inhame e a matabala, a matabala e o inhame.
Mãos negras e musicais (carinhos de mulher parida) tirando da pauta da Terra
o oiro da bananeira e o vermelho sensual do andim.
Mãos estrelas olhos nocturnos e caminhantes no quente deserto.
Mãos correndo com o harmatan nuvens de gafanhotos livres
criando nos rios da Guiné veredas verdes de ansiedades.
Mãos que à beira-do-mar-deserto abriram Kano à atracção dos camelos da aventura
e também Tombuctu e Sokoto, Sokoto e Zária
e outras cidades ainda pasmadas de solenes emires de mil e mais noites!
Mãos, mãos negras que em vós estou pensando.
Mãos Zimbabwe ao largo do Indico das pandas velas
Mãos Mali do sono dos historiadores da civilização
Mãos Songhai episódio bolorento dos Tombos
Mãos Ghana de escravos e oiro só agora falados
Mãos Congo tingindo de sangue as mãos limpas das virgens
Mãos Abissínias levantadas a Deus nos altos planaltos:
Mãos de África, minha bela adormecida, agora acordada pelo relógio das balas!
Mãos, mãos negras que em vós estou sentindo!
Mãos pretas e sábias que nem inventaram a escrita nem a rosa-dos-ventos
mas que da terra, da árvore, da água e da música das nuvens
beberam as palavras dos corás, dos quissanges e das timbilas que o mesmo é
dizer palavras telegrafadas e recebidas de coração em coração.
Mãos que da terra, da árvore, da água e do coração tantã
criastes religião e arte, religião e amor.
Mãos, mãos pretas que em vós estou chorando!

(*) Poeta de São Tomé do Príncipe

Jigoro Kano

quarta-feira, março 29, 2006

Pensando sobre a Liga Mineira de Judô...


Não sou o senhor da verdade, sei bem disso, minhas opiniões são pouco importantes. Mas tenho a impressão que elas seriam a mesma de muitos e muitos atletas, talves tão desimportantes como eu.
Houve uma época negra no judô mineiro, na qual todos nós, que gostavamos do judô, e não da política, vivemos atormentados. Uma família apossou-se da Federação, cometeu desmandos, arbitrariedades, e, causou a ruptura institucional da estrutura do nosso judô.
Nesta época, grande parte dos professores mais sérios, concientes e éticos do judo mineiro optou por criar a União Mineira de Judô Tradicional.
Muito embora insatisfeito, outro grupo optou por se opor dentro da própria estrutura federada.
Com o passar do tempo, revigorado por academias que retornavam a Federação este grupo, conseguiu desmascarar, judicialmente, o regime arbitrário que se instalara, retomando o controle da instituição.
A União Mineira de Judô Tradicional, por sua feita, se tornou a Liga Mineira de Judô.
Ambas, a Federação Mineira de Judô e a Liga Mineira de Judô, cresceram, realizaram eventos importantes, e formaram atletas hábeis fisicamente, além de bem postados sob o aspecto ético.
Mas é certo que a Federação Mineira de Judô realiza eventos oficiais, projetando atletas a nível panamericano, olímpico e mundial, e, a Liga Mineira de Judô, realiza grandes eventos, campeonatos importantes, mas informais. E, grandes atletas se perdem então no anonimato.
Não se trata aqui de quem errou ou acertou, talvez todos estivessem certos. Mas se cuida de como seguir em frente.
A Federação Mineira de Judô está moralizada, nunca se viu questionamento quanto a isto, mas, havendo dúvidas, existem as eleições.
Esta história das taxas não é séria, uma anuidade de R$ 500,00 (quinhentos reais) significa menos de R$ 50,00 (cinquenta reais) por mês se diluido ao longo do ano, e os atletas pagam mensalidade.
Distâncias, viagens, sempre existiram, os eventos principais, em qualquer lugar do mundo, são nos grandes centros urbanos, mas nada mais simples que a organização de regionais e campeonatos fora da capital, o que, aliás, já é feito.
Respeito as faixas conquistadas na Liga, guardados, claro, critérios de bom senso, não parece também qualquer problema.
Para nós que vestimos o quimono, para treinar, existe um só judô, e divergências reais, importantes do passado, não devem ser reduzidas no presente a picuinhas e fogueiras de vaidades.
Eu sei bem que a Liga não precisa da Federação, sei também que a Federação não precisa da Liga. Todos vão muito bem, o judô brasileiro é hoje uma referência mundial, o judô mineiro é referência nacional e a Liga realiza campeonatos com dezenas de agremiações, torcida presente e patrocinadores.
Mas e os atletas? Que treinam hoje horas e horas, campeões quem sabe! Vão viver parte no sol, parte na sombra? Até quando?
JITA KYOEI

As Valquírias


Inúmeras são as lendas sobre as mulheres guerreiras, sensuais, fortes, leais a princípios e valores esquecidos e desconsiderados pelos homens. As amazonas gregas de Hipólita, as indígenas também chamadas de Amazonas, que deram nome ao maior estado do Brasil, as Huris, as guerreiras-mágicas celtas e as mulheres samurai. Belas histórias e fazem parte do ideário e imaginário de nossa cultura. As atletas de artes marciais, encarnam, de certa forma, este culto e este mito, lindas e fortes, rompem com os estereótipos de sujeição ao homem. Dentre as histórias antigas as canções nórdicas sobre as valquírias são especialmente fascinantes.
As Valkyrjor (Valquírias), singular Valkyrja (Valquíria), são as deusas da guerra, e como as Nornor (Nornas), são dispensadoras do destino; mas só se ocupam dos guerreiros. Nos campos de batalha, ajudam um vencedor, designam os combatentes que deverão perecer, escolhem aqueles que no Valhöll (Valhalla) farão companhia a Óðinn (Odin).
As Valkyrjor tem freqüentemente inspirado poetas como mulheres guerreiras. Seu nome significa, “escolhedora de mortos”, e são freqüentemente chamadas donzelas-guerreira, donzelas-escudeira, donzelas-cisne (ou virgens-cisne) e donzelas-do-hidromel. Como seus nomes sugerem, elas tem várias funções.
Elas tem a tarefa de selecionar os guerreiros mortos, que perecem na batalha ou em combate, como enfrentando um dragão, etc. Estes guerreiros mortos são conhecidos como os Einherjar, e são escolhidos para lutar ao lado dos deuses no Ragnarök. Os Einherjar esperam pelo Ragnarök, no palácio de Óðinn, chamado Valhöll.
Elas são representadas, muitas vezes, sob a forma de virgens com plumagem de cisnes (as virgens-cisne), capazes de voar através dos céus, carregando os guerreiros mortos para o Valhöll. Elas têm outras tarefas incluindo servir hidromel em chifres ou taças para os Einherjar no Valhöll (as donzelas-do-hidromel). E por fim ajudam ou protegem um guerreiro no campo de batalha (as donzelas-guerreiras e donzelas-escudeiras).
Três Valkyrjor aparecem na Völsungasaga (“A Saga dos Volsungos”) e nas Baladas Heróicas da Edda Poética. Sigrún (“runa-vitoriosa”) casada com o herói Helgi, o filho de Sigmundr. As outras duas Valkyrjor são Brynhild (“brilhante-na-batalha”) e Guðrún (Gudrun) (“runa-da-batalha”), e estas duas são associadas com o herói Sigurðr (Sigurd), um outro filho de Sigmundr. Gúðrun também tem sido associada com Helgi em outra fonte, como a primeira esposa do herói.
Outra valkyrja que aparece nos poemas da Edda Poética é Svava, aquela que se enamorou do jovem herói Helgi, dando-lhe este nome e ensinando-o a falar. Svava porém seria outro nome para Sigrún, que é casada com Helgi, em outras duas baladas da Edda Poética, todas essas baladas seriam então versões diferentes de uma mesma história. Temos ainda, entre essas lendárias cavaleiras, a mais jovem Norn (Norna) chamada Skulðr (Skuld).
Na Völuspá ("A Profecia da Vidente"), da Edda Poética, vemos também descritas suas famosas cavalgadas através dos céus, imortalizada na música do compositor clássico alemão Richard Wagner. Ali seus nomes são ditos: Hrist, Mist, Skeggiold, Skogul, Hild, Þrud, Hlokk, Herfiotur, Goll, Geirahod, Randgrid, Reginleif, Gunn e Rota.
Richard Wagner, o famoso compositor clássico da tetralogia Der Ring des Nibelungen (“O Anel dos Nibelungos”), deu uma origem para as suas Valkyrjor, que seriam então nove filhas do deus Wotan (Óðinn) com a deusa Erda (Jörd), a Mãe-Terra. Aquelas que cavalgam pelos campos de batalha recolhendo os guerreiros mortos, sendo uma delas Brunhild (Brynhild), aquela que foi punida com a mortalidade.
Brynhild é a mais famosa de todas as Valkyrjor. Na Völsungasaga e na Edda Poética, Óðinn pune Brynhild, por auxiliar o rei errado a morrer em batalha. Óðinn então a condena a casar-se apenas com um guerreiro valente e destemido, então ela foi deixada adormecida em um Anel de Fogo, até o valente herói poder atravessar as chamas. Sigurðr atravessou através das chamas, duas vezes. A segunda vez, ela foi enganada para casar-se com Gunnar, o irmão de Guðrún, enquanto o herói casou-se com Guðrún. Por fim ela causou a morte de Sigurðr. Brynhild caída em desgosto, morre na pira funerária de Sigurðr.
Brynhild recebe um nome diferente em uma das baladas da Edda Poética. Na Sigrdrífumál ("A Balada de Sigrdrífa"), Brynhild é conhecida como Sigrdrífa (“estimuladora-da-vitória”), onde ela ensina para o herói a runa da vitória.

Meus professores de Judô

A Filosofia do Judô


O Espírito do Judo

Reproduzimos aqui as duas máximas do Judo:
Seryoku Zenyô(O Princípio da Eficiência do Judo: Máximo Efeito com Mínimo Esforço - O Melhor Uso da Energia - Ceder para Vencer)Jita Kyoei(Prosperidade e benefícios mútuos).

Acreditamos que o ideal e os ensinamentos de Jigoro Kano estão bem sintetizados nessas duas máximas. Encontramos uma analogia nos Evangelhos de Cristo: amar ao próximo como a nós mesmos e utilizar nossos dons para servir.
Essa pequena introdução mostra-nos perfeitamente toda a grandeza do Judo, que voltado para o espírito almeja um mundo melhor, mais humano e justo para todos.
Princípios
Há nove princípios que compõem o Espírito do Judo. Eles mostram a maneira de percorrer o "suave caminho" (a palavra japonesa "Judo" é a junção dos ideogramas "Ju", suave, e "Do", caminho), fundamento para o estudo, compreensão e progresso no Judo.
1) Conhecer-se é dominar-se, e dominar-se é triunfar.
Para conhecer suas possibilidades no mundo em que vive, para enfrentar todas as situações que exigem ações e soluções diretas ou indiretas, o homem precisa conhecer a si mesmo, saber quais as qualidades e deficiências que possui, para apresentar harmoniosamente as atitudes ou respostas mais adequadas à necessidade. Na posse íntima desse balanço o homem adquire um melhor controle emocional, uma melhor postura frente ao mundo e uma melhor e mais inteligente utilização de seu potencial. Tudo isso lhe dá maiores possibilidades de triunfar.
2) Quem teme perder já está vencido
O Kiai é definido também como um estado de espírito para vencer, portanto está intimamente ligado a este segundo princípio. Quando, inversamente, entramos em uma disputa incertos, inseguros ou temerosos, nossas forças se desassociam e enfraquecem, colocando-nos à mercê daquele ou daqueles que buscam com mais garra - com mais Kiai - o triunfo.
3) Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo, humildade.
A perfeição é de Deus: somente ele é perfeito. O homem pode e deve, entretanto, tentar sempre se aproximar da perfeição em todas as suas obras e durante toda a sua vida. Assim fazendo com constância, sabedoria e humildade, estará também contribuindo para que o mundo seja mais bonito, mais humano e feliz. Estará trabalhando, portanto, para a complementação desse mundo que nos foi dado e pelo qual somos responsáveis.
4) Quando verificares, com tristeza, que nada sabes, terás feito teu primeiro progresso no aprendizado.
Tantos são os mistérios do mundo, tão incipientes são os nossos conhecimentos que considerarmo-nos sábios, ainda que em uma única e simples matéria, seria no mínimo uma enorme ignorância. Isto porque, na medida em que nos aprofundamos no conhecimento de um determinado assunto, vemos que a meta final se distancia e se ramifica em tantas outras opções - nem sempre coerentes, muitas vezes contraditórias - que somos levados a reconhecer com tristeza que nada ou muito pouco sabemos, e que a meta final não se encontra ao nosso alcance.
5) Nunca te orgulhes de haver vencido um adversário. Quem venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.
O orgulho jamais se justifica, porque ninguém é Deus para ter certeza da vitória na próxima luta. A atitude orgulhosa nunca nos leva a boas opções - muito pelo contrário. Como antítese da humildade, o orgulho nos torna arrogantes, soberbos e auto-suficientes, criando à nossa volta um clima hostil. Nem a própria vitória contra a ignorância justificaria o orgulho, pois o saber deve ser um instrumento de realizações para a coletividade e a ela oferecido. A vitória não é propriedade privada nem de uso exclusivo de alguém.
6) O judoka não se aperfeiçoa para lutar. Luta para se aperfeiçoar.
Fosse a meta primeira e única do judoka a vitória em cima do tatame, então sim ele voltaria toda a sua capacidade, todo o seu aperfeiçoamento para essa luta. Mas isso iria tornar o esporte igual a tantas outras lutas, pobres e sem motivos ou ideais duradouros e úteis. Felizmente, as metas do Judô são justamente mais importantes porque visam, como já vimos, um mundo melhor, mais bonito, mais humano e feliz. Esse é o ideal que buscamos.
7) O judoka é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam e paciência para ensinar o que aprendeu aos seus companheiros.
À inteligência que deve ter o judoka para compreender aquilo que lhe ensinam, acrescentamos a perseverança e humildade. Perseverança porque nem sempre possuímos a facilidade no aprendizado, e a demora pode nos levar a abandonar ou negligenciar conhecimentos que nos farão falta. Um pouco de perseverança possibilitará sempre bom aprendizado. Humildade porque sem ela podemos achar que somos sábios e do alto da nossa suficiência não desceremos para aprender o que não sabemos. No transcorrer da vida, há uma seleção natural que escolhe os que transmitirão ensinamentos para as gerações futuras. Assim é no Judô. Aquele que teve a paciência para perseverar durante anos, acumulando conhecimentos e experiências, certamente terá em grande dose a paciência necessária para o ensino do que aprendeu, contribuindo assim para que a grande arte caminhe para o futuro.
8) Saber cada dia um pouco mais, utilizando o saber para o bem, é o caminho do verdadeiro judoka.
Nos mais corriqueiros atos da vida o homem aprende sempre um pouco mais, pois ele é um ser dinâmico e evolutivo. É significativo o fato de que a maioria dos governantes é de pessoas idosas, mesmo entre os povos mais díspares e em diferentes épocas da História. Isso se explica porque a soma de conhecimentos, o melhor controle emocional e a experiência acumulada durante os anos suplantam o arrojo e o vigor físico dos jovens. Quanto a usar esses conhecimentos para o bem, é uma questão de princípios, inerente ao homem de bem e ao judoka principalmente.
9) Praticar o Judo e educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como ensinar o corpo a obedecer corretamente. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.
Quanto mais acumulamos experiência na prática do Judo e nos aprofundamos em sua filosofia mais fascinante ele se torna, dada a sua abrangente diversidade de valores físicos, morais, intelectuais e espirituais. Essa progressão educa a mente, nos ensina a pensar com velocidade e exatidão, e ensina o corpo a obedecer com precisão.
Esses são os nove princípios que marcam os caminhos do progresso e do aprofundamento no conhecimento e prática do Judo. A eles devem os judokas a sua atenção, obediência e zelo.
Fonte: Sensei (Kodansha) Stanlei Virgilio (A Arte do Judo, Ed. Rígel)

Jigoro Kano - Ele começou tudo...

terça-feira, março 28, 2006

Oi Brandão!!

Por caminhos suaves.

Brasil : EQUIPE DEFINIDA PARA OS JOGOS SUL-AMERICANOS 2006

Seleção Sub-26 representará o país na competição em novembro, na Argentina. Bronze no Mundial do Egito-2005, o meio-pesado Luciano Correa volta à equipe nacionalApós a seletiva realizada neste domingo, dia 26/3, foi definida no ginásio do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte (MG), a seleção brasileira sub-26. A equipe representará o país nos Jogos Sul-Americanos, em novembro, na Argentina. Os judocas que garantiram as vagas também estão classificados para a seletiva nacional para os Jogos Pan-Americanos Rio 2007, em dezembro. A seletiva para atletas com menos de 26 anos é parte do trabalho de renovação da Confederação Brasileira de Judô, que visa a dar experiência internacional também a jovens judocas brasileiros.Medalha de bronze no Campeonato Mundial do Egito, em 2005, o meio-pesado Luciano Correa deu a volta por cima e, após perder a condição de titular da equipe principal na seletiva de janeiro, garantiu a vaga na equipe sub-26 ao vencer as duas lutas da fase final sobre Marcos Diostenes (SP). Emocionado, o judoca não conseguiu conter o choro após o fim do segundo combate.“Foi tudo muito difícil depois que eu perdi a vaga na seleção e não tem como segurar as lágrimas. Estou muito feliz com a vaga na equipe sub-26 e agora é um momento de recomeçar”, diz Luciano, que está ansioso para voltar a representar o Brasil internacionalmente. “Nunca disputei os Jogos Sul-Americanos e será muito bom. Voltar a representar o Brasil é especial para qualquer atleta e para mim será importantíssimo, pois quero chegar confiante na seletiva nacional para os Jogos Pan-Americanos de 2007. Estar na seleção principal e lutar o Pan é o meu grande objetivo. Mas é preciso dar um passo de cada vez e, graças a Deus, o primeiro já foi dado”, afirma Luciano.Na categoria leve, Diogo Coutinho garantiu a vaga ao também vencer por 2 a 0 a final. Diogo bateu na decisão o carioca Cristiano Campos.“Na seletiva de janeiro para a equipe sênior lutei doente e não tive chance. Desta vez fui feliz e conquistei a vaga. É importante para qualquer atleta representar o Brasil e, principalmente numa categoria tão competitiva como a leve, não há como fazer qualquer tipo de previsão. Sei que agora estou mais próximo dos melhores do país e, sempre com respeito, quero cada vez mais ganhar espaço na seleção”.No feminino, Lílian Lenzi, de Rondônia, foi uma das primeiras atletas a garantir a vaga. Ela venceu na fase final da categoria meio-médio Amanda Macedônio, do Rio de Janeiro. Lilian prevê muito trabalho pela frente.“Estou feliz, mas sei que aqui é só o inicio de um ano de muito trabalho e seriedade para poder defender a seleção nos eventos. Vou me dedicar todos os dias para conquistar um ótimo resultado para o Brasil nos Jogos Sul-Americanos”, destaca Lílian.A seletiva deste domingo também serviu para definir os representantes do Brasil na categoria super-ligeiro no Campeonato Pan-Americano, em maio, na Argentina. No masculino a vaga ficou com o paulista Thiago Aoki e no feminino com Lorrayana Costa, também de São Paulo.

Alberto Caeiro - XXXVI - Há Poetas que são Artistas




E há poetas que são artistas
E trabalham nos seus versos
Como um carpinteiro nas tábuas!...
Que triste não saber florir!
Ter que pôr verso sobre verso, como quem constrói um muro
E ver se está bem, e tirar se não está!...
Quando a única casa artística é a Terra toda
Que varia e está sempre bem e é sempre a mesma.
Penso nisto, não como quem pensa, mas como quem respira,
E olho para as flores e sorrio...
Não sei se elas me compreendem
Nem sei eu as compreendo a elas,
Mas sei que a verdade está nelas e em mim
E na nossa comum divindade
De nos deixarmos ir e viver pela Terra
E levar ao solo pelas Estações contentes
E deixar que o vento cante para adormecermos
E não termos sonhos no nosso sono.

Lutadores e Poetas

Foi Freud quem primeiro observou a síntese. A morte e a vida não encerram contradição. Grandes guerreiros foram poetas exemplares, desde que o mundo é mundo. E, ao longo da minha existência, não pude deixar de notar, que as pessoas realmente fortes, sempre foram doces, gentis, educadas e amorosas.
A agressividade é filha do medo, não da coragem. O medo é fruto da ignorância, e não da sabedoria.
O judô é uma ética, e, como toda a ética, tem suas bases assentadas sobre o princípio da solidariedade.
A poesia é a troca de sentimentos através do verbo. Sentimento que pode sim estar carregado de dor, mas que não deve causar temor àqueles que se dispõem a viver plenamente.
Poetas e guerreiros não são pois categorias excludentes, a morte, enfim, é para todos, mas a vida apenas para quem escolheu vivê-la.

Domingos

Judo e Poesia

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